COMO SERÁ A ÁFRICA SUB-SAHARIANA APÓS A "TEMPESTADE DE DUNAS" DOS VIZINHOS DO NORTE?
Maximiano António Lopes *07.02.2011 Muitos acontecimentos chamam a atençäo nesta primeira decada do seculo XXI, alguns säo mais visiveis que os outros,mais todos com grandes repercussöes dentro do sistema geopolitico e geoeconomico global .Como é o caso da nova reconfiguracäo do sistema inter-estatal capitalista que esta sendo agora desenhada. O exemplo disso, foi a recente proposta de aliança estratégica da OTAN com a Rússia, sob comando dos Estados Unidos, com intuito de refortelecer os interesses ocidentais e provavelmente bloquear a expansäo Chinesa na Asia Central. Mas também, há outro aspecto quase näo se menciona, que é a forma como as potências hegemónicas criam ordem e desordem em Países com desenvolvimento do capitalismo tardio em nome da democracia e dos direitos humanos, sem ter em conta as caracteristicas históricas e socio-economicas desses Paises,basta que os seus interesses sejam atendidos. É isto que aconteceu em Tunisia e segue acontecendo no Egipto, que aparentemente preocupa toda a comunidade internacional ,talvez por serem aliados de grande importäncia estratégica. Entretanto, é bom lembrar que antes dos protestos de vizinhos do norte, já haviam muitos de grande explosividade na Africa negra ,apesar foram considerados de menor importäncia, por näo pertencerem suas zonas de influências e de interesses .Portanto, o tempo acabou mostrando que este fenomeno näo é isolado como costumam ser interpretados e que as vozes do povo sonam mais alto que os interesses das potências. Mesmo assim, os aliados ocidentais estäo negociando de forma discreta, a disposiçäo para um novo tipo de acomodaçäo regional. Como esta claramente visível, este novo ajuste de posiçöes näo terá a soluçäo pacifica a näo ser venha beneficiar os interesses dos Grandes.Sempre foi assim. Diante desta nova realidade ,o mais certo é que continuem as revoltas em vários Países situados em linhas de fraturas com estados enfraquecidos pelas crises economicas ou por outros tipos de conflitos .Isto porque,dada as caracteristas desses Países os conflitos e os protestos na maioria de vezes näo costumam acontecer mudanças sociais bem sucedidas.Por näo conseguem definir as estragégias claras e prioritários do desenvolvimento . Desta feita , com intuito de contribuir para o debate pagando o tema pelo pé afigura-se-me a vir questionar: O que se pode prever com relaçäo à Africa Sub-sahariana, depois da” tempestade de dunas” dos vizinhos do norte ? Espaço que durante séculos , foi a colonia dos impérios Europeus e que nesta nova ordem económica mundial,sobretudo depois da tempestade dos vizinhos do norte, tudo indica que a Africa ,principalmente á Sub-Sahariana , será um novo palco de teatro da competiçäo imperialista .Desta vez, com um sinalzinho trocado , parecendo como um sinal negativo fora de parenteses de uma equaçäo da soma algébrica que acaba influênciando todos os demais que se encontram dentro de parenteses. Por isso, cabe os governos Africanos em geral, saber definir a estratégia conjunta do desenvolvimento economico para seus Paises e para o Continente,com imensas reservas minérais e inclusive do petroleo , mas com piores indicadores sociais, onde a pobreza resiste e as respostas capazes de produzir alivio tardam, o desemprego se propagam e os animos se inquietam estimulando conflitos sociais. Sob esta prespectiva ,näo parece fora do proposito indicar as responsabilidades dos Políticos ,seja devido a má organizaçäo da economia , seja por interesses pessoais ou choques de ideológias partidárias, gerando conflitos que näo ajudam desenvolver programas para o desenvolvimento . Näo reconhecendo essas responsabilidades, o Continente dificilmente dará respostas eficazes para os novos desafios que lhe colocam no presente e no futuro.
Aquele Abraço
* Economista, Hidrólogo e Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental
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