“A HORA DA VERDADE”

 

 

                                                                              

Continuamos com a Oligarquia ou escolhemos a Democracia para um desenvolvimento almejado por todos nós

 

                                                                         

 

 

 

Por: Bacar Queta *

 

 

quetaqueta2@yahoo.com.br

São Paulo, 14 de Março de 2009

 

Mantenhas aos meus irmãos guineenses!

 

A história paradoxal da nossa terra deve ter o seu término neste momento de transição e de capital importância para a democratização do País.

 

Não se acredita, por tudo que aconteceu durante a sangrenta luta pela independência nacional cujo lema era: “Unidade, Luta e Progresso, que o progresso do País tenha sido obstaculizado pelos próprios “combatentes”, não obstante o desfecho da luta de libertação espelhar a possibilidade de construção de um governo transversal viciado pela pretensão egocêntrica, mas  também ninguém acreditava que esse dirigismo controlasse todo o processo histórico da mudança.

 

A isso, gostaria de citar uma parte da reflexão do Sr. Ariceni Abdulai Jibrilo Baldé, no artigo “ELEIÇÕES OU PARADOXO”:

-Fizemos eleições em 1994, houve conflito político militar em 1998; fizemos eleições em 1999/2000, houve golpe de Estado em 2003; voltamos a fazer eleições em 2004, houve assassinatos de altos oficiais das Forças Armadas, incluindo o seu próprio chefe do Estado-Maior General; realizamos Presidenciais em 2005, houve alegada tentativa de golpe de Estado em 2008. Vamos fazer eleições legislativas, de novo, e no mesmo ano de 2008?! (…), Outubro-2008.

 

O acontecimento de um e dois de Março de 2009 ilumina obviamente a certeza dessa reflexão e convida a todos para uma reflexão ponderada e uma participação patriótica no processo de construção do Estado e da Nação Guineenses que havia sido iniciado pelo Líder imortal A. CABRAL.

 

O País ao longo da história, após a independência, tem vivido um regime Oligárquico, favorecendo um grupo pequeno de guineenses, que umas vezes se apresentam com cara de bons políticos e outras, com a de grandes combatentes, apoiados ineptamente pelos que pareciam ser intelectuais. Esses antropófagos que conduziram o País nesse regime, alguns, por destino da vida, viajaram para o mundo da verdade e outros estão mascarados de bons políticos saltitando de fatos e gravatas mal usados, aqui e acolá, à espera da chance que a nova circunstância da crise político-institucional lhes possa oferecer para viciar mais o processo de construção da paz e democracia virada para a afirmação dos Direitos Humanos como fator imprescindível para um desenvolvimento desejável.

 

Essa maldade política perturbou o espírito e mente do vulnerável povo guineense, que agora pensa que o desenvolvimento é um dado e não um construído.

 

Irmãos, com isso, quero dizer o seguinte:

Que o desenvolvimento da nossa terra, não depende e nem estará no possível apoio que esperamos, aliás, que mendigamos da comunidade internacional, isso acontecerá só quando acreditarmos nas pessoas honestas, capazes e patriotas, isto é, “pensarmos com as nossas próprias cabeças e andarmos com os nossos pés,” frase do líder Imortal, A. CABRAL

 

Todos nós sabemos que o desenvolvimento ou a crise política, social e económica que já parece algo acostumado no País depende do nosso voto, e, se o nepotismo, tribalismo ou regionalismo reflete no nosso voto que é o material importante da nossa soberania, a interrogação do Político Ariceni Abdulai Jibrilo Baldé terá mais uma resposta.

 

A isso, gostaria muito de apelar a todas as organizações comunitárias ou não,  sejam quais forem as suas vocações, que reflictam e participem efetivamente na orientação daqueles que, por natureza, são mentecaptos, no sentido de direccionarem os seus votos a favor da Paz, Democracia e Desenvolvimento.

 

Com humildade, respeito e alta consideração.

 

 * Guineense, Presidente do FACOLSIDA,  Intercâmbista do Programa de Direitos Humanos da Conectas em São Paulo, Brasil

 


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