DEMOCRACIOPATIA CÍCLICA, NA GUINÉ-BISSAU.

 

 

Filomeno Pina  *

filompina@hotmail.com

28.03.2012

A nossa jovem democracia está doente desde que nasceu, apresenta um quadro cíclico de conflitos/crises na sua estrutura básica que tem vindo a prejudicar o avanço de desenvolvimento do País. Mostrando fragilidades perante os desafios do desenvolvimento que se colocam nos dias de hoje.

A Guiné-Bissau apresenta vários focos de apresentação de conflitos: ao nível das instituições do Estado; da classe politica; da classe militar e, o maior problema que também é comum a todas, destaco o problema administrativo, falta de um funcionalismo público qualificado e capaz de assegurar o funcionamento didáctico do aparelho de Estado.

Há um deficit administrativo nas instituições que dificultam a gestão administrativo do território. É a meu ver um dos maiores problemas para o aparelho de Estado poder funcionar em pleno, não obstante às lutas pelo poder, as rivalidades entre a classe politica e a classe militar, esta última com mais força nas suas reivindicações materiais…

A seguir ou também, temos problemas com uma sequência de conflitos político-militares, golpe de Estado ou tentativas de golpe, são já muitos, vamos acumulando problemas sociais e políticos impeditivos de um avanço do país, por ausência de pedagogia num sistema político assente nas regras democráticas em funcionamento no País.

De mandato em mandato políticos assistimos a atropelos destas regras, tomando pela força ou desrespeito da democracia, violando a essência de um estado de direito que nunca chega a materializar este poder no terreno.

Como prova disto tudo assistimos a assassinatos e golpes de estado, pondo fim aos regimes eleitos democraticamente. Há uma luta pelo poder nas instituições e, ultimamente com o País na mira internacional, e conotados com o narcotráfico, o que não permite a segurança de um Estado em vias de desenvolvimento e nem uma boa imagem no mundo.

Somos um Povo que pisa firmemente o chão Guineense de uma ponta a outra, calcando o que é seu e de cabeça erguida. Abraçamos humildemente este amor eterno, como sendo a nossa única jóia merecida, a Mãe-Terra.

Este Povo calcou firmemente este chão que agora fala com ele, numa comunicação profunda e visceral acerca da democracia possível, carregando toda a mística de valores e crença irracional, própria de uma mãe que quer bem e cuida de um filho desejado.

Desta vez espera um bom trabalho de parto e com um final feliz, mas está ansiosa pelos rumores e sinais de fogo que se ouvem do sonho de ontem numa guerra de poucos dias, muito violenta como nunca vista entre irmãos. Acordado reza pedindo que o mal permaneça em sonhos nunca vistos diante dos olhos, só.

Este chão já se encontra em trabalho de parto no bloco operatório da comissão nacional das eleições, mas, não tem uma equipa de profissionais que transmitem confiança à grávida que entrou em trabalho de parto. Daí temos assistido comportamentos que geram inquietude no ar, desconfianças em relação aos homens e, sobretudo a presença de alguém suspeito que quer provocar um “aborto” matando o seu bebé à segundos de sair em definitivo, nesta segunda tentativa de vir à rua, dar um grito de vida e de vitória da Guiné-Bissau nestas eleições.

A Mãe-Terra desconfia de alguns dos seus filhos mais velhos, que querem fazer mal a este novo parto, por ódio, rancor e inveja entre irmãos. Uma tentativa de mais uma vez travar uma democracia no seu estado normal e transformá-la numa – democraciopatia – crónica de nascença.

Durante uma gravidez existe na cabeça da mãe, dos familiares, amigos e das pessoas de bem, uma fantasia ternamente dirigida a este acontecimento sócio-familiar que traduz afectividade e um amor contagiante. Uma fantasia como é sabida centrada no seu bebé, a não ser que se constate algum risco inerente, e a título de exemplo, isto pode ensinar muita coisa se o compararmos a esta situação eleitoral da escolha de um dos candidatos para presidente do País no que concerne aos últimos acontecimentos no terreno.

Há aqui uma leitura com os dias contados, que dura até ao nascimento estabelecendo fronteiras do antes e o depois do nascimento. Tem uma importância crucial que pode dar vida e felicidade ao ambiente, neste caso ao Povo, que vê assim a continuidade de alegrias, felicidade à volta do novo ser que há-de nascer e bem sDq.

Mas, o que pode também não acontecer e representar um enorme problema para o ritmo de desenvolvimento do país, com todo o défice “pós-parto” reconhecido à partida. Traduzidos na desesperanças para todo o tecido social e mais uma vez imposta, por um grupo de pessoas mal intencionadas, políticos que não conseguem o melhor para todos nós e uma classe militar com dificuldades em se circunscrever apenas e só nas suas áreas de poder chefiadas pelo Magistrado da Nação.

O nascimento desta democracia mais uma vez está em risco de vida, um parto difícil como é sabido e de risco social e político. Este bebé esperado gerou ansiedade extrema no seio do Povo que espera e desespera. O “bebé” já deu a primeira volta no útero da mãe, espera-se uma segunda volta de gémeos diferentes, mas também num posicionamento que facilite a sua expulsão livre sem constrangimentos, atrofias, provocadas intencionalmente por quem não quer um irmão mais novo saudável e que inspire esperança, amor, fraternidade e, cause boa impressão desde a primeira hora do seu nascimento, como Presidente!

Todos esperam ansiosamente pelo confronto do bebé imaginário com o bebé real, este dia grande para o Povo, é sagrado e diferente, porque é o dia em que o rei vê pela primeira vez vai ver o rosto do seu Povo como seu Presidente.

Só que, parece que o segundo “feto” não quer nascer na segunda volta, e ainda não percebemos se prefere ficar na dúvida, dentro da barriga da mãe ou se simplesmente vai de “férias” como conselheiro e ex-chefe de Estado, talvez meu irmão, ninguém sabe prever este desfecho.

Isto de politica para além de difícil honestamente falando, é sempre melhor ser levado um pouco desonestamente, basta termos sido canalizador, alfaiate, ou trolha, para compreendermos que quando a freguesia é grande não chegam as desculpas improvisadas e, por isso também como estes, os políticos são mentirosos, prometem e pensam que “metem” tudo no mesmo saco, enganam-se e mentem desalmadamente, só.

Estamos perante a altura em que se dá o confronto entre o real e o imaginado, um tira teimas depois de uma campanha que vendeu peixe fresco, congelado, mas também podre ou em mau estado de conservação ao seu próprio povo, mas este escolheu o que quis “comer”. Dizem que alguém vendeu bem o seu “peixe”, outros argumentam que alguém comprou gato por lebre, e estamos nisto há uns dias. Para uns isto é democracia, será?

Temos pela frente uma passagem do simbólico para os factos reais que podem sempre ser confirmados e, a legitimar o nascimento deste “Bebé-Presidente” que se quer uma pessoa de bem, com carácter e história de vida transparente. Com carinho demonstrado nas práticas de solidariedade, fraternidade e união com o Povo Guineense. Um homem sem telhados de vidro, sem conotações que confundam a memória do povo, que esperam uma boa escolha e por isso um filho que seja amigo dos irmãos todos e sem excepção, que venha a ser imparcial, racional e afectivo quanto baste no exercício do mais alto cargo de Magistratura da Nação.

Neste momento na Guiné-Bissau, sabemos que estamos perante uma gravidez de alto risco, mas com a possibilidade de ainda o parto acabar por correr bem, eliminando os riscos que agora foram detectados, ultrapassar obstáculos e trazer a bom-porto este rico menino, filho do Povo que está para nascer como, Presidente!

Este parto que já espreita e tarda em vir para a rua em definitivo, parece recear muita coisa enquanto dura este processo, aguarda um bom ambiente de parto, com alegrias e festa, uma bênção do Povo logo no primeiro dia da sua vida, e quer um lugar tranquilo e duradoiro no colo grande do seu Povo, cumprindo o seu mandato até ao fim como destinado e esperado pela sociedade que o elegeu como Presidente. Isto é ser civilizado meus amigos, não querendo dizer que quem não o cumpre por justa causa seja, não civilizado, ok?

A equipa que assiste a este trabalho de parto, já foi chamada pelo Povo, ouviu a indignação popular, neste momento estão divididos, receiam por soluções que não pautem pela dignidade de uma democracia ainda jovem na Guiné-Bissau.

Há efectivamente o risco de ser jovem num ambiente corrupto, mal intencionado e pouco saudável realmente para as intenções de uma jovem democracia na Guiné-Bissau.

Há o risco de uma cultura secular e multifacetada do ponto de vista de usos e costumes vir a ficar sensibilizada, arrepiada de injustiças, a desconfiar definitivamente de uma classe política que assombra o país, dos seus valores e cultos ao nível nacional.

Há finalmente o risco de abortar e ficar preso no seu interior, nunca chegar a sair à rua, gritar por liberdade, justiça, igualdade de direitos e de condições para o povo. Gritar amor porque simplesmente é definitivamente a chave que abre todas as portas, portanto haja fraternidade, solidariedade para todos nós e para que mais uma vez não se aborte um destino que se adivinha feliz.

Há quem pense que neste parto difícil sairá um “MONSTRO” (o diabo), o que este Povo não merece nunca mais. Vermos um filho a morrer na praia, como recém-nascido por não saber caminhar, nadar e fugir a uma enchente do mar, andando com as suas pernas, defender-se da vida, mas, cai e morre.

Simplesmente mais um que deixa memórias num corpo desaparecido, sem um enterro sequer com a dignidade cultural do seu Povo.

Esta gravidez de risco social, cultural, político, económico e sociológico entrou em período de défice orgânico e sistémico do ponto de vista de racionalização e escolhas de caminhos seguros para um bom-porto.

É um risco físico e psicológico com característica de uma depressão social que põe em dúvida à esperança deste Povo, que espera angustiado, embora esta angústia também seja um sinal de esperança. Significa que ele ainda está disposta a lutar por um final feliz embora triste e angustiado, quer uma nova vida com outra dignidade social e política que bem merecemos.

Mas será que todos nós numa observação directa ou não, sabemos distinguir a nossa visão subjectiva como um olhar flutuante sobre os outros, perceber o que é uma projecção e juízo errado sobre uma determinada realidade. Não me parece que esta preocupação seja uma constante na elite politica guineense.

O que pensam, não se testa porque está certo, será?

Aqui está um dos perigos do poder manifestamente arrogante e frio, não ouve convenientemente e não analisa uma posição contrária à sua, mas sim ataca e destrói o outro sem discutir as suas ideias, o que é cíclico desta arena politica, há décadas e também doentio visto como comportamento desviante nas regras democráticas.

Temos uma elite política que age caminhando a um palmo do chão, na sua maioria devem ser idealistas e maus, quase sempre sem poisar no terreno decidem na ausência de estudos e avaliação constantes dos processos que têm em mãos. Só assim encontramos justificação para esta cegueira. Porque somos perseguidos pelo erro e quase sempre. Não se perguntam opiniões, para que serve o parlamento. No nosso não há ruídos que exalta esta preocupação, parece que os projectos não são apresentados na sua totalidade, perguntamos porquê.

Parece que as coisas acontecem silenciosamente, são calculadas para não levantar poeira ou deixar cair sinais de provas de que alguém passou por este lugar proibido e, sem piscar-olho, passando sem roçar, parecendo que teria reparado em tudo, mas que não fez mais do que destruir, desviar e vender o que é do Povo em proveito próprio.

Vemos um Povo que ficou de cara voltada para a menina dos olhos dos políticos, não confiam neles mas cumprimentam a todos quando passam de fato e gravata, ou em trajes tradicionais, e ainda, os que vão nus sem saberem que todos nós já sabemos realmente quem é quem neste país de brandos costumes, até um dia, em que mostramos os dentes aos políticos para lhes por na ordem de maneira a respeitarem a Mãe-Terra.

Os políticos Guineenses parecem não conhecer as leituras populares que fazem justiça aos valores da terra, o Povo não é ignorante, pensa e é capaz como uma força, não gosta de viúva-alegre quando se está realmente triste, destoa, e porque engana.

Não estão contentes para apreciar o belo sem o ter, é um desejo impossível do pensamento quando está colado à implosão das nossas escolhas, que nunca conheceram a rua, nunca se manifestou para fora senão dentro de si, acanhados, tímidos, desconfiados, com complexos de culpa e angústias recalcadas, aprenderam a viver décadas, sem nunca se queixarem a ninguém ou em lado nenhum esta gente rija.

Apenas vemos um retrato de depressão colectiva desenhada nos rostos que flutuam pela cidade. Um recalcamento que não vale a pena falar-se, mas sim irradiar definitivamente logo que possível.

Temos uma falsa esperança agrupados nos desgostos arquivados da relação infeliz, que simplesmente travamos com a nossa sorte ou destino possível. Para quem agora não sabe sequer o caminho de vir à rua por amor, raiva, alegria, reencontros ou ressuscitar de memórias que o vento apaga a cada dia que passa, é triste, porque só nós sabemos o que nos vai dentro, quando pensamos que sabemos, e sempre quase conscientes de tudo que nos fez ou faz mal e ainda continua.

Nunca tudo pareceu certo ou esteve quase perfeito, nada no período pós-independência. Temos um Povo realista que sabe o que a casa gasta, mesmo quando aparentemente virgem somos levados em conta por oportunistas e maus políticos, de onde começa toda a confusão que nos mantém vivos nesta escolha eleitoral que não deu sinal de vida ainda. Andam todos aos socos e pontapés sem dó um do outro, inconscientemente a pedir uma orientação vinda de fora. O que costuma-se pagar caro e na pele, o que não faz parte deste “contrato”. Ultimamente é o que se assiste no território nacional, como um interesse repentino e obscuro de algumas potências no mundo pela Guiné-Bissau. Há muito que tem havido interesses pelos arquipélagos, EUA e outros, perante um não, também nunca disseram qual o motivo real deste interesse, Eu respondo, talvez e  porque querem aprender a subir a palmeira com uma corda vegetal atado à cintura, será?

O governo colonial disse não às potências imperialistas na época (Europeias e Americanas), no pós-independência: Luís Cabral; Nino Vieira, também recusaram manobras pouco claras que queriam desfrutar de infra-estruturas e matéria-prima do território da Guiné-Bissau.

Basta pensarmos Bolama em particular e, todo o arquipélago dos Budjugus, e outros pontos no mar, terra e ar, do nosso território nacional. Por isso há que ter calma a classe política, ver o interesse nacional primeiro, o mesmo que dizer a Guiné-Bissau, porque ela está nas nossas mãos, convém embala-la até sossegar, ficar tranquilo nos braços do Povo onde é o seu lugar legitimo e natural.

Há que rever posições políticas ao nível nacional, fazer parcerias, consertar ideias entre os partidos com assento parlamentar, com pactos assinados e avançar de mãos dadas em tudo que seja um bem do Povo da Guiné-Bissau e para todos nós…

Achamos que não está tudo visto na matéria de política nacional e internacional no tocante ao território, porque há nada que se veja, tudo está em silêncio, é a politica de MUKUR-MUKUR que está na moda, só se sabe das coisas quando já tudo está vendido ou negociado e a caminho do matadouro secreto, e porquê.

Está na moda e colada ao estilo da governação, este fenómeno da implosão das escolhas, como quem governa a sua casa particular, parece que não conhece a rua, o lugar do povo nas suas lutas, nunca se manifestam para fora dizendo todas as manobras do governo em exercício encima da mesa, nunca, estão voltados para dentro do grupinho, funcionando com as suas escolhas combinadas.

O que acontece infelizmente com este povo é um cansaço, está acanhado, já tímido, desconfiado, com complexos de culpa, angústias recalcadas e injustiças sofridas, com que aprendeu a viver há décadas sem nunca conhecer novo destino. Já reconhecem a impunidade à distância e a olho nu, concluíram não valer a pena apresentar queixa de ninguém, isto à “moda da Guiné”, já quase é um “direito” consentido na praça pública, sofrer em silêncio. Volto a repetir que já não temos espaço físico e mental para experimentações teóricas, queremos politica a sério.

Vamos tratar de vida, ninguém vive duzentos anos, este comboio gigante não pode parar, podemos abastecer em andamento, e mais, há lugares sentados para todos os guineenses, ainda para os amigos de peito e as visitas no território.

Acordar para esta causa é urgente e actual, transformarmos os guineenses numa máquina de pensar os seus próprios pensamentos, porque não podemos passar uma vida inteira a receber conselhos do exterior. Estes conselheiros agarrados a nossa algibeira, cada vez mais ficamos comprometidos com terceiros.

É preciso uma força de Guineensidade umbilical no terreno, desenvolvendo auto-confiança e energia criativa que baste, temos “prata” da casa que chegue. Somos guineenses mesmo que com quarenta nacionalidades tiradas como ferramentas para permanecermos activos cumprindo os objectivo a curto, médio ou longo prazo longe da Mãe-Terra.

Trocada por um País de acolhimento até ao dia de regresso à casa, se chegar a acontecer, só Deus sabe quem…

Gratos pelo associativismo emigrante e seu vínculo eterno à casa, permanecemos na Diáspora, lugar que inter-cruza continentes há séculos.

 

Não somos os primeiros no mundo que de uma Mãe passamos a ter duas, o que é quase Bíblico, o facto de nesta maternagem funcionar como substituição a aquilo que perdemos, “na terra onde vives é também tua”, surgir do amor esta relação como suporte afectivo forte com o país de acolhimento. Igualmente fantástica é esta visão do Salvador chegados com esta evidência física e emocional até nós!

 

Pois o mundo é uma casa com várias portas, (pequenas, grandes) e com janelas para todos os gostos e feitios, favorecendo visões, palpites em línguas diferentes, vamos preserva-la respeitando uns aos outros dentro do mesmo planeta.

Vale a pena começarmos a pensar numa perspectiva global das sociedades sem o receio de perdermos a nossa identidade. Facilitar o convívio entre pessoas e ideias, entre competências e capacidades diferentes, entre homens e mulheres na igualdade de direitos e deveres.

Vamos procurar uma intercepção baseada em politicas dinâmicas abertas e não fechadas sobre si, isolando-se no tempo e espaço, que só prejudicam o avanço e desenvolvimento do País.

Vamos embora, para a frente é o caminho com certeza, o futuro é HOJE!

ENTENDAM-SE, É UMA ORDEM DO POVO DESESPERADO!

Tenhamos auto-estima e cuidemos de valores humanos e materiais do nosso Povo. Temos fortes razões para cuidar do que é nosso e não recear fisicamente uns aos outros, avançarmos através de intercâmbio de experiências de vida, sabedorias, conhecimento científico, respeito mútuo e regras de democracia sistémica na gestão desses mesmos valores entre todos.

Somos pela paz e tranquilidade desejada para todos nós, viva a Guiné-Bissau.

Djarama. Filomeno Pina.

 
* Psicólogo clínico

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