O ÓDIO A AMILCAR LOPES CABRAL
ASSIM NÃO VAMOS A LADO NENHUM!
Fernando Casimiro
(Didinho)
didinho@sapo.pt
21.01.2011
Quer
se goste ou não, Amilcar Lopes Cabral nunca precisou de afirmar ser cidadão
guineense para atingir qualquer fim pessoal ou outro!
Quer se goste ou não, Amilcar Lopes Cabral foi quem
deu a conhecer, mais do que qualquer outro, a Guiné-Bissau e Cabo Verde ao
mundo!
Quer se goste ou não, ainda não apareceu
ninguém, que tivesse dado tanto à Guiné, como Amilcar Cabral deu!
Não foi o Amilcar quem se serviu da Guiné, foi a
Guiné quem foi servida pelo seu melhor filho, independentemente das suas
origens, ou da sua cor da pele!
Onde estão os que se dizem puros guineenses para
fazerem mais e melhor do que Amilcar Cabral fez?
Onde estão esses puros filhos da Guiné para
mostrarem o amor que têm pela Terra-Mãe?
A Guiné-Bissau, a meu ver, tem na pessoa dos seus filhos que se julgam mais
filhos de que todos os outros, o principal obstáculo à paz, estabilidade e
desenvolvimento!
Não é ignorante quem não sabe, mas quem não quer
saber. Ainda hoje há quem continue a afirmar que Amilcar Cabral não nasceu em
Bafatá e que foi Rafael Barbosa quem lhe forjou a certidão de nascimento.
Que Amilcar Cabral foi, continua e continuará a
ser odiado por muitos, não tenho dúvidas, mas que esse ódio seja suportado por
mentiras, sinceramente, que se arranjem outros argumentos.
Em 2004 alguém afirmou que Cabral não tinha
nascido na Guiné-Bissau e eu escrevi o meu ponto de vista sobre o assunto. Hoje
volto ao mesmo tema, porquanto 2 indivíduos comentarem no espaço de comentários
do nosso site sobre a mesma questão.
Nesta minha intervenção de hoje, quero apenas
dizer que a naturalidade não se muda nunca, mesmo que tenhamos várias
nacionalidades!
Amilcar Cabral nasceu no período colonial, era
filho de pessoas destacadas no meio social, obviamente que foi registado em
Bafatá porque foi lá que nasceu!
Não só Amilcar Cabral nasceu na Guiné-Bissau,
como outros dos seus irmãos também nasceram.
Se Amilcar Cabral não nasceu na Guiné, onde foi
então que nasceu, já que nenhum país reivindicou até hoje a sua naturalidade,
para além da naturalidade que todas as pessoas de boa fé conhecem, que é Bafatá?
Será que Amilcar Cabral era tão desprezível que
nenhum país aceitaria reconhecê-lo como seu filho, se realmente tivesse nascido
noutro país?
Muito sinceramente, é difícil compreendermo-nos
e aceitarmo-nos como guineenses.
É por estas e por outras que nós guineenses,
continuamos na senda do atraso!
Segue o meu texto de 05.10.2004 e os 2
comentários hoje publicados no espaço de comentários do "Nô Djunta Mon"
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
A liberdade é um
direito que assiste a homens ou mulheres, grandes ou pequenos, ricos ou pobres,
crentes ou ateus, mas que nunca chega a ser absoluto na acção porquanto
estar condicionado por leis. Felizmente que assim é, porque as leis são os
limitadores da autonomia que a liberdade nos concede. É o Estado, através dos
seus órgãos competentes (Assembleia Nacional Popular), quem legisla,
por forma a criar princípios que traduzem a definição do conceito de
liberdade em função da necessidade da coabitação ou da vivência em
comunidade dos seus cidadãos. As leis condicionam as liberdades e colocam o
Estado como o gestor de toda a sociedade, evitando o anarquismo. É a liberdade
um direito absoluto no pensamento, mas restringido na acção por forma a que o
colectivismo se sobreponha ao individualismo na procura de consensos para
o equilíbrio do relacionamento
entre pessoas numa sociedade que se quer justa ainda que condicionalmente livre.
Didinho
Indecência
Hoje exponho aqui a minha tristeza
e indignação para que outros mais não fiquem tristes e indignados como eu,
devido à notícia publicada
a 28/09/2004, no site www.guine-bissau.com
e assinada pela jornalista Zezinha Fernando Biombo tendo como título: "
Amilcar Cabral não nasceu na Guiné-Bissau ". Para uma melhor compreensão
do meu estado de espírito, transcrevo a cópia da notícia
publicada, dando-a a conhecer para análise e interpretação por quem ainda não
teve essa oportunidade.
Amilcar
Cabral não nasceu na Guiné-Bissau
O
escritor e Poeta guineense Felix Siga revelou ontem a Guiné-Bissau.Com
que o fundador da nacionalidade guineense Amilcar Cabral nao
nasceu em Bafatá
como
tem sido pregoado pelo mundo fora.
Para Felix Siga, Amilcar Cabral nao é guineense. Pois, o seu boletim
de nascimento é falso e foi forjado
por Rafael Barbosa para convencer o ex-Presidente da Guiné-Conacri
Ahmed Sekou Turé aceita-lo residir em Conacri.
Face a este cenario, considerou que
Amilcar Cabral, com excepçao da sua participaçao na luta da
libertaçao nacional, nao faz parte da historia da Guiné-
Bissau
.
Felix Siga desafia seja quem for, para lhe mostrar colega de escola
de Amilcar Cabral em Bafatá. No seu entender, se Amilcar Cabral
tivesse nascido em Bafata teria ainda lá alguém que pudesse
conhecer, pelo menos, filhos ou netos dos seus colegas que estudaram
com ele o ensino primario em Bafatá.
Quanto a sua produçao literária disse que prepara para publicar um
livro intitulado « DO ETEREO AO VITAL PULULANDO » .
Felix Siga disse ainda que é um livro do seu sonho. Se o publicar
realizará o maior sonho da sua vida.
Ē um livro de poemas « esotericos » que dinamizam o espirito
humano em todos os sentidos e aspectos.
Felix Siga afirma que é um livro de poemas profundamente inspirados
nos valores femininos da Guiné-
Bissau
.
Para
além do « DO ETEREO AO VITAL PULULANDO », Felix Siga
garantiu a Guiné-Bissau.com que tem guardado na gaveta 14 livros,
porquanto nao possui ainda meios financeiros para os dar estampa.
Sublinhe-se que Felix Siga já publicou em 1996 o seu primeiro livro
intitulado « ARQUIOLOGO DA CALÇADA » editado pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP)da Guiné-Bissau.
Fuente:
guine-bissau.com
Por:
ZEZINHA FERNANDO BIOMBO
|
A notícia
com o título:" Amilcar Cabral não nasceu na Guiné-Bissau", longe de
ser uma descoberta do século com direito a atribuição de prémio Nobel, não tem nenhum
argumento digno que a fundamente e como tal não ser concludente.
Quero enaltecer o excelente
trabalho de informação e divulgação que o site www.guine-bissau.com
tem feito e como tal, não querer pôr em causa o sentido patriótico da sua
missão de informar, divulgar e unir toda a " família guineense
".
No entanto, aproveito para
questionar o sentido do termo notícia, uma
vez que, ao contrário de uma opinião que reflecte o modo de pensar de cada
um, a notícia ser um
acontecimento e como tal, ter de ser provada, ou então não passar de boato.
Ora a entrevista, se assim se pode chamar, concedida a Zezinha Fernando
Biombo por Felix Siga, não tem nenhuma credibilidade que justifique a sua
publicação como notícia,
porquanto ser uma inverdade.
É sobre esta falsa
declaração que a tristeza toma o sentido de preocupação, porquanto os
principais valores necessários à estabilidade político-social (e também
económica) do país e identificados como sendo: A reconciliação
e a concórdia nacionais,
continuarem a ser contrariados pelo espírito da discórdia e da divisão do
povo guineense através da tentativa de imposição dum nacionalismo fora do
contexto patriótico e suportado por referências de características
tribais. Poder-se-á dizer que se trata de um caso isolado, obviamente que
desejaria que assim fosse, mas a preocupação é legítima por tudo o que
se tem constatado a nível de comportamentos na sociedade guineense
nos últimos anos.
A notícia
não tem fundamento porquanto Amilcar Cabral não passar a ser
conhecido só depois de optar por estabelecer o secretariado do PAIGC
em Conacry. Portanto, não seria por querer convencer o então presidente
Ahmed Sekou Turé a deixá-lo residir em Conacry, que teria que forjar a
certidão de registo de nascimento a dizer que era guineense. Todo o
percurso escolar, académico, associativo e profissional de Amilcar Cabral,
tinha necessariamente registos dos seus dados, sendo a data e o local de
nascimento, quase que obrigatórios. Para além do mais, o brilhantismo de
uma inteligência rara num meio discriminatório em relação aos negros,
atribuía-lhe destaques que passavam pelo controlo rigoroso dos seus
movimentos, dada a capacidade nata de liderança e a lucidez de pensamento
demonstrada na altura e que atormentava as autoridades coloniais. Amilcar
Cabral era bem conhecido do regime colonial português e
se esta falsa notícia
agora levantada correspondesse à verdade, seria o próprio regime colonial
o primeiro a tirar partido da situação na altura, desacreditando Amilcar
Cabral e por conseguinte a luta pelas independências da Guiné e de
Cabo-Verde.
Mesmo que Cabral não
tivesse nascido em Bafatá, quem poderia questionar a sua identidade de
guineense, depois de tudo o que fez, dando inclusivamente a própria vida
pela Guiné-Bissau?
Não queiramos dar tiros nos
nossos próprios pés, não queiramos fazer com que outros deixem de nos
considerar, não deixemos que a inveja tome conta de nós.
Reconheçamos, valorizemos e
orgulhemo-nos do que é nosso!
A liberdade, como disse, é um
direito que nunca chega a ser absoluto...
Fernando Casimiro ( Didinho )
05. 10. 2004
|
Ora viva Julio,
Tudo o que nos contaram ate aqui eh isso "muita mentira" e
toda a vez que alguem tem a coragem de dizer o que ouvimos
nao corresponde a verdade e chamado de anti-patriota e
outros nomes. A historia de PAIGC foi desde a sua criacao
ate ca de traicoes, manipulacoes e de mentiras. Quem deu ALC
a nacionalidade guieneense foi Rafael Barbosa, foi ele que o
registrou como natural de Bafata. Por isso e por outras,
apesar de nao o incluirem como fundador do PAIGC, o Rafael
foi o primeiro e unico Presidente do PAIGC enquanto Cabral
esteve de vida. Como eh que o membro que nao era fundador
logo na fundacao era escolhido como Presidente da
organizacao e os fundadores cargos menores no Partido? Olha
irmao estes gatunos nao sao de hoje. Aprenderam com Cabral,
aprenderam com nino, aprenderam com o proenca e continuam a
aprender com os Zamoras. Nao eh por acaso que o pais esta
mergulhado na m... como esta. E temos de estar a assistir os
aprendizes a endeusarem e a diabolizares uns e outros e no
fundo todos sao farinha do mesmo saco. Aproveito esta
oportunidade ainda para dizer "VIVA ALI SILVA". Ali tem
contribuido para a verdade e para a reconciliacao dos
Guineenses do que qualquer outro Guineense. So sabendo a
verdade eh que teremos a coragem e a vontade de perdoar e
ultrapassar o sentimento da vinganca que nos tem
penitenciado e Ali como ninguem tem contribuito para isso.
Mais uma vez "Obrigado Ali Silva".
SINCERAMENTE
ROGADO |
UM BREVE COMENTARIO SOBRE 20 DE
JANEIRO
AS DATAS DE 12 DE SETEMBRO E 20 DE JANEIRO SÃO AS PIORES
MENTIRAS QUE A GUINÉ-BISSAU VIVE.
EM 1º LUGAR- ENQUANTO A GUNÉ-BISSAU NÃO RETIFICAR ESSA
HISTÓRIA DE AMILCAR CABRAL CONTANDO A VERDADE A POPULAÇÃO
QUE O AMILCAR NÃO NASCEU NA GUINÉ-BISSAU VAMOS SEMPRE VIVER
NA SOMBRA DE MENTIRAS
2º- LUGAR- SE OS CABO-VERDEANOS TEEM CORAGEM DE TEREM HOJE O
PAICV ESQUECENDO DA SUA HISTÓRIA, ESQUECENDO QUE O PARTIDO
QUE LUTOU PELA INDEPENDENCIA DESSES 2 PAISES ERA O PAIGC,
ENTÃO PORQUE QUE NÓS OS GUINEENSES NÃO PODEMOS RETIFICAR
ESSA HISTORIA DO CABRAL TER NASCIDO AINDA POR CIMA EM BAFATÁ
3º LUGAR - A GUINÉ-BISSAU ATÉ A DATA PRESENTE ESTA A SOFRER
DESSAS MENTIRAS E SOFRER POR ESSA GUERRA DESNECESSARIA QUE
FOI FEITA NA GUINÉ-BISSAU E QUE ESTAMOS A SOFRER POR CAUSA
DELA ATÉ A DATA PRESENTE.
PORQUE QUE NÃO FOI FEITA ESSA GUERRA EM CABO-VERDE ? SEI QUE
ESSA PERGUNTA LEVOU A MORTE DE MUITOS NOSSOS COMBATENTES DA
LUTA DE LIBERTAÇÃO, PORQUE ENQUANTO OS GUINEENSES ERAM
LEVADOS PARA RUSSIA E CUBA PARA IREM APRENDER A DAR TIROS
COMO CONTINUAM A DA-LOS ATÉ A DATA PRESENTE, CLARO OS
CABOVERDEANOS IAM PARA PAISES DO OCIDENTE PARA ESTUDOS
NOUTRAS AREAS.
AINDA ME LEMBRO QUANDO ESTUDAVA NO CICLO DE BAFATÁ A DITA
TERRA NATAL DE AMILCAR CABRAL, LEMBREI ME QUE TINHA UM
PROFESSOR DUMA DISCIPLINA QUE ERA FORMAÇÃO MILITANTE E ESSE
PROFESSOR ERA O MELHOR PROFESSOR DA ESCOLA, MUITO
NACIONALISTA E GOSTAVA DA VERDADE, UM DIA LANÇOU UM DESAFIO
NA TURMA ONDE DISSE ASSIM: SE O AMILCAR CABRAL TIVESSE
NASCIDO EM BAFATA! ENTÃO AFINAL QUEM ERRAM AMIGOS DE
INFANCIA DO AMILCAR NESSA ALTURA ! '?????
AMIGOS SABEM O QUE ACONTECEU ESSE PROFESSOR ? NESSE MESMO
ANO ESSE PROFESSOR FOI TRANSFERIDO PARA BISSAU E DEPOIS FOI
INVENTADA UMA HISTÓRIA QUE O PROFESSOR TINHA REPROVADO NOS
TEXTES QUE SE FAZIA NESSA ALTURA AOS PROFESSORES E NUNCA
MAIS SEI DESSE PROFESSOR
QUER ISTO DIZER QUE A GUINÉ SEMPRE VIVEU E CONTINUA A VIVER
DE MENTIRAS
HA DE APARECER QUEM TENHA CORAGEM DE CONTAR A VERDADE
JULIO |
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU!
VAMOS CONTINUAR A
TRABALHAR!
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