CASOS CLÍNICOS DE FEVEREIRO DE 2009

J.TAVARES, MD, FCCP, FAASM

joaquim.tavares15@gmail.com

23.02.2009

Seguem 2 casos; ainda tenho 2 dívidas (uma com o Muma - Palm oil e outra com uma senhora Moçambicana – uma modalidade específica de tratamento da anemia de células falciformes); em breve, saldarei essas dividas (desculpem a demora, mas não tenho tido tempo para “respirar” estes últimos 2 meses; parece que quanto maior é a crise financeira, mais doentes ficam as pessoas!!!)

1-     Uma senhora de 66 anos de idade, fumadora de 2 maços de cigarros/dia, atlética, preparadora física num ginásio em Pahrump, foi transferida para o nosso hospital para diagnóstico e tratamento.

A radiografia e a TAC revelaram um tumor central, com colapso de parte do pulmão esquerdo.

Também a TAC revelou lesões osteolíticas.

A análise laboratorial revelou um sódio de 128 (normal = 135-145)

A pergunta típica num exame de saída de especialidade: Tipo de Câncer:

 a) Squamous Cell

b) Adenocarcinoma

c) Large Cell

d) Small Cell

A resposta correcta seria Small Cell (tumor central, baixo nível de sódio (SIADH - síndrome de secreção inapropriada de hormona antidiurética); o oncologista no caso, disse-me até para apresentar o caso aos estudantes e residentes, porque era um caso típico dos Livros de Medicina; e se os colegas também marcarem Small Cell no exame, estariam certos; Mas a vida real é cheia de rasteiras: fiz a broncoscopia e para “surpresa nossa” o patologista telefonou com o diagnóstico final: Adenocarcinoma.

Podem fazer a revisão das diferentes manifestações e tratamentos de cancro dos pulmões.

Junto também vai um ECG da mesma senhora: podem rever para exercício diagnóstico e tratamento (quem falhar neste diagnóstico, necessita de ver menos novelas e rever mais electrocardiogramas!!!)

Clique nas imagens para vê-las ampliadas

      ECG

Relatório clínico do caso 1

2-     Este caso só vem reforçar o que muitos contribuidores do NOSSO CONTRIBUTO (SIM, NÃO PODEMOS NEGAR, O FENÓMENO CONTRIBUTO JÁ É UM PATRIMÓNIO NACIONAL, NA MINHA MODESTA OPINIÃO) têm escrito sobre a droga;

Não podemos dar tréguas à DROGA, com o risco de hipotecarmos as gerações futuras, incluindo os descendentes dos que agora beneficiam do tráfico deste produto.

Um jovem de 16 anos estava numa festa; uns indivíduos (incluindo drogados) quiseram entrar sem serem convidados (party crashers ou “fora de jogo”); não os deixaram entrar, mas voltaram com pistolas e apanharam o nosso paciente com um tiro na cabeça: a história teve um desfecho trágico: ao nosso jovem foi declarado morte cerebral ontem à noite e a família decidiu doar os órgãos internos. E foi no quarto contíguo que morreu TUPAC SHAKUR há quase 13 anos; Triste fim…

NÃO À DROGA!

Relatório clínico do caso 2

VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!