A POLÍTICA: ENTRE A CIDADANIA E O PARTIDARISMO
Por: Fernando Casimiro (Didinho)
12.06.2008
O meu único adversário é o meu estado de preguiça, mas a esse, levo sempre a melhor!
Sou um cidadão político e não um político cidadão.
A política (do grego politiké) entre outras coisas significa: ciência do governo das nações; arte de dirigir as relações entre os Estados; princípios que orientam a atitude administrativa de um governo; conjunto de objectivos que servem de base à planificação de uma ou mais actividades; astúcia; maneira hábil de agir; civilidade.
É pela CIVILIDADE (conjunto de formalidades que os cidadãos observam entre si, quando bem educados), que me defino e faço uso do meu estatuto de cidadão político.
A cidadania, ou o direito de cidadão, implica a participação dos cidadãos na governação da nação, não fosse assim, como seria possível, por exemplo, políticos serem definidos como representantes eleitos pelo povo, se a esse mesmo povo, (a quem não se pode obrigar a filiar-se em partidos políticos, movimentos associativos, etc.) não se reconhecer o direito de opinar, questionar, criticar ou elogiar esses mesmos políticos partidários ou governantes?
A quem cabe a verdadeira tarefa de fiscalizar o desempenho dos eleitos, a não ser aos próprios eleitores, que no compromisso do dever cívico são chamados a votar, sempre que haja eleições, referendos etc.?
Qual é o político partidário que antes de o ser não é um cidadão?
A diferença é que uns, enquanto cidadãos, nunca fizeram política na lógica de cidadania e quando aderem aos partidos políticos, não conseguem dizer aos respectivos partidos que os seus compromissos para com o país estarão sempre acima dos compromissos com os seus partidos!
Tenho dito e direi sempre, que o meu Partido é a Guiné-Bissau!
O Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO jamais será transformado em partido político, sendo uma estrutura assente em bases de natureza cívica, que o absolvem de julgamentos mesquinhos sobre abordagens políticas de carácter cívico que o seu campo de acção permite, em defesa de causas nacionais.
Apesar de reconhecer a necessidade da existência de Partidos políticos num prisma meramente constitucional com suporte na definição teórica do conceito de democracia, não vejo a utilidade dos mesmos (na Guiné-Bissau), numa óptica de fomento da unidade nacional, tendo em conta a estabilidade, a paz social e o desenvolvimento do país.
É com base nisso que digo sempre que o meu Partido é a Guiné-Bissau, que nos une a todos, independentemente da etnia, sexo, religião, filiação partidária, etc. É nesta forma de ser e de estar, de cumprir com os meus direitos e deveres, que me assumo como um cidadão político e não um político cidadão; esse sim, dado a compromissos primeiros do seu partido e não do país, visto não fazer política em defesa dos interesses do país, mas em defesa dos interesses do partido que representa e aí, ser contrário a tudo que outras forças políticas sugerem, passando a haver governo e oposição, ou seja forças opostas de políticos cidadãos que em defesa dos interesses partidários quase sempre põem em causa os verdadeiros interesses dos cidadãos e da República!
Os partidos dividem mais do que unem, ou seja: enfraquecem, ao invés de fortalecerem a coesão nacional!
Um cidadão político age pela sua consciência, enquanto que um político cidadão age mandatado pelas orientações do seu partido.
Uma vez escrevi o seguinte: O medo priva-nos da liberdade! Alguém acha que o Didinho, pelo que escreve, tem privação de liberdade? Ou por outra, tem medo de alguém...?
Volto a dizer: O meu único adversário é o meu estado de preguiça, mas a esse, levo sempre a melhor!
Vamos continuar a trabalhar!
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Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO