O chapéu analítico

 

Por: Alexandre Tavares

20.04.2008

Para começar gostaria de apresentar as afirmações de Martin Luther King e sempre utilizadas por Barack Obama:

« O arco do universo moral é longo mas inclina-se na direcção da justiça. Mas esse arco não inclina sozinho, inclina-se porque pusemos a nossa mão sobre esse arco e o apontamos na direcção da justiça.»

O objectivo do milénio pode não ser alcançado na Guiné Bissau, se todos os guineenses não puserem de lado o chapéu analítico. Já está mais do que na altura de começarmos a pensar na nossa própria criação de riqueza e não pensar ser rico num só dia à custa dos fundos públicos. O mero acto de cálculo reduziu a generosidade das pessoas, assim que colocamos o nosso chapéu analítico reagimos de forma diferente a apelos emocionais e bloqueamos a nossa capacidade de sentir.

Se as pessoas continuam a mostrar sinais de riqueza assim que mudam de cargo ministerial como se pode levar a população a interessar-se e a agir em prol do desenvolvimento económico? É que as pessoas continuam a pensar que é possível ter a riqueza nos cargos públicos sem esforço e a  curto prazo. Neste caso pergunto: como se transforma a convicção em acção? Respondo à mesma: temos que fazer com que as pessoas se interessem, e para que isso aconteça, a democracia tem que funcionar para que a credibilidade interna (as autoridades e anti autoridade) sejam credíveis junto das populações, caso contrário, o objectivo do milénio poderá ser para Guiné Bissau uma Utopia.

Para terminar faço minhas, as afirmações de Martin L. King: « acredito que tudo aquilo que os homens egoístas deitaram abaixo, os homens altruístas podem voltar a erguer.»

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