A Transição Demográfica
Por: Alexandre Tavares
18.05.2008
O mundo é constituído na maior parte por países em vias de desenvolvimento que têm rendimentos per capita relativamente pequenos. Nesses países é frequente verificar-se um crescimento rápido da população, um baixo nível de alfabetização e uma grande parcela da população a viver e a trabalhar em explorações agrícolas.
A Guiné-Bissau enquadra-se neste perfil e, se obtivermos êxito no rompimento (break) do ciclo vicioso do subdesenvolvimento, a transição demográfica pode vir a ajudar no processo do desenvolvimento económico. O conceito de transição demográfica explica-nos as tendências históricas da população. A transição é um processo em quatro fases através do qual uma sociedade tradicional passa de uma população estável com taxas de natalidade e de mortalidade elevadas para uma população estável com taxas de natalidade e de mortalidade reduzidas. A Guiné- Bissau não pode cair no erro de reduzir somente as taxas de mortalidade sem ter em conta a redução das taxas de natalidade, o que poderia provocar uma explosão demográfica. A elevada taxa demográfica é um dos factores de bloqueio da nossa economia. Para que não fiquemos no meio da transição demográfica como muitos países que tiveram essa infelicidade, a Guiné-Bissau deverá introduzir avanços na melhoria da alimentação e da saúde, públicas, com a introdução de novas tecnologias na medicina, educação e campanhas de sensibilização, o que ajudaria na maturidade dos casais, fazendo com que os mesmos passassem a fazer o planeamento ou controlo de natalidade com sucesso.
Assim, evitar-se-ia o número exagerado de filhos, dando oportunidade aos casais de terem o número desejado de crianças por família para a estabilização da população.
De acordo com o Robert Frost « Antes de erigir um murro teria que saber o que ficava dentro e o que ficava de fora.» Ainda vamos a tempo de implementar este processo porque, já foi tempo em que ter muitos filhos significava Riqueza.
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