A INDIFERENÇA DE UM POVO PELOS SEUS LÍDERES.
08.06.2012 O Povo da Guiné-Bissau, de tão civilizado do ponto de vista da sua tolerância, à má liderança dos seus líderes, tem mantido um comportamento cívico exemplar, de um lutador que nunca lança a toalha ao chão. Sempre que é chamado às urnas, interrompe a vida para respirar a “liberdade” e sua justiça nas escolhas, exercendo humildemente o poder do voto, como um povo maduro, resistente, forte, capaz, independente, revolucionário, livre, corajoso, respeitador, ordeiro, tolerante e de brandos costumes, para mais uma vez, ver frustradas as suas expectativas, adiadas as suas escolhas, sempre pelos mesmos fracos da política nacional, que provaram não ter capacidades para levantar o País do estado em que se encontra física, cultural e socialmente. Um Povo que normalmente tem participado nas eleições livres, mas que logo a seguir vê frustradas e a morrer, toda uma esperança de mudança para uma vida melhor e mais digna, uma realidade muito triste, que persiste colada aos destinos dos Guineenses, desde a independência política do País. Um povo sóbrio que sabe bem o que quer, sabe também até onde pode confiar ou desconfiar dos seus lideres, mas estando nas mãos de fracos cuidadores dos destinos da Nação, e por isso já espera quase nada destes homens, que apenas sabem tratar de si próprios, crescerem à custa do Povo. Há décadas à frente dos destinos do País, estes líderes mostraram muito pouco sucesso nas governações até hoje, com poucos resultados práticos. Temos um Povo cansado, frustrado, que se foi distanciando e procurando tomar conta de si, no quotidiano do trabalho duro. Um Povo que vive com desprezo quase total pelos líderes, que não se orgulha dos políticos que tem, mas que labuta de sol a sol para matar a fome com a dignidade possível, num País transformado num fracasso, pelas más políticas, corrupção, impunidade e desconfiança acentuada nas Instituições. Guiné-Bissau, Terra de Sabura (boa), hoje transformada num território afectivo onde encontramos algumas tristezas e lutos de difícil resolução, mas que com esperança, acreditamos ainda, que não há mal que não acabe, haverá sempre caminho novo, uma esperança nova, como também pessoas novas e renovadas para continuar este País dos antigos (dos nossos avós) sem pestanejar e com fé no progresso e nas vitórias. Tantas vezes que o País esperou, desesperou, tem tantas frustrações acumuladas, que hoje não sabe em quem confiar, olha com indiferença para alguns líderes políticos e militares. Compreende, mas não aceita, de tanta desgraça derivada da má política e dos sucessivos conflitos entre a classe militar e a política, adoptou uma postura curiosa, como quem olha para uma montra e, com dinheiro no bolso, não quer comprar. Assim olha para alguns políticos e militares, sem os apreciar positivamente no que fazem ou projectam para o País. Não se importava de meter alguns no mesmo barco e mandá-los para “Angola” ou para outro sito qualquer. Está cansadíssimo de enganos propositados, corrupção e mentiras, por isso hoje já vive como se não prestasse atenção ao que se passa no País e sua política. O que é sinceramente uma pena, esta falta de qualidade humana e intelectual constatada na classe política, uma falta de carisma e competência dos escolhidos por influência tendenciosa para liderar, que se repetem na elite do poder, sendo constantemente preteridos os melhores, por culpa desta realidade mafiosa desgastante, persistente obstáculo que veio para durar, mas que pelos vistos parece já tem os dias contados, para o bem de todos nós. Por estas e por outras razões se instalou a desconfiança em relação aos líderes, vamos reconhecendo um Povo que faz a sua vida sem olhar para o lado ou à espera de ajuda que seria bem-vinda, porque perdeu a esperança e não acredita mais em promessas dos políticos. Hoje, mais do que nunca, habituado a “desenrascar” pela vida, como se os líderes e suas “ordens” não existissem mais, pois este Povo está farto de ver repetirem-se os mesmo erros de palmatória, por isso, como última alternativa segue o seu destino trazido na ponta da língua ou na da palma da mão, confia nas suas pernas e braços, não confia mais em fantasmas vindo da boca de políticos, que mais parecem perder o juízo cada vez que abrem a boca com promessas. Muitas vezes foram enganados, já não esperam mais e sabem de cor o destino natural dos percursos de vida a tomar, para não morrer à fome, pensamos ser este um dos motivos na luta da sobrevivência deste Povo, que conduziu ao descrédito vivido hoje em relação aos líderes Guineenses. No dia a dia segue um trajecto como programa para matar a fome, cada dia que passa acredita menos nos políticos e militares Guineenses. Nas suas cabeças a revolução morreu ontem, só os “reaccionários” estão no velório a fingir que choram pelos símbolos de outrora com significados vitais da luta, como um Povo habituado a vencer sempre, hoje quase pedinte de tudo, tudo esperam que venha de fora para dentro, mas porquê, perguntámos.
Quem somos afinal, porque querem transformar o
Povo numa massa de gente desacreditada no mundo. Não pode ser e
é preciso um corte radical com os maus, estarmos ligados à esperança, com
projectos credíveis, com resultados objectivos diante dos olhos. Vamos
tratar de vida porque ninguém vive duzentos anos, vamos acreditar que
vencemos toda esta crise com raízes profundas no tempo, passou da infância
para um estado adulto de fracassos acumulados e frustrações, são mais de
trinta anos de pára arranca, na casa das “máquinas” não se vê uma viva alma
para explicar porque falhamos sempre, e porquê, se fomos sempre um Povo
lutador e senhor do seu nariz, alguém acredita nisto como sendo nosso
destino, penso que ninguém de bom senso acredita nesta morte anunciada,
havemos de provar com persistência e firmeza que somos capazes.· Neste “estágio” fantástico, os que conseguissem chegar ao fim do “curso”, eram os renovados filhos da terra, estariam de regresso à casa, depois de um juramento em que se comprometem de facto a permanecer "alérgicos" às riquezas do Povo e nunca mais ser líder diante dos nossos destinos. Só depois seguiam viagem, penso e sem me rir tanto, que era capaz de valer a pena este esforço para ajudar alguns maus lideres no País, e sem comentários, há, há, há, e esta hem! Mas temos um Povo grandioso que se habituou a golpes e contra-golpes de Estado, vai fazendo a sua vida pensando na família, no seu sustento do dia a dia. Esta gente rija que se levanta com o sol e trabalha o dia inteiro ganha a vida com suor e trabalho. Merecia maior respeito e protecção, porque tudo que tem é honesto e digno, fruto do suor que lhe sai do corpo, enquanto alguns, do poder, roubam, esbanjam, transferem para suas contas pessoais no estrangeiro, e se vendem aos senhores mais ricos, com preços de saldo em quase tudo, sem olhar o rosto da Mãe-Terra que é constantemente prejudicada. Hoje e infelizmente, bateu-nos à porta mais uma desgraça, o País em situação de conflito político/militar. Uma teimosia compulsiva que assume o pior diagnóstico de situação vivida no País e no estrangeiro, mais uma vez uma repetição que afasta a nossa imagem do modelo progressista das sociedades modernas, independentemente dos motivos ou razões apresentadas, uma vez que presume-se num diálogo racional que nada pode levar a um desfecho desta natureza Institucional (golpe de estado). Devemos acreditar em nós, melhorar a auto-estima a partir dos melhores exemplos na nossa sociedade, porque temos mulheres e homens com carisma e bom comportamento, pessoas de bem e capazes de fazer melhor, temos alguns exemplos espalhados no mundo e dentro do território nacional. Aqui deixo um belo exemplo de um Homem bom, que nos deixou há bem pouco tempo, subindo um degrau acima de nós todos. O nosso falecido Presidente Malam Bacai Sanha, distinguido com o Prémio da Fundação Chrans Montana, atribuído em Março deste ano. O seu nome figurando entre personalidades como Yasér Araffat, Nelson Mandela, e outros, é uma prova provada e mais do que evidente, óbvia, perante qualquer sentido de interpretação humana possível, reconhecemos sempre um Homem de Paz.
Estamos perante um símbolo gigante, de que
poucos deram conta aquando da sua passagem terrena, apenas alguns o sabiam,
sentiram, o quanto o nosso falecido Presidente
Malam Bacai Sanha, que Deus tem, afinal lutou com todos os "fantasmas" da
mentalidade malvada do guineense, para evitar confrontos desnecessários,
"guerrinhas" pelo poder e outras manobras menos dignas para a nossa imagem
de Estado de Direito.
Afinal, tudo o
que era tão mau, lhe coube debaixo dos pés. Este homem conseguiu em silêncio
quase absoluto, travar, desviar a podridão de algumas mentes, enquanto
assumiu como prioridade o avanço do desenvolvimento do País, para
posteriormente passarmos a cobranças difíceis em cede própria, mas com o
grande comboio sempre em andamento. Somente um homem com conhecimento dos verdadeiros princípios de orientação de Amílcar Cabral, permanecem firmes e fiéis aos seus objectivos traçados desde a luta de libertação e, Malam Bacai Sanha foi um deles, lutou até ao último segundo de combate pela Vida/Guiné-Bissau (somos todos testemunhas disso). Este prémio não é mais do que uma certeza de que temos valores que ecoam além fronteira, apreciados pelos vizinhos e internacionalmente. Temos aqui uma referência que fez história, é verdade que somos capazes e quem não pensa assim, não sabe sequer o que sabe acerca da Guiné-Bissau. Chegou a hora de pararmos com inveja mesquinha, chegou a hora de pararmos com o culto da mediocridade, e de nivelar por baixo, chegou a hora de pararmos este ciclo de escolhas e preferência alienadas e reaccionárias. Devemos pautar por uma nova conduta, optar pela Meritocracia na Sociedade Guineense, implementar no terreno um desenvolvimento sustentado, assumir de uma vez por todas pelo uso de liberdade de expressão sem represálias, mas com responsabilidade dos seus actores, justiça e reconciliação entre os Guineenses, Justiça e prática do perdão entre nós, objectivamente cultivarmos a unidade como padrão positivo na luta pelo progresso social, acabando com os complexos e alienação cultural ou outros pré-conceitos igualmente maus. Todos juntos devemos cultivar uma postura flexível no meio de nós. Uma solidariedade positiva e capaz de isolar uma inter-dependência que leva normalmente a que não haja progressos colectivos ou a que não se cultive uma capacidade de escolher com isenção o melhor para nós. Há um mês atrás publiquei neste site – www.didinho.org – um artigo de opinião com o título: “Uma reposição obsessiva, é simplesmente impossível”, hoje devo acrescentar que em Dialéctica nada permanece inalterável, estático, eterno ou permanente no seu estado (mental ou físico) de origem. A natureza humana é na sua essência uma estrutura permanente e dinâmica, que mantém um movimento dialéctico e vital. Presume-se não fazer sentido pormos a hipótese de voltar à "estaca" zero, neste processo que levou ao golpe de Estado na Guiné-Bissau. Um "filme" que não sendo possível mais fazê-lo retroceder na sua fita de origem, a única possibilidade inteligente é tentarmos saltar para o comboio em andamento e, não tentar travar ou empurrar no sentido contrário em que se encontra posicionado a cabeça em relação à sua cauda...
Repare que é
muito mais fácil neste momento apanharmos este comboio no ponto a que já
chegou, na estação nova da presente conjuntura e situação do País, do que,
querer ver o comboio voltar para trás, para parar no sítio de onde foi
"desviado" do seu destino anterior, acarretando todas as consequências de
uma possível resistência militar por parte das nossas forças armadas, que
poderá provocar um banho de sangue sem vitórias absolutas para nenhuma das
partes em conflito, guerra é guerra não é festa.
Para alguns é uma
situação de vida ou de morte (político, económico, ou até fisicamente), mas,
há que lembrar que nem todos trazem a corda ao pescoço ou nos pés, para
estes inocentes, não é uma situação de vida ou de morte. Porque não temos
todos que assumir um mesmo destino, ou partilhar este em particular, só. Penso que a situação que se vive na Guiné-Bissau, é em si muito perigosa, requer cuidados redobrados, embora tendo que anotar o valor subjectivo do hábito de reacção deste Povo, habituado a golpes de Estado, uma realidade que pode influenciar a percepção de um observador pouco experimentado na sua conclusão. A título de exemplo, imaginemos um golpe de Estado pela primeira vez num País, o ambiente que se iria viver era completamente imprevisível, com a variável do medo, pânico, agitação que seria naturalmente superior (elevado), comparado com um País como a Guiné-Bissau (com uma experiência elevada nesta matéria) que já viveu esta realidade mais do que uma vez. Por isso para evitarmos um falso diagnóstico desta situação de ansiedade que se vive no meio ambiente, devemos manter no terreno observadores experimentados do ponto de vista de conhecimento do meio social e cultural Guineense, evitando assim um falso diagnóstico da situação concreta vivida pela população, com o objectivo profiláctico mais adequado a situação e suas diferenças. Tendo em conta que certos índices de ansiedade ou de perigo típicos evidenciados numa situação de golpe de Estado, variam nas suas reacções, tendo em conta o número de vezes que o País em causa se vê perante este confronto, podendo ser confundida a descontracção observada no quotidiano das populações, chama atenção esta variável que deve ser isolada e considerada, numa análise global da reacção da sociedade guineense numa situação pós Golpe de Estado, uma vez que as populações já convivem com esta situação como peixe na água, podemos confundir a sua descontracção com uma ausência de perigo no meio ambiente. Num País como o nosso, podemos esperar uma reacção de pânico muito inferior àquela que registaríamos numa população que nunca viveu uma experiência do género. Países que nunca viveram esta realidade, não seriam comparáveis à Guiné-Bissau que já viveu muitas situações idênticas de golpe de Estado, digamos que já está “calonisado”, daí que o Povo quase que reage com naturalidade, e normalmente no dia seguinte já se vêem pessoas a tratar de vida como se nada fosse, vivendo com “descontracção”, cada um fazendo a sua vida sem receios evidentes ou à “vista” desarmada, mas, quem conhece a sociedade Guineense, saberá tirar elações fiéis ao seu estado de espírito íntimo e real. Não basta só dizer que tudo já passou, não há mais o perigo de voltar a acontecer, há que pensar, investigar e analisar todos os focos de instabilidade social no País. Portanto, a aparente calma no País pode não corresponder a uma ausência de “perigos” no ambiente social, principalmente em Bissau, um palco inevitável dos confrontos em todas as vezes que houve golpe de Estado no País. No mundo actual assistimos a guerras que nos provam da nossa incapacidade de resolução por via da palavra (racionalidade), olhamos à volta e registamos cenários tristes com incontáveis cadáveres de civis inocentes vitimas dos “senhores” da guerra. Há e com muita evidencia na comunicação social, imagens que provam a crueldade, agressividade, violência, medos, terrorismo, criminalidade, abuso de direito, crimes e mau senso, situações descontrolados entre lideres que supostamente deveriam ter capacidades especiais dum ser humano equilibrado, gente com formação cultural e política suficientes para dirigir com justiça e isenção os destinos do Povo, mas, que muitas vezes temos alguns psicopatas no poder, os piores filhos, de mau carácter a mandar em gente boa e são na maior parte das vezes e, sacrificando o Povo. Temos acompanhado a situação na Síria, um povo selvaticamente sacrificado com toda a crueldade que se possa imaginar, velhos, crianças, gente inocente a morrerem. Vemos estas imagens chocantes na comunicação social e, como se não bastasse, pouco utilizamos esta realidade actual, para reflectir, evitando o semelhante no nosso País. Não podemos continuar a pensar que o que é mau só acontece aos outros, não, trata-se daquilo que somos capazes de fazer uns aos outros, por isso é frontal para nós a guerra que se vive em certos pontos do planeta, com seres humanos barbaramente assassinadas, uma realidade obviamente cruel, fatal e profundamente injusta como acontecimento social no mundo. Mas nós na Guiné-Bissau conhecemos uma certa realidade no que concerne aos crimes cometidos e que continuam impunes no País, e mais, a nossa experiência de golpes de Estado, devemos saber prevenir e bem, evitando o pior. Por isso há que evitar uma paz podre, afastar políticos menos bem preparados ou sem sensibilidade para apreender das necessidades do colectivo (Povo) os elementos essenciais para uma análise eficaz das suas conclusões tiradas. Queremos políticos que não estão centrados só no seu umbigo, no seu egocentrismo maquiavélico e "barato", os maus políticos à frente dos nossos destinos, exercendo mal o poder sobre todos nós, queremos os melhores na linha da frente, com gente capaz e com provas dadas. Porque havendo um perfil criminoso num líder, os riscos que se correm são sempre de uma imprevisibilidade muito grande, podendo verificar nos patamares da vida social, como um crime económico contra o Estado, contra a vida humana, com corrupção ou tráfico de influência que acaba sempre por perverter o aparelho de Estado. Sendo que devemos abrir bem os olhos, estar atentos, fazendo uma profilaxia e funcionando como um sistema de prevenção primária nos crimes desta natureza e, outros que neste momento é urgente um controle na Guiné-Bissau, no sentido de evitarmos mais conflitos (para não avançarmos inconscientemente para uma guerra), corrupção e tudo que for mau para este Povo. É preciso isolar a loucura e com a "outra" parte de nós, a melhor parte, pensarmos positivo, ter auto-controle nas nossas decisões, assumirmos os erros e avançar com menor probabilidade de repetir os mesmos erros, só. Sobretudo substituir os lideres quando não dão conta do “recado”, não permitir a sua continuidade no cargo que ocupam, dar a oportunidade a outros, e assim sucessivamente até se confirmar um que seja de facto melhor, bom no exercício da sua liderança e produção profissional. Este Povo sofredor merece melhor destino, um bom amparo e protecção dos seus líderes e não uma falsa orientação sem proveito próprio das suas próprias riquezas materiais.
Vamos aprendendo
a distinguir as pessoas pela sua competência, sensibilidade, amor-próprio e
conhecimento científico e sabedoria. Ainda temos um bom exemplo para
reavaliação no terreno, desta interacção triangular entre os nossos
militares, a missão Angolana e o Parlamento da G-B. Aguardamos todos por um
final feliz no futuro próximo das relações entre os dois Países. Devemos
continuar em estreita colaboração nas várias áreas do desenvolvimento
científico e tecnológico, torna-se necessário uma ultrapassagem rápida de
certos obstáculos entre Países soberanos, as diplomacias têm muito trabalho
a fazer e, acabar com certos complexos mafiosos em certos líderes ou
pré-conceitos que não servem os interesses superiores dos nossos dois
Estados. Este enorme País irmão da Guiné-Bissau, Angola, um imenso território físico com uma riqueza cultural e material incomensurável, melhor dito, é maior do que o próprio pensamento, sendo que, os dois Países irmãos merecem cuidados a triplicar, tanto na ponta dos lápis dos seus lideres, como na capacidade de reflexão e dos comportamentos políticos com que visam traçar, projectar, administrar os destinos do Povo enquanto legítimos herdeiros das suas riquezas naturais do solo e subsolo (os donos da terra). Contudo, é bom que políticos como o Dr. Jorge Chicoty, não subestimem Países pequenos no “tamanho”, mas de uma grandiosidade como realidade histórica, cultural e política, igualmente gigantes no contexto nacional e internacional, porque à partida não se devem comparar “coisas” diferentes, porque estaremos a praticar uma descriminação, o que naturalmente fica muito mal numa visão global e portanto deve ser evitado, só.
Sabemos distinguir entre feios, porcos e maus, o bom filho da Guiné, honesto e sério, embora vítimas desta nova emboscada para tirarem o que é por direito natural, do Povo. Aconselhamos que fiquem longe todos aqueles que não são amigos da Guiné-Bissau. Avisamos os “alienados” que estes dois Povos unidos há séculos por laços culturais e materiais, jamais se separam por políticas tendenciosas dos seus actores, aqueles que servem os interesses capitalistas e neocolonizadoras, levadas a cabo para servirem os seus patrões que sobrevoam como aves de rapina em tudo o que é nosso. Avisamos os políticos para não saírem para a rua com a lição de casa mal estudada, porque outros nem sequer dão conta quando pisam em terreno alheio, na casa dos outros ou como convidados. Também nós fazemos as nossas regras que são igualmente para se cumprirem, regras de boas maneiras, pedimos que sejam convidados com respeito e de boas maneiras, porque senão, a porta da rua é serventia da casa meus senhores. Têm de limpar os pés antes de entrar, comportar como gente “civilizada” e não tratando os outro com uma falsa e alienada superioridade. Nem as super potências alguma vez nos trataram mal com a sua diplomacia, quanto mais, estes políticos da última hora e feitos à pressa, digo: “é preciso ter calma, não dar o corpo pela alma…” (Pedro Abrunhosa)! Angola é linda, tu como político Angolano deves imitar essa beleza e orgulhar-te do teu povo, não entres na terra dos outros para arranjar confusão, sarilhos, Angola é vossa, a Guiné-Bissau é nossa, e os dois Países são irmãos, cuidado que traz dois enormes corações para cuidar, seja racional e com bons sentimentos, é uma ordem do Povo. Pense nisto Sr. Dr. Jorge Chicoty. Alguns políticos precisam de estudar melhor a história dos dois Países, porque esta Angola não tem memória curta, é uma relação muito antiga que está em causa, o sangue Guineense derramado no solo Angolano, pode até ter secado, desaparecido por conveniência é que não, e nunca, está na memória dos bons filhos da Guiné e de Angola, os resultados das más políticas não hão-de separar os laços históricos que unem os nossos Povos. A Instituição fica, e os homens passam (infelizmente alguns só muito tarde), é esta uma das esperanças do Povo Perguntamos, estas mentes ditos “politizados”, estão a favor de quem ou de que interesses, alguém sabe? Eu não meus amigos… Nós desconfiamos que submersos neste mar salgado, já cheirou a Crude, e também um suor que nos provoca nojo, reconhecemos alguns que vêm atrás deste fóssil (crude) que de onde sai deixa sempre um imenso buraco negro, que nunca ninguém pensou nos prejuízos para a natureza enquanto hipnotizados pelos resultados do grande capital, e mais, alguns parecem dispostos a matar para roubar este sangue-negro, será? Cuidado porque este perfume pode virar “isca”, todo o seu odor, de repente cheirar a sangue é muito mau sinal entre famílias, e não deve acontecer porque irá manchar um relacionamento de irmandade entre Povos, o que devemos evitar com toda a sabedoria e acção consertada entre dois Países soberanos. Haja maturidade histórica e cultural na ponta da língua, na ponta do lápis, na cabeça fria, com sapiência dos seus actores políticos em defesa do Povo, queremos ser liderados por melhores políticos, e não fracos políticos narcisistas por baixo de roupagens de “estilos” que não têm que ver com os nossos “trajes” de interesses da Nação. Não, em primeiro e último lugar defendemos o nosso património, a cada momento que o País precise, sempre e com toda a competência técnica e humana possíveis. Chegou a hora de não adiarmos mais os destinos da evolução e do desenvolvimento científico e tecnológico sustentados, chegou a hora de isolar os erros, analisar e evitar repetir os mesmos fracassos que nos conduziram a este impasse no desenvolvimento do Estado. Viva a Guiné-Bissau livre, democrático e progressista. Djarama. Filomeno Pina.
* Psicólogo clínico
COMENTÁRIOS AOS DIVERSOS ARTIGOS DO ESPAÇO LIBERDADES
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
|