A GRANDE LIÇÃO QUE
SE PODE TIRAR DO JOGO DA SELECÇÃO
Alfredo Handem
07.09.2010
alhan2002@hotmail.com
O
país voltou a sorrir, o ego dos guineenses, por algumas horas, ganhou um
novo impulso e, de repente, parecia que todos os problemas sociais e
económicos dos guineenses passaram para um plano secundário.
Foi bonito,
ver as cores do país brilharem fora e dentro do campo, os cânticos tradicionais
misturarem-se com as gargalhadas e palmas dos adeptos, a multidão de pé a cantar
o hino nacional.
O sentimento
de pertença que está na base de construção de qualquer sociedade e Nação
apoderou-se de todos naquele momento, e catapultou os nossos jogadores e os
adeptos para um efeito histórico.
Sim, foi
bonito ver o Presidente da República, o Primeiro-Ministro e várias
personalidades do governo, de diferentes partidos políticos e da sociedade civil
juntos, com os olhos a brilharem, com os corações apertados durante os 90
minutos e a explodirem de alegria quando o árbitro apitou para o fim do jogo,
era a sensação de vitória, de vitória da Nação, da Guiné. De repente, veio-me a
memória a histórica frase, “Yes, we can”, de facto, nós também podemos, e
a selecção foi uma importante lição.
Foi bonito
ver uma equipe de futebol construída a última hora, com humildes recursos, um
treinador estrangeiro dedicado e motivado, uma organização impecável triunfarem
de forma convincente perante uma selecção mais experimentada, com maiores e
melhores recursos e com mais tempo de preparação. Foi a força do querer que
cantou mais alto.
A selecção
deu-nos à todos uma grande lição de Guinendadi, uma grande lição daquilo que
deve ser a nossa crença, a nossa força, a nossa cor, a nossa solidariedade e os
fundamentos do nosso futuro.
Esperemos
que dure e que a lição seja, de facto, aprendida.
VAMOS CONTINUAR A
TRABALHAR!
Associação
Guiné-Bissau
CONTRIBUTO
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www.didinho.org
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