Carlos Gomes Júnior, Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, candidato às eleições presidenciais antecipadas de 18 de Março passado, continua a ignorar as Leis da República e a falar do que não sabe.
Apenas com o único propósito pessoal de ser Presidente da República, continua a desrespeitar a Constituição da República, as Leis e a pôr em causa a soberania nacional.
De um Presidente da República, o mais alto magistrado da Nação, espera-se e exige-se mais valias traduzidas em conhecimento, sobretudo, de conhecimentos que ajudem a alicerçar e a promover um Estado de Direito e permitam o exercício da Democracia, enquanto via política estabelecida na Constituição como sendo o nosso modelo político.
Queremos, precisamos de um Presidente da República à margem de todos os conflitos partidários e de natureza militar. Um Presidente da República verdadeiro símbolo da Unidade Nacional e digno Comandante em Chefe das Forças Armadas, por atribuição constitucional, que defenda o interesse nacional, que promova o regresso de todos os guineenses à Pátria Mãe. Queremos um Presidente da República que seja referenciado pelo respeito que os seus concidadãos nutrem pelas suas capacidades humanas, profissionais e intelectuais e não um Presidente da República referenciado por ter muito dinheiro roubado ao próprio país, que se orgulha de ter o poder de mandar prender ou matar seus próprios concidadãos e que constitui um obstáculo ao regresso dos filhos da terra ao seu próprio país!
A LEI N.º 3/98, DE 23 DE ABRIL no seu Artigo 103º (Regime de Eleição) é clara na atribuição do cargo de Presidente da República por eleição, ou seja, é designado Presidente da República, o candidato que obtiver 50% +1 dos votos validamente expressos.
Pelo que se sabe, Carlos Gomes Júnior obteve 49% dos votos, ainda que números provisórios...ou vai reclamar depois deste artigo, ter obtido 50% + 1...?!
Se não obteve 50% + 1, não pode ser considerado Presidente da República eleito, porquanto se o segundo classificado rejeitar participar na segunda volta, a Lei não diz que deve haver sucessão de posicionamentos até se encontrar um segundo candidato mais votado para que se perfilassem 2 candidatos na 2ª volta.
Quando Carlos Gomes Júnior diz que "Se ele rejeitar, sou o Presidente a partir de amanhã [quinta-feira]", não poderíamos estar perante maior ignorância e demonstração da ambição desmedida de alguém que diz que quer o melhor para o país...
Não estamos a dormir, "sintinela ka ta durmi"