GUINÉ-BISSAU: PROVÍNCIA DO SENEGAL? NUNCA!!!

 

Hino nacional da Guiné-Bissau "Esta é a nossa Pátria amada"
 


Sol, suor e o verde e mar,
Séculos de dor e esperança!
Esta é a terra dos nossos avós!
Fruto das nossas mãos,
Da flor do nosso sangue:
Esta é a nossa pátria amada


Viva a pátria gloriosa!
Floriu nos céus a bandeira da luta.
Avante, contra o jugo estrangeiro!
Nós vamos construir
Na pátria imortal
A paz e o progresso!


Ramos do mesmo tronco,
Olhos na mesma luz:
Esta é a força da nossa união!
Cantem o mar e a terra
A madrugada e o sol
Que a nossa luta fecundou

 

Por: Fernando Casimiro (Didinho)

didinho@sapo.pt

31.05.2007

Sr. general João Bernardo Vieira,

A Guiné-Bissau é um país viável, que tem mais a dar ao Senegal do que receber do mesmo Senegal!

Se o nosso país está como está, o Sr. general é um dos principais responsáveis pela situação de atraso e de miséria generalizada que se assiste na Guiné-Bissau, prejudicando os guineenses.

Já se constatou que o Sr. general não acredita (será que alguma vez acreditou?) nas potencialidades da Guiné-Bissau e, por isso, não está disposto a promover o desenvolvimento do país, impedindo com isso, a melhoria das condições de vida do povo guineense.

O Sr. general que é Combatente da Liberdade da Pátria,  há muito que deixou de ser sensível para com o que se chama de ORGULHO NACIONAL.

Do seu juramento na tomada de posse, “Juro por minha honra defender a Constituição e as leis, a independência e a unidade nacionais, dedicar a minha inteligência e as minhas energias ao serviço do povo da Guiné-Bissau, cumprindo com total fidelidade os deveres da alta função para que fui eleito”, deve-se questionar por que honra o Sr. general jurou, pois os guineenses sabem, desde há muito, que não têm um presidente honrado!

Li, incrédulo, a notícia sobre uma possível integração da Guiné-Bissau no vizinho Senegal. Uma notícia que dá conta de uma abordagem recente nesse sentido, entre o presidente Wade do Senegal e o Sr. general, ocorrida aquando da cerimónia de inauguração da sede do BCEAO em Bissau.

É certo que não é uma situação imediata, como é certo que é um assunto a debater pelos órgãos de soberania e pelos povos dos dois países. Mas será que a opinião do povo guineense alguma vez interessou ao Sr. general?

Um povo com fome, desmoralizado, facilmente corruptível, estaria em condições de dizer não à dita integração, caso o principal interessado, o Senegal, abrisse os cordões à bolsa e disponibilizasse pontualmente alguns milhões de dólares, euros ou francos CFA de forma a comprar consciências?

Sr. general João Bernardo Vieira,

Não cometa mais traições contra a sua Pátria!

Deixe as almas dos seus camaradas da gloriosa luta de libertação nacional descansarem em Paz, certos de que tombaram heroicamente pela conquista da independência da Guiné-Bissau!

Não hipoteque a nossa identidade nacional.

Deixe que a Guiné-Bissau seja dirigida pelos seus filhos mais capazes, aqueles que a amam e aos seus conterrâneos, pois que, para se conseguir tirar a Guiné-Bissau da situação em que se encontra, é preciso comprometer-se com o país e com as pessoas. Um Bom piloto conseguirá desencalhar a Guiné-Bissau, repondo-a na rota do desenvolvimento, contrariamente ao que o Sr. general tem feito até aqui.

A Guiné-Bissau dispensa a integração no Senegal para conseguir resolver os seus problemas.

Chamo a atenção dos guineenses e amigos da Guiné-Bissau para este assunto. Falem disto, discutam isto, opinem sobre o que realmente queremos para a nossa Guiné-Bissau.

Como sempre disse e repito, somos nós a solução para os nossos problemas!

Viva a Guiné-Bissau!

Vamos continuar a trabalhar!

WADE ET NINO SERAIENT DEJA FAVORABLES…: Vers une fédération ?
(Il est MIDI 30/05/2007)


Ce n’est pas une simple vue de l’esprit, notre pays et la Guinée-Bissau pourraient unir leurs destinées si les peuples le souhaitent. De sources généralement bien informées, on annonce que le Président Wade serait favorable à une telle idée et serait même prêt à la promouvoir auprès des autorités et de la Nation bissau-guinéennes. Selon nos sources, le président Wade, lors de l’inauguration du nouveau siège de la BCEAO à Bissau récemment, en aurait déjà touché deux mots à M. Joao Bernardo Vieira, Président de la Guinée-Bissau qui, lui aussi, envisageait déjà cette question avec beaucoup de sérieux. Si les deux chefs d’Etats sont favorables à une union entre les deux pays, c’est parce que nos économies sont réellement imbriquées. La Guinée-Bissau et le Sénégal partagent une frontière terrestre et maritime où un important gisement de pétrole a été découvert récemment et seule l’exploitation commune de cette ressource par nos deux pays pourrait en permettre la rentabilité. En plus, à part la Guinée Conakry, dont les échanges avec son voisin sont pratiquement inexistants, le Sénégal est le seul partenaire économique de la Guinée-Bissau dans la sous-région. Il faut d’ailleurs dire que Bissau ne respire que grâce à Dakar d’où viennent toutes les denrées de consommation et que surtout, c’est notre pays qui soutient à bout de bras l’économie de Bissau en lui octroyant tous les mois une aide budgétaire de 400 millions de FCfa pour compléter le règlement des salaires des fonctionnaires. Depuis quelques semaines donc, nos deux chefs d’Etats seraient en train de réfléchir sur les modalités pratiques de la mise en œuvre d’une telle fédération. Nos sources nous apprennent qu’à l’occasion de l’inauguration de l’agence Bceao de Bissau, les Présidents Wade et Vieira ont évoqué la question et se sont accordés pour l’étudier plus en profondeur.

Une fédération entre le Sénégal et la Guinée-Bissau serait un pas important vers l’intégration sous-régionale à laquelle le Président Wade rêve depuis toujours. Il est vrai que chat échaudé craint l’eau froide et que l’expérience malheureuse de la confédération sénégambienne avec les deux anciens Présidents Abdou Diouf et Sir Dawda Kaïraba Jawara pourrait réfréner les ardeurs des uns et des autres mais, à cause justement de l’échec de cette expérience, une fédération entre le Sénégal et la Guinée-Bissau devra faire l’objet d’études pointues et de discussions sérieuses. Au besoin, il faudra peut-être soumettre l’idée aux peuples des deux pays par le biais d’une consultation populaire, un referendum par exemple. Mais rien ne s’oppose à ce que les Assemblées nationales des deux pays en soient les maîtres d’œuvres pour éviter les grosses dépenses que pourrait entraîner un referendum. Pour l’heure, on se refuse à évoquer la question au sein de l’entourage officiel du Président de la République et personne ne veut confirmer l’information, mais nos sources semblent formelles, Wade envisagerait sérieusement d’étudier tous les aspects de la question car le Sénégal ne peut plus assurer la survie économique de ce voisin hors d’un cadre commun. Ainsi, le Président Vieira serait même d’accord pour que son pays devienne une région sénégalaise tout en assurant la vice-présidence au niveau de l’Etat. Evidemment les constitutionnalistes et autres spécialistes du droit international seront appelés à réfléchir sur la possibilité de transformer notre cadre de coopération en une structure unique au sein d’un état fédéral. Déjà, pour concrétiser cette idée géniale, le Chef de l’Etat Sénégalais aurait déjà acquis une importante flotte aérienne composée de 7 avions dans le but de désenclaver la sous-région notamment vers Bissau, Konakry et Bamako (voir article ci-dessous). En tout cas on y verra plus clair dans les semaines à venir…

Ndiogou Wack Seck

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VERSÃO TRADUZIDA DO FRANCÊS PARA O PORTUGUÊS

 

WADE E NINO SERIAM JÁ FAVORÁVEIS …: Em direcção a uma federação ?

 

(Il est MIDI 30/05/2007)

Não é uma simples fantasia imaginária, o nosso país e a Guiné-Bissau poderiam unir os seus destinos se os povos assim o desejarem. De fontes geralmente bem informadas, anuncia-se que o Presidente Wade seria favor
ável a uma tal ideia e estaria mesmo pronto a promovê-la junto das autoridades e da Nação bissau-guineenses. Segundo as nossas fontes, o Presidente Wade, aquando da recente inauguração da nova sede do BCEAO em Bissau, teria já abordado o assunto  com o Sr. João Bernardo Vieira, Presidente da Guiné-Bissau, que também já encararia esta questão muito seriamente. Se os dois Chefes de Estado são favoráveis a uma união entre os dois países é porque as nossas economias estão realmente imbricadas. A Guiné-Bissau  e o Senegal partilham uma fronteira terrestre e marítima, onde se descobriu recentemente um importante jazigo de petróleo, cuja exploração só será rentável se for feita conjuntamente pelos nossos dois países. Para além disto, exceptuando a Guiné Conacri, cujas trocas com o vizinho são praticamente inexistentes, o Senegal é o único parceiro económico da Guiné-Bissau na sub-região. É preciso também dizer-se que é graças a Dacar que Bissau respira, por ser de lá que vêm todos os produtos de consumo e, sobretudo, por ser o nosso país a amparar a economia de Bissau, enviando-lhe todos os meses uma ajuda orçamental de 400 milhões de Fcfa para completar o pagamento dos salários dos funcionários. Assim, de há duas semanas a esta parte, os nossos dois Chefes de Estado estariam a reflectir sobre as modalidades práticas da implementação de uma tal federação. As nossas fontes informam-nos de que, por ocasião da inauguração da agência do BCEAO de Bissau, os Presidentes Wade e Vieira evocaram a questão e concordaram em estudá-la de forma mais aprofundada.

Uma federação entre o Senegal e a Guiné-Bissau constituiria um passo importante em direcção à integração sub-regional, com a qual o Presidente Wade sempre sonhou. É verdade que gato escaldado tem medo de água fria e que a infeliz experiência da confederação senegambiana, com os dois antigos Presidentes Abdou Diouf e Sir Dawda Kaïraba Jawara, poderia refrear o entusiasmo de uns e de outros, mas, precisamente por causa do insucesso desta experiência, uma federação entre o Senegal e a Guiné-Bissau deverá ser objecto de aprofundados estudos e de sérias discussões. Se necessário for, será talvez preciso submeter a ideia aos povos dos dois países através de uma consulta popular, por exemplo, de um referendo. Mas nada se opõe a que as Assembleias Nacionais dos dois países sejam os mestres de obra desta empreitada, de forma a evitar os elevados custos que a realização de um referendo poderia acarretar.  De momento, recusa-se a evocar a questão nos meios próximos do Presidente da República e ninguém quer confirmar a informação. Porém as nossas fontes parecem formais, Wade pretenderia estudar seriamente todos os aspectos da questão, na medida em que o Senegal não pode continuar a assegurar a sobrevivência económica deste vizinho fora de um quadro comum. Assim, o Presidente Vieira estaria mesmo de acordo para que o seu país se tornasse numa região senegalesa, assegurando a vice-presidência ao nível do Estado. Evidentemente que os especialistas em direito constitucional e direito internacional seriam chamados a reflectir sobre a possibilidade da transformação do nosso quadro de cooperação numa estrutura única no seio de um Estado federal. Para já, para concretizar esta ideia genial, o Chefe de Estado senegalês teria já adquirido uma importante frota aérea com 7 aviões, com o fim de desencravar a sub-região, nomeadamente em direcção a Bissau, Conacri e Bamaco (ver artigo aqui em baixo). Em  todo o caso, maiores clarificações surgirão nas próximas semanas.
 

Ndiogou Wack Seck

 

www.didinho.org