A COBARDIA DE UM PRIMEIRO-MINISTRO CORRUPTO E CÚMPLICE DA BARBÁRIE! (2)
..."Como sabe, além de político eu sou empresário, tenho parceiros aqui, em Portugal, sou sócio da PetroMar, que é a maior empresa guineense e um bom exemplo da cooperação luso-guineense, sou também sócio fundador da Petrogás, ou seja, empresas ligadas ao grupo Petrogal. Sou também accionista maioritário do Banco da África Ocidental, ligado ao grupo Montepio e ao banco Efisa. Nós pensamos que para o bom relacionamento histórico e empresarial a minha passagem por Portugal é quase uma obrigatoriedade." Carlos Gomes Jr., actual Primeiro-ministro da Guiné-Bissau em entrevista ao Semanário - 13.06.2003
http://www.semanario.pt/noticia.php?ID=1191
PETRÓLEOS DE PORTUGAL – PETROGAL, S.A. O Grupo Petrogal ("Grupo") é constituído pela Petróleos de Portugal - Petrogal, S.A. ("Petrogal") e subsidiárias, está inserido no Grupo Galp Energia, e tem por principal objecto social as actividades de pesquisa e exploração de petróleo bruto e gás natural e de refinação, transporte, distribuição e comercialização de petróleo bruto e seus derivados e gás natural. A Petrogal foi constituída em 1976, através do Decreto-Lei n.º 217-A/76 de 26 de Março e tem a sua sede em Lisboa. No âmbito da reorganização dos sectores de petróleo e gás em Portugal, conforme previsto no Decreto-Lei n.º 137-A/99, de 22 de Abril, o Estado Português transferiu em 1999, para a Galp - Petróleos e Gás de Portugal, S.G.P.S., S.A. (actualmente denominada Galp Energia, S.G.P.S., S.A. ("Galp Energia") a sua participação representativa de 55% do capital da Petrogal. Ainda no âmbito da reorganização daqueles sectores, a regulamentação relativa à primeira fase de privatização da Galp Energia , prevista no Decreto-Lei n.º 261-A/99, de 7 de Junho, permitiu a transferência da participação representativa de 45% do capital da Empresa detida pelos accionistas privados para a Galp Energia, tendo em vista as fases seguintes de privatização daqueles sectores económicos. Assim, em 31 de Dezembro de 2002, a totalidade do capital social da Petrogal é detido pela Galp Energia. A Petrogal é a única empresa a operar o sector de refinação de petróleos em Portugal e controla maioritariamente a distribuição de produtos refinados através da marca GALP de que é proprietária. |
Fernando Casimiro (Didinho)
03.01.2010
Querem tomar-nos por ignorantes; riem-se de nós, dizendo: eles não vêem nada e até contentam-se com pouco... A este propósito, desculpem a expressão, um velho ditado português diz "quem nunca teve nada, julga que merda é marmelada..."
Alguns poucos guineenses são milionários e esse estatuto não se refere simplesmente ao espaço geográfico da Guiné-Bissau. São milionários na Guiné-Bissau e em qualquer parte do mundo. Entre esses poucos guineenses, para além da família directa do ex-Presidente João Bernardo "Nino" Vieira, assassinado a 2 de Março de 2009, encontra-se o actual Primeiro-ministro da Guiné-Bissau Carlos Gomes Jr.
Certamente que há outros no lote dos poucos, mas verdadeiros milionários guineenses, à custa dos desvios de dinheiros do Tesouro Público; das negociatas das riquezas naturais e bens patrimoniais do país; das negociatas em prejuízo das Finanças Públicas e a favor dos seus interesses empresariais, enquanto empresários e governantes; à custa do narcotráfico etc.
Milionários criminosos, que continuam a sugar a Guiné-Bissau, sem que nada lhes atormente, pois são eles os "donos do poder".
Como conseguiu o actual Primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior tornar-se milionário?
Numa primeira fase, levando à falência a empresa guineense de Distribuição de Combustíveis e Lubrificantes - DICOL, da qual era o Director-Geral, sem que isso lhe tivesse causado problemas, pois era Carlos Gomes Jr., na altura, "testa de ferro" do então Presidente João Bernardo Vieira. Velhos e bons tempos duma amizade baseada em interesses pessoais e familiares...
Depois do enriquecimento com a DICOL, Carlos Gomes Jr., em quem Nino Vieira confiou, tendo registado em seu nome diversos bens do património da Guiné-Bissau, de valor incalculável, assim que viu Nino Vieira em "desgraça" e exilado em Portugal após a guerra civil de 1998/199, assumiu na plenitude a propriedade de tudo o que, na verdade, já estava registado em seu nome.
Quando Nino Vieira regressou ao poder na Guiné-Bissau em 2005, era Carlos Gomes Júnior Primeiro-ministro, aqui também, o próprio estatuto de Presidente do PAIGC que lhe permitiu chegar ao poder político, foi conseguido à custa do seu apadrinhamento no partido, por parte de Nino Vieira, quando ainda eram amigos.
Nino demitiu-o do cargo de Primeiro-ministro, vinte e oito dias após tomar posse como Presidente da República e ninguém teve dúvidas que o que estava em causa eram disputas pessoais motivadas pela usurpação dos bens que Nino Vieira tinha confiado a Carlos Gomes Jr. no passado.
Nino chegou a exigir publicamente que Carlos Gomes Jr. lhe devolvesse os seus bens.
Claro que esses bens não eram propriamente do Nino e tão pouco de Carlos Gomes Jr. Esses bens eram e são da Guiné-Bissau, do povo guineense e hoje, continuam a sustentar o estatuto de milionário e "empresário de sucesso" que se atribui a Carlos Gomes Jr.
Como podia Carlos Gomes arranjar tanto dinheiro para se gabar em 2003: "sou empresário, tenho parceiros aqui, em Portugal, sou sócio da PetroMar, que é a maior empresa guineense e um bom exemplo da cooperação luso-guineense, sou também sócio fundador da Petrogás, ou seja, empresas ligadas ao grupo Petrogal. Sou também accionista maioritário do Banco da África Ocidental, ligado ao grupo Montepio e ao banco Efisa.", senão através da roubalheira?
Na Guiné-Bissau de hoje, embaixadores e empresários estrangeiros fazem propaganda a favor do Governo da Guiné-Bissau, como se conhecessem a realidade da Guiné-Bissau melhor do que os próprios guineenses. Eles são os embaixadores de Portugal, do Brasil e de Angola, ou não fosse este o triângulo conspirador de todos os interesses na exploração das riquezas da Guiné-Bissau...
Qual é o embaixador estrangeiro que se atreve a intrometer, a fazer propaganda por um qualquer governo no poder em Portugal, por exemplo, sem que haja repúdio dos partidos de oposição e dos cidadãos portugueses?!
Na Guiné-Bissau, no entanto, parece que não há oposição política e como tal, os estrangeiros sejam eles quem forem, continuarão a bater palmas a Cadogo Jr., o garante da defesa dos interesses estrangeiros na Guiné-Bissau e também, das suas próprias empresas, em detrimento da defesa dos interesses da Guiné-Bissau!
É pena que os guineenses continuem a não querer exigir a verdade e a Justiça para que se tire o lixo do caminho e se possa caminhar, de facto, rumo à Paz, à Estabilidade e ao Desenvolvimento.
É pena que o país continue assente em frágeis alicerces, vivendo da mentira e, por isso, sujeito a desmoronar-se um dia qualquer, perante uma qualquer tempestade mais forte do que aquelas a que temos assistido ao longo dos anos...
Aquando da abertura em Novembro passado de um posto de abastecimento de combustível da Galp Energia, na Guiné-Bissau, houve discursos de conveniência, demonstrativos de falta de consideração pela visão dos guineenses. Só que nem todos os guineenses estão a dormir, nem todos os guineenses são ignorantes.
Afinal, podemos concluir que, são muitas as razões que ligam a Galp Energia ao actual Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior...
Haja vergonha!
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
A COBARDIA DE UM PRIMEIRO-MINISTRO CORRUPTO E CÚMPLICE DA BARBÁRIE! 16.11.2009
14-11-2009 3:44 Guiné-Bissau Galp Energia abre mais um posto de abastecimento como "prova de confiança no país e líderes" Bissau - A Galp Energia, que possui 80 por cento da empresa guineense Petromar, inaugurou sexta-feira, no norte da Guiné-Bissau, um novo posto de abastecimento de combustível, como prova de confiança no país e nos seus líderes. A inauguração do posto de abastecimento de São Domingos é uma "prova de confiança no país, uma prova de confiança nos líderes políticos do país e uma prova de confiança no futuro face à crise", afirmou no final da cerimónia de inauguração Fernando Gomes, administrador-executivo da Galp. "A Galp investiu aqui quatro milhões de francos cfa e criou mais uma dúzia de postos de trabalho", afirmou o antigo presidente da Câmara do Porto, sublinhando que a petrolífera portuguesa emprega directamente na Guiné-Bissau mais de 120 pessoas.
Fonte: Angola Press |
COMENTÁRIOS AOS TEXTOS DA SECÇÃO EDITORIAL
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Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO