AGUARDAMOS ANSIOSAMENTE...
"Não podíamos viver tranquilamente
diante da morte do presidente, de um general, de um deputado e de um candidato.
Independentemente
daquilo que eles foram,
são pessoas e
há outros modos de praticar a Justiça que não eliminando as pessoas fisicamente"
D. Pedro Zilli, Bispo de Bafatá, Guiné-Bissau
Fernando Casimiro
(Didinho)
didinho@sapo.pt
20.02.2010
Quase 1 ano depois dos assassinatos do Major-General Tagme Na Waie (01.03.2009),
na altura Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau e do
General João Bernardo "Nino"Vieira (02.03.2009), na altura Presidente da
República da Guiné-Bissau, eis que a Polícia Judiciária da Guiné-Bissau, através
da sua Directora-Geral, Dra. Lucinda Barbosa Aukarie (Parabéns Dra.
Lucinda, pelo compromisso, pela coragem e determinação em tudo o que tem feito e
nas condições que todos sabemos...) dá a conhecer publicamente, o
andamento dos processos relativos a essas matanças, bem como, reivindica, de
forma peremptória, a competência de exclusividade da Polícia Judiciária na área
da investigação criminal na Guiné-Bissau.
Num momento em que se começa a vislumbrar sinais do
estalar do verniz na propalada estabilidade político-social
que não passa de uma campanha estratégica (será a abordagem do meu próximo
trabalho) assente numa base de propaganda político-partidário e militar, para a
sustentação de um regime, a nível de governação, conotado com diversos crimes na
Guiné-Bissau, não posso deixar de encorajar todas as entidades nacionais e
internacionais que têm desdobrado esforços no sentido de serem esclarecidas as
matanças de 1 e 2 de Março, bem como as de 4 e 5 de Junho, todos do ano de 2009.
Também quero reafirmar que, tal como em relação a essas
mortes, encorajo as autoridades nacionais a investigarem todos os assassinatos
conhecidos, bem como os ignorados, mas que podem vir a ser denunciados por
familiares, desde que encorajados a isso, e ocorridos na Guiné-Bissau, desde que
o PAIGC assumiu a condução do Estado da Guiné-Bissau, pois há relatos, há
testemunhos, há versões de familiares das vítimas, que devem ser tomados em
consideração pelas autoridades judiciais, afim desses assassinatos serem
esclarecidos e seus autores morais ou materiais, em vida,
responsabilizados/punidos!
Desenganem-se todos aqueles que julgam que as mortes fazem
parte do passado e, por isso, ponto final, olhemos em frente!
Todas essas mortes, desde o período em que o PAIGC era
Partido/Estado, às ocorridas em 2009, foram,
são e
continuarão a ser sustentáculos de
ódio e vingança, de instabilidade, insegurança,
de obstáculo à paz e ao desenvolvimento, enquanto não forem
esclarecidas e responsabilizadas pela Justiça.
Continuamos e continuaremos sempre a enganar a nós
próprios quanto à reconciliação nacional, à paz e à estabilidade, ao excluirmos
(por não considerarmos as suas sensibilidades) dessa reconciliação nacional, da
paz e da estabilidade um grande número de cidadãos guineenses cujos familiares
foram vítimas dos vários regimes ditatoriais e dos golpes de Estado ocorridos na
Guiné-Bissau.
Sobre as matanças de 1 e 2 de Março de 2009, convém
reconsiderar algumas intervenções feitas por José Zamora Induta a 19 de Março e
a 08 de Abril de 2009, para questionarmos por exemplo:
1 - Onde estão
as outras bombas que Zamora Induta afirmou na altura existirem no país?
2 - Quem são
as pessoas que colocaram a bomba no Estado-Maior das Forças Armadas e que
vitimou Tagme Na Waie, pois Zamora Induta afirmou, a 08 de Abril de 2009, que
essas pessoas tinham confessado a autoria do crime.
3 - Que
autoridade judicial (civil ou militar) acompanhou o processo que permitiu a
confissão das pessoas mencionadas por Zamora Induta?
4 -
Por que nunca se ouviu falar do
Tribunal Militar Superior na orientação e
condução de todo o processo de investigação do assassinato de Tagme Na Waie, a
nível interno das Forças Armadas,
tendo sido sempre José Zamora Induta a decidir o que fazer e como fazer?
5 - Qual é o
parecer do Tribunal Militar Superior sobre todo o processo encetado pelo
Estado-Maior General das Forças Armadas, na pessoa de Zamora Induta, na altura
Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas interino,
visto a acção penal militar ser da competência do Tribunal Militar Superior e
não do Estado-Maior General das Forças Armadas, que por si só, não
representa a entidade Judicial militar, reconhecida ao Tribunal Militar
Superior?
Convém questionarmos igualmente, até que ponto as acusações
do Dr. Francisco José Fadul, sobre o conluio entre
Carlos Gomes Jr. e Zamora Induta, para matarem Nino
Vieira, foram tidas em conta pelo Ministério-Público da Guiné-Bissau.
A Guiné-Bissau não se livrará de revoltas e matanças
motivadas pelas disputas pelo poder político e militar e, por arrasto,
pelo controlo das negociatas do narcotráfico, enquanto alguns continuarem a
estar acima das leis, normalmente, aqueles que destronam outros e de seguida
apresentam-se como salvadores da Pátria, garantes da estabilidade, da paz e do
desenvolvimento, mas que são contrários à aplicação da Justiça aos seus actos,
quer no passado, quer no presente e muito menos no futuro.
Não tenhamos ilusões, pois não havendo um assumir de
responsabilidade do Poder Judicial na acção de responsabilização dos criminosos
que se escudam no poder do Estado, todo e qualquer cidadão se sentirá motivado a
seguir-lhes os passos, pois conclui-se que o crime compensa na Guiné-Bissau...
Vale a pena reflectirmos sobre as recentes declarações do
Bispo de Bafatá, D. Pedro Carlos Zilli. Quem quer o bem da
Guiné-Bissau e dos guineenses sabe que estamos perante uma grande verdade!
"Não podíamos viver tranquilamente
diante da morte do presidente, de um general, de um deputado e de um candidato.
Independentemente
daquilo que eles foram,
são pessoas e
há outros modos de praticar a Justiça que não eliminando as pessoas fisicamente"
D. Pedro Zilli, Bispo de Bafatá, Guiné-Bissau
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
A PULSEIRA...02.12.2009
A VERDADE NUNCA ESTEVE TÃO PERTO NA GUINÉ-BISSAU... 26.11.2009
17-02-2010 9:00
Guiné-Bissau
"Há pessoas
interessadas em desvendar as mortes"
Cidade da Praia - O Bispo de Bafatá
considerou que 2009 foi um ano "muito difícil" e "traumático" para a
Guiné-Bissau, mas sublinhou ter esperança pelo facto de existirem
"pessoas interessadas em desvendar" todos os casos registados
naquele período.
Numa entrevista publicada terça-feira no semanário cabo-verdiano
Expresso das Ilhas, após participar na reunião da Fundação João
Paulo II para o Sahel, que terminou segunda feira na Cidade da
Praia, Dom Pedro Zilli, na Guiné-Bissau desde 1985, lembrou os
assassínios cometidos no país em 2009.
Nesse ano, foram assassinados o presidente João Bernardo "Nino"
Vieira, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA),
general Tagmé Na Waié, o deputado Hélder Proença e o candidato às
presidenciais de 2009 Baciro Dabó.
O bispo de Bafatá, localidade situada 150 quilómetros a leste de
Bissau, admitiu ao jornal que
existe na Guiné-Bissau "uma grande expectativa" em relação ao
esclarecimento das circunstâncias que motivaram aquelas mortes.
"Se vão conseguir desvendar, é difícil saber. Mas noto que
há uma boa intenção nesse sentido. Há pessoas interessadas em
desvendar estes casos.
Temos esta esperança", afirmou o prelado, de naturalidade
brasileira, lembrando que, na altura, todo o país ficou "em
polvorosa".
"Não podíamos viver
tranquilamente diante da morte do presidente, de um general, de um
deputado e de um candidato.
Independentemente daquilo que eles foram,
são
pessoas e
há outros modos de praticar a Justiça que não eliminando as pessoas
fisicamente", acrescentou.
D. Pedro Carlos Zilli sublinhou ser "difícil
prever o futuro", uma vez que a Guiné-Bissau, considera, "é uma
caixinha de surpresas", embora haja no país "maior estabilidade"
desde que Malam Bacai Sanhá sucedeu a "Nino" Vieira na Presidência
guineense, a 08 de setembro de 2009.
Para D. Pedro Zilli - bispo de Bafatá desde
que o anterior papa João Paulo II criou a segunda diocese na
Guiné-Bissau, em Março de 2001 (a primeira é a de Bissau) -, a calma
no país, "ainda que aparente", tem permitido criar a ideia de
estabilidade, o que diz ser "fundamental" para o desenvolvimento.
As circunstâncias das mortes de "Nino" Vieira, Tagmé Na Waié, no
início de Março de 2009, e de Hélder Proença e Baciro Dabó, a 05 de
Junho do mesmo ano, estão ainda por esclarecer, apesar de haver
indicações expressas da comunidade internacional para averiguar os
factos.
Fonte: ANGOP |
Lisboa, 09 fev
(Lusa) - A diretora-geral da Polícia
Judiciária (PJ) guineense garantiu hoje que é esta instituição
que está "na linha da frente" no combate ao narcotráfico na
Guiné-Bissau, considerando operações anteriores da iniciativa do
exército como "situações de exceção".
"Somos nós que continuamos a ter a competência de
exclusividade na área da investigação criminal e, em particular,
no combate ao narcotráfico", afirmou Lucinda Barbosa, em
entrevista à Agência Lusa em Lisboa.
|
09-02-2010 17:30
Guiné-Bissau
Processos
dos assassínios de Nino Vieira e Tagmé Na Waié vão ter acusados,
confia directora PJ
Lisboa - A
directora-geral da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau,
Lucinda Barbosa, disse hoje, terça-feira, em
Lisboa, que as investigações aos assassínios do antigo Presidente
João Bernardo "Nino" Vieira e do chefe das Forças Armadas "estão
avançadas",
mostrando-se confiante que o processo vai formular acusações.
"Está a ser investigado. São crimes que não são de natureza simples.
Entretanto, a Polícia Judiciária fez o trabalho,
um está praticamente
concluído e um outro ainda está por
investigar", adiantou à agência Lusa Lucinda Barbosa,
quando indagada sobre o inquérito às mortes do antigo Presidente da
Guiné-Bissau "Nino" Vieira e do chefe de Estado-maior General das
Forças Armadas, general Tagmé Na Waié.
A responsável guineense, que se encontra em Portugal à convite do
director nacional da Polícia Judiciária (PJ) portuguesa, Almeida
Rodrigues, não especificou
qual dos dois inquéritos está em fase de conclusão.
No entanto, manifestou-se convicta de que a Polícia Judiciária da
Guiné-Bissau vai receber "o
apoio tanto da parte política como da Procuradoria-Geral da
República no sentido de facilitar os constrangimentos que teve para
concluir uma dessas investigações".
"As
investigações estão avançadas. Como disse, uma está praticamente
concluída e outra está por concluir.
As autoridades e os
superiores vão tomar conhecimento e estarão possivelmente em
condições de apoiar a PJ para podermos
realmente levar avante essa investigação", acrescentou.
Lucinda Barbosa escusou-se referir quais foram as limitações que a
Polícia Judiciária guineense enfrentou nas investigações, mas disse
estar convencida de que o processo vai formular acusações.
"Eu
acho que sim, mas isso
não depende da nossa estrutura, mas sim do Ministério
Público", realçou.
Um dos principais
entraves à investigação ao assassínio de 'Nino' Vieira tem sido o
facto de as autoridades judiciais guineenses não terem, até ao
momento, podido inquirir a viúva do ex-Presidente, Isabel Vieira,
que deixou a Guiné-Bissau após o funeral do marido.
Isabel Vieira, presumível testemunha do homicídio, em 02 de Março de
2008, é considerada pelo Ministério Publico da Guiné-Bissau "peça
chave das investigações".
"É óbvio. É óbvio
para a descoberta da verdade material. É nossa
convicção que deve ser ouvida.
Ela pode testemunhar
porque esteve presente", afirmou, na altura,
o antigo Procurador-Geral da República (PGR) da Guiné-Bissau,
Luís Manuel Cabral.
Lucinda Barbosa confirmou à Lusa que
a PJ guineense tem vindo a receber ajuda internacional para
encontrar os responsáveis da morte de Nino' Vieira -
assassinado na sua residência em Bissau, em Março de 2008 -, horas
depois do general Tagmé Na Waié ter sido morto num ataque à bomba.
"Houve e continuamos
a ter cooperação do FBI [Federal Bureau of Investigation]: eles
apoiaram-nos bastante desde a primeira hora, principalmente na
recolha dos vestígios e no tratamento dessas análises",
explicou a responsável.
Fonte: ANGOP |
Guiné-Bissau:
Ministério Público quer ouvir PM Carlos
Gomes Júnior e Zamora Induta sobre
declarações de Francisco Fadul
2009-04-09
Bissau, 09 Abr (Lusa) - O Ministério
Público da Guiné-Bissau anunciou
hoje, em comunicado, que vai ouvir o
primeiro-ministro do país e o chefe
das Forças Armadas interino, Zamora
Induta, na sequência das declarações
feitas quarta-feira pelo presidente
do Tribunal de Contas, Francisco
Fadul."O Ministério Público é
constitucionalmente obrigado a
desencadear os mecanismos legais
ante qualquer denúncia de crime
público", refere em comunicado.
"E é exactamente o que tenciona
fazer através da abertura de
inquéritos para a descoberta da
verdade material dos factos, em
termos de ouvir o denunciante,
Francisco Fadul, e os denunciados,
Carlos Gomes Júnior e o
capitão-de-mar-e-guerra Zamora
Induta", acrescenta o documento.
Em declarações aos jornalistas em
Lisboa, onde se encontra a receber
tratamento médico após ter sido
espancado na sua residência em
Bissau, Francisco Fadul acusou o
primeiro-ministro guineense, Carlos
Gomes Júnior, e o chefe das Forças
Armadas, Zamora Induta, de terem
feito "um conluio" para eliminar o
Presidente "Nino" Vieira e o general
Tagmé Na Waié.
"Houve um conluio. Um golpe de
estado de decapitação do Estado e do
Estado-Maior General das Forças
Armadas", disse Francisco Fadul.
O Presidente da Guiné-Bissau
"Nino" Vieira e o chefe de
Estado-Maior General das Forças
Armadas, general Tagmé Na Waié,
foram assassinados a 01 e 02 de
Março com poucas horas de diferença.
MSE.
Lusa/Fim
|
Primeiro-ministro e Zamora Induta "fizeram conluio" para
matar "Nino" Vieira - Francisco Fadul
O actual
primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, e o
CEMGFA interino, Zamora Induta, fizeram "um conluio" para
eliminar o Presidente "Nino" Vieira e Tagmé Na Waié, acusou
hoje o antigo chefe de Governo Francisco Fadul.
Publicação:
08-04-2009 14:10
"O Zamora (Induta) há muito
queria eliminar 'Nino' Vieira, como já tinha conseguido eliminar
Ansumane Mané (ex-líder da Junta Militar que derrubou "Nino"
Vieira em 1999)", afirmou Francisco Fadul, em declarações à
Agência Lusa, acrescentando que "Cadogo (primeiro-ministro
Carlos Gomes Júnior) não se sentia à vontade com Tagme Na waié
(ex-CEMGFA) e queria os militares nas mãos dele".
"Houve um conluio. Um plano.
Um golpe de estado de decapitação do Estado e do Estado-Maior
General das Forças Armadas", disse Francisco Fadul, respondendo
à questão se estava a acusar Carlos Gomes Júnior e Zamora Induta
de conspirar contra "Nino" Vieira e Tagmé na Waié.
O antigo chefe de Governo
chegou sábado de manhã a Lisboa para receber tratamento
médico-hospitalar aos ferimentos sofridos com o espancamento de
que foi alvo, alegadamente por militares em sua casa, em Bissau,
no passado dia 31 de Março.
O espancamento ocorreu cerca
de 24 horas depois de Francisco Fadul, que preside ao Tribunal
de Contas (TC), ter acusado o primeiro-ministro Carlos Gomes
Júnior de revelar atitudes de submissão perante os militares
pelo que "devia demitir-se de funções".
"O primeiro-ministro fala
com os militares de baixo para cima, numa atitude de completa
submissão às Forças Armadas, quando na realidade ele é que é o
chefe dos militares e devia dar-lhes ordens e não o contrário. O
primeiro-ministro devia demitir-se das suas funções", defendeu
Fadul, em conferência de imprensa realizada no passado dia 30 de
Março.
O Chefe de Estado-Maior
General das Forças Armadas, Tagme Na Waié, e o Presidente da
República, João Bernardo "Nino" Vieira, foram mortos em Bissau
nos passados dias 01 e 02 de Março, respectivamente, com horas
de intervalo.
Outro dos motivos por que
considera ter levado ao espancamento que foi alvo prende-se com
a alegada utilização, sem controlo, de dinheiros públicos pelas
Forças Armadas.
"Exigiram-me satisfações.
Torturaram-me sobre o facto de eu ter declarado publicamente que
mais uma vez eles (militares) conseguiram pressionar o Governo,
amedrontá-lo para poderem levantar o respectivo pacote
orçamental do sector das Forças Armadas por inteiro, sem
indicação das áreas de despesa", disse hoje Fadul.
"A minha função de
presidente do Tribunal de Contas é exactamente adversa a este
tipo de comportamentos: fiscalizar a utilização das receitas, e
o como, o 'modus faciendi' e eu falei disso", acrescentou.
Francisco Fadul considerou
não ser "admissível no momento em que surge um ministro das
Finanças que quer pôr ordem nesse caos, o primeiro-ministro, por
pressão dos comandos militares, por cobardia", submeter-se a
pressões dos militares.
Numa reacção solicitada pela
Lusa às acusações de Francisco Fadul, Zamora Induta disse que a
Guiné-Bissau "vive num Estado de Direito".
"Estamos num Estado de
Direito, em que cada um é livre de dizer o que bem entender. Só
que há aqui um problema. As pessoas estão habituadas a não serem
responsabilizadas por aquilo que dizem e isso não vamos aceitar
de ninguém", disse Zamora Induta à Lusa.
A Lusa tentou também obter
uma reacção do chefe do Governo, Carlos Gomes Júnior, que
remeteu para mais tarde a sua posição, devido ao debate
parlamentar de hoje em Bissau para discussão e votação do
orçamento de Estado.
EL.
Lusa/Fim |
Guiné-Bissau
Zamora Induta já sabe quem matou
general Tagmé Na Waié
O chefe de Estado-Maior General das
Forças Armadas interino da Guiné-Bissau, Zamora Induta,
disse hoje que já é conhecida a equipa que colocou a
bomba que matou o general Tagmé Na Waié no Estado-Maior,
no início de Março.
"Aproveito para vos
dizer que nós os militares somos os primeiros
interessados em saber quem colocou a bomba no
Estado-Maior, felizmente já os conhecemos, conhecemos a
equipa que colocou a bomba. Brevemente traremos essa
notícia a público", afirmou Zamora Induta aos
jornalistas no final de uma audiência com os líderes
religiosos do país.
"Estamos na fase
final do processo.
Criámos
uma equipa de investigação ao nível do Estado-Maior,
porque esse assunto aconteceu nas instalações
militares. Ao
nosso nível, enquanto militares, tivemos esse interesse
em saber quem são os autores da bomba que matou o Chefe
de Estado-Maior General das Forças Armadas",
sublinhou Zamora Induta.
"As
pessoas que puseram a bomba aqui já confessaram",
acrescentou, sem mais detalhes.
"O
outro crime (a morte do Presidente "Nino" Vieira) não
nos compete a nós investigar, porque o
Governo já criou uma
comissão para esse efeito da qual fazemos parte",
declarou o CEMGFA interino guineense.
O Chefe de
Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagme Na Waié,
e o Presidente da República, João Bernardo "Nino"
Vieira, foram mortos em Bissau nos passados dias 01 e 02
de Março, respectivamente, com horas de intervalo.
Na sequência dos
crimes, foi criada uma comissão de inquérito dirigida
pelo procurador-geral da República, para investigar
ambos os crimes, e uma outra pelas Forças Armadas
dedicada apenas ao atentado que matou o general Tagmé Na
Waié, da qual já resultou a detenção de suspeitos,
embora não tenha sido revelado o seu número nem
identidades.
Fonte:
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1195099&seccao=CPLP |
Guiné-Bissau:
Zamora Induta afirmou que bomba que matou
CEMGFA veio do exterior e há mais
19 de Março de 2009, 21:09
O comandante Zamora Induta, indicado pelo Governo
guineense para chefe das Forças Armadas,
disse hoje que a bomba que matou o general
Tagmé Na Waié veio do exterior e não terá
sido apenas uma, havendo o "perigo de
explosão" das restantes.
Em entrevista à
Agência Lusa, o capitão-de-mar-e-guerra
Zamora Induta admitiu que os militares
tenham facilitado a colocação da bomba que
provocou a morte do Chefe do Estado-Maior
General das Forças Armadas guineenses, a 01
de Março, mas garantiu que a bomba "veio do
exterior".
"Os militares,
naturalmente, facilitaram a colocação da
bomba, mas a bomba veio do exterior",
garantiu, acrescentando que não acredita que
tenha sido um militar a levá-la para o país.
"Há informações que
dizem que entrou mais que uma bomba no país
(…) e há todo um perigo de explosão do resto
das bombas", acrescentou.
Questionado sobre as
investigações da comissão de inquérito
militar, criada para investigar a morte de
Tagmé Na Waié, Zamora Induta disse que
"prosseguem", sublinhando que o país está,
contudo, com "limitações".
"Há um orçamento que
a comissão apresentou, que não foi atendido.
Há dificuldade na mobilidade dos membros da
comissão, das pessoas com quem querem falar
e contactar", explicou, acrescentando que
essas limitações "tornam um bocado difícil
cumprir ou respeitar os prazos
estabelecidos" e "a investigação torna-se
mais lenta".
.O comandante
justificou assim a prorrogação do prazo
inicial de 10 dias para a comissão de
inquérito militar apresentar conclusões.
Sobre o número de
pessoas detidas no âmbito das investigações,
Zamora Induta não precisou, porque há
pessoas detidas para serem interrogadas e
depois são libertadas.
"À medida que entram
informações, vão-se tomando medidas
preventivas e nessas medidas preventivas é
possível que alguém tenha sido detido. Mas
se for depois constatado que o detido não
tem nada será posto em liberdade", explicou.
Zamora Induta
reiterou que "não há perseguições contra
ninguém, que não sejam no quadro das
investigações em curso".
"Já estive várias
ocasiões aqui com a sociedade civil, que
anda muito preocupada com as especulações.
Dei-lhes autorização para visitar as pessoas
detidas e constatarem que não há nada feito
em outro sentido, que não seja o do âmbito
das investigações que estão a ser feitas",
afirmou Zamora Induta.
"Há quem diga que há
perseguições, concretamente ligadas ao
falecido Presidente da República ("Nino"
Vieira) e isso não é verdade", acrescentou,
garantindo que assim que houver resultados
serão tornados públicos.
"A opinião pública e
nós estamos interessados em saber quem foram
os autores destes crimes e os resultados das
investigações vão, naturalmente, ser
tornados públicos", disse.
Fonte: Sapo/Lusa
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COMENTÁRIOS AOS TEXTOS DA SECÇÃO
EDITORIAL
Cultivamos e
incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade
de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do
pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por
ser útil à sociedade!
Fernando Casimiro (Didinho) |
VAMOS CONTINUAR A
TRABALHAR!
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