A Luta que é de todos nós!

 

Por: Edson Incopté *

 

15.02.2008

 

 Meus irmãos e minhas irmãs a luta pela Guiné tem de ser de todos nós, onde quer que estejamos temos a obrigação de lutar pela nossa terra! Sem prensar duas vezes só pelo facto de não estarmos lá. O país é de todos e de cada um e é por esse motivo que temos de trabalhar mesmo fora dela para que possa ir para a frente.

 

Nos dias que correm posso afirmar com toda a certeza que a Guiné-Bissau tem filhos em todos os cantos do mundo! Estamos espalhados pelo mundo fora em busca de melhores condições de vida, à procura de viver e não de sobreviver. É nessa busca incessante que vamos encontrando inúmeras formas de organização e vamos adquirindo experiências e conhecimentos que podemos aplicar na nossa terra. Onde quer que estejamos temos que ter a Guiné no coração, mas acima de tudo, temos de pensar que mais dia ou menos dia, vamos lá voltar. E por esse motivo, não podemos virar as costas à nossa pátria. Porque queremos voltar e vê-la melhor do que a deixamos. Para isso acontecer temos de fazer o trabalho que nos compete da parte de fora, trabalho esse que consiste em sensibilizar o povo Guineense de que é com o trabalho que se leva o país ao desenvolvimento, sensibilizá-lo pelas más politicas de governação levadas a cabo pelos nossos governantes, em quem o nosso povo muito confia, mas que ao longo dos anos têm demonstrado não estar à altura da confiança do povo Guineense. Em relação a alguns diria até que não merecem o perdão quanto mais a confiança, porque o mal que fizeram é grande demais para ser perdoado.

 

Os filhos da Guiné que estão longe da pátria, e por isso também longe dos tiranos e assassinos que infestam o nosso chão, têm de aproveitar esse facto para fazerem sentir as suas vozes, que valem muito, seja de que maneira for. Têm de pensar e agir sempre com a Guiné no horizonte. A nossa pátria tem que ser o objectivo da nossa vida. Sei que muitos estão a pensar que a vida não é difícil só na Guiné e por isso têm de trabalhar e viver suas vidas. Sim senhor! De facto têm mesmo de fazer isso, afinal não é só na Guiné que o trabalho nos leva a algum lado. Mas também se pensarmos que a vida é difícil nos países “dito desenvolvidos” na Guiné então... é impossível!

 

Temos de pensar sempre nos nossos irmãos que por lá continuam a lutar para sobreviver, por vezes sem a consciência disso, de tão conformados que estão, o que critico claramente. Se pensarmos em tudo isso vamos arranjar tempo e forças, até mesmo onde elas não existem, para sensibilizar o povo Guineense, do que por vezes não tem consciência. Pensar também que podemos estar em qualquer canto deste mundo, mas a Guiné continua a fazer parte de nós e a precisar de nós como nunca.

 

Temos de fazer com que estes ditadores sintam que a Guiné é forte e brava, tão forte e brava que resistiu ao saque português, tão forte e brava que resiste à fome, à sede e à escuridão; tão forte e brava que resistirá aos filhos desnaturados. Mostrar-lhes também, que a terra pode contar connosco para ser a Guiné maravilha! 

 

Eu digo e espero dizer sempre: SOMOS O POVO MAIS PATRIOTA DO MUNDO!

 

 

* 20 anos de idade, estudante do Curso Profissional de Informática de Gestão

 


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