Fernando Casimiro (Didinho)

E AGORA, PODEMOS DEBATER A GUINÉ-BISSAU, TENDO EM CONTA O INTERESSE NACIONAL...?!

Um processo transitório, é apenas isso, mas tem que ser definido/limitado no tempo, porque senão, o poder constituído por essa via circunstancial, "acostuma-se" e depois, dificilmente aceita reconhecer que o povo (dono do poder) tem que votar e decidir a quem entregar/delegar a representatividade do país, do Estado, por um período específico estabelecido na Constituição da República da Guiné-Bissau! Didinho 11.01.2013


Ainda há quem não tenha percebido que quanto mais obstáculos forem colocados às novas autoridades da Guiné-Bissau, como por exemplo, o seu não reconhecimento, o seu sancionamento nalguns palcos internacionais, mais dilatado poderá vir a ser o período de transição, inicialmente acordado para 12 meses. Preparar eleições não é um assunto apenas do Governo. É uma missão alargada aos partidos políticos, à Sociedade civil e, no caso concreto da Guiné-Bissau (face às suas dificuldades materiais, na generalidade), aos seus parceiros internacionais. A reposição da ordem constitucional não será possível sem que haja reconhecimento e aceitação do actual contexto sócio-político e a consequente participação de todos os actores políticos, sociais e parceiros internacionais na facilitação/viabilização do processo de transição em curso. Didinho 28.06.2012


Fernando Casimiro (Didinho)

didinhocasimiro@gmail.com

13.09.2013

Não é de hoje que, no âmbito da cidadania, critico (mais do que elogio) os representantes legais do povo guineense, os eleitos, os escolhidos, por consequência directa ou indirecta, delegados pelo nosso povo, para o melhor desempenho no intuito de se privilegiar o bem comum entre o interesse nacional e o bem-estar das populações.

Se repararem bem, desde 12 de Abril de 2012 que não perco tempo com situações atípicas, limitando as minhas intervenções à salvaguarda do interesse nacional, posicionando-me contra toda e qualquer iniciativa que promova uma guerra civil na Guiné-Bissau.

Algumas pessoas entenderam este meu posicionamento, como sendo o de apoio ao Golpe de Estado.

Quando me apelidam de golpista ou defensor de golpistas, pergunto nos dias que correm, quem é afinal golpista ou apoiante de golpistas?

Os que promoveram o bloqueio da Guiné-Bissau e, por consequência, directa ou indirecta, criaram obstáculos para a retoma da normalidade constitucional, via eleições, ou, os que, condenando o golpe, como eu, tiveram sensibilidade humana (não de foro material/interesses por trás), inteligência e sabedoria, suficientes, para alertarem sobre as consequências desse bloqueio e desses obstáculos?

Como pensam solucionar a questão das eleições, todos aqueles que tentaram e continuam a tentar inviabilizar o processo de transição?

Como pensam ajudar para que se desbloqueie a situação e que a Comunidade Internacional participe de forma imediata na retoma da normalidade constitucional na Guiné-Bissau?

Continuando a denegrir a imagem do país?

Continuando a promover/provocar instabilidade e conflitos internos, quiçá, desgastando a imagem do país, num momento delicado para todos, sendo que deveríamos todos estar empenhados na árdua tarefa de resgatar definitivamente a Guiné-Bissau do precipício?

Mas afinal, algum de nós, filhos da Guiné-Bissau, vale mais do que a nossa própria MÃE?

Algum de nós vale mais do que todos os demais filhos da NOSSA TERRA?

Quem são eles e o que representam para a Guiné-Bissau, digam-me!

Há reflexões que produzi ao longo deste processo de transição, que hoje, reflectem bem o alcance de uma visão realista, equilibrada, ponderada e, sobretudo, comprometida com o interesse nacional. Convido a todos para uma nova leitura, pois não basta apelidar alguém de golpista, quando esse alguém, foi capaz de antever as dificuldades que hoje começam a manifestar-se sobre a retoma da normalidade constitucional na Guiné-Bissau e, perante a ansiedade de muitos, dentre eles, aqueles que não queriam saber sequer  o que era a retoma da normalidade constitucional, mas que hoje, estão ansiosos, impacientes, desesperados com a possibilidade do adiamento das eleições e demais prejuízos para a Guiné-Bissau e para a maioria do seu povo!

Ter visão ou falta dela, eis a questão, como se costuma dizer...


Fernando Casimiro (Didinho)Faço questão de (re)afirmar que nada tenho, pessoalmente, contra quem quer que seja e, particularmente, contra qualquer político, militar ou governante guineense. Nunca me posicionei sobre o que quer que fosse, com base na vida privada/pessoal dos meus compatriotas, para lá das suas responsabilidades e compromissos ao serviço do país e do povo que devem servir. Os meus posicionamentos, desde sempre, foram, são e continuarão a ser em função do que nos é comum, a Guiné-Bissau!

Tenham lá paciência, peço desculpas se a minha forma de ser e de estar, nesta matéria, fere sensibilidades, mas, assumi um compromisso, para com o país, a Guiné-Bissau, que é o meu PARTIDO e não desviarei desse compromisso, ainda que, muitas vezes possa ser maliciosamente ou erradamente interpretado.

Se todos reclamam por direitos, eu para além dos direitos, sei que também tenho deveres, sobretudo para com o meu país. Respeito o pensamento de cada um, por isso, espero que cada um respeite a minha forma de pensar, ou seja, que o respeito pela diferença não seja apenas retórica.

Costumo dizer que escrever reflexões é como pintar um quadro. Ou se gosta ou se desgosta. Quem escreve, a exemplo de quem pinta, é "soberano" na sua imaginação/criatividade. Não há experimentação e validação científica na avaliação de um quadro saído da criatividade/imaginação do seu autor (se pintou verde quando outros acham que deveria ser vermelho, ou outros reparos de quem critica o quadro...será que ele não tem direito de escolha?) como não há relativamente ao pensamento não tratado como matéria científica.

Podemos discordar uns dos outros, mas saibamo-nos respeitar! Didinho 13.09.2013

Vamos continuar a trabalhar!


Fernando Casimiro (Didinho)Tu que és guineense, filho ou descendente de guineenses, pese embora tudo pelo qual tem passado a Guiné-Bissau, não esmoreças. Lê, ouve, reflecte profundamente sobre o que se diz da terra a que pertences. Faz o teu juízo, tens esse direito; é um dever teu, mas procura ajudar o teu país, ou o país do qual tens raízes, a encontrar soluções para os seus problemas. Acredita, continua a acreditar que somos capazes de nos entendermos, na paz, através do diálogo, do respeito pelas diferenças e do compromisso primeiro com o país, afim de colocarmos a Guiné-Bissau no patamar que merece e que lhe continua reservado. Não devemos ser nós a destruir o futuro das gerações vindouras, apenas para salvaguardarmos os nossos interesses pessoais mesquinhos, hoje e enquanto estivermos vivos, pois a vida só tem sentido se, para além de nós, outros também, puderem viver! Não te esqueças que a vida não se resume a nós, pois sem os outros...não há vida! Didinho 26.08.2013


Fernando Casimiro (Didinho)A busca de soluções para a Guiné-Bissau (internamente ou na diáspora) entre irmãos guineenses, não está esgotada, não pode esgotar-se nas expectativas que reflectem uma ansiedade indisfarçável, visando a defesa/salvaguarda de interesses pessoais ou de grupos. Temos que ter a coragem de criticar, denunciar, promovendo a cidadania e o patriotismo, entre outros valores, mas propondo soluções, visando sempre, alterar positivamente o que está mal, e não, contribuir para o "afundanço" do nosso país, a Guiné-Bissau, por não vermos, nossos desejos e interesses pessoais ou de grupos satisfeitos/realizados!

Como costumo dizer: A GUINÉ-BISSAU É A SOMA DOS INTERESSES DE TODOS OS GUINEENSES E NÃO DOS INTERESSES DE UM GRUPO OU DE GRUPOS DE GUINEENSES!
Didinho 21.08.2013


Fernando Casimiro (Didinho)Hoje "somos todos golpistas", incluindo as autoridades de Portugal, do Brasil, de Cabo Verde; a CPLP, a União Europeia, as Nações Unidas e outros, quando concluímos, uns mais cedo que outros, que do facto consumado que foi o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 na Guiné-Bissau, era necessário arranjar soluções pacíficas e consensuais, por via do diálogo, obviamente, para ajudar a Guiné-Bissau a ultrapassar mais uma crise, que não devia e não deve ser atribuída apenas aos guineenses, mas também, à Comunidade Internacional. Aos que me apelidaram de golpista, que me deixaram de falar, que me passaram a desconsiderar desde o dia 12 de Abril de 2012, garanto que nunca lhes guardei rancor. Aproveito esta oportunidade, para lhes pedir que reconsiderem as suas posições sobre os meus posicionamentos enquanto filho da Guiné-Bissau, que (também) quer o melhor para o seu país e para os seus irmãos guineenses, convicto de que, o tempo acabaria por mostrar a todos, quem tinha e tem razão, sobre a necessidade de se viabilizar a Guiné-Bissau depois do facto consumado que foi o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012!

Ainda bem que muitos dos valorosos filhos da Guiné-Bissau tudo fizeram e conseguiram evitar que houvesse Guerra no país, para que hoje, guineenses, amigos e parceiros da Guiné-Bissau, continuem a acreditar e a apostar no enorme potencial de um país que tem tudo para dar certo.

O apoio da CEDEAO foi e continua a ser fundamental para a Guiné-Bissau!

A Guiné-Bissau com que Amilcar Cabral sonhou, tenho certeza, será uma realidade, tão depressa os guineenses assumirem compromisso para com o país! Didinho 11.06.2013


Fernando Casimiro (Didinho)A Comunidade Internacional, de tantos erros cometidos na leitura, interpretação e sugestão de soluções para os problemas institucionais e não só, que têm afectado a Guiné-Bissau, acaba por ser parte desses problemas. As constantes ameaças de abandonar a Guiné-Bissau à sua sorte e, consequentemente, de contribuir para o isolamento da Guiné-Bissau, não são discursos encorajadores tendo em vista ajudar na reestruturação/recuperação do Estado guineense, antes pelo contrário, são discursos que todos aqueles que não vêem com bons olhos e não querem a afirmação de uma Guiné-Bissau Positiva (incluindo os guineenses que só querem servir-se do país, ao invés de servirem o país) encaram como sendo de incentivo/motivação e de promoção de uma Guiné-Bissau, terra de ninguém, para aproveitamento descarado, quer das suas riquezas naturais, quer da sua localização geoestratégica, segundo as conveniências. Afinal, é essa Guiné-Bissau, terra de ninguém, que mais tem sido "apoiada", falada todos os dias, ao longo dos anos e pelos piores motivos, obviamente!

A Comunidade Internacional sabe e bem que, uma Guiné-Bissau, terra de ninguém, na sua plenitude, pode vir a constituir-se num problema sério, não só no contexto regional africano, mas também, a nível de acções globais do crime organizado, um pouco por todo o mundo!

Ajudar ou não a Guiné-Bissau (no sentido positivo do termo) nesta fase difícil que o país atravessa, é uma opção que implica, ou não, realismo e compromisso quer dos guineenses, quer da Comunidade internacional! Didinho 10.04.2013


Fernando Casimiro (Didinho)É importante que os parceiros da Guiné-Bissau se decidam rapidamente pelo reconhecimento das autoridades de transição e prestem apoio à conclusão do processo/período de transição consequente do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, afim de se proporcionar/viabilizar a retoma da ordem constitucional, quiçá, da ordem democrática, promovida e sustentada pela realização de eleições gerais o mais breve possível.

Apesar do realismo sobre a ruptura constitucional provocada pelo (condenável como todos os anteriores) golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, importa referir que, face à viabilização do parlamento guineense, enquanto órgão de soberania, e cujos deputados foram eleitos pelo povo, seria de todo conveniente, não menosprezar o Artigo 1º da Constituição da República, que define (entre outros) a Guiné-Bissau como República Democrática, ou seja, cujos poderes políticos de representação do Estado, têm que ser escolhidos e validados pelo povo, através de eleições.

Não sou apologista do prolongamento "sem fim à vista" do processo e do período de transição. Sou da opinião de que, os partidos políticos devem rever-se nas suas capacidades e estratégias para merecerem a confiança do eleitorado e, assim, chegarem ao poder. Por isso, seria interessante e importante que os partidos políticos se preparassem e anunciassem publicamente, o mais rapidamente possível, os seus posicionamentos e objectivos, visando a retoma da normalidade constitucional e democrática, tendo em conta que a representação do poder é delegada pelo povo!

Um processo transitório, é apenas isso, mas tem que ser definido/limitado no tempo, porque senão, o poder constituído por essa via circunstancial, "acostuma-se" e depois, dificilmente aceita reconhecer que o povo (dono do poder) tem que votar e decidir a quem entregar/delegar a representatividade do país, do Estado, por um período específico estabelecido na Constituição da República da Guiné-Bissau!

Somos um povo capaz, tal como todos os outros povos do mundo, por isso, devemos ser capazes de entender a democracia, não à nossa maneira, mas nos moldes da sua interpretação universal, numa primeira avaliação, ainda que, possamos questioná-la, reflectir sobre a sua essência, adaptá-la ou enquadrá-la em função da nossa realidade. Podemos fazer tudo isso, mas antes, devemos interiorizar o conceito universal de democracia, já que o Artigo 1º da nossa Constituição, define a nossa República, como sendo Democrática, não numa especificidade/exclusividade democrática guineense, mas num contexto universalista relativamente ao conceito de democracia! Didinho 11.01.2013


Fernando Casimiro (Didinho)Como filho da Guiné-Bissau não me realizo com as desgraças do meu país, nem aceitarei, jamais, que outros promovam campanhas que ao invés da promoção de um sentimento de esperança em dias melhores, sobretudo, para os mais jovens, matam esse sentimento, através de um "julgamento colectivo" quer do país, quer do povo guineense!

Não é normal um filho associar-se ao desrespeito de estranhos, para com os seus pais. No contexto da Guiné-Bissau, lamento que filhos da Guiné-Bissau se juntem a outros para denegrir o país e dificultar todo um processo de transição que visa a retoma, gradual, da via constitucional no país. Didinho 07.12.2012


Fernando Casimiro (Didinho)Muita coisa que aconteceu na Guiné-Bissau, nos últimos tempos, incluindo o golpe de Estado de 12 de Abril, podia ter sido evitado. Não faltaram chamadas de atenção, não faltaram sensibilizações nesse sentido.

Muita coisa que ainda pode vir a acontecer na Guiné-Bissau, também pode ser evitado, pois, chamadas de atenção, recomendações e sensibilizações, nesse sentido, têm sido feitas, insistentemente.

Propor ou promover a desobediência civil, sejamos realistas, não é a melhor forma de ajudar a encontrar um ambiente de harmonia, capaz de facilitar o diálogo, aliviar a tensão política e social, visando obter consensos que permitam ultrapassar ou minimizar os problemas na Guiné-Bissau.

Quem quiser ajudar a Guiné-Bissau e os guineenses a se reencontrarem, deve evitar pôr mais lenha na fogueira. A missão humanitária de um bombeiro é, entre muitas, ajudar a salvar vidas, a apagar fogos, e não, contribuir para que haja mais perdas de vida e mais fogos...

Aproveito para lembrar que, na Guiné-Bissau, deve haver tolerância, respeito pela vida humana, respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos!

Os guineenses devem aceitar e respeitar a diferença! Didinho 28.10.2012


Fernando Casimiro (Didinho)Tem-se reivindicado/exigido demasiado, às autoridades de transição da Guiné-Bissau. Um Governo de Transição, é simplesmente, um Governo de Transição, por isso, sem o apoio e a compreensão de todos (já que não se trata de um governo militar decorrente do golpe de Estado de 12 de Abril, nem de cidadãos de outros países, que não, cidadãos da Guiné-Bissau), dificilmente o processo de transição será bem sucedido.

Continua-se a bloquear todo um processo, do qual se exige tudo, sem que se reconheça a autoridade de facto e se preste a apoiá-la, a bem desse mesmo processo de transição, quiçá, no intuito de, o mais brevemente possível, serem realizadas eleições gerais na Guiné-Bissau e se veja concretizada a reposição da ordem constitucional, com a eleição dos representantes eleitos pelo povo guineense, quer para o cargo de Presidente da República, quer dos deputados e a consequente formação de um governo tendo em conta os resultados das legislativas.

Mais do que a falta de apoios (face à incompreensão e à intolerância da Comunidade Internacional) dos parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau, preocupa-me a divisão entre os guineenses, enquanto fissura cada vez mais visível e profunda (consequente dos sucessivos desgastes) na fragilização da estrutura que sustenta a identidade nacional guineense.

Unidos, ainda que divergentes, mas respeitando as diferenças, e comprometidos com o país, com a causa nacional, seremos sempre fortes e estaremos sempre à altura de promover e gerar consensos para ultrapassarmos os obstáculos, sejam quais forem, que tivermos que ultrapassar.

Os bloqueios e as sanções, supostamente, para penalizar as autoridades de transição, na verdade, apenas prejudicam a Guiné-Bissau e o povo guineense, no seu conjunto.

Que cada um assuma a sua responsabilidade na actual conjuntura sócio-política da Guiné-Bissau, pois o golpe de Estado foi a 12 de Abril, ou seja, há 6 meses, o que quer dizer que, não há volta a dar em relação a isso, que não apoiar o processo de transição! Didinho 14.10.2012


Fernando Casimiro (Didinho)Afinal, condenar o golpe de Estado implicava, também, ter uma visão suficientemente realista para reconhecer e concluir que se estava perante um facto consumado e irreversível. Visão que fosse capaz de sugerir/propor uma saída negociada, inclusiva, participativa, pacífica e harmoniosa, relativamente à crise despoletada pela ruptura constitucional na Guiné-Bissau. Uns tantos, em defesa de interesses, seus e dos seus amigos, que não os interesses da Guiné-Bissau e dos guineenses, recusaram sempre a via do diálogo, alegando que não se dialoga com "golpistas" e que a única solução (inegociável) era o retorno ao poder das autoridades depostas.

Hoje, falam em diálogo, em Governo que inclua o PAIGC, como se o PAIGC tivesse sido excluído das negociações promovidas desde o início, pela CEDEAO...

Afinal, perdeu-se tanto tempo, para, nos dias de hoje se concluir que a melhor via era (é) a do diálogo, tendo em conta que, na verdade, o golpe de Estado era (é) um facto irreversível.

A Guiné-Bissau foi poupada da guerra e da destruição, graças à consciência e ao empenho, nesse sentido, dos seus melhores filhos e amigos. Porém, os guineenses estão divididos, perderam a confiança uns nos outros, estão magoados uns com os outros, o que é motivo de dor e de muita preocupação. A hora é de recolhimento, em busca de uma terapia espiritual que nos devolva a confiança, o respeito, o melhor dos relacionamentos para o melhor dos entendimentos entre irmãos comprometidos com a causa comum, a nossa Mãe, Guiné-Bissau! Didinho 02.10.2012


Fernando Casimiro (Didinho)A verdade é que, a Guiné-Bissau está, efectivamente, num processo de transição, decorrente de uma ruptura constitucional e consequente alteração da ordem constitucional (golpe de estado - 12.04.2012).

A verdade é que, toda a legitimidade que se reclama para as autoridades depostas, assenta numa pertença ao passado, ao registo histórico das governações, dos regimes, que detiveram, efectivamente, o poder na Guiné-Bissau.

Uma autoridade de transição (não é exclusivo da Guiné-Bissau) obviamente que não tem legitimidade constitucional ou, se quisermos, popular, contudo, advém de concertações e consensos da maioria, entre partidos políticos e sociedade civil (entre outros) para que o país ultrapasse a crise provocada pela ruptura e retome a ordem constitucional, através da preparação e realização de eleições e não pela recolocação do anterior poder no poder.

Que coabitação poderia existir entre as autoridades depostas e as Forças Armadas da Guiné-Bissau, capaz de garantir a confiança entre as partes e, por assim dizer, a paz, a estabilidade e o progresso do país?

A Comunidade Internacional apelou e promoveu sempre o princípio da transição pacífica nos países com graves crises internas provocadas por rupturas constitucionais ou outras, no intuito de a transição culminar em eleições e a consequente retoma da ordem constitucional desses países. Retoma/reposição da ordem constitucional que nada tem a ver com reposição de um anterior poder no poder!

Uma coisa é retorno ao poder e outra é retorno à ordem constitucional! Didinho 27.09.2012


Fernando Casimiro (Didinho)Que fique claro que as autoridades em funções na Guiné-Bissau, legitimadas por um consenso interno (após o golpe de Estado de 12 de Abril) entre uma maioria dos partidos políticos, militares e sociedade civil, sob a mediação da CEDEAO, são autoridades de transição e não carecem, necessariamente, de legitimidade popular, para o exercício transitório do poder, assente em compromissos com exigências de cumprimento, sendo a preparação, organização e realização de eleições gerais, o principal compromisso do processo de transição. Não há eleições para autoridades de transição!

Fosse outra personalidade designada Presidente da República de Transição, que não Manuel Serifo Nhamadjo, ou Primeiro-Ministro de Transição, que não Rui Duarte de Barros; fosse o PAIGC a indicar essas personalidades, teria que haver sempre o bom senso de reconhecer o facto de ter havido um golpe de Estado a 12 de Abril e que não havia realismo na exigência do retorno ao poder deposto. Assim sendo, chamando-lhe um governo de transição ou outro, mas explicitamente definido como transitório, para um período (X), de um compromisso (Y), a retoma/reposição da ordem constitucional, passaria pelo cumprimento das metas traçadas, no tempo acordado, para que o processo de transição chegasse ao fim, de forma satisfatória.

Face à conjuntura actual da Guiné-Bissau, ou se apoia o processo de transição, para que os objectivos fixados sejam cumpridos, sobretudo, no que toca à realização de eleições, ou, promove-se, o método recorrente do uso da força das armas  (através de um golpe ou contra-golpe, chame-se-lhe o que quiser) para destituir as actuais autoridades de transição, com todas as consequências que daí possam advir!

É bom que se tenha presente que o clima de desconfiança e a ambição desmedida pelo poder, suportaram, ao longo dos anos, na Guiné-Bissau, argumentações de conveniência, para que detentores do poder agissem por antecipação e anunciassem tentativas de golpe de Estado (a maioria, infundadas) saldadas em matanças, perseguições, detenções e tortura de cidadãos incómodos.

É bom que se tenha presente o "alerta" recentemente lançado pelo general António Indjai Chefe das F.A. acusa PM deposto de estar a preparar um `contra-golpe` de Estado na Guiné-Bissau, independentemente da leitura e da interpretação de cada um e, face ao clima de desconfiança prevalecente e às permanentes investidas públicas do ex-Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Júnior, que apenas visam desestabilizar a Guiné-Bissau e comprometer o processo de transição em curso!

Que fique claro que, no patamar onde nos encontramos presentemente, haja o que houver, haverá sempre, necessidade de recurso a um período transitório para a reposição da ordem democrática e constitucional, por isso, já é tempo de deixarmos de perder tempo...

Há que evitar a guerra, há que poupar vidas humanas e o próprio país! Didinho 24.08.2012

Vamos continuar a trabalhar!


A Guiné-Bissau é a soma dos interesses de todos os guineenses E NÃO DOS INTERESSES DE UM GRUPO OU DE GRUPOS DE GUINEENSES! Didinho


VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade! Didinho

O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU!

 

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