Não ao uso de força na Guiné-Bissau!

 

 

Agostinho Pereira Gomes

bonacansa@hotmail.com

04.05.2012

Agostinho Pereira GomesQuem julga que uma intervenção militar da CEDEAO na Guiné-Bissau de que tanto se tem falado vai resolver a situação e repor a ordem Constitucional no país, está completamente enganado.

Quem permitir que a sua terra seja dizimada e o seu povo transformado em carne para canhões será considerado pelos guineenses como o maior estúpido e criminoso de todos os tempos.

Quem massacrar o seu povo para reinar não ganhará nada antes pelo contrário. Perde porque o povo morre, o país será destruído, as feridas reabrir-se-ão e a dita reconciliação que se quer na Guiné-Bissau será um processo falhado.

Caros conterrâneos, estamos num momento crucial, muito crucial mesmo, onde a voz ou gesto de cada um de nós é indispensável para podermos evitar o indesejado (a guerra) na nossa querida Pátria. É a partir desta situação que se reconhecerão os verdadeiros filhos da terra e os de cabeça suja...

Se ontem, fomos unânimes em condenar o golpe de estado militar do dia 12 de Abril, hoje, e mais que nunca, devemos ser unânimes em dizer "não a guerra na Guiné-Bissau"! Condenamos o golpe de estado, mas também estamos contra o uso da força para a reposição da ordem no nosso país.

O repúdio contra a desordem e contra os problemas do mundo actual, não autorizam a que se criem mais desordens e mais problemas, somando-os aos já existentes. Quem pensa que a guerra resolve problemas que saiba que por vezes arrisca-se a piorá-los. A actualidade nos tem demonstrado este facto...

Seguramente que o Presidente da República Interino, Raimundo Pereira e o ex-Primeiro Ministro, Carlos Gomes Jr. recusariam o retorno à cadeira de poder se isso significasse o massacre do povo guineense e a destruição do solo que os viu nascer... Que assim seja!

Não ao uso de força na Guiné-Bissau.

 

 COMENTÁRIOS AOS DIVERSOS ARTIGOS DO ESPAÇO LIBERDADES


VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

associacaocontributo@gmail.com

www.didinho.org

   CIDADANIA  -  DIREITOS HUMANOS  -  DESENVOLVIMENTO SOCIAL