COMO É QUE SE SALVA A PÁTRIA DO OUTRO, SEM QUE ESTE ESTEJA PRESENTE...?
M’bana N’tchigna * 26.04.2013 CPLP, Angola, Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Brasil, permitam a pergunta óbvia sobre essa abordagem da reunião em Cabo Verde em relação à situação da Guiné-Bissau. A pergunta é: o que realmente pretendem com essa reunião acenada em Cabo Verde...? Quer venham responder à opinião pública guineense ou não, manifesto a minha discórdia em relação à reunião. Se é que entendem que a Guiné-Bissau é um país irmão, deveriam convocar Carlos Gomes Jr. e os demais membros do atual Governo de Transição (as partes em conflitos) para se assentarem e ouvi-los. Dessa forma eles mesmos poderiam expor o que pensam sobre o país. Por fim, vós outros poderiam intervir dando opiniões e apresentando soluções cabíveis ao problema.Partindo do entendimento de que nunca se resolve o problema de alguém sem que essa pessoa esteja presente então, essa reunião em Cabo Verde, não tem validade nenhuma.Nenhum de vocês, mesmo que tivesse uma solução boa que pudesse ajudar a Guiné-Bissau, deve pronunciá-la na ausência dos atuais líderes do país.A postura que adotam em não dialogar com o atual governo inviabiliza a “solução” vinda da vossa parte, para o país que dizem desejar defender. Queiram admitir que a Guiné Bissau, é um estado soberano! Mesmo neste momento em que está em crise, a sua soberania não pode ser tirada por ninguém ao ponto de se reunirem para decidirem sobre o destino do país. Saibam que quem tem voz para falar do nosso país, é o filho da Guiné Bissau e não o contrário. Vocês aceitariam que qualquer país reunisse e decidisse os destinos de vocês..?Então, entendam que nem José Ramos-Horta enviado pela ONU tem solução para a Guiné Bissau. Apenas pode contribuir, e só. Engana-se se assim assume a questão da Guiné para si. Aliás, o senhor Ramos-Horta está-se contrariando com a postura que havia tomado quando chegou à Guiné há tempos atrás. Hoje está a dar ultimato à nação guineense quando disse: “Esta é a última oportunidade para a Guiné-Bissau...” José Ramos-Horta. Esse discurso deve ser entendido além de um discurso infeliz, como também, provocativo e de desprezo ao Governo de Transição da Guiné-Bissau. Deve se subentender que para Ramos-Horta o governo atual da Guiné-Bissau não tem competência para solucionar qualquer problema que seja. Como tal, deve ser desconsiderado.Só que até aqui os integrantes da CPLP junto ao José Ramos-Horta, ainda não nos mostraram como vão resolver a questão da Guiné-Bissau. Porque devolver o poder a Carlos Gomes Jr. isso não passa de provocação ao governo atual e à maioria dos intelectuais da Guiné-Bissau que sabe quem é o senhor Carlos Gomes Jr. e o que ele fez e ainda prepara para voltar a fazer no país.Vede se realmente estão interessados em resolver o problema da Guiné trazendo o senhor Carlos Gomes Jr. de volta! Não querem assumir que há interesses obscuros que escondem por trás de tudo o que dizem e pretendem fazer no país...?Porque salvadores da pátria guineense, isso infelizmente CPLP e Sr. Ramos Horta não são!Por tudo isto, reitero a minha discórdia com vosso posicionamento nesse assunto.M’bana N’tchigna * Licenciado em Filosofia e em Teologia
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