EM DEFESA DA SEGURANÇA E, DA VERDADE...! (2)
" Os
sírios que querem vir para a Europa têm de ir primeiro para Bissau. Lá é
relativamente fácil conseguir um visto de turismo para Portugal"
- In
Expresso
QUATRO GRUPOS DE SÍRIOS TENTARAM VOAR DE BISSAU PARA LISBOA NOS
ÚLTIMOS MESES
Fernando Casimiro
(Didinho)
didinhocasimiro@gmail.com
14.12.2013
A
pouco e pouco, vamos tendo matéria para continuarmos a questionar, em nome
da SEGURANÇA GLOBAL, o que de facto aconteceu no caso dos "74 sírios".
Na sua edição impressa de hoje, 14.12.2013 o
semanário português EXPRESSO apresenta uma reportagem de investigação
jornalística sobre o assunto, com mais detalhes para o apuramento de
verdades e responsabilidades.
QUATRO GRUPOS DE SÍRIOS TENTARAM VOAR DE BISSAU PARA LISBOA NOS
ÚLTIMOS MESES
Tomei a liberdade de digitalizar e partilhar a
página impressa da reportagem do Expresso por não estar disponível na versão
online
QUATRO
GRUPOS DE SÍRIOS TENTARAM VOAR DE BISSAU PARA LISBOA NOS ÚLTIMOS MESES,
afim de cada um ler, questionar ou tirar as suas conclusões, sendo que, este
caso, aparenta ser mais abrangente e, por isso, com mais ramificações, de
vários contornos e envolvimentos, para além do que as várias versões já
conhecidas, nos deram a conhecer, de forma manipuladora.
QUATRO GRUPOS DE SÍRIOS TENTARAM VOAR DE BISSAU PARA LISBOA NOS
ÚLTIMOS MESES
Do que li e citei no início
" Os sírios
que querem vir para a Europa têm de ir primeiro para Bissau. Lá é
relativamente fácil conseguir um visto de turismo para Portugal"
da reportagem do Expresso, não fiquei surpreendido com a alusão à facilidade
da obtenção de um visto de turismo para Portugal. De facto, há anos, repito,
há anos, que muita gente fala abertamente de negociatas por parte do
consulado de Portugal em Bissau, na concessão de vistos para entrada em
Portugal!
Já agora, ontem, a imprensa portuguesa deu a
conhecer dados do Serviço de Emigração e Fronteiras de Portugal (SEF) de
que, de Janeiro a Outubro de 2013 foram identificadas 173 pessoas
provenientes da Guiné-Bissau com passaportes falsificados.
A questão que se coloca é: Esses passaportes
tinham vistos de entrada em Portugal, certamente, mas ao que consta, não foi
detectada nenhuma anomalia por parte do consulado português em Bissau; nos
balcões da TAP no aeroporto de Bissau, nos serviços de controlo da
Guiné-Bissau do aeroporto e, as pessoas viajaram "ilegalmente" até Lisboa,
onde, com meios sofisticados de controlo de passaportes e outros, foi
detectada a irregularidade. Porque razão esse controlo não pode, ou não
deveria ser feito no consulado de Portugal em Bissau?
Porque razão as autoridades portuguesas só
agora dão a conhecer estes dados?
Que diligências foram tomadas pelas autoridades
portuguesas para apurar as razões/causas e atribuir responsabilidades, no
intuito de se evitar repetições e, em abono da verdade, a conivência de
Portugal, seja qual for o contexto: directamente ou indirectamente, na
facilitação da imigração ilegal e, por arrasto, da violação das normas de
segurança, quer da União Europeia, quer das recomendações dos fóruns
internacionais?
A culpa é só das autoridades da Guiné-Bissau?
Reclamei, disse que era injusto.
E ele disse-me «dão-lhe visto em Bissau porque o conhecem.» Até ao último
visto no meu passaporte, sabia que reinava o profissionalismo entre os
homens e mulheres que Portugal destaca para os nossos países. Ontem, fiquei
a saber que afinal 'havia outros'...
António Aly Silva
Sexta-feira, 22 de Novembro de 2013
EU, O SEF E O ALY
Trago à consideração de todos, uma certa
desconsideração, partilhada pelo jornalista António Aly Silva, que,
infelizmente, "provou" ele próprio o veneno da víbora... Isto a propósito de
vistos de entrada de Bissau para Lisboa e da cidade da Praia/Cabo-Verde,
para Lisboa, para se compreender que, de facto, até o pessoal dos Serviços
de Emigração e Fronteiras de Portugal (SEF) desconfia dos serviços
consulares portugueses em Bissau, ou não fosse óbvia a insinuação feita ao
jornalista Aly Silva...
É incompreensível a posição nos dias de hoje,
do dito jornalista que, em tempos foi muito crítico às faltas de respeito da
transportadora aérea portuguesa para com os seus passageiros dos voos de
Bissau/Lisboa e vice-versa; bem como, recentemente, em relação ao Serviço de
Emigração e Fronteiras de Portugal (SEF) que deveria servir de mote para ele
e muitos outros questionarem, o que é a cidadania e o cidadão lusófono que
em tempos, andaram a sustentar, quando a CPLP queria promover a guerra na
Guiné-Bissau e eu e outros bons filhos da Guiné-Bissau nos opusemos...
Lamento o tratamento, a atitude e a resposta dada pelo delegado do SEF na
cidade da Praia/Cabo-Verde, ao jornalista guineense António Aly Silva e
espero que, por direito e sem nenhum favor, lhe seja concedido o visto de
entrada em Portugal para se juntar aos seus filhos, à sua família, para as
celebrações do Natal. É um direito que lhe assiste, mas que lhe foi
recusado, ou dificultado, ainda que ele e outros mais, por razões que apenas
a eles dizem respeito continuem a pensar que, o facto de se falar a língua
portuguesa, é suficiente para se ser o tal sonhado...cidadão lusófono, com
pretensões e direitos num país que é Estado-Membro da União Europeia, onde o
estatuto é o de cidadão europeu e não de um qualquer cidadão lusófono,
francófono, anglófono etc., etc., ACORDEM!
Não querendo ser elemento de manipulação e
ciente de que, todos saberemos analisar os dados contidos na reportagem do
semanário Expresso, deixo à consideração de cada um, questionar tudo o que é
questionável e neste assunto, tudo é questionável, todos os intervenientes
são questionáveis, a bem da verdade sobre este caso, mas, sobretudo, que se
consiga encontrar respostas para os porquês, os como etc., etc, afim de se
evitar os mesmos erros que, por omissão de factos, e de medidas de solução,
colocam Portugal como cúmplice de um fenómeno que se quer atribuir
desonestamente à Guiné-Bissau!
Se os passaportes não foram emitidos pelas
autoridades da Guiné-Bissau; se as passagens não foram vendidas por nenhuma
operadora aérea da Guiné-Bissau; se o check in dos passageiros não
foi feito por nenhuma entidade aérea ou de segurança da Guiné-Bissau e na
Guiné-Bissau; se os passageiros, de facto com base no check in
deveriam embarcar para Lisboa nesse dia; se a Guiné-Bissau não tem nenhuma
companhia aérea nem aviões, de quem é a culpa?!
Porque se foi buscar o argumento da coação, que
já começa a ser posto em causa, por falta de sustentação, tendo até sido
desmentido pelo Presidente da TAP?
Simplesmente por ser o mais forte, visando
omitir todas as falhas burocráticas quer da operadora portuguesa TAP quer
dos serviços consulares de Portugal em Bissau!
Mas vamos acompanhando, pois a SEGURANÇA GLOBAL
é mesmo um assunto sério que não se resume a discussão e debate entre os
guineenses, que à partida, até são minimizados no seu raciocínio...mas será
que somos mesmo diminuídos da capacidade de raciocínio, ou melhor, será isso
um problema de identidade ou de gene?
Vamos continuar a contribuir, ainda que nesta
fase, tomando apenas em consideração as notícias veiculadas pela imprensa
portuguesa, quiçá, supostamente a mais "credível" perante este caso.
VAMOS CONTINUAR
A TRABALHAR!
QUATRO
GRUPOS DE SÍRIOS TENTARAM VOAR DE BISSAU
PARA LISBOA NOS ÚLTIMOS MESES
Fui bem recebido, ontem, no Centro Comum de
Vistos (CCV), na cidade da Praia por alguém do
SEF que depois quase correu comigo do seu
gabinete... Ou seja, em vez de recorrer às leis
sobre visto de entrada para Portugal, tentam
dificultar a vida a quem por motivos óbvios deve
viajar, neste caso eu. Depois de ser recebido,
expliquei muito bem ao que ia, mostrando tudo,
não deixando dúvidas.
Depois de me ouvir, levanta-se e vai buscar o
respectivo formulário de Visto Schengen. Qual
não foi o meu espanto quando vejo os requisitos
que eu devia entregar no CCV:
- Reserva
de passagem de ida e volta (eu disse-lhe que vim
de Lisboa, para onde regressaria agora, volvidos
3 meses, e mostrei-lhe o bilhete de passagem e a
cópia do bilhete de identidade do meu filho);
- Movimento
de conta bancária dos últimos seis meses (não
tenho e nem nunca me foi pedido para os vistos
anteriores);
- Reserva de hotel (tenho residência em
Portugal, e o SEF sabe-o bem...);
- Pagamento de taxa de emolumentos: 6.603
CVE - O
ÚNICO SUBLINHADO EM TODO O FORMULÁRIO... (o
meu estatuto, de acordo com a lei portuguesa,
ISENTA-ME de qualquer pagamento. Ou seja, é
entregar o passaporte, preencher dados que nada
tem que ver com os que foram solicitados;
- Seguro médico de viagem (também nunca me fora
solicitado)
Reclamei, disse que era injusto. E ele disse-me
«dão-lhe visto em Bissau porque o conhecem.» Até
ao último visto no meu passaporte, sabia que
reinava o profissionalismo entre os homens e
mulheres que Portugal destaca para os nossos
países. Ontem, fiquei a saber que afinal 'havia
outros'...
Os meus anteriores vistos para Portugal
APENAS QUERO PASSAR O NATAL COM OS MEUS
FILHOS e sair de Portugal o mais rápido possível!!! Se
eu não viajar a tempo de me juntar no Natal com
os meus filhos, vou meter o CCV em tribunal,
aqui mesmo em Cabo Verde.AAS
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A Guiné-Bissau é a soma dos interesses de todos os guineenses E NÃO DOS
INTERESSES DE UM GRUPO OU DE GRUPOS DE GUINEENSES!
Didinho
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a
liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do
pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser
útil à sociedade!
Didinho