A GUINÉ-BISSAU SABE O QUE QUER, OS ELEFANTES TAMBÉM, ACREDITE SE QUISER!

 

 

Filomeno Pina  *

filompina@hotmail.com

13.06.2014

Porque alguns não tiveram a coragem suficiente para perguntar os porquês sobre a maior parte das decisões políticas (“coisas nossas”) erradas, desenroladas num sentido irracional e que continuou como se tudo estivesse bem sem precisar de correcção. Posto isto, nada se fez para mudar de rumo na política “repetida” e sem sucesso. Políticas que provocaram estagnação do País, sem mudar de rumo nas coisas obviamente más para o País, erradas ou clivadas do ponto de vista intelectual, igual, mas ninguém parece ter tido coragem para dizer do seu ponto de vista, que isto vai de mal a pior! Como se nada fosse mais importante que resolver definitivamente e para o bem comum do País, tudo o que esteve sempre mal?

Quando se fala de mortes de gente inocente, gente “anónima” misturada com outros de apelidos reconhecidos na praça, na verdade, ninguém sabe ao certo, quantos foram sacrificados até hoje, ou que por arrastamento ficaram colados muitos no mesmo destino mortal. Caídos no mesmo buraco, enterrados sem a dignidade merecida como humanos e, muitos repousam em valas comuns ou separados, em parte incerta, só Deus sabe!

Como se ouve, ainda hoje, em histórias macabras contadas com pareceres “demoníacos” a fazerem a diferença, justificam o receio proveniente do atraso cultural do Povo, sujeito a manipulação, deturpação, de quem conta ou percebe melhor certos assuntos, a partir da sua ”leitura” de dor e sofrimento dos que ficam (os vivos) em luto psicológico prolongado no tempo, sem nunca ninguém como autoridade do Estado se pronunciar eticamente sobre o assunto ou humanamente, em sinal de respeito do Estado pelos acontecimentos menos bons, tristes, desenrolados no País. Até quando? Há que lembrar que o Estado costuma ser pessoa de bem e cumpridor das suas responsabilidades. Que assuma o que lhe diz respeito, sempre!

Ficamo-nos por aqui, porque normalmente não se investigam casos mediáticos de crimes políticos e outros. A impunidade “engole” tudo, mas o “gato”, esse deixa sempre o rabo de fora. Só há crimes perfeitos na Guiné-Bissau? Mal habituados como estamos, achamos que é normal viver com crimes por desvendar que nunca chegam à barra dos Tribunais e as autoridades permanecem em silêncio, dando o benefício da dúvida, prevalecendo esta última acima da investigação.

Como será possível ninguém se querer pronunciar objectivamente sobre as mortes ocorridas até aos dias de hoje no País, parecendo que ninguém quer saber deste comportamento de loucura normal, vindo desde o mato e continuado no período pós-independência, com mais de quarenta anos, neste momento? Basta!

Matanças levadas a cabo como um princípio de limpeza para exterminação dos reacionários no seio do PAIGC (diziam os mandantes do crime) e, mais tarde, no País inteiro assistíamos a desaparecimentos, sem julgamento prévio nos tribunais.

Um extermínio cíclico, normalmente associado aos golpes de Estado no País, selectivo, alguns eram escolhidos para morrer (muitas vezes por questões vingativas, de ódios, inveja e xenofobia). Confundidos estavam na “revolução-paranoica” como grupo de crime organizado, sustentado normalmente, por quem ciclicamente detém o poder do Estado nas mãos. Nisto, a “revolução-paranoica” agiu quando entendeu ser a altura certa, a “comer” os próprios filhos (camaradas). Fazendo limpeza dos ditos “reaccionários”, só por pensarem diferente ou nem isso, por pouca sorte de terem estado no dia não e em más horas, aqui ou noutro lugar suspeito, ficaram marcados e, mais tarde, mortos.

No fundo, temos dois grupos ocupados, os que pensam diferente dos matadores e os líderes (mandantes ou executantes) de crimes.

Dando a sensação que os piores filhos da Guiné dominavam tudo a partir da Independência, pelo menos, pois foram eles que escolheram sempre entre Camaradas da política, quem vivia e quem devia ir desta para melhor. Foi sempre assim e, muitas vezes, aconteceu em qualquer canto do nosso País, alguém ficar enterrado injustamente, num lugar ocultado aos próprios familiares!

Anos e anos desgastaram mentalmente qualquer esperança de bom senso entre camaradas da política, reinando a desconfiança, permanecendo a raiva vingativa em relação aos mandantes de crimes e os seus “executantes”, que se prolongou tempo demais, durante décadas e continua, parece!

Todos os líderes políticos vivos entre nós, quase que enterram a cabeça na areia com medo. Preferindo o estatuto de ”morto-vivo”, sem rosto reconhecido, o equivalente a não falar frontalmente, não contar histórias com verdades, mas preferir manterem-se calados e sentados sobre as mentiras, que por sua vez “calcam” a verdade dos factos, por um fingimento amnésico colectivo em relação ao passado histórico e ao presente. Mas, talvez um dia, será eternamente a “mentira”, erguida como estátua monumental, desde a luta de libertação aos nossos dias, porque a Verdade pela Verdade, parece não ter pernas para andar. Mas espero bem que NÃO!

Devemos abandonar o que é mau do passado e do presente, corrigir os erros cometidos, virar a página e escrever uma nova história repleta de sinais de desenvolvimento e felicidade de um Povo, que merece! Mas “virar esta página”, não significa esquecer tudo (virar o disco e tocar o mesmo) e praticar os mesmos erros, utilizando os mesmos actores políticos que foram péssimos para o Estado. Mudar de página constitui divórcio consumado em relação às más práticas de crime e de corrupção contra o Tesouro de Estado.

Abandonar o passado significa tão-somente a transformação do homem novo, na liderança do Governo e Estado da Guiné-Bissau. Significa principalmente ter o perfil de Estado como líder, ser honesto acima de tudo, como nacionalista, ser patriótico e competente, no exercício das suas responsabilidades.

Aproveitemos este regresso dos - “Elefantes” - às nossas matas da Guiné-Bissau, como um símbolo de grandeza e de força, da Terra Sagrada. Trouxeram “recados” para o Povo, numa leitura que só a natureza sabe perscrutar, só não sabemos, se vão ficar pelo nosso País por tempo indeterminado.

Penso que vieram como um sinal positivo de esperança desta natureza global, em nosso favor, acredite se quiser. Significando que as nossas matas serenaram e comunicaram com os bons espíritos ancestrais, de todo um mosaico étnico Guineense, “eles” vieram por bem, trazer as “honras” que o Povo Guineense merece. Mostrar que o País foi eleito, pela natureza deste planeta, como o cantinho territorial visto como um todo, o nosso “ninho” de surpresas, para quem vier por bem (homens e animais)!

Numa sinfonia do adeus às mortes, contra a impunidade, contra a pobreza, a exploração do homem pelo homem, contra o roubo à Mãe e aos Cofres do Tesouro Público, contra o aproveitamento ilícito das infraestruturas do Estado, “arrancadas” por oportunismo e ganância, do que pertence ao Povo legítimo. Fazendo-se proprietários dos bens, os aproveitadores comissionistas de sempre, sem concurso público transparente, que conseguem tudo quanto querem, sem darem a cara. Porque ninguém sabe quem são os que estão por trás de certos negócios de vento em popa no território nacional, pois só reconhecemos, quase sempre tardiamente, alguns “testas de ferro” e os seus patrões!

Se é o Estado da Guiné-Bissau o beneficiário legítimo dos negócios de madeira, areia pesada e outros, levados a cabo no País, queremos saber o estado da coisa pública, o que fica concretamente para os cofres do Estado, porque os bens referidos, esses são do Povo legítimo, e têm sido “exportados” do solo Guineense, para os quatro cantos do mundo e ninguém no País, explicou nada ainda, depois de tantas interrogações levantadas, de natureza económica, comercial, social e política, para além das consequências da biodiversidade do sistema ambiental global e específico para a nossa Guiné-Bissau.

Continuamos num tempo difícil de descortinar, porque se ouvem muitas mentiras ou fala-se verdade poucas vezes, talvez só quando aparentemente “bêbados”, ou em estado de angústia e de desabafos, desinibidos pelo estado eufórico de agressividade contida que lhes vai na alma, quando toca no “pelo” ou de um ente querido, de outro modo, só por sentimentos de culpa, ressentimento pós-traumático da convivência revolucionária, falhada, que abandonou há muito os ensinamentos de Amílcar Lopes Cabral, alguns resolvem confessar um pouco mais. Estamos ainda numa época que esconde crimes de sangue e traições vividos intensamente, que fecharam com juramentos de vinganças por cumprir, custe o que custar, penso. Mas morte após morte, nunca trouxeram nada de novo a não ser o planeamento do próximo a abater. Até quando esta compulsividade insana na mente dos revoltados?

Porquê nós? Pergunto! Tivemos coragem para libertar dois Países (Guiné-Bissau e Cabo Verde) ao mesmo tempo, mas temos ao mesmo tempo, um medo terrível da verdade dos factos que importa corrigir e sarar definitivamente, medo da crítica e da autocrítica, somos constantemente invadidos pela pressão psicológica da cobardia em relação à verdade cristalina, pura, com palavras amargas e doces, que são nossas realidades, fazendo parte integrante dos nossos erros cometidos que não se apagam e, também de certezas absolutas que são o conforto inesgotável de amor e de compaixão, desde a luta de libertação.

Mas ainda falta camaradas, queremos o essencial, para percebermos este “enguiço” que tem bloqueado, estagnado o País, queremos continuar a viver com verdades ocultadas ainda, porque parece que existe um pacto de silêncio entre os antigos combatentes, Camaradas com média de setenta anos que estão entre nós, dos quais esperamos tudo, menos continuarem calados.

 Acabem com este mutismo verbal electivo e falem connosco, agora! Com os vossos filhos ou netos, acreditem em nós, sabemos cuidar dos mais velhos com carinho. Hoje são os únicos testemunhos vivos que libertaram Guiné-Bissau e Cabo-Verde. Trata-se de uma atitude revolucionária enfrentarem esta última “guerra” que vos falta vencer, como Verdadeiros Antigos Combatentes da Liberdade da Pátria, passarem o testemunho dos acontecimentos da luta de libertação da Guiné-Bissau e Cabo-Verde para nós, só.

 Avante Camaradas, já serão poucos, nô komberssa ku’mutru-bó!

Não vamos lá só com mentiras, sairemos deste ciclo do mal, se quebrarmos este pacto do diabo neste mundo do crime organizado, que tem gente de fora e de dentro do nosso País, alimentando este ciclo vicioso, que parece não ter fim à vista.

Enquanto não se erguer à vista de todo o Povo, a nova Bandeira da Verdade, como se espera na história natural das coisas, parar esta ocultação propositada dos erros cometidos e de proteger criminosos, continuaremos no mundo do engano, da mentira e da falsidade entre Guineenses.

Mas, a mentira para além de ter pernas curtas, não leva a lado nenhum, por melhor “arquitectura” possível que possa manter. O normal é cair por terra à vista de todos.

Convém lembrar que o Guineense sabe perdoar, é duma compaixão soberba e inigualável, mas primeiro, precisa da verdade e só depois acredita no perdão!

Mudando um pouco de assunto, vale a pena sairmos vitoriosos desta vez, apostados na veracidade de métodos experimentados no terreno, que deram resultados reconhecidos noutros lugares do planeta, para evitarmos experimentalismos falsos ou “românticos”, sem resultados satisfatórios desejados.

Devemos evitar a entrada de projectos sem revalidação/acreditação feita no País (para isso, é criar gabinetes próprios para tal), e de acordo com as necessidades projectadas no terreno, com a supervisão do Governo no País. Encontrar rapidamente certezas práticas, em relação ao engano de algum “romantismos” subjacente, em algumas ajudas de há uns anos para cá, em formato de “projecto”, feitas por medida (para umas dezenas de necessitados nacionais, que justifique a presença a “título” de projecto no terreno duma entidade estrangeira no País) à quem das necessidades, mas que podem ser reformuladas, reenquadradas de modo diferente, a servirem melhor do que até aqui, os interesses do País!

Com verdades experimentadas avançamos mais depressa, sairemos vitoriosos e unidos num único rumo, de Unidade Nacional e Desenvolvimento Sustentado do nosso País e não às “pinguinhas”, com recados daqui e dali, para passar umas “férias”. Contudo, devemos reconhecer a grandeza material e o alcance na prática, levados a cabo no País, por Organizações Não Governamentais, que operam com distinção na Guiné-Bissau, que são  o exemplo de que nem tudo se pode colocar no mesmo saco!

Chegou a hora de aceitarmos o que é de aceitar (o mais que preciso/necessário), e escolher projectos sérios e sustentáveis para garantir postos de trabalho e permitir fazer carreira profissional aos nacionais Guineenses. Chegou a hora de avaliar/reavaliar a Acreditação de todos os Projectos que operam no País  há já algum tempo. Devem todos ser ciclicamente reavaliados, os seus recursos, resultados e os níveis de satisfação na presente conjuntura e de acordo com as nossas necessidades e não o contrário. Confrontados estes com outros na mesma perspectiva e especialização. Como também, avaliar na especialidade os mesmos Diplomas Científicos dos seus representantes e a sua experiência profissional no ramo de actuação que ocupam no nosso País.

Estar atento é o mesmo que ter os neurónios espalhados pelo corpo todo e activos, capazes de captarem, conduzirem e interpretarem corretamente todos os sinais do meio ambiente onde vivem! Quando tais competências não correspondem, atrofiam o desenvolvimento normal esperado, os resultados deixam muito a desejar e o atraso torna-se evidente. Há que estar em alerta no controle de estímulos, desde a sua origem/chegada ao País, o seu percurso e ocorrência, aos resultados esperados para aprovação ou não, na constante avaliação/reavaliação dos processos!

Um verdadeiro fenómeno recente no País é o regresso dos Elefantes na Guiné-Bissau, vejo tudo isto como um bom sinal espiritual! É um símbolo de força inspiradora, de segurança, de poder, de equilíbrio e de procura de paz e tranquilidade, para assentar “família” num território seguro como é a Guiné-Bissau. Nisto, os animais não se enganam, penso. Embora, por enquanto nas nossas matas, se cruzem com o som estridente e ruidoso das motosserras, no abate indiscriminado de árvores centenárias. Os elefantes estão atordoados, andam nervosos como alguns de nós (Guineenses). Mas estes gigantes dos pesos pesados vieram chamar a atenção do mundo, sobre a Guiné-Bissau! Atentos ao que se passa com as “sombras” desaparecidas, que há séculos marcam horário solar para as populações e os animais, estiveram atentos ao que se passa desde sempre, mas hoje são árvores centenárias, velhotes mas fiéis ao património das nossas florestas, de pé ainda, as que não são obrigadas a cair e a seguir “sepultadas” num contentor, para serem levados por terra e mar, para um País rico qualquer. Toda esta madeira dos pobres! Hoje abatidos e exportados, fazendo lembrar os navios negreiros, não se sabendo nada mais, apenas e só, que são já “cadáveres” metidos em contentores, aos milhares de toneladas cada um, com o destino oculto e incerto!?

Mas alguém sabe explicar isto, o GOVERNO?

Tenho muito medo do derrame do “Pau-Sangue” na Guiné-Bissau! Receio a falta de sangue, de ar puro e de sombras gigantes de árvores centenárias no nosso País. Receio pela ausência da “canção” de embalar revolucionária, que adormeça a raiva de ver sangrar as esterias das árvores caídas, em vez da frescura das suas sombras amigas eternas, dum Povo Guineense, o seu único dono legítimo, que nunca recebeu nada de ninguém, por isso, é digno e não o ofende quem quer! Cuidado, você que trás o lápis entre os dedos, para traçar o novo rumo para o País, só.

Temos visto árvores tombadas sobre o chão sagrado. Sangrando por ganância precoce dos “PICA-PAU”, que invadem as nossas matas, derrubando árvores centenárias, a troco de um silêncio que abrange muita gente (guineenses e estrangeiros), os servidores do dinheiro fácil, mas que hão-de ajustar contas com o – “dum-dy-matu” – Yram dy Terra, ou o novo Governo, pabya tudu kym-ky kumé hê pó-dy-matu, ppê-bay tudu nô dyamty tê na mortu, fép! Ku sê mufunéssas!

Nhôr Deus ta purdam, hêz komberssas dy fadyga!

Mas temos todos a memória revoltada hoje, os que vêem o mal e não dizem por enquanto! Que vêem o mal dos “pássaros” pica-pau da Guiné-Bissau, “eles” adoram PAU-SANGUY, BISSYLOM, ETC…, mas para os seus bolsos, em vez dos cofres do Estado!?

Peço a Deus, que esses camiões não consigam chegar aos portos de Bissau, ou de saírem por terra (fronteiras) para fora do território Guineense, sem que o Estado, averigue publicamente e com transparência total. Afinal que projectos são estes e quem beneficia com tudo isto, será o Povo!?

AFINAL ESTAMOS A FALAR DE ÁRVORES CENTENÁRIAS E NÃO DAS QUE ALGUÉM PLANTOU HÁ CINQUENTA  ANOS, SÓ.

Reparem no elefante quando dorme, traz ambos os dentes implantados na cabeça, não os tira para descansar mais leve, não! Dorme com o mesmo peso com que acorda e levanta-se para a vida de sempre, reúne a família e avança em busca de vida, faça chuva ou faça sol, lá vai o maior do mundo, seguro de si, embora às vezes caia nas emboscadas e seja sacrificado para lhes roubarem os dentes de marfim, é dinheiro, infelizmente!

Temos um belíssimo exemplo de persistência, coragem e de trabalho destes animais gigantes em terra firme, uma autêntica Mãe, que traz os filhos junto dela, não os distribui para se aliviar do trabalho, nem tira os dentes para dormir, está presente nos cuidados maternais, na vida do dos filhos, até sempre. Vamos copiar o ELEFANTE, e  cuidar da Guiné-Bissau?

É deste exemplo que a Guiné-Bissau precisa, olharmos pelo Povo com firmeza e honestidade, sem descartar as responsabilidades do Estado, e sempre atentos, porque é este o novo conceito de “revolucionário”, que hoje significa ser um líder do Povo, é - SER HONESTO - em defesa dos bens e do tesouro público do Estado da República da Guiné-Bissau!

Os Elefantes chegam em boa hora, na hora da renovação do Estado para o tornar cada vez mais forte! Estamos atentos aos sinais desta nova revolução para erguer o País, rumo à prosperidade, ao progresso, à felicidade e ao bem-estar do Povo.

Viva a República da Guiné-Bissau, Unidade, Luta e Progresso.

Djarama. Filomeno Pina.

 

Filomeno Pina 

* Psicólogo clínico U.C.

 

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