Guiné-Bissau: Ano zero

 

 

Debruçando-me sobre os trinta anos de independência do país, das múltiplas variações de orientação com reflexos negativos em toda as vertentes de referência da Guiné-Bissau, sugiro o passar à História destes trinta anos e o instituir de um ANO ZERO para a Guiné-Bissau. Um ANO ZERO, que seria um ano de REFORMAS, a todos os níveis, começando pelo reconhecimento e agradecimento a todos os que fizeram a luta de libertação, possibilitando os seus devidos enquadramentos numa nova orientação patriótica. Reformar as Forças Armadas, criando uma estratégia para a sua modernização, num novo conceito filosófico e ideológico, onde o pluralismo e os princípios democráticos sejam permanentemente considerados.

 

 Colocar no patamar mais alto da História do país, as conquistas das Forças Armadas Revolucionárias Do Povo (FARP) mas, fazer entender que, não se pode continuar a desgastar essas conquistas, eternizando as hierarquias, que usam e abusam dos seus estatutos, para trair as conquistas do combatente desconhecido ou do Combatente da Liberdade da Pátria que hoje e, volvidos trinta anos de independência, pode não ter afinidades com quem manda nas Forças Armadas.

 

Instituir um ANO ZERO, em que todos partirão em pé de igualdade nos deveres e direitos, assentes numa CONSTITUIÇÃO feita por guineenses e para guineenses, sem rodeios de pormenor quanto à assimilação de conteúdos fora do contexto real do país.

 

Um ANO ZERO em que a reforma da administração pública seria o ponto de partida para a modernização das demais instituições do Estado, seguindo o conceito de menos Estado, melhor Estado.

 

Um ANO ZERO em que se deveria pedir uma mudança de atitude, no que aos princípios básicos da ética nos diz respeito.

 

Um ANO ZERO em que todos se deveriam retratar; em que todos teriam direito ao perdão e à vida.

 

Um ANO ZERO em que a RECONCILIAÇÃO NACIONAL, seria a esperança e a garantia da MUDANÇA que tanto procuramos. A FÉ connosco, sigamos o nosso caminho, quem procura acaba sempre por achar...

 

Fernando Casimiro (Didinho)

23.11.2003-20:41

 

A vida só tem sentido se, para além de nós, outros também puderem viver...

 

Ler, Reflectir, Transmitir...Esta é a mensagem !

 

     www.didinho.org