E VIVA A CIDADANIA!

 

 

Bubacar TureQuando se cruza com diferentes estruturas que compõem a nossa sociedade percebe-se o quão é urgente a mudança. Não se trata apenas de mudança de pessoas para perpetuar um sistema de per si viciado, mas sim, uma verdadeira mudança de mentalidades e de comportamentos que facilitam a interiorização de valores e princípios. É evidente que a erradicação das práticas, e atitudes negativas enraizadas que nos afrontam à todos, não é um processo fácil, mas comprometemos irremediavelmente o futuro colectivo, se não formos capazes de identificar e aplicar soluções eficazes e duradoiras, pois o diagnóstico é bem mais complicado do que aparentava ser. Bubacar Ture 13.08.2014

 

Fernando Casimiro (Didinho)

didinhocasimiro@gmail.com

14.08.2014

Fernando Casimiro (Didinho)Para que a Boa Governação possa ser efectiva, a Guiné-Bissau também precisa da intervenção e colaboração dos seus Especialistas, Intelectuais das diversas áreas sociais e de desenvolvimento no país e na diáspora (que não apenas os que têm uma relação/ligação directa, profissional com o Estado) que devem posicionar-se, sempre que acharem que outras perspectivas podem ser colocadas, não em jeito de confrontação ou oposição às iniciativas do Governo, mas no intuito de ajudar o próprio Governo a considerar outras possibilidades, outras realidades, que, por vezes, escapam à governação, afinal, queremos todos o melhor para o nosso país e para o nosso povo!

Muitas vezes somos mal interpretados neste nosso exercício quotidiano, de anos, em torno de reflexões sobre o nosso país: problemas e soluções, causas e consequências.

Mais (e melhor) do que eu e muitos curiosos/aprendizes da cultura da cidadania, deveriam ser os mais habilitados (certificados e reconhecidos como tal, com todo o orgulho) a nível académico e nas diversas áreas profissionais de especialidade, a criarem mecanismos propícios à dinamização de mudanças estruturantes na nossa Sociedade, com ganhos para o país e para as nossas populações, independentemente dos contextos das abordagens, resumidos à Organização Política do Estado e ao Desenvolvimento Social.

Não basta dizer que sou isto ou aquilo e que contribuo para o país de forma discreta, quando essa contribuição se resume à actividade profissional remunerada na Função Pública e limitada ao período laboral de exercício dessa actividade profissional.

Se não o fizerem, alguém tem/terá que o fazer e é isso que, ao longo dos anos, com as nossas limitações, é certo, temos vindo a fazer e continuaremos a fazer, até que cheguemos à conclusão de que não ficaremos todos a dormir, embalados pelas recompensas de uma cultura de conformismo que continua a impedir a Guiné-Bissau de se estruturar convenientemente afim de se afirmar como Estado, com direitos sobre os seus cidadãos e as populações, mas também, com deveres para com os seus cidadãos e as populações residentes no país.

Num momento de viragem de página, que se impõe para a Guiné-Bissau; num momento de mudança de mentalidade, de comportamento e de atitude que se impõe aos guineenses, face a uma nova realidade governativa, com gente jovem, academicamente/tecnicamente melhor preparada, não podemos continuar a sustentar a cultura do conformismo e da subserviência, como "recompensa" por favores prestados.

É chegada a hora de todos exigirmos, com elevação, realismo e responsabilidade, melhores soluções políticas, quiçá, maiores ganhos na vertente do Desenvolvimento Social, para o país e para as nossas populações e isso, não passa exclusiva e necessariamente pelo poder político, legitimado pelo nosso povo. O povo guineense tem o direito e o dever de participar na edificação e sustentação da Nação guineense, por isso, todos nós devemos, com as nossas capacidades e competências, ajudar no que formos capazes de ajudar.

Vamos continuar a trabalhar!

Ébola: Fecho das fronteiras pode pressionar vias sem controlo na Guiné-Bissau

Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro da Guiné-Bissau, defendeu na terça-feira, ao anunciar o encerramento de fronteiras com Conacri, que a medida é necessária e deve ser compreendida.

A decisão da Guiné-Bissau de encerrar as fronteiras com a Guiné-Conacri para prevenir a entrada do vírus Ébola pode levar muitas pessoas a circular em vias transfronteiriças sem controlo, alertou hoje um antropólogo guineense em declarações à agência Lusa.

"Fechar as fronteiras é fechar as estradas principais: pode reduzir a circulação de pessoas, mas pode encorajar a procura de vias alternativas, não controladas pelas autoridades", referiu Mamadú Jao, especialista em estudos africanos.

Essas ligações, por onde se pode circular a pé e em velocípedes, existem um pouco por toda a fronteira e representam um desafio.

"Não sei se logisticamente o país estará preparado. Politicamente e pela preocupação que existe até podemos compreender a medida, mas o problema está, em termos práticos, na forma como as autoridades a poderão operacionalizar", sublinhou.

Para Mamadú Jao, devem ser ponderadas "ações de acompanhamento para que esta decisão possa ter o efeito desejado", alertando também para a vulnerabilidade das fronteiras marítimas, através do arquipélago dos Bijagós.

O investigador levanta ainda outras questões, que revelam "a complexidade" do assunto.

"Há tabancas [aldeias] divididas, com um lado na Guiné-Bissau e outro na Guiné-Conacri", e existem também muitas famílias "dependentes das trocas comerciais" transfronteiriças que se arriscam a perder rendimentos.

Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro da Guiné-Bissau, defendeu na terça-feira, ao anunciar o encerramento de fronteiras com Conacri, que a medida é necessária e deve ser compreendida.

"É muito importante que a população compreenda que não há uma guerra entre o governo e a população. Há, sim, uma necessidade de informar dos riscos e de poder contar com a colaboração de todos. O risco refere-se a algo extremamente grave e perigoso", sublinhou.

Para o primeiro-ministro, "não vale a pena provar que o governo não tem capacidade de controlar as fronteiras, é sim importante colaborar para que o isolamento seja efetivo e se possa evitar a entrada desta doença".

Nenhum caso de Ébola foi registado na Guiné-Bissau, mas o encerramento de fronteiras foi anunciado na terça-feira pelo líder do governo no âmbito de um programa de emergência sanitária motivado pela presença do vírus na vizinha Guiné-Conacri.

Fonte:
http://www.ionline.pt/artigos/mundo/ebola-fecho-das-fronteiras-pode-pressionar-vias-sem-controlo-na-guine-bissau

A Guiné-Bissau é a soma dos interesses de todos os guineenses E NÃO DOS INTERESSES DE UM GRUPO OU DE GRUPOS DE GUINEENSES! Didinho


VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade! Didinho

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