A NOVA LIDERANÇA BUROCRÁTICA DO ESTADO

 

Maximiano António Lopes *

maximiano20@hotmail.com

05.03.2011

Maximiano Anónio LopesA globalizaçäo permitiu as mudanças nas relaçöes económicas entre os Países, alterando profundamente o cenário da política  económica  mundial  com argumentos  adoptados na defesa de privatizaçäo do sector produtivo estatal. Também provocou as modificaçöes da divisäo internacional de trabalho e do modelo  de exportaçäo  dos Países  produtores de produtos primários, como consequência o surgimento de novos Paises industrializados.

Apesar de tudo isto, a atual crise financeira mostrou claro fracasso dessas teses neoliberais  do “Consenso de Washington”, nome pelo qual ficaram conhecidos os princípios de liberalizaçäo financeira e comercial que caracterizam o neoliberalismo e dando, numa larga medida a reconversão dos responsáveis políticos que defenderam e consagraram a liberdade total aos mercados financeiros, à “regulação”, à intervenção do Estado e às nacionalizaçöes,que começaram nos Paises com empresas nacionais exportadores de recursos energéticos ,principalmente na America Latina e ganhou mais força  com a nacionalizaçäo  da empresa nacional  de gás da Russia “Gasprom,que depois de sua re-estatalizaçäo aumentou  a sua eficiência recolocando de novo o País em lugar de destaque  como “ grande exportador  energético global

O outro caso mais recente e importante , que despertou atençäo da maioria dos Países , foi quando o governo dos Estados Unidos de America , anunciou a nacionalizaçäo  das duas maiores empresas privadas do financiamento hipotecário do País, a Freddie Mac e a Fannie Mae Foundation e também parte do negócio de seguros  da American International Group (AIG) onde  iniciou a compra de ações de bancos privados .

De lá para cá, muitos Estados começaram, a reestruturar  os sectores  ditos estratégicos de sua economia , implantando uma nova geraçäo de empresas estatais em consonäncia com as empresas privadas, dando o reconhecimento  da necessidade de recuperaçäo de papel do Estado nas economias nacionais, mostrando que de agora em diante, nada mais na economia global será como antes.

Sendo assim, mesmo parecendo simples ou até proposta menor seria  recomendavel   que o governo  “Guineense “  definisse  as novas responsabilidades para o Estado,  promover  politicas defensivas  da intervençäo do governo  para näo deixar  o controle total de suas empresas estratégicas pelas empresas  estrangeiras . Preparar o País para a reorganizaçäo de sua economia  neste periodo pós-neoliberal ,  redefinir as prioridades e tratar de harnomizar  politicas de investimentos para a nova base de estrutura economica nacional.

Concluindo,pode-se ou näo gostar do que está acontecendo, mas convém reconhecer os fatos, para näo ser tarde demais.

Aquele  Abraço

 

* Economista, Hidrólogo e Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental


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