José Ramos-Horta 1996 Nobel Peace Prize laureate

Não tenho outra agenda senão contribuir com algo tendo em vista lançar e fazer germinar na Guiné-Bissau as sementes de uma cultura e prática de diálogo, tolerância e reconciliação, para que a tão desejada paz não seja aquela linha no horizonte que ilusoriamente parece próxima mas que se afasta à medida em que temos a ilusão de que estamos a chegar lá. A paz tem que nascer nos nossos corações, nas nossas casas, tabancas, escolas, bairros, província. E isto é um processo educativo e transformativo moroso que requer compromisso e paciência.

O povo Guineense parece ser muito pacífico, bom, simples, solidário. Portanto, já estamos em meio caminho andado para que a Guiné-Bissau venha a ser um Oásis de Paz na África.

Até lá e para se chegar até lá, temos que ir resolvendo alguns problemas concretos da sociedade, reconstruir o Estado para que este seja mais justo, mais humano e mais servidor do povo e não o seu espoliador e opressor. 

A Guiné-Bissau tem muita gente altamente capaz, com verdadeiro amor à Terra!