CONFIAR O FUTURO DA GUINÉ-BISSAU A DEUS
E
TRABALHAR
Luís Aníbal Araújo Pereira Vaz Fernandes “Montanha”
25.04.2009
Com tanta instabilidade política e militar, com tanto sangue derramado, com uma economia ruinosa e fortemente dependente de ajudas e ofertas, com um Estado débil, com o crescente descrédito internacional, a perda de confiança dos guineenses, na construção de um futuro promissor na Guiné-Bissau, seria o último e mais grave elemento negativo, capaz de afundar ainda mais o país e conduzi-lo à auto-desintegração, pela sua ingovernabilidade.
A mentalidade conformista, derrotista ou indeferente, facilita e abre márgens de manobra, a oportunistas políticos e manipuladores de opinião, idealizem planos e soluções miracolosas e salvadoras da pátria, tais como intervenção militar internacional, Governos de salvação e unidade nacional, Movimento Internacional LUSÓFONO. O guineense precisa tomar consciência da gravidade e fragilidade da situação económica e social que a NOSSA Guiné-Bissau atravessa, mudar de atitude, assumir o nosso papel na cadeia de responsabilidades, perante os destinos do país, seja este guineense Presidente, Operário, Médico, Comerciante, Religioso, Governante, Lavrador, Juiz, Professor, Militar, Polícia, Estudante, Desempregado,... Todos temos a nossa quota de responsabilidade, precisamos começar (voltar) a confiar e acreditar na viabilidade da NOSSA independência, aquela que Amílcar Cabral nos propôs, quando criou o PARTIDO AFRICANO DA INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE – P.A.I.G.C.
Não podemos desistir, quem tem Deus não desiste, acreditemos e recorramos a DEUS, o todo Poderoso, para que Ele nos conduza, nesta árdua tarefa de edificar um Futuro própero na Nação guineense. Em DEUS, encontraremos a inspiração, a sabedoria, a determinação e a força edificadora do AMOR ao próximo. Cultivemos e aumentemos a nossa Fê através de celebrações religiosas, orações, preces, jejuns, sacrifícios de adoração, caridade, tudo em nome de DEUS, então as nossas acções e obras serão influenciadas por Ele, encontraremmos o rumo certo, guiados por Ele trabalhemos sériamente, pelo nosso futuro.
Foi positivo e agradável ver fiéis católicos celebrar uma Missa em Bissau, em memória de Amílcar Cabral, pedindo a paz para a Guiné-Bissau. O guineense Felipe Sanhá pediu: DEUS, se me ESTÁ a ouvir, ajude-nos a salvar a Guiné, porque ela nunca precisou tanto de SI, como neste momento!!! O angolano João Miranda enviado especial da União Africana recomenda o papel dissuasor das igrejas e que exploremos a parte espiritual e criemos um ambiente de confiança entre as autoridades civis, os militares e o povo guineense. Destaco aquí a importância do encontro entre o Presidente da República Interino Raimundo Pereira, com o Governo, com os Militares, com os Partidos da oposição, sociedade civil e líderes religioso, para debater e analisar os problemas nacionais. Esta base de concertação e diálogo, facilita o funcionamento das instituições, a actividade social e económica flui com normalidade e assim calamos de uma vez por todas, as vozes minoritárias que sonham e insistem na necessidade de uma força militar de intervenção na Guiné-Bissau.
O Presidente da República Interino, o Primeiro Ministro, a Assembleia Nacional Popular, os Partidos da oposição e o Chefe de Estado Maior General Interino, consideram desnecessária e injustificável uma intervenção militar internacional. Todas estas entidades representam a vontade soberana do povo guineense.
Mesmo assim, decorre uma petição internacional, a favor de uma intervenção militar das Nações Unidas na Guiné-Bissau, disfarçada e camuflada em forma de PETIÇÃO EM PROL DA CONSTRUÇÃO DE UM ESTADO DEMOCRÁTICO NA GUINÉ-BISSAU, em nome dum MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO(MIL). Dita desta meneira, até o Papa Bento XVI assinava esta petição, quêm não gostaria de ver construído um Estado de direito na Guiné-Bissau? Mas o guineense está farto de ser enganado, sabe bem que este lobo disfarçado de cordeiro continua tendo um nome: FRANCISCO FADUL e esta farsa chamada de Petição, não passa de pre-campanha eleitoral, destinado a entrujar o “tubabo” e angariar fundos para a campnha que certamente irá perder, porque quem não consegue se eleger como deputado, como pode sonhar ser eleito Presidente.
Na sequência do meu pedido, DEIXEM GOVERNAR O CADOGO, venho realçar a importância da reunião técnica sobre a Reforma do sector de Defesa e Segurança, decorrida na cidade da Praia. Cerca de 50 países e organizações participantes na reunião decidiram conceder apoio à Guiné-Bissau para financiar a reforma dos sectores da defesa, da segurança, da justiça e da administração pública, avaliada em 187 milhões de dólares americanos.
O documento final
define os moldes das reformas dos sectores da defesa, da segurança e da justiça
com uma série de projectos que terão de ser aprovados e comunicados antes da
realização da mesa redonda na capital da Guiné-Bissau. Os parceiros apelaram à
mobilização de recursos e à participação na mesa redonda de Julho próximo, em
Bissau. O Governo de Bissau terá de preparar, até Dezembro deste ano, os
instrumentos legais para as respectivas reformas, bem como criar uma Academia
Militar, construir novas prisões e reabilitar os tribunais. Foi decidido o
envolvimento da sociedade civil e os órgãos de comunicação social numa campanha
de sensibilização.
Após a reunião, o nosso Primeiro Ministro inocio uma visita oficial a Cabo
Verde, com possibilidades de relançar a cooperação bilateral. De regresso a
Bissau, Carlos Gomes Júnior deve viajar para uma visita oficial à Líbia,
a convite do líder líbio, Muamar Kadafi. Esperamos que destas visitas, resultem
importantes contributos a nível financeiro e cooperação bilateral, motivando
outros parceiros a seguir o exemplo da Líbia e Cabo Verde.
No quadro das relações da nossa ANP e as Nações Unidas, esteve em visita de trabalho ao país, um grupo de parlamentares portugueses sobre população e desenvolvimento, tendo como agenda, a saúde sexual e reprodutiva. Estes parlamentares visitarão projectos em curso, ligados à promoção dos direitos da mulher e da criança, em especial os cuidados médicos maternos e infantis.
Envolver os militares em tarefas de limpeza da cidade foi um gesto louvável, um exemplo de múltiplas ocupações e utilidades que se pode dar à tropa. Esperamos que surjam mais iniciativas que permitam aos militares exercitar e ganhar consciência de cidadania. Lembramos os saudosos campos agro-políticos, no post-independência, as jornadas de trabalhos voluntários de limpeza geal da cidade e recolha de lixo, promovidas por técnicos formados em Cuba. A consciência dos jóvens forja-se no trabalho físico.
É com trabalho que o país avança, as nossas diferenças deverão ser debatidas e encontradas soluções. Devemo-nos preocupar com aumentar a produção, exportar mais e melhor, gerar riqueza, pagar impostos, para melhorar os serviços sociais. A ajuda internacional virá por acréscimo, quando a comunidade internacional considerar que realmente estamos determinados a trabalhar e trabalhar mesmo, não com politiquices de pedir intervenções internacionais. Concentremo-nos em preparar as eleições precidenciais.
Espero que o povo guineense assuma estas eleições, como a mais importante da sua história, pois a nossa escolha pode significar o arranque definitivo do país ao futuro de progresso e bem estar, ou o regresso às contradicções, conflitos de poder, instabilidade política e militar. O PAIGC em exercício de democracia partidária escolheu o Malam Bacai Sanhá, merecerá o meu apoio e respeito por disciplina partidária e por ser em todos os aspectos, melhor aposta do que Koumba Yala e Francisco Fadul juntos, ambos derrotados por Malam Bacai na primeira volta e ambos, juntaram-se ao Nino Vieira para “cozinhar” a maior trafulha eleitoral da Guiné-Bissau. O PAIGC e Malam Bacai, em nome da estabilidade do país, aceitaram e reconheceram os resultados finais.Tenhamos em conta o presente dos candidatos, sem esquecer o passado recente, perguntemo-nos perante DEUS, se estamos a votar em consciência. Façamos uma escolha agradável a Deus: A favor da Guiné-Bissau e dos GUINEENSES, independentemente de quem vier a ganhar.
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