MALAM BACAI SANHÁ 

MALAM BACAI SANHÁ
Agora e após todas as dificuldades atravessadas, é fundamental restaurar a nosso apego aos valores do estado e da democracia, de criar as condições para a formação de uma consciência nacional e de reforçar os laços de solidariedade social condição sine qua non para reafirmar a unidade nacional.

A aspiração à mudança tão desejada nas sucessivas eleições desde 1994 não conseguiu realizar-se, não obstante o forcing de 2005 que também nada resolveu.

Desde esta data, a situação piorou-se e o diário da vida politica surpreendeu todos os observadores tornando um repertorio de violações constantes da constitução e das liberdades individuais e a população conseguiu supertar sempre esta situação.

O seu apego a esta pátria de Amilcar CABRAL « Pai da Nação » e tantos outros pela qual dedicou toda a sua vida, o crédito que acordamos à este povo e à esta terra leva- nos a aceitar com muita honra e empenho de relevar de novo o desafio patriótico de apresentar a minha candidatura à Magistratura Suprema da Nação conformemente ao pedido de um grande número de concidadãos.

A minha candidatura inscreve-se numa linha de emêrgencia de uma nova época que convida os guineenses a relevar o desafio de criação de uma nova República. A base desta nova República repousar-se-á sobre um desemvolvimento sustentado e global da Guiné-Bissau sobre uma estabilidade permanente onde o poder politico é respeitado no espirito de participação directa e activa dos cidadãos podendo permitir a consolidação do sistema democratico excluindo as guerras fratricidas.

O nosso passado enquanto Chefe de Estado Interino moustrou ao povo guineense que podia dirigir convenientemente o Estado. Com efeito, naquela época havia um équilibro no seio do Estado e um progresso no país. As instituições democraticas funcionavam idealmente como ponto de partida para restaurar definitivamente a paz e a estabilidade.

É este contrato da paz e da estabilidade acesso nos principios que sempre defendi que quero árduamente renovar com a Nação Guineense.

Para que a esperança do povo Guineense renasça, é vital reafirmar a credibilidade do Estado que repousará num Presidente da República, capaz de assumir as suas responsabilidades, de relevar os desafios inerentes, de criar um ambiente institucional favoravél a um dialogo de pacificação nacional e de garantir os direitos e liberdades fundamentais, assim como o respeito dos principos dum estado de direito.

Este Presidente da República será em cima de todos os partidos politicos, respeiterá a Constituição, arbitrará na serenidade e imparcialidade o jogo democrático, deverá ser capaz de juntar todos os guineenses independentemente das suas origens, convições politicas, crenças religiosas ou estatutos sociais na obra de reconstrução da Nação de refazer a Unidade Nacional e a paz.

Claro, é um desafio que supõe o respeito de todas essas diferenças que constituem o fundamento da nossa sociedade e a capacidade de valorisar e de catalisar a diversidade etnicocultural do país será no seio do desafio da reconstrução. O nosso desejo ardente se o povo nos acorda a sua confiança enquanto Presidente da República, iremos usar da nossa competência para defender e garantir com muitas intransigências o respeito da lei fundamental de Nação, a Constituição da República apoiando-nos sempre no interesse superior do país.

Com os aparelhos de Estado funcionando independentemente sem nenhuma manipulação, o nosso combate será a moralização e a transparência da vida pública e da Nação. Será exigido ao Governo e todas instituições do Estado uma gestão sã e rigorosa da coisa pública sem esquecer de combater duramente a corupção e o Crime organizado (tráfico de droga). Tambem será preciso vijiar a gestão eficiente do sector público criando as condições para emergência dum sector privado performante. Será preciso trabalhar para criar a riqueza afim de satisfazer gradualmente e definitivamente o atraso económico e social do país, causa principal de instabilidade e das tensões.

Será preciso garantir as melhores condições da vida as populações, viabilisar acesso a educação e a formação profesional, criar empregos duràveis, atrair os investidores e reducir a taxa de mortalidade e de analfabetismo.

Será preciso actuar para restaurar a soberania do Estado em todo o país afim de estabelecer um Estado moderno, democrático, promotor de dignidade humana e que assegura a todos, o acesso ao direito e a igualidade perante a justiça. Não será tolerado que as pessoas sejam molestadas na sua integridade fisica e moral, nem que as suas liberdades de expressão, a sua consciença religiosa e de culto sejam violadas.

O Estado garantirá igualmente a liberdade de aprender e de ensinar, o acesso ao trabalho, a execução da política do pleno emprego e o respeito de todos os outros direitos constituicionalmente consagrados, este papel do Estado será concorrenciado pelos partidos políticos que buscaram exprimir para esta concorrência a vontade popular num espirito de unidade a volta do Estado e da democracia politica.

No dominio económico, o Presidente de República no quadro das suas atribuções contribuirá na constituição duma economia moderna baseada nas regras sãns do mercado, garantirá e regulará os interesses globais da Nação, racionalizará os circuitos de distribução e combaterá as actividades especulativas e as práticas comerciais restritivas.

Deve também no mesmo domínio encorajar as iniciativas, valorizar a gestão da principal capital de que dispõe o país : os recursos humanos, também harmonisar a gestão dos recursos naturais salvaguardando a sua capacidade de renovação, equilibrar a ecologia, valorizar o ambiente e defender a natureza.

A reforma e modernização da administração publica sucitará particularmente a nossa atenção e deve merecer uma protecção da sociedade e do Estado. Neste espirito, todas as condições favoráveis para a realização pessoal de todos o membros de cada membro de família assim como na sua inserção social devem ser estabecidos sobretudo pelas crianças orfãs e abandonadas.

O estado buscará entreter uma relação de parceria com a sociedade civil que pelas suas caracteristicas poderá ajudar na resolução dos problemas e alertar o estado das possibilidades de crise ou de ruptura que poderiam acontecer no país. Enfim, o Estado privelegiará a investigação científica e a inovação tecnológica.

No domínio da cultura e tomando em conta da diversidade etnocultural da Guine Bissau, vamos encorajar a promoção da cultura nacional como factor indispensável de mistura e de desenvolvimento socio económico do país.

Os combatentes da liberdade da pátria que lutaram árduamente com muita abnegação e desinteresse pela independência nacional, merecerão o nosso eterno gratidão e respeito. Também a importância e delicadeza do caso desses valentes combatentes, que não é ainda definido e que a causa da instabilidade do país merece uma atenção particular. Vamos promover com instituições pertinentes do Estado e as forças politicas uma solução definitiva capaz de garantir reconhecimento da pátria e os proporcionar direito à uma vida compatível com os seus estatutos.

O meu empenhamento com os meus colegas e irmãos « antigos combatentes » é de os criar um fundo especial de assistência para a saúde que lhes permetiriam de ter uma cura adequada aos seus estatutos.

O Presidente da República deve desempenhar um papel fundamental no quadro da politica externa do país em concertação com o governo para defender a integridade do territorio nacional. Do mesmo modo, deve promover a mistura, a União e a Igualidade entre os povos; a não ingerência nos assuntos internos dos outros estados, trazer soluções pacíficas aos conflitos, eliminar todas as formas de agressões visando a criação duma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça no mundo.

O nossa intima convicção é de tentar dar a Guiné a sua identidade como um país responsável, de repô- la no seu verdadeiro lugar, porque a afirmação dum país no plano internacional passará por uma atitude cada vez mais activa em matéria de competências e de participação constante na cena politica internacional.

A incompetência e o laxismo que caracterizavam a nossa saida no exterior contribuiram para manchar a nossa imagem e a nossa posição no plano internacional. Esta situação agravou-se com o desinteresse da comunidade internacional sobretudo quando esse pequeno país é membro de organizações internacionais complexas tais como UEMOA/ CEDEAO/ UA/ CPLP/ FMI/ BM/ ONU etc.

Frente a esta situação, a estratégia a adoptar passará pelo reforço é a valorização da nossa posição no domínio económico, politica, e diplomática, domínios mais salientes das organizações internacionais, sem ometer adoptar atitudes responsáveis e coerentes.

Enfim, tentaremos com a nosso influência e a nossa longa experiência acumulada na vida e na careira politica em favor da Nação de fazer abrir e escutar nos diferentes fóruns internacionais a voz da Guiné-Bissau nas fileiras de promoção e de aceleração do proceso de integração subregional e Africana.
 

Posté le 15.03.2009 par osamigosdemalambacai

Fonte: http://osamigosdemalambacai.centerblog.net/


 

Nota do Editor:

Por não nos ter sido enviado oficialmente qualquer documentação do candidato Malam Bacai Sanhá, decidimos pela reprodução dos documentos constantes nos espaços de apoio e sensibilização a favor do candidato Malam Bacai Sanhá, o que nos impede, eticamente, de proceder a qualquer correcção ortográfica e gramatical que se justifique.

Lamentamos o facto, cientes de que os leitores saberão compreender a nossa posição.

Muito obrigado.

Didinho

30.05.2009

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