Contributo: O projecto
FUNDADO A 10 DE MAIO DE 2003
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO
Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO - UMA RECAPITULAÇÃO NECESSÁRIA
Fernando Casimiro (Didinho)
01.03.2009
O Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO nasceu a 10 de Maio de 2003, motivado pela ameaça do “desaparecimento” da Guiné-Bissau como Estado, durante a presidência de Kumba Yalá. Foram muitos os momentos de reflexão e ponderação, por forma a encontrar uma via para dar o meu contributo, como guineense, na tentativa de se inverter a situação. Optei por exteriorizar as minhas reflexões, escrevendo artigos de opinião sobre a Guiné-Bissau, tentando assim, passar mensagens de sensibilização pela causa guineense, não só aos guineenses, mas também ao Mundo.
CONTRIBUTO é um projecto de orientação pessoal, de carácter reflexivo, apartidário e sem fins lucrativos. É um projecto que visa incutir e desenvolver o espírito de reflexão e debate de ideias na Guiné-Bissau e nos guineenses.
CONTRIBUTO evoluiu com o tempo e, apesar de continuar a ser um Projecto de orientação pessoal, cedo se transformou num Projecto de participação colectiva, expandindo-se cada vez mais e de forma concertada, numa crescente diversidade de áreas de intervenção temática em função dos desafios inerentes à sustentabilidade da valorização e consequente afirmação da Guiné-Bissau como Pátria dos guineenses; valorização essa que, em primeira instância, deve ser da responsabilidade dos próprios guineenses, onde quer que se encontrem e independentemente dos seus estatutos sociais ou profissionais.
Decorridos seis anos desde a sua fundação, o Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO conquistou simpatias por parte de guineenses e de amigos da Guiné-Bissau um pouco por todo o mundo.
O nosso Projecto, que nestes seis anos de vida nunca contou com qualquer apoio material (inclusive financeiro) de nenhuma entidade pública ou privada, guineense ou estrangeira, tem no entanto servido de ferramenta de apoio ao interesse público: quer a cidadãos e instituições guineenses, quer a amigos da Guiné-Bissau, quer a diversas instituições estrangeiras de direito público e privado, na Guiné-Bissau e em todo o mundo.
O Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO tem servido de base de apoio a estudantes guineenses e estrangeiros nos vários níveis de formação dos seus percursos académicos, entre a licenciatura, o Mestrado e o Doutoramento.
Têm-nos chegado vários pedidos (Guiné-Bissau, Brasil, Moçambique, Rússia e Portugal) solicitando apoios diversos quer se trate de avaliações, sugestões, informações ou explicações de temas desenvolvidos ou a desenvolver nos processos finais de formação.
Procuramos sempre dar resposta aos pedidos solicitados, mas cientes das nossas limitações, até porque, essas solicitações são dirigidas à pessoa de Fernando Casimiro (Didinho), que como se sabe, nunca frequentou nenhuma Universidade!
Estamos cientes da importância que o nosso esforço significa para as pessoas de bem, que diariamente acedem ao nosso site www.didinho.org (nossa sede virtual), para se inteirarem de assuntos diversos sobre a Guiné-Bissau, principalmente, mas não exclusivamente.
Estamos cientes das exigências que os pressupostos da consciencialização e sensibilização dos guineenses nos impõem e, por isso, continuaremos a trabalhar, inovando na forma de comunicar, para assim nos aproximarmos cada vez mais do nosso povo e dos nossos amigos.
O Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO ainda não está registado como entidade associativa, apesar de terem sido dirigidas duas propostas nesse sentido a todos os interessados, sem no entanto, ter havido respostas significativas em relação a essas propostas.
O Projecto continua a funcionar sob orientação pessoal do seu fundador, Fernando Casimiro (Didinho).
Duas secções temáticas de grande importância na vida dos guineenses, a Cultura e a Saúde, têm coordenação editorial respectivamente da Dr.ª Filomena Embaló (Cultura) e do Professor Doutor Joaquim Silva Tavares (Saúde).
O Projecto em si, tem sido desenvolvido, com base na comunicação virtual.
Desde a sua fundação a 10 de Maio de 2003, a forma encontrada para transmitir a mensagem, os objectivos etc. foi a de utilizar espaços públicos de opinião na Internet.
As únicas portas abertas eram os fóruns de discussão existentes nalguns sites que, no entanto, e apesar de várias solicitações nesse sentido, nunca aceitaram publicar nenhum texto de opinião do fundador do Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO, nos espaços reservados à publicação de artigos de opinião.
Ao recordar esse período, não posso deixar de mencionar um nome, de um guineense, que tal como eu, já naquela altura também se preocupava em debater assuntos da Guiné-Bissau nos fóruns existentes.
Flaviano Mindela dos Santos, o nosso "todo o terreno", artista plástico, poeta, fotógrafo e, também, um dos mais destacados colaboradores do nosso Projecto na área da consciencialização e sensibilização.
Continuou-se a trabalhar, a aprender e a exercitar a mente e a 26 de Maio de 2004 nasceu o nosso primeiro site, http://didinho.no.sapo.pt alojado no servidor Sapo.
Foi o grande impulso para a abertura do Projecto a todos quantos quisessem participar positivamente na luta pela consciencialização e sensibilização dos guineenses através das suas reflexões e pelos debates que essas reflexões iriam fomentar.
Começaram a aparecer os primeiros contributos de guineenses e amigos da Guiné-Bissau; começou o Projecto a ganhar um novo estatuto, pois já não era só o Didinho, passando, por isso, a ser uma Força da união de desejos, vontades, experiências e conhecimentos de guineenses e de amigos da Guiné-Bissau.
Esta Força, esta União, possibilitou uma rápida e crescente expansão do nosso Projecto a todos os cantos do mundo, particularmente à nossa Guiné-Bissau, pese embora todos os condicionalismos locais.
Com a abertura à contribuição através da partilha de experiências, ideias e opiniões, criou-se, no entanto, um encargo de elevada responsabilidade que, se não tivesse sido assumido como um compromisso para com os guineenses e por assim dizer, para com a Guiné-Bissau, teria certamente deixado cair por terra a ideia da multiplicação de contributos e hoje, não estaríamos aqui a falar de seis anos de um Projecto consistente, mas invulgar em toda a sua estrutura e funcionalidade.
De repente começaram a surgir muitas contribuições em forma de texto e era preciso ler tudo; ver se era preciso corrigir algo, fazer a edição e depois a publicação no site.
Não era fácil fazer tudo isso no próprio dia por diversos motivos:
1. A minha disponibilidade de tempo resumia-se (hoje ainda), ao período da noite, pois a minha actividade profissional não tem nada a ver com o Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO e ocupa-me o período diurno de segunda a sexta-feira e às vezes, os sábados.
Nos dias de hoje raramente faço "directas" a trabalhar no Projecto, mas passei pelo menos quatro anos em que normalmente dormia três a quatro horas por noite, tendo ficado muitas noites sem dormir e ter que ir para a actividade profissional.
Para além da minha actividade profissional, e apesar de em 2004 aquando do lançamento do nosso primeiro site, ter 2 computadores em casa, o meu - pessoal, era um Pentium II 350 MHz, que na altura tinha conseguido "artilhar" com um novo sistema operativo - Millenium (mais tarde, o XP) e com mais Memória RAM (256 Mb). Aliás, trabalhei com esse computador até Agosto de 2008!
Quem percebe de computadores sabe o quão complicado é trabalhar com um computador com as características que referenciei. Chegava a dar murros na secretária, a cada vez que o computador bloqueava e tinha que reiniciar.
Quantas vezes perdi trabalhos (meus) que não tinha salvo antecipadamente, devido a ter que reiniciar o computador!
Quantas horas perdi para editar os diversos artigos que me chegavam!
Quantos não foram os momentos "desencorajadores" por trabalhar num Projecto em crescendo com um computador como o que tinha!
Hoje tenho um excelente portátil que me permite trabalhar em qualquer lugar (pela mobilidade) e me permite poupar muito do tempo que disponibilizava a fazer trabalhos com o anterior computador, para além das múltiplas novas funcionalidades que me oferece para trabalhar!
2. A 12 de Julho de 2004 escrevi a seguinte nota no livro de visitas do nosso site: " Os meus agradecimentos a todos quantos têm acedido à página, quer deixando ou não, os seus testemunhos no livro de visitas. O meu obrigado também, pelos inúmeros e-mails que me têm chegado. Venho informar que de há 1 semana para cá, não tenho tido oportunidade de escrever novos textos, visto a minha mãe se encontrar muito doente, tendo viajado de urgência da Guiné para Portugal, sexta-feira, 09.07.2004 e estando inclusivamente internada numa unidade hospitalar em Lisboa. Ciente da compreensão de todos, achei-me no dever de dar a conhecer este à parte, pois o projecto CONTRIBUTO, é para continuar. O meu obrigado a todos".
Pois é, estive oito meses repartidos entre a minha actividade profissional, quando podia ir, os cuidados com a minha mãe, que tinha sofrido um AVC e fazia hemodiálise 3 vezes por semana e o compromisso com os guineenses e a Guiné-Bissau, através do Projecto CONTRIBUTO.
Apesar de todas as contrariedades, de muito sofrimento, incluindo o desgaste na minha relação mais íntima no seio familiar, devido ao tempo que despendia (e ainda despendo) ao Projecto e pelas causas que defendo, creio que ninguém notou, até hoje, que passei e tenho passado por muitas complicações.
Não se nota porque o Projecto continua funcional!
Há quem pense que há uma equipa que faz, de forma repartida, as tarefas de leitura, correcção, edição e publicação de todos os trabalhos até aqui publicados no nosso site.
Não, nunca houve!
Basicamente sou eu o eixo de tudo o que se relaciona com o Projecto (peço desculpa aos que me acham um egocentrista por excelência). Estou à vontade para falar na primeira pessoa neste Projecto, sem que isso signifique arrogância ou desvalorização da participação de cada um na Missão conjunta em que estamos empenhados. Quando digo que ando com o Projecto às costas, sei do que falo e não estou a desvalorizar as contribuições dos que também escrevem no nosso site e estão devidamente referenciados; ou dos que não escrevendo, não estando referenciados, não sendo "conhecidos" dos leitores do nosso site, são nossos colaboradores indirectos, porquanto constituírem a base da Força de apoio moral que precisamos no exercício desta nossa luta.
Peço licença para continuar a falar na primeira pessoa e dizer que sou o único que conhece e se relaciona (ainda que virtualmente), com todos os colaboradores directos e indirectos do Projecto!
Sou eu que pelo Projecto entro em contacto vezes sem conta, com conterrâneos nossos em Bissau e em várias partes do mundo, para dar e receber informações que sempre ajudam a desenvolver diversos trabalhos de reflexão.
Tenho recorrido sempre que necessário, aos préstimos da Dr.ª Filomena Embaló, para a correcção de textos, essencialmente quando chegam muitos no mesmo dia e, não vejo como corrigi-los, para depois fazer as edições e publicações em tempo útil, ou seja, no próprio dia, ou no dia seguinte após a entrada na minha caixa de correio.
Apesar de a Dr.ª Filomena sempre se ter disponibilizado para ajudar na tarefa da leitura e correcção dos textos, sempre achei que, por ela ser mãe e ter tarefas domésticas ao chegar a casa à noite, bem como, por trabalhar com um computador durante todo o dia e por vezes levar trabalho para casa, seria desgastante demais para ela, ter que assumir a partilha de tarefas da leitura e correcção dos textos enviados pelos colaboradores.
A leitura e correcção (se justificada) dos textos, é uma regra de base que nunca descuidamos. Houve tempos em que escrevia aos colaboradores pedindo-lhes autorização para proceder a correcções dos seus textos, referenciando detalhadamente as correcções a efectuar.
Depois, passei a receber autorizações prévias para corrigir os textos caso houvesse necessidade disso.
Digamos que se estabeleceu um clima de confiança, ou seja, de bom relacionamento tendo em conta a necessidade de apresentarmos os trabalhos com um certo grau de rigor em relação ao nosso idioma oficial, que é a língua portuguesa.
Há textos que chegam sem necessidade de correcção; outros há que, devido aos teclados em idiomas tais como o inglês, o francês etc. carecem sempre de alguns retoques, sendo que, noutros casos, a questão prende-se com o facto de haver colaboradores a residirem há muitos anos em países onde não se fala a língua portuguesa.
Alguns textos são publicados tendo em consideração o respeito pelo acordo ortográfico, concretamente textos escritos por guineenses a residir no Brasil e também, por amigos nossos brasileiros.
Hoje talvez se pense que isto é tarefa fácil, vendo os milhares de quilómetros de textos publicados no site, assim como a actualização permanente do nosso espaço.
Desengane-se quem assim pensa. Desengane-se quem acha que consegue fazer o que tem sido feito, sem se comprometer com o interesse colectivo, numa perspectiva nacional!
Este trabalho depende essencialmente do amor a uma causa: à Pátria guineense em toda a sua envolvência;
Depende do espírito de
sacrifício, de entrega, de disciplina, de Fé e de Esperança de quem o criou.
Foi muito desgastante, mas não me deixei abater e continuei sempre a trabalhar no Projecto!
Foi em 2006 que optamos por registar um domínio próprio e o nosso site passou a ser conhecido como www.didinho.org
Em 2008, acabei por perder também a minha mãe, mas nem por isso deixei de dar seguimento ao Projecto.
Talvez para alguns, este trabalho seja uma rotina, mas a esses, desafio-os a fazerem algo; a mostrarem algo em que tenham conseguido reunir tantos guineenses e nossos amigos à volta da mesma causa: a Guiné-Bissau!
Nós, do Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO criticamos, criticaremos sempre que for necessário e a tendência é essa, mas temos feito tudo, no sentido de também divulgarmos a Guiné-Bissau Positiva que existe e os bons guineenses que também existem!
Para quem pensa que este Projecto é subsidiado ou patrocinado por alguém que não o seu fundador, aproveito para reafirmar que NUNCA recebemos nenhuma contribuição financeira de nenhuma entidade pública ou privada, guineense ou estrangeira!
A única pessoa que sempre manifestou um verdadeiro interesse em apoiar financeiramente este Projecto (pedindo inclusive um orçamento para custear o meu trabalho no Projecto) foi o Professor Joaquim Silva Tavares (Djoca).
Eu é que não aceitei, porque este Projecto, nos moldes em que tem funcionado, "não precisa de dinheiro", mas da partilha de experiências, de ideias, de opiniões e de conhecimentos.
Os custos que temos com o Projecto constituem valores simbólicos repartidos entre o alojamento num servidor e o registo de domínio do nosso site, numa modalidade de contrato anual, e também, obviamente, as despesas mensais de energia e acesso à Internet que os trabalhos com o Projecto impõem.
De resto, a despesa maior seria no caso de não ser eu a criar e a manter o site. Aí teria que despender elevadas quantias mensais em dinheiro!
Este Projecto, como disse, é invulgar na sua estruturação e funcionalidade!
No entanto, não tenho quaisquer dúvidas de que até que se consiga transmitir a essência deste Projecto a um maior número de colaboradores; que se consiga uma natural fidelidade aos pressupostos que norteiam os princípios deste Projecto, a sua melhor orientação, deve continuar a ser a orientação pessoal de quem o criou e sabe, melhor do que ninguém, o que quer dele!
Fruto do sucesso que constitui esta gigantesca e extraordinária obra de cidadania, já há pessoas que se sentem incomodados com o que apelidam de egocentrismo da minha parte. Por isso, nada melhor do que dar a conhecer aspectos importantes do nosso percurso, que poucos, até aqui, conheciam.
Aproveito para dizer também a essas pessoas que fui eu, Fernando Casimiro (Didinho), quem igualmente criou e tem suportado o site da Liga Guineense dos Direitos Humanos www.lgdh.org site esse onde estão alojadas páginas do Movimento Nacional da Sociedade Civil e da Confederação dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau.
Infelizmente, reconheço que se eu morresse hoje, este Projecto acabava imediatamente...para alegria do clã Bernardo Vieira e dos seus lacaios!
Foi a pensar numa qualquer fatalidade que propus, por 2 vezes, a institucionalização do Projecto, de forma a estruturá-lo convenientemente, para que funcione sem depender de quem quer que seja!
Hoje concluo o seguinte:
Se nós que não somos nenhuma entidade; que não somos financiados; que não temos uma sede social e nem trabalhamos profissionalmente nesta área, conseguimos realizar o trabalho que está à vista de todos, imagine-se o que seremos capazes de fazer quando criarmos as nossas próprias condições para avançarmos mais e melhor nesta nossa luta?!
Deixem-nos continuar a trabalhar, pois é o que sabemos e queremos fazer!
TRANSFORMAR O PROJECTO GUINÉ-BISSAU: CONTRIBUTO NO PONTO DE CONVERGÊNCIA DO POSITIVISMO GUINEENSE
Caros irmãos e amigos da Guiné-Bissau,
Estou de volta aos textos, depois de um árduo trabalho de reestruturação deste espaço de todos nós; reestruturação que, apesar de ainda não estar concluída, torna o site mais funcional, possibilitando um melhor enquadramento para as diversas consultas dos conteúdos disponibilizados aos leitores.
Foram criadas secções temáticas com vista a possibilitar debates interactivos sobre questões estruturais da casa guineense.
Para esta iniciativa aberta a guineenses e amigos da Guiné-Bissau, foram convidadas personalidades com formação, conhecimento e experiência nas matérias a debater, de modo a tornar os debates mais enriquecidos e mais participativos, havendo, por via disso, mais opções e alternativas a apresentar a nível de ideias e opiniões na busca de respostas e soluções para os nossos problemas.
A Guiné-Bissau deve ser falada, discutida, debatida e analisada, tendo em vista a projecção de novas orientações, novos desafios e novas metas para a afirmação necessária e urgente que o percurso de desenvolvimento nos impõe.
O Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO deve, no entanto, ser ajustado em função da expansão que tem tido e, de uma estrutura de iniciativa pessoal, deverá passar, brevemente a ser uma Associação, conforme dei a conhecer em Maio deste ano.
Passará a ser uma instituição vocacionada para as questões de cidadania, sendo que após o seu registo associativo deverá apresentar candidatura para a obtenção do Estatuto de Organização Não Governamental.
É possível fazer-se muito mais pela Guiné, transformando este Projecto numa instituição que venha a ser o ponto de convergência do positivismo guineense.
É possível reunir a maioria dos guineenses e amigos da Guiné-Bissau à volta deste trabalho. Basta para isso, vermos a Guiné com olhos de bem querer!
É preciso, igualmente, que continuemos a trabalhar, cada vez mais e melhor, pois este nosso Projecto, já dispensa apresentações e, por exemplo, hoje, durante a consulta dos acessos ao site, pude constatar que tinha sido acedido directamente da sede das Nações Unidas em Nova Iorque!
6. | 21:55 | CI2/United Nations, New York, United States |
Este Projecto é um trabalho sério, um trabalho nobre, que pretende dignificar os guineenses e afirmar a Guiné-Bissau no mundo!
Vamos continuar a trabalhar!
Fernando Casimiro (Didinho)
31.10.2007
Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO
10.05.2003 - 10.05.2008
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
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5 ANOS DE LUTA POR UMA GUINÉ POSITIVA!
Como E QUANDO nasceu o Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO O projecto CONTRIBUTO nasceu a 10 de Maio de 2003, motivado pela ameaça do “desaparecimento” da Guiné-Bissau como Estado, durante a presidência de Kumba Yalá. Foram muitos os momentos de reflexão e ponderação, por forma a encontrar uma via para dar o meu contributo como guineense, na tentativa de se inverter a situação. Optei por exteriorizar as minhas reflexões, escrevendo artigos sobre a Guiné-Bissau, tentando assim, passar mensagens de sensibilização pela causa guineense, não só para os guineenses, mas também para o Mundo. CONTRIBUTO é um projecto de orientação pessoal, de carácter reflexivo, apartidário e sem fins lucrativos. É um projecto que visa incutir e desenvolver o espírito de reflexão e debate de ideias na Guiné-Bissau e nos guineenses. |
Por: Fernando Casimiro (Didinho)
22.05.2008
Resumidamente, foi assim que nasceu o Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO, sendo que, também é importante dizer que nasceu em Portugal, país onde resido há 20 anos, num total de 27 anos "ausente" da minha Guiné-Bissau!
Olhando para trás, como faço todos os dias em relação à minha vida, revejo a sequência dos passos dados até hoje no Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO, mantendo a convicção de que, não fosse a data de 10 de Maio de 2003 (data da sua criação), seria numa outra, pois algo me desafiava, insistentemente, a fazer qualquer coisa, positivamente falando, pela Guiné-Bissau, terra que me viu nascer e crescer, bem como, pelos meus irmãos guineenses. Este Projecto, que defino como sendo uma Missão, tinha que nascer!
Revendo a forma como lidei com a questão na altura, ressalvo um ponto essencial para a sua sobrevivência à nascença: o facto de ter sido uma iniciativa pessoal e não de grupo. Porquê?
Cinco anos volvidos, mantenho a certeza de que, se tivesse tentado reunir um grupo de pessoas para a criação de um Projecto desta natureza, levaríamos demasiado tempo em discussões de estruturação, principalmente no tocante às definições estratégicas e de caracterização dos ideais a propor como mecanismos de orientação e afirmação.
Os guineenses, na altura, pensavam que qualquer movimentação no sentido de se reunir uma iniciativa com abordagem política teria que desembocar na criação de um Partido Político, o que para mim estava e está fora de questão, até porque o meu ponto de vista era e é de que a cidadania implica uma formação de base a nível do conhecimento sobre questões políticas nas várias vertentes da grande árvore que é a política, mas não implica, necessariamente, o exercício declarado de uma participação política institucional como forma primeira ou única de servir um país, uma sociedade, uma comunidade etc.
Como tenho dito, o meu Partido é a Guiné-Bissau!
Um Projecto como este, seria à partida, algo inconsistente, irrealista e fora do contexto habitual das tendências associativas ou outras (na forma de ver de muita gente), o que iria desmotivar uma participação sustentada e estável na busca de respostas e soluções com vista a uma abordagem estruturada sobre os problemas da Guiné-Bissau e, por assim dizer, na sensibilização dos guineenses para a necessidade de suas participações, como cidadãos, no debate construtivo sobre o país.
Não havia, na altura, uma cultura aberta e manifestamente assumida em relação à reflexão e ao debate de ideias.
Também não era de estranhar, porquanto, na Guiné-Bissau, a liberdade de expressão ter sido sempre condicionada, para não dizer, muita das vezes inexistente, daí se ter criado e desenvolvido (consciente ou inconscientemente), a cultura do medo, do silêncio e da indiferença.
Fiz os meus estudos, as minhas análises e tirei as conclusões que me impulsionaram a avançar com o Projecto, de forma pessoal.
Era preciso fazer a diferença na análise e avaliação dos princípios relativos ao conceito de cidadania e apresentar essas análises e avaliações quer aos guineenses, quer aos amigos da Guiné-Bissau.
Numa das muitas questões que coloquei a mim mesmo em relação a uma abordagem global do Projecto (tal como o idealizei), por parte de outras pessoas; caso me decidisse por um movimento associativo de raiz, tive sempre a convicção de que não haveria argumentação suficiente no sentido de uma convergência em relação à defesa do interesse nacional, porquanto na altura e, ainda hoje, dificilmente os guineenses assumirem compromissos para com o país numa lógica patriótica não sustentada por um retorno, seja ele qual for.
Na verdade, também não tinha um círculo de amigos muito chegados, ou seja, merecedores de confiança plena para uma abordagem do género, para além de que, numa questão de liberdade de pensamento e de acção, os ideais do Projecto impunham total transparência, imparcialidade e rigor na análise e avaliação da situação por que passava o país.
Dado que as relações familiares são laços muito fortes na Guiné-Bissau (laços que na maioria das vezes influenciam a forma de pensar e de agir dos cidadãos, porquanto, defensores dos membros de suas famílias, principalmente quando afectos às estruturas do poder, ainda que essa insustentável defesa viole princípios éticos e morais, de valor e património comuns, como são os casos da Verdade e da Justiça), não via como convencer as pessoas para a sustentação de um novo conceito que diferenciasse o interesse nacional, bem comum de todos os guineenses, do interesse pessoal; isto, tomando em linha de conta os registos conclusivos do estado de crise, a todos os níveis, a que chegou a Guiné-Bissau e que não era consequência de calamidades naturais, mas sim, da má governação e, por conseguinte, da irresponsabilidade de indivíduos que, deveriam ser responsabilizados pelos seus actos.
A defesa da honra da família, no contexto da Guiné-Bissau, ultrapassa, inclusive, os compromissos e juramentos quer em relação à Pátria, numa visão de patriotismo, quer em relação a Deus, numa visão religiosa universal.
Não seria fácil congregar ideias e opiniões que fossem de encontro às mudanças de fundo, tendo a Verdade e a Justiça, como factores indispensáveis para a reconstituição que se impunha, de todo o registo histórico recente da Guiné-Bissau, por forma a sabermos porque tínhamos chegado ao ponto crítico em que nos encontrávamos; o que fazer e como fazer perante as conclusões mais do que evidentes.
Na altura dei conta de que se tivesse que escrever algo e mencionasse o nome de alguém que tivesse tido responsabilidades na má governação dos sucessivos regimes que dirigiram a Guiné-Bissau, iria sempre encontrar obstáculos e fomentar divergências, caso optasse pela criação de uma estrutura colectiva.
Iria ter dissabores antes de ter oportunidade de dar a conhecer, detalhadamente e por etapas, o que realmente pretendia.
Afinal, nada melhor como avançar e dar a oportunidade a todos de tomarem contacto com o trabalho, de fazerem leituras e avaliações sobre o mesmo, pronunciando-se quer de forma crítica, mas construtiva; quer elogiando ou fazendo sugestões em função da leitura que cada um fez em relação ao trabalho exposto.
Estava certo de que o passo no sentido de uma iniciativa pessoal era o melhor na altura, até porque, o Projecto que idealizei era único do género, quer na forma, quer no conteúdo e, por isso, merecia uma oportunidade de se mostrar, tal como fora concebido.
Escrever foi sempre uma tentação para mim, no entanto, faltava sempre algo que me motivasse a dar o primeiro passo. Razões e visões para escrever sempre tive, mas como inspiração, nunca houve uma luz na escuridão dos meus pensamentos, até ao dia 10 de Maio de 2003. AMILCAR CABRAL, foi a luz que iluminou a escuridão dos meus pensamentos, motivando-me para esta Missão.
O Projecto estava criado e era necessário dá-lo a conhecer ao mundo. Vivendo numa época em que as novas tecnologias de comunicação têm efeitos extraordinários na divulgação do que quer que seja através da ferramenta virtual do mundo globalizado que é a Internet, logo tratei de encontrar um espaço que me possibilitasse divulgar as minhas reflexões, no intuito de fomentar o debate de ideias sobre a Guiné-Bissau, bem como sensibilizar os guineenses para um novo conceito de patriotismo virado para uma participação assente nos direitos e deveres dos cidadãos.
Foi no www.africanidade.com de então, que encontrei porta aberta para lançar as minhas reflexões entre Maio de 2003 e Maio de 2004 altura em que decidi criar o primeiro site de sustentação do Projecto CONTRIBUTO.
A criação do primeiro site, denominado http://didinho.no.sapo.pt foi muito bem aceite e possibilitou o primeiro balanço da utilidade, do alcance e também da participação dos leitores num Projecto que, tendo o seu espaço próprio, transformou-se, de imediato, num Projecto de guineenses e amigos da Guiné-Bissau, apesar da ausência de uma estrutura orgânica institucional, no quadro legal que sustenta entidades tais como Associações, Movimentos, Organizações etc.
O Projecto Guiné-Bissau transformava-se assim numa Comunidade virtual activa, com reflexos positivos sobretudo na sensibilização, contribuindo dessa forma para uma (re) aproximação de guineenses da diáspora ao país de origem, mas também, para uma nova abordagem da governação do país a nível interno, pois marcava já a sua presença nos meios com acesso à Internet na Guiné-Bissau.
A sensibilização de guineenses e amigos da Guiné-Bissau veio confirmar a utilidade de se ter avançado com o Projecto de forma pessoal, permitindo, ao longo dos tempos, consoante as abordagens apresentadas, que cada um pudesse tirar ilações das leituras efectuadas e assim, avaliar a importância do Projecto na mudança necessária para a Guiné-Bissau.
Foi com naturalidade que muitos guineenses e até amigos da Guiné-Bissau passaram a dar os seus contributos, através de ideias e opiniões, a bem do interesse nacional, demonstrando uma visão esclarecida quanto ao conceito de patriotismo.
Foi, igualmente, com naturalidade, que muitos acabaram por reconhecer que algo devia e deve continuar a ser feito no sentido de se devolver a dignidade aos guineenses e à Guiné-Bissau.
O Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO tornou-se mais forte com a colaboração de diversas pessoas que a cada dia foram aparecendo, permitindo, dessa forma, mais opções para o debate de ideias sobre a Guiné-Bissau.
Nestes 5 anos de luta, foi nossa intenção ajudar na formação de uma nova consciência nacional, na formação de um novo conceito de patriotismo, tudo, para que o guineense consiga pensar e decidir por ele próprio, a bem da Guiné-Bissau e, quiçá, dele mesmo!
Temos feito abordagens multi-sectoriais no sentido de encontrar e indicar as melhores respostas aos problemas com os quais o país tem sido confrontado.
Temos, igualmente, ajudado na divulgação da Guiné-Bissau no Mundo.
Cinco anos após a fundação do Projecto CONTRIBUTO e quatro após o lançamento do seu espaço virtual, hoje denominado www.didinho.org mais de duzentos mil acessos constam dos seus registos.
O Projecto CONTRIBUTO, apesar de não estar registado como pessoa colectiva, não deixa de merecer destaque como um Projecto de Utilidade Pública, bastando ver a simpatia e o interesse manifestados, um pouco por todo o mundo, por pessoas e instituições que a ele têm acedido.
Cinco anos depois, posso dizer que o Projecto conseguiu reunir diversas sensibilidades à volta de uma mesma causa: a Guiné-Bissau, causa essa que nos identifica e nos permite debater, discutir, concordar e discordar, tendo em conta que, acima dos nossos interesses, está o interesse nacional!
Cinco anos depois, cabe aos guineenses e amigos da Guiné-Bissau dizerem o que pensam deste Projecto, por isso, têm a palavra, através do espaço reservado a comentários do Espaço Editorial.
Vamos continuar a trabalhar!
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UMA QUESTÃO DE CIDADANIA Foi a 10 de Maio de 2003 que dei início a este Projecto de reflexão e debate de ideias no intuito de sensibilizar os meus irmãos guineenses, bem como os amigos da Guiné-Bissau sobre os problemas do dia-a-dia de um país que estava à beira do desmembramento como Estado. Volvidos 4 anos de uma árdua caminhada, posso dizer que vale a pena continuar a trabalhar neste Projecto. Guiné-Bissau: CONTRIBUTO nasceu como um projecto pessoal, no entanto, tem-se valorizado pelo CONTRIBUTO de guineenses e amigos da Guiné-Bissau que desde a primeira hora se identificaram com os ideais do Projecto. Hoje estamos todos mais maduros do que há 4 anos atrás. Infelizmente, a Guiné-Bissau continua sem conseguir a desejada afirmação e estabilidade necessárias para trilhar os caminhos do desenvolvimento. Ciente de que é através da educação e formação do Homem guineense que o país poderá conviver com as suas diferenças, ultrapassar os seus complexos e vencer as suas crises, deve-se continuar a desenvolver mecanismos de sensibilização no sentido de educar e formar o povo guineense. O Projecto CONTRIBUTO vai continuar a desenvolver esforços nesse sentido, sendo que de uma forma mais abrangente e melhor estruturada do que até aqui, pois ultrapassou todas as barreiras de um Projecto de natureza pessoal, transformando-se num Projecto de interesse colectivo, ou seja de interesse das comunidades guineenses não só na diáspora, como também no próprio país e igualmente, com respeito aos amigos da Guiné-Bissau. Por isso e porque temos muito trabalho pela frente, decidi avançar com a institucionalização deste Projecto, transformando-o numa Associação, como forma de: 1- Conquistar uma maior legitimidade no relacionamento institucional que se impõe para um Projecto desta natureza, de forma a ser visto como um movimento de pessoas e não de 1 pessoa, permitindo parcerias institucionais estratégicas que só a institucionalização permite desenvolver. 2- Dar oportunidade a mais pessoas que se identificam com o Projecto, de contribuírem activa e eficazmente na defesa de causas nacionais. 3- Garantir a continuidade deste trabalho iniciado em 2003 quer eu esteja ou não, presente, pois, muito caminho já foi desbravado e é preciso continuarmos a avançar a bem da Guiné-Bissau. O Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO será uma Associação cívica de guineenses e amigos da Guiné-Bissau, sem fins lucrativos e dedicada às causas da cidadania, ainda que, num contexto global incida numa definição de reivindicação política e de defesa das estruturas sociais e do próprio Estado, a bem da Guiné-Bissau e dos guineenses! Não será, no entanto, um Partido Político, pois como sempre disse, o meu Partido é a Guiné-Bissau! Estou a dar os primeiros passos para a criação da Associação Guiné-Bissau: CONTRIBUTO. Desde já quero informar que aceito opiniões e sugestões para uma melhor avaliação e definição desta nova etapa. Também estão abertas as portas do associativismo para todos os que, identificando-se com o Projecto até aqui desenvolvido, queiram ser sócios da Associação. Aguardarei pelas sugestões pois quantas mais cabeças, mais opiniões! Vamos continuar a trabalhar! Fernando Casimiro (Didinho) 11.05.2007 |
CONTRIBUTO é A cores!
A cores, porque a Guiné-Bissau é um manto colorido em toda a sua expressão e extensão, entenda-se: gentes, línguas, culturas, religiões, etc.
Em Maio de 2004 um ano após ter criado o projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO, decidi lançar o site http://didinho.no.sapo.pt (26.05.2004) como instrumento de sensibilização direccionado aos meus irmãos guineenses, mas também, aos amigos da Guiné-Bissau e ao mundo em geral. A lógica do momento não podia ser mais oportuna nessa tomada de decisão um tanto complicada, arriscada até, mas hoje, definitivamente reconhecida como uma iniciativa acertada e um valor acrescentado, modéstia à parte, na mobilização do povo guineense para o assumir das suas responsabilidades e compromissos para com o país, a Guiné-Bissau. CONTRIBUTO foi lançado como uma iniciativa pessoal, mas cedo conseguiu cativar e galvanizar simpatias de vários quadrantes, movidas pelo orgulho nacional nas referências de afirmação dos princípios e valores que nos identificam como guineenses e que estavam (continuam) a ser postos em causa pelas instâncias do poder mas que, o projecto CONTRIBUTO, colocava e coloca à reflexão dos guineenses como exercício indispensável às suas respostas sobre os direitos e deveres de cidadania. Para um site dedicado à reflexão e ao debate de ideias, a adesão significativa manifestada pelos números de acesso registados, bem como a expansão e alcance geográfico referenciados, pode-se afirmar que há um reconhecimento assinalável na qualidade do trabalho até aqui produzido, fruto de uma orientação séria, imparcial e de rigor que se tem vindo a desenvolver. CONTRIBUTO deixou de ser um site pessoal para passar a representar o nome de um país, um povo, tendo conseguido unir guineenses de uma forma ou de outra, num espaço que se pretende ser de todos os guineenses e amigos da Guiné-Bissau. Hoje, num momento de viragem, do lançamento de um novo site www.didinho.org alojado num servidor com mais e melhores funcionalidades, apraz-me anunciar que, doravante, a expressão "O meu site" passa a dar lugar à expressão: o nosso site! Não posso deixar de fazer referência directa a todos quantos, desde a primeira hora, me têm acompanhado nesta luta que, hoje, não temos dúvidas, trata-se de uma luta de todos os guineenses. Aos que o dom da escrita tem permitido uma colaboração mais objectiva, quer assumindo as suas identidades, quer assinando com pseudónimos, aproveito para agradecer a valorização que a diversidade de suas opiniões trouxe ao CONTRIBUTO. Aos que não escrevendo artigos de opinião mas se posicionam como motivadores do trabalho de quem escreve, quer elogiando, quer criticando, fica o agradecimento pelas suas participações na divulgação e debate, nas suas comunidades, dos assuntos colocados no CONTRIBUTO. Um agradecimento generalizado a todos os guineenses e amigos da Guiné-Bissau que têm divulgado este trabalho pelo mundo fora. CONTRIBUTO entrou numa nova fase, desenvolverá a sua missão numa abrangência nacional tendo a cidadania como referência de fundo da sua existência. Vamos pois, unir esforços no sentido de criarmos mais e melhores meios de sensibilização, formação e educação para o nosso povo. Vamos continuar a trabalhar! Fernando Casimiro (Didinho) 26.10.2006 |
Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade! |
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO
UMA QUESTÃO DE CIDADANIA
Por: Fernando Casimiro (Didinho)
11.05.2007
Foi a 10 de Maio de 2003 que dei início a este Projecto de reflexão e debate de ideias no intuito de sensibilizar os meus irmãos guineenses, bem como os amigos da Guiné-Bissau sobre os problemas do dia-a-dia de um país que estava à beira do desmembramento como Estado.
Volvidos 4 anos de uma árdua caminhada, posso dizer que vale a pena continuar a trabalhar neste Projecto.
Guiné-Bissau: CONTRIBUTO nasceu como um projecto pessoal, no entanto, tem-se valorizado pelo CONTRIBUTO de guineenses e amigos da Guiné-Bissau que desde a primeira hora se identificaram com os ideais do Projecto.
Hoje estamos todos mais maduros do que há 4 anos atrás.
Infelizmente, a Guiné-Bissau continua sem conseguir a desejada afirmação e estabilidade necessárias para trilhar os caminhos do desenvolvimento.
Ciente de que é através da educação e formação do Homem guineense que o país poderá conviver com as suas diferenças, ultrapassar os seus complexos e vencer as suas crises, deve-se continuar a desenvolver mecanismos de sensibilização no sentido de educar e formar o povo guineense.
O Projecto CONTRIBUTO vai continuar a desenvolver esforços nesse sentido, sendo que de uma forma mais abrangente e melhor estruturada do que até aqui, pois ultrapassou todas as barreiras de um Projecto de natureza pessoal, transformando-se num Projecto de interesse colectivo, ou seja de interesse das comunidades guineenses não só na diáspora, como também no próprio país e igualmente, com respeito aos amigos da Guiné-Bissau.
Por isso e porque temos muito trabalho pela frente, decidi avançar com a institucionalização deste Projecto, transformando-o numa Associação, como forma de :
1- Conquistar uma maior legitimidade no relacionamento institucional que se impõe para um Projecto desta natureza, de forma a ser visto como um movimento de pessoas e não de 1 pessoa, permitindo parcerias institucionais estratégicas que só a institucionalização permite desenvolver.
2- Dar oportunidade a mais pessoas que se identificam com o Projecto, de contribuírem activa e eficazmente na defesa de causas nacionais.
3- Garantir a continuidade deste trabalho iniciado em 2003 quer eu esteja ou não, presente, pois, muito caminho já foi desbravado e é preciso continuarmos a avançar a bem da Guiné-Bissau.
O Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO será uma Associação cívica de guineenses e amigos da Guiné-Bissau, sem fins lucrativos e dedicada às causas da cidadania, ainda que, num contexto global incida numa definição de reivindicação política e de defesa das estruturas sociais e do próprio Estado, a bem da Guiné-Bissau e dos guineenses!
Não será, no entanto, um Partido Político, pois como sempre disse, o meu Partido é a Guiné-Bissau!
Estou a dar os primeiros passos para a criação da Associação Guiné-Bissau: CONTRIBUTO.
Desde já quero informar que aceito opiniões e sugestões para uma melhor avaliação e definição desta nova etapa.
Também estão abertas as portas do associativismo para todos os que, identificando-se com o Projecto até aqui desenvolvido, queiram ser sócios da Associação.
Aguardarei pelas sugestões pois quantas mais cabeças, mais opiniões!
Vamos continuar a trabalhar!
Contributo : O projecto
O projecto CONTRIBUTO nasceu a 10 de Maio de 2003, motivado pela ameaça do “desaparecimento” da Guiné-Bissau como Estado, durante a presidência de Kumba Yalá. Foram muitos os momentos de reflexão e ponderação, por forma a encontrar uma via para dar o meu contributo como guineense, na tentativa de se inverter a situação. Optei por exteriorizar as minhas reflexões, escrevendo artigos sobre a Guiné-Bissau, tentando assim, passar mensagens de sensibilização pela causa guineense, não só para os guineenses, mas também para o Mundo. CONTRIBUTO é um projecto de orientação pessoal, de carácter reflexivo, apartidário e sem fins lucrativos. É um projecto que visa incutir e desenvolver o espírito de reflexão e debate de ideias na Guiné-Bissau e nos guineenses. “ A vida só tem sentido se, para além de nós, outros também puderem viver...” Ler, Reflectir, Transmitir...Esta é a mensagem! Fernando casimiro (didinho) 15.05.2004
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Guiné-Bissau: CONTRIBUTO
10.05.2003 - 10.05.2005 PARABÉNS
Faz hoje 2 anos que decidi envolver-me neste projecto. Convém recordar a data como registo de um trabalho que tem sido desenvolvido de forma metódica, procurando sempre, repito sempre, ser um CONTRIBUTO para a Guiné-Bissau. 2 anos em que a aprendizagem foi uma constante na forma de escrever, de analisar, de interpretar e de acompanhar as vivências na Guiné-Bissau, minha terra, meu umbigo... O mês de Maio tem outra data de registo neste projecto, o dia 26.05.2004, data do lançamento do site http://didinho.no.sapo.pt que veio dinamizar todo o projecto e que terá uma atenção especial aquando da sua passagem. Atenção especial, porquanto o projecto passou a ser uma vanguarda onde cada vez mais pessoas participam, cada um à sua maneira, mas todos juntos no sentido do CONTRIBUTO para a Guiné-Bissau ser cada vez maior e melhor! Parabéns ao projecto, Parabéns a todos. Fernando Casimiro (Didinho) 10.05.2005 Este artigo foi o meu primeiro trabalho. Está como foi editado na altura. Hoje, voltando a consultá-lo, vejo que 2 anos depois, ainda serve para chamar a atenção sobre os problemas com que a Guiné-Bissau continua a deparar-se. Vejo também que, se fosse escrever este artigo hoje, não iria colocar tantas vírgulas e iria melhorar alguns posicionamentos por forma a tornar mais simplificada a compreensão do texto. A aprendizagem no entanto, é uma constante nas nossas vidas, vamos continuar a trabalhar . Guiné-Bissau: Um
desafio à Comunidade Internacional
O respeito pela não ingerência
nos assuntos internos de cada país é um factor determinante no
relacionamento entre Estados. Estando na moda falar-se de democracia,
sem no entanto se reflectir sobre um conjunto de factores
importantíssimos na sua definição, tem originado usos e abusos de
interpretação desta palavra chave no dia-a-dia dos políticos de todo
o mundo em geral e dos guineenses em particular. Quando o presidente de
um país com problemas económicos e sociais de fundo, resolve dissolver
a Assembleia Nacional Popular e convocar eleições antecipadas para um
período de 90 dias a contar da promulgação do decreto presidencial,
sem ter em conta que: O país está falido tecnicamente há muito tempo
e por isso não ter verbas no tesouro para avançar com nenhuma
iniciativa na prática que possa concretizar essa pretensão. Quando os
partidos na oposição aparecem a louvar a iniciativa (salvo algumas
reservas a nível de verbas para as suas campanhas) e, quando uma vez
mais vejo a Comunidade Internacional, com as Nações Unidas à cabeça,
comprometerem-se a apoiar a realização dessas referidas eleições sem
fazerem reparos ou aconselhamentos, mas sim preocupados com a data da
realização das mesmas, como se isso fosse resolver todos os problemas
da Guiné-Bissau e dos guineenses, revejo toda a situação pós
conflito militar 98/99 onde a Guiné-Bissau foi empurrada para a
realização de eleições sem se dar tempo para que a situação se
normalizasse e se saísse da euforia e dos
traumas do conflito. A Comunidade Internacional (países e
instituições) prestaram-se logo a apoiar a realização das mesmas e
ninguém se lembrou, que o país estava mergulhado numa crise profunda e
que, era preciso uma terapia mais cuidada, que fosse recuperar tanto as pessoas como o próprio país
numa primeira fase, encorajando uma série de reformas e apoios com
acompanhamento e assim, lançar bases sólidas para a realização de
eleições gerais. Realizaram-se as eleições, viveram-se as emoções
e os guineenses foram entregues aos seus "legítimos
representantes". Os que tinham
sido eleitos para dirigirem os destinos do país
...Desde
essa altura, até então, o país foi decrescendo a olhos vistos, com
irregularidades de toda a ordem, atingindo os patamares mais baixos nas
estatísticas a nível mundial...Sem se conseguir cumprir o calendário
eleitoral, as eleições de 20 de Abril de 2003 foram adiadas para 06 de
Julho do mesmo ano, com o aval das Nações Unidas, expressando o seu
apoio, dos partidos da oposição, da CPLP, entre outros, tendo-se feito
exigências mínimas de legalidade para questões pendentes como: A
promulgação da Constituição, o acto eleitoral para o Supremo
Tribunal de Justiça, a actualização dos cadernos eleitorais, a
liberdade de imprensa entre outras...Ficaram as promessas porque,
desde essa altura, nada foi feito, nem da parte de quem está no
poder e criou toda esta situação, nem da parte da Comunidade
Internacional que, jogando pelo seguro, não está disposta a financiar
as eleições, quando o clima político, económico e social se vai
degradando dia para dia. Os governantes guineenses acham que sendo a
Guiné-Bissau, um Estado soberano, não pode tolerar ingerência externa
nos seus assuntos internos mas, quase que atribui a não definição ou
realização das eleições à Comunidade Internacional, por alegada
falta
de
apoios financeiros. Como é que os governantes guineenses querem pedir
apoios de toda a ordem, não aceitando conselhos de quem se ofereceu
para ajudar? Só o dinheiro faz falta?! À data de hoje, 10.05.03, é
quase uma Vendo o tempo a esgotar-se e sem entrada de financiamentos que fossem resolver outros problemas, que não os do povo, começa-se a engendrar o golpe final, que de forma habilidosa já se está a executar, também a olhos de todos, sem no entanto, uma vez mais, a Comunidade Internacional se pronunciar em defesa do povo guineense, deixando simplesmente que se chegue ao extremo da humilhação e o clima de tensão que paira no ar acelere o ajuste de contas entre quem tem o poder e quer fazer dele um bem pessoal e vitalício, apesar de, também pronunciar a palavra democracia algumas vezes...e quem por outro lado, aceita o poder como instrumento dirigente da sociedade e por isso precisa dele para se afirmar na sociedade...À Comunidade Internacional se deve perguntar em que é que ficámos quanto às eleições legislativas marcadas para 06 de Julho na Guiné-Bissau. É urgente esclarecer esta situação antes que se forjem insinuações que originem mais prisões, conflitos e, pior que isso, anuncie o cancelamento das eleições, alegando situações como: tentativa de golpe de Estado. O povo guineense espera e desespera por aquilo a que tem direito, chega de tanta humilhação. "A vida
só tem sentido se, para além de nós, outros também puderem
viver..." Ler, Reflectir, Transmitir...Esta é a mensagem.
Fernando Casimiro
( didinho )
11-05-2003 00:40
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VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
Associação Guiné-Bissau CONTRIBUTO