As verdadeiras intenções de Mohamed Ialá Embaló

 

 

Por: Patriota

30.07.2008

 

O homem a quem muita gente chama de doutor, líder carismático, populista, artista e mais uma série de outros atributos, poderá tornar-se nos tempos que se avizinham numa ameaça muito grande para a estabilidade política e institucional na Guiné-Bissau. Autor de um percurso político notável, sobretudo a partir dos anos 80, fruto das experiências acumuladas durante o tempo que ainda militava no PAIGC, mas também das mudanças sociais e políticas que ocorreram no país e que favoreceram a ascensão política da etnia Balanta a que ele pertence, Ialá denotou muito cedo uma grande apetência pelo poder.

 

Ganha com alguma facilidade a segunda volta das eleições presidenciais de 2000 derrotando o candidato Malam Bacai do PAIGC cuja popularidade e carisma foram bastante prejudicadas pela guerra de 7 de Junho de 1998. O agora Mohamed Ialá Embaló exerce entre 2000 e 2004 uma presidência desastrosa como demonstram alguns dados que se seguem:

 

Estes dados são apenas algumas lembranças de um longo reportório daquilo que foi a presidência de Koumba Ialá na Guiné, curiosamente, o homem que ainda insiste em ser nosso Presidente, como se neste país só existem Burros, Ignorantes e Incapazes.

 

Perante tal cenário aconteceu o que era de esperar, golpe de Estado. O país suspira de alívio. Ialá resolve afastar-se por um tempo (a troco de 2 milhões de dólares, segundo afirmam algumas fontes) e fixa residência em Marrocos, onde se familiariza com o Islão (esperamos que não seja com a parte extremista que tem uma forte fixação nesse país) e decide converter-se. Eis que surge de novo, como um homem novo, mas desta vez com múltipla religião e cultura (muçulmana, católica, animista) numa pura tentativa de manobra política que visa a captação do voto muçulmano considerado decisivo para decidir ao seu favor as próximas eleições presidenciais. E para começar a levar avante a sua estratégia política, eis que começa com a cumplicidade do actual Primeiro-Ministro a promover algumas acções imediatas, como por exemplo a nomeação de alguns quadros guineenses muçulmanos para postos importantes (Alfândegas, Impostos, etc.). 

 

Mas, o que mais inquieta os guineenses de bom senso é o seguinte: como é possível, que alguém que tenha provocado tanto mal ao seu país, que tenha banalizado de tal forma as funções de Presidente da República, que é conhecido como um desequilibrado mental, um insurrecto, feio e medonho, continue com pretensões de voltar a ser Presidente da República da Guiné-Bissau? Que valor acrescentado poderá o agora Mohamed Ialá Embaló trazer ao país? Será que alguns cidadãos só podem ser úteis para esta terra nas funções de Presidente da República? Será que os guineenses deixarão, mais uma vez, ser enganados? Eis a pergunta que deixo no ar!

O exemplo de Henrique Rosa é uma prática que devia ser cultivada e seguida.

 

Que Deus abençoe o nosso país, livrando-o de demónios!


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