O POVO É SOBERANO E A SUA ESCOLHA PODE SIGNIFICAR O SEU GANHO OU O SEU PREJUÍZO!
RESPEITAR A DECISÃO DO POVO "...O nosso objectivo é fazer o progresso e a felicidade do nosso povo, mas nós não podemos fazê-lo contra o nosso povo. Ora, se alguns da nossa terra não querem isso, ou eles não são povo, então nós podemos fazer tudo contra eles e talvez mesmo os púnhamos na cadeia, ou então eles são muitos e representam o povo e nessa altura, nós paramos; não podemos fazer nada, porque não se pode fazer a felicidade e o progresso de alguém contra a sua vontade." Amilcar Cabral |
Se alguma vez, por exemplo, o Dr. Carlos Lopes (Subsecretário-Geral das Nações Unidas) um dos mais reconhecidos quadros e intelectuais guineenses a nível mundial, se decidisse candidatar às presidenciais na Guiné-Bissau, certamente que um qualquer aldrabão e corrupto candidato, catalogado como puro guineense, ganhar-lhe-ia, pois nenhum Manifesto Eleitoral que ele elaborasse seria considerado por um povo que não está à altura das suas responsabilidades, ou não prevalecesse a lógica da maioria vencer em democracia, uma maioria que continua a ser analfabeta e, consequentemente, incapaz de fazer escolhas livres e conscientes com base no seu próprio raciocínio. Um povo à mercê de demagogos, corruptos e criminosos, infelizmente!
Por: Fernando Casimiro (Didinho)
03.07.2009
Deve-se aceitar a escolha do povo em todas as eleições que se realizarem na Guiné-Bissau, no entanto, deve-se questionar ao povo guineense se, realmente, pensa no futuro; se realmente, é sensível ao presente e amnésico ao passado de responsabilização que deve ser considerado quando pessoas com responsabilidades na destruição da Guiné-Bissau, se apresentam como candidatos a Presidente da República!Não devemos desresponsabilizar de todo, o próprio povo guineense, pelos sucessivos retrocessos que as oportunidades da democracia têm proporcionado para que, em condições legais e pacíficas, se vire a página, se opte por um novo rumo, o da Mudança, tendo em vista a promoção e consolidação da Paz e da Estabilidade, para que se possa trilhar o caminho do Desenvolvimento.
É também com a Mudança, com o virar de página que os guineenses têm recusado a si próprios, que se pode criar um novo conceito de patriotismo, baseado no cultivo da cidadania, o que positivamente capacita o cidadão para os seus direitos e deveres enquanto valor principal de um todo denominado República da Guiné-Bissau.
Os guineenses que votaram no passado dia 28 de Junho, decidiram pelas suas convicções e opções em relação aos 11 candidatos que se apresentaram a estas eleições.
Convicções... certamente nenhumas, pois a escolha permitiu que 2 candidatos com alta carga de responsabilização no estado em que a Guiné-Bissau se encontra, passassem à segunda volta, facto que, seguramente constituirá motivo de preocupação, inclusive para os que neles votaram, mais cedo do que se pensa...
Opções, sim, aqui devemos vincar a relação de interesse, de conveniência, própria de uma relação de compromisso não para com o país, que "obrigaria" a uma avaliação dos candidatos em função da responsabilização, das capacidades e, obviamente, dos Manifestos Eleitorais, mas de compromisso para com os candidatos, em função das oferendas e promessas de resolução de problemas pessoais ou de grupos de pessoas que à partida optaram por este ou aquele candidato, demagogo ou endinheirado.
Se alguma vez, por exemplo, o Dr. Carlos Lopes (Subsecretário-Geral das Nações Unidas) um dos mais reconhecidos quadros e intelectuais guineenses a nível mundial, se decidisse candidatar às presidenciais na Guiné-Bissau, certamente que um qualquer aldrabão e corrupto candidato, catalogado como puro guineense, ganhar-lhe-ia, pois nenhum Manifesto Eleitoral que ele elaborasse seria considerado por um povo que não está à altura das suas responsabilidades, ou não prevalecesse a lógica da maioria vencer em democracia, uma maioria que continua a ser analfabeta e, consequentemente, incapaz de fazer escolhas livres e conscientes com base no seu próprio raciocínio. Um povo à mercê de demagogos, corruptos e criminosos; um povo que tarda a libertar-se de preconceitos, infelizmente!
Enquanto se elegerem aldrabões e corruptos, continuaremos a ter um povo maioritariamente analfabeto, ignorante, carente de informações e conhecimentos; incapaz de pensar sobre o futuro do país e das gerações vindouras; incapaz de ousar fazer qualquer Mudança, porquanto sentir-se bem (apenas) com a realização da reivindicação do estômago, no dia-a-dia, ou seja, com a comida e a bebida...
Há que inverter esta triste realidade, exigindo mais e melhor Educação para o povo guineense; exigindo mais liberdade de imprensa, mais e melhores meios de Comunicação Social ao serviço das populações, sobretudo, a nível de programas audiovisuais!
Não basta organizar eleições e preparar as equipas técnicas da Comissão Nacional de Eleições. É preciso, acima de tudo, elevar o nível de formação e conhecimento, do povo guineense em todas as tabancas do país!
É preciso que o cidadão guineense saiba por que vota e, em função do que pensa ou deseja para o país, escolher entre os candidatos, aquele que melhor garantia lhe oferece através do seu Manifesto Eleitoral e tendo em conta a devida responsabilização dos candidatos e não em função do que os candidatos têm para oferecer, a troco de voto!
A passagem de Malam Bacai Sanhá e de Mohamed Ialá Embaló à segunda volta das presidenciais de 28 de Junho, representa um retrocesso para a Guiné-Bissau. Ambos simbolizam a continuidade da instabilidade, do facilitismo à má governação, da corrupção, da impunidade e consequente aumento do crime organizado nas suas diversas formas, pois nenhum dos dois se revê na Justiça e na legalidade.
O povo guineense decidirá por um deles, mas seja quem for o escolhido, dele não se deve esperar o melhor para a Guiné-Bissau e, por conseguinte, para os guineenses!
GUINÉ-BISSAU: PRESIDENCIAIS DE 28 DE JUNHO DE 2009 - ANÁLISE POLÍTICA
RESULTADOS PROVISÓRIOS DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 28 DE JUNHO DE 2009
A CHUVA E A LAVOURA NÃO FORAM A CAUSA DA ABSTENÇÃO!
Contrariamente ao que afirmou o senhor Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr. a propósito da taxa de abstenção de 40% verificada nestas eleições, nem a chuva, nem a época da lavoura servem de argumento para a justificação da maior abstenção de sempre em eleições realizadas na Guiné-Bissau. Com efeito, as Presidenciais de 2005, também foram realizadas por esta altura e, quer a data de 19 de Junho, quer a de 24 de Julho, em função da segunda volta, situam-se no período da lavoura e da chuva... À falta de argumentos, na ausência de humildade em reconhecer que o povo está farto de brincadeiras dos políticos e governantes, é fácil culpar a chuva e a lavoura, mas nós damos uma ajuda (à chuva e à lavoura), mostrando que em 2005 ninguém reclamou nada deles!
RESULTADOS DAS ELEIÇÕES
PRESIDENCIAIS DE 28 DE JUNHO
DE 2009 Total de eleitores inscritos: 543.775 - Total de votantes: 356.340 - Votos brancos: 5.295 - Votos nulos: 12.717 |
RESULTADOS DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE
19 DE JUNHO DE 2005
Total de eleitores inscritos: 538.471 |
Resultados finais oficiais da
segunda volta das presidenciais (24
de Julho de 2005), hoje anunciados pelo presidente da CNE,
Malam Mané, são os seguintes: - Total de eleitores inscritos: 538.471 - Total de votantes: 422.978 (78,55%) - Votos brancos: 5.362 (1,27%) - Votos nulos: 4.129 (0,98%) - Votos em protesto e em reclamação -562 (0,13%) |
FALANDO DE RESULTADOS ANTES DO ANÚNCIO OFICIAL
Um dia após o encerramento das urnas, a Comissão Nacional de Eleições solicitou aos órgãos de Comunicação Social e não só, que aguardassem pela divulgação oficial provisória dos resultados eleitorais, pois algumas rádios comunitárias estavam a fazer divulgações parciais dos resultados, o que poderia tornar-se perigoso, num ambiente tenso, como é o do apuramento dos votos.
Compreendi a grande preocupação da Comissão Nacional de Eleições e aproveito para lamentar a falta de carácter do senhor Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr. que, ignorando a solicitação da CNE e desrespeitando todo um povo que o tem como Primeiro-Ministro, avançou à imprensa, antes da divulgação oficial dos resultados, que, o seu candidato, Malam Bacai Sanhá, estava apurado para a segunda volta...
Para situar os leitores sobre o perigo do anúncio não oficial dos resultados, partilho uma mensagem que me foi enviada aquando das Legislativas de 16 de Novembro de 2008, ganhas precisamente pelo PAIGC de Carlos Gomes Jr.
Foi-me enviada a 18 de Novembro, ou seja, 2 dias depois das eleições, uma mensagem com dados supostamente credíveis de uma suposta cópia da acta síntese do Partido da Renovação Social, PRS de Mohamed Ialá Embaló, que dava vitória do PRS nas ditas eleições, com 51 deputados, tal como se pode constatar no Mapa agregado a este trabalho.
Na altura, escrevi o seguinte: " Ontem, 18 de Novembro, foi-me enviado um mapa detalhado, de todas as regiões e círculos eleitorais, com os resultados supostamente obtidos pelo PRS. Agradeço o envio desse mapa, bem como a consideração na razão encontrada para mo fazerem chegar, entretanto, não divulgarei esses resultados, nem os partilharei com quem quer que seja por uma questão de ética, de respeito pelos eleitores e pela Comissão Nacional de Eleições, entidade a quem cabe dar a conhecer quer os resultados provisórios, quer os definitivos, dentro do período estipulado por lei! "
Ao enviar esse Mapa de resultados, pensaram que o fosse publicar de imediato e, como o site www.didinho.org é um ponto de consulta diária de guineenses, amigos da Guiné-Bissau e interessados em assuntos da Guiné, estaria o nosso site a transmitir irresponsavelmente a mensagem antecipada de o PRS ter ganho as eleições legislativas, o que seria um argumento de sustentação do próprio PRS, tal como se constatou em relação aos desmentidos feitos pela Universidade Católica portuguesa e pela Rádio France International, a propósito de afirmações categóricas do Presidente do PRS Kumba Ialá, a propósito de sondagens para o apuramento de resultados eleitorais. É preciso muito cuidado na abordagem dos resultados eleitorais enquanto não forem oficializados pela Comissão Nacional de Eleições!
Após o anúncio oficial, ficou-se a saber que o PRS só tinha obtido 28 votos, em vez dos 51 que dizia ter conseguido e que lhe davam a vitória nas legislativas de 16 de Novembro de 2008. E se fossemos irresponsáveis ao ponto de publicar esses resultados antes do anúncio oficial da Comissão Nacional de Eleições, não estaríamos a criar instabilidade e a promover disputas de consequências imprevisíveis entre o eleitorado guineense?
É preciso coerência, responsabilidade e respeito pela Comissão Nacional de Eleições e pelo povo guineense, aspectos que, infelizmente, não fazem parte da forma de ser e de estar de pessoas com responsabilidades no Estado guineense!
Nestas eleições presidenciais de 28 de Junho não houve problemas de maior (por enquanto), visto terem passado à segunda volta os candidatos capazes de promover/gerar a instabilidade e o recurso à violência verbal e física, caso os resultados não lhes sejam favoráveis...Posto isto, aguardemos pela campanha eleitoral da segunda volta e, sobretudo, pelo anúncio oficial de quem sairá vencedor da segunda volta...
Lisboa, 17 Nov (Lusa) - A Universidade Católica de Lisboa e a Rádio
França Internacional (RFI) negaram hoje terem feito
estudos de opinião sobre as eleições legislativas na
Guiné-Bissau, contrariando declarações do líder do
Partido da Renovação Social (PRS), Kumba Ialá. Hoje de manhã, numa conferência de imprensa na sua residência em Bissau, o antigo presidente da Guiné-Bissau e líder do PRS denunciou uma campanha para manipular os resultados das legislativas de domingo, sublinhando que não vai aceitar números "forjados". Kumba Ialá argumentou ter em seu poder os resultados de "sondagens independentes" efectuadas por aquelas duas instituições, reclamando "uma larga vitória" para o PRS, partido que obteria 55 por cento dos votos. Contactados pela Lusa, quer o centro de sondagens e estudos de opinião da universidade portuguesa quer a direcção da RFI negaram ter feito qualquer tipo de pesquisa na Guiné-Bissau. |
From: Meu caro Fernando Casimiro Gostaria de enviar-te o verdadeiro resultado que o PRS alcançou nestas Eleições, que representam uma manifestação de vontade do Povo guineense em forma de revolta contra os que querem vender o país e os seus recursos. Analise os resultados em anexo, tire as suas próprias ilações tendo em conta o povo e o país que bem conhece. Até breve |
ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 16 DE NOVEMBRO DE 2008 |
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RESULTADOS DEFINITIVOS DOS MANDATOS DOS PARTIDOS E LISTA NOMINAL DOS DEPUTADOS ELEITOS NAS LEGISLATIVAS DE 16 DE NOVEMBRO DE 2008
CÍRCULO ELEITORAL |
PARTIDO VENCEDOR |
DEPUTADO ELEITO |
Nº 1 – Catió e Komo |
PRS |
Marquês Na Flor |
Nº 1 - Catió e Komo |
PRS |
Marcelino Na Biutcha |
Nº 1 - Catió e Komo |
PAIGC |
Manuel Saturnino da Costa |
Nº 2 - Bedanda, Cacine e Quebo |
PAIGC |
Amadu Saico Seidi |
Nº 2 - Bedanda, Cacine e Quebo |
PAIGC |
Amidu Queta |
Nº 2 - Bedanda, Cacine e Quebo |
PRS |
Sahra Mané |
Nº 2 - Bedanda, Cacine e Quebo |
PRS |
Isidro Isnaba |
Nº3 - Buba e Empada |
PAIGC |
Issuf Sanha |
Nº3 - Buba e Empada |
PAIGC |
Saly Camará |
Nº3 - Buba e Empada |
PRS |
Sumba Cabi |
Nº 4 - Fulacunda e Tite |
PRS |
Cumba Tchuda |
Nº 4 - Fulacunda e Tite |
PRS |
Aladje Nanque |
Nº 4 - Fulacunda e Tite |
PAIGC |
Tumane Mané |
Nº 5 - Bissorã |
PRS |
Embunha Encada |
Nº 5 - Bissorã |
PRS |
Certório Biote |
Nº 5 - Bissorã |
PRS |
Braima Cissé |
Nº 5 - Bissorã |
PAIGC |
Carlos Cassamá |
Nº 5 - Bissorã |
PAIGC |
Manuel Nascimento Lopes |
Nº 6 - Farim |
PAIGC |
João Sidibé Sané |
Nº 6 - Farim |
PAIGC |
Isabel Mendes Correia Buscardini |
Nº 6 - Farim |
PAIGC |
Ussumane Cissé “Siló” |
Nº 6 - Farim |
PAIGC |
Malam Djassi |
Nº 7 - Mansabá |
PAIGC |
Manuel Serifo Nhamadjo |
Nº 7 - Mansabá |
PAIGC |
Dembo Djité |
Nº 7 - Mansabá |
PAIGC |
Mamadú Cissé |
Nº 8 - Mansoa e Nhacra |
PRS |
Ibraima Sori Djaló |
Nº 8 - Mansoa e Nhacra |
PRS |
Malam Sambú |
Nº 8 - Mansoa e Nhacra |
PRS |
Ansu Seidi |
Nº 8 - Mansoa e Nhacra |
PAIGC |
Roberto Ferreira Cacheu |
Nº 9 - Quinhamel |
PAIGC |
Aristides Ocante da Silva |
Nº 9 - Quinhamel |
PAIGC |
Martinho N´fulna Yé |
Nº 9 - Quinhamel |
PRID |
Aberto da Silva |
Nº 10 - Safim e Prábis |
PAIGC |
Cipriano Cassamá |
Nº 10 - Safim e Prábis |
PAIGC |
José Djó “Bifa” |
Nº 10 - Safim e Prábis |
PRS |
Pedro da Costa |
Nº 11 - Bolama/Bijagós |
PAIGC |
Francisco Conduto de Pina |
Nº 11 - Bolama/Bijagós |
PAIGC |
Daniel Gomes |
Nº 11 - Bolama/Bijagós |
PAIGC |
José Saraiva |
Nº 12 - Bafatá e Cossé |
PAIGC |
Botche Candé |
Nº 12 - Bafatá e Cossé |
PAIGC |
Soares Sambú |
Nº 12 - Bafatá e Cossé |
PAIGC |
Adulai Baldé “Nhiribui” |
Nº 12 - Bafatá e Cossé |
PAIGC |
Matilde Indequi |
Nº 12 - Bafatá e Cossé |
PAIGC |
Salum Turé |
Nº 12 - Bafatá e Cossé |
PRS |
Serifo Djaló |
Nº 13 - Bambadinca e Xitole |
PAIGC |
Desejado Lima da Costa |
Nº 13 - Bambadinca e Xitole |
PAIGC |
António Braima Baldé |
Nº 13 - Bambadinca e Xitole |
PRS |
Alberto Nambeia |
Nº 14 - Contuboel e Ganadú |
PAIGC |
Serifo Baldé |
Nº 14 - Contuboel e Ganadú |
PAIGC |
Bubacar Ly |
Nº 14 - Contuboel e Ganadú |
PAIGC |
Mama Camará |
Nº 14 - Contuboel e Ganadú |
PRS |
Alvarenga Baldé |
Nº 14 - Contuboel e Ganadú |
AD |
Victor Luís Pinto Fernandes Mandinga |
Nº 15 - Pitche e Boé |
PAIGC |
Aba Serra |
Nº 15 - Pitche e Boé |
PAIGC |
Djana Sané |
Nº 15 - Pitche e Boé |
PRS |
António Serifo Embaló |
Nº 15 - Pitche e Boé |
PRID |
Mama Samba Embaló |
Nº 16 - Gabú |
PAIGC |
Talibé Djaló “Caramó” |
Nº 16 - Gabú |
PAIGC |
Fatumata Sauane |
Nº 16 - Gabú |
PAIGC |
Victor Oliveira Mendes |
Nº 16 - Gabú |
PRS |
Amadú Dinis Baldé |
Nº 17 - Pirada |
PAIGC |
Carlos Mussa Baldé |
Nº 17 - Pirada |
PAIGC |
Aliu Silá |
Nº 17 - Pirada |
PND |
Talibé Djau |
Nº 18 - Sonaco |
PAIGC |
Umaro Djau |
Nº 18 - Sonaco |
PAIGC |
Tome Sanfa Cissé |
Nº 18 - Sonaco |
PRS |
Daniel Suleimane Embaló |
Nº 19 - Bula, Ingoré e Bigene |
PRS |
Baltazar Alves Cardoso |
Nº 19 - Bula, Ingoré e Bigene |
PRS |
Lamarana Djaló |
Nº 19 - Bula, Ingoré e Bigene |
PRS |
Adulai Só |
Nº 19 - Bula, Ingoré e Bigene |
PAIGC |
Baciro Dabó |
Nº 19 - Bula, Ingoré e Bigene |
PAIGC |
Malam Sanhá |
Nº 20 - Cantchungo e Caió |
PAIGC |
Maria Adiatu Djaló Nandigna |
Nº 20 - Cantchungo e Caió |
PAIGC |
Amizade Fará Mendes |
Nº 20 - Cantchungo e Caió |
PAIGC |
Fernando Gomes |
Nº 20 - Cantchungo e Caió |
PRS |
Florentino Mendes Pereira |
Nº 20 - Cantchungo e Caió |
PRID |
Aristides Gomes |
Nº 21 - Cacheu e São Domingos |
PAIGC |
Francisco Benante |
Nº 21 - Cacheu e São Domingos |
PAIGC |
Lúcio Belencante Rodrigues |
Nº 21 - Cacheu e São Domingos |
PAIGC |
Henrique Djatchumpul |
Nº 21 - Cacheu e São Domingos |
PRS |
Vençã Gomes Naluak |
Nº 22 - África |
Não houve votação para as comunidades guineenses no exterior |
Não houve votação para as comunidades guineenses no exterior |
Nº 23 - Europa |
Não houve votação para as comunidades guineenses no exterior |
Não houve votação para as comunidades guineenses no exterior |
Nº 24 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Antónia Mendes Teixeira |
Nº 24 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Braima Camará |
Nº 24 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Idelfrides M. Gomes Fernandes |
Nº 25 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Hélder Magno Proença Mendes Tavares |
Nº 25 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Canal Mendes |
Nº 25 - Sector Autónomo de Bissau |
PRS |
Augusto Poquena |
Nº 25 - Sector Autónomo de Bissau |
PRS |
Martina Moreira Moniz |
Nº 26 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Carlos Domingos Gomes Júnior |
Nº 26 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
António Gomes Inácio Correia |
Nº 26 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Salimatu Cassamá |
Nº 27 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Augusto Olivais |
Nº 27 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Mário Dias Sami |
Nº 27 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Maria Aurora Sanó |
Nº 27 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Baciro Djá |
Nº 28 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Raimundo Pereira |
Nº 28 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Malam Cassamá |
Nº 28 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Ussainatu Djaló |
Nº 29 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
Marceano da Silva Pereira Barbeiro |
Nº 29 - Sector Autónomo de Bissau |
PAIGC |
António Óscar de Macedo Barbosa “Cancan” |
Nº 29 - Sector Autónomo de Bissau |
PRS |
Malam Muno Djau |
RECORRENDO AOS ARQUIVOS DAS PRESIDENCIAIS DE 2005, PARA QUE MELHOR SE ENTENDA QUE QUER MOHAMED IALÁ EMBALÓ, QUER MALAM BACAI SANHÁ, NÃO SÃO DIGNOS PARA O CARGO DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA!
Governo responsabiliza secretário-geral do
PRS pelos incidentes 26.06.2005 O governo guineense responsabilizou o secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS, o maior da oposição) da Guiné-Bissau pelos incidentes registados sexta-feira numa marcha de protesto, que causaram quatro mortos e seis feridos. Num comunicado, assinado pelo ministro da Administração Interna (MAI), Mumine Embalo, o executivo de Carlos Gomes Júnior acusa Artur Sanhá e o deputado do PRS Biaia Na Pana pela "instrumentalização" da Juventude do Partido da Renovação Social (JPRS). "(O governo) responsabiliza directamente Artur Sanhá e o deputado Biaia Na Pana pela instrumentalização da Juventude do PRS, que os incitou a levar a cabo essa acção de perturbação da paz social e da ordem pública", refere-se no documento. Lamentando a existência de vítimas mortais, cujo número subiu no sábado para quatro depois de um dos feridos graves ter sucumbido aos ferimentos, o executivo lembra que, em casos desta natureza, cabe- lhe preservar a ordem pública, sublinhando ainda que não foi pedida qualquer autorização para a organização da marcha. A marcha destinava-se a protestar contra alegadas irregularidades cometidas na primeira volta das eleições presidenciais de domingo último, mas acabou por ser realizada apenas após a divulgação dos resultados provisórios, que afastaram Kumba Ialá, candidato apoiado pelo PRS, na segunda volta. A manifestação foi liderada por Artur Sanhá que, mais tarde, após breves declarações aos jornalistas, acabaria detido pela polícia na posse de duas pistolas e de outros tantos carregadores, segundo o comissário-geral da Polícia de Ordem Pública (POP), coronel Antero João Correia. Já à noite, acabou por ser transferido para o Hospital Militar de Bissau, onde se encontra a receber assistência médica e sob vigilância, desconhecendo-se ainda se vai ou não ser libertado. "O MAI foi chamado ao exercício da sua prerrogativa e competência de garante da ordem pública, colocando agentes no terreno com vista a dissuadir a tentar convencer os seus promotores da ilegalidade (da marcha) e das consequências que daí poderiam advir", lê-se no documento do governo. Mumine Embaló realçou ainda que, entre os manifestantes, um "considerável número deles estavam munidos de pistolas de guerra e de armas brancas, que não se coibiram de exibir e manusear publicamente". "No esforço de manutenção da ordem pública, que estava sendo posta seriamente em perigo pela postura desordeira e provocadora dos manifestantes, principalmente dos seus promotores, os agentes da ordem foram confrontados com forte resistência e incitamento deliberado ao desacato à ordem pública", acrescenta Embalo. Tal facto, lê-se no comunicado do governo, resultou "inevitavelmente" no confronto entre as duas partes em presença, ressalvando o executivo que os agentes só começaram a responder depois de os manifestantes terem "assumido a iniciativa de disparar contra as forças da ordem". Tudo foi, no entender do governo, um "manifesto desafio à autoridade pública", aferindo-se, "por consequência", sublinha o executivo, "ser um acto premeditado de perturbação da paz social e do ambiente pós-eleitoral", face à votação para as presidenciais, realizada domingo, acrescenta-se no documento. "A marcha em questão não se coaduna com o espírito de observância dos procedimentos legalmente consignados para contestar ou reclamar quaisquer resultados das eleições, sejam eles provisórios ou definitivos", sublinha Mumine Embalo. Por isso, alerta para os "actos de perturbação em gestação que estão a ser perpetuados por indivíduos" que, "ciclicamente", provocam distúrbios e desacatos, numa alusão às sucessivas marchas não autorizadas organizadas pelo PRS. Nesse sentido, o governo garante que os actos em questão vão merecer, dentro do quadro legal vigente, "a resposta que se ajustar aos parâmetros de comportamento anti-social e anti-democrático". |
«O medo regressou à sociedade
guineense», lamenta Henrique Rosa 27.06.2005 O presidente cessante da Guiné-Bissau reagiu sábado aos incidentes registados no dia anterior em Bissau considerando que o país foi "novamente empurrado para um estado de tensão política injustificado" e que o "medo regressou à sociedade" guineense. Numa mensagem à Nação, Henrique Rosa lembrou que depois de um acto eleitoral considerado exemplar pela comunidade internacional, os incidentes surgiram numa altura em que a Guiné-Bissau tem pela frente "o grande desafio da paz e estabilidade". "O país foi empurrado para um estado de tensão política injustificado. O medo regressou à nossa sociedade. Mas a Guiné-Bissau não merece isso e o povo tem direito a um presente de paz e tranquilidade", afirmou Henrique Rosa, lamentando "profundamente" a morte de quatro jovens e os ferimentos em outros seis. O chefe de Estado cessante, que deixará o cargo após a tomada de posse do presidente eleito na segunda volta das eleições, prevista para Julho, exortou também o governo a concluir, "com a brevidade que se impõe", o inquérito em curso aos incidentes de sexta-feira. Nesse dia, uma marcha não autorizada pelo governo e promovida pela Juventude do Partido da Renovação Social (J-PRS), cujo "partido-mãe", PRS, apoiou Kumba Ialá às presidenciais de 19 deste mês, levou a graves confrontos com as forças de segurança locais. "Tem de se conhecer, logo que possível, a verdade sobre o sucedido para que sejam apuradas todas as responsabilidades", acrescentou Henrique Rosa, lembrando que os incidentes "vieram recordar que há ainda um longo caminho a percorrer". Segundo o presidente, empossado no cargo 14 dias após o golpe de Estado de 14 de Setembro de 2003 que destituiu Kumba Ialá, o caminho a seguir passa pela necessidade de se abandonar definitivamente as estratégias de confrontação violenta. "Pelo contrário, devemos consolidar uma cultura de respeito pelos cidadãos, pelas instituições, uma cultura de regras para conviver politicamente e promover os legítimos interesses do povo guineense", sublinhou. Nesse sentido, apelou "ao bom senso" dos candidatos, líderes políticos, governo e também ao povo guineense para que nunca mais se verifiquem no país "actos tristes", idênticos aos de sexta-feira. "A dor que representa a perda de vidas humanas é sempre motivo de grande consternação. Por isso, as minhas primeiras e últimas palavras vão para as famílias dos jovens que morreram, consequência lamentável de uma manifestação política que degenerou em caos e violência", concluiu Henrique Rosa. |
QUANDO FORAM NEGOCIAR...
Sanhá, «Nino» e Kumba em Dakar para
encontros com Wade |
Kumba Yalá, outro derrotado nas
presidenciais de 19 de Junho, que depois de algumas teimosias em aceitar os
resultados da Comissão Nacional de Eleições acabou por fazê-lo, mas sempre
reclamando que foi ele o vencedor das eleições! Continua a destruir a reputação da etnia Balanta. Apoia Nino Vieira na segunda volta das presidenciais, conforme segue: " Kumba Ialá, terceiro candidato mais votado na primeira volta das
presidenciais realizadas a 19 de Junho último, justificou os motivos pelos quais
assumiu tal posição com as "garantias" que "Nino" Vieira lhe oferece para a
"salvaguarda dos superiores interesses" da nação guineense. Vejamos no entanto o que Kumba Yalá já disse de Nino Vieira Excerto da entrevista de Kumba Yalá ao Jornal de Notícias (JN)de 03 de Novembro de 1998 "Kumba foi também peremptório em afirmar que não vai regressar a Bissau enquanto na capital guineense estiverem soldados senegaleses, mesmo que a sua presença seja requerida para trabalhos na Assembleia Nacional Popular. "Enquanto houver soldados senegaleses, não vou. Não me vou submeter a estrangeiros no meu próprio país", frisou. O líder do PRS acusou"Nino"Vieira de ter desrespeitado a Constituição da Guiné-Bissau, ao ter chamado as tropas senegalesas e da Guiné-Conacri. "Um conflito interno não pode justificar esse envolvimento", afirmou, considerando que a partir do momento em que isso se verificou"Nino"Vieira"deixou de ter condição moral para estar à frente do país". Kumba Yalá é de opinião que o presidente guineense"tem que responder política e criminalmente por esta guerra". "Nino terá de ser um exemplo para os futuros governantes deste país e da África",acentuou. 04.06.2005 ZANGAM-SE AS COMADRES... |
PROTOCOLO DE ACORDO ENTRE NINO VIEIRA E KUMBA IALÁ
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Bissau, 30 Jul (Lusa) - A directoria de campanha
de Malam Bacai Sanhá, candidato declarado derrotado nas presidenciais
guineenses do último domingo, afirmou hoje ter indicações de que está em
preparação "um golpe de Estado para efectivar os resultados provisórios"
da votação.
Em declarações à Agência Lusa, Desejado Lima da Costa, porta- voz da candidatura, afirmou "haver indícios" de que o primeiro- ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, igualmente líder do partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder e que apoia Bacai Sanhá), "poderá ser preso". Lima da Costa lembrou que Bacai Sanhá "continua a não aceitar" os resultados provisórios e está "sem qualquer medida de protecção", ao contrário de "Nino" Vieira, apontado como vencedor pelos dados provisórios, "que circula em Bissau sob forte dispositivo militar". Por outro lado, a directoria de campanha assume como um cenário político futuro a possibilidade de os dois candidatos se sentarem frente a frente para analisar a questão e garantir a estabilidade e a paz da Guiné-Bissau. "Está em preparação um golpe de Estado na Guiné-Bissau para efectivar os resultados provisórios das eleições presidenciais de 2005, contestados pelo candidato do PAIGC, Malam Bacai Sanhá", afirmou à Lusa o porta-voz de Sanhá. Segundo Lima da Costa, "Nino" Vieira e vários membros da sua directoria de campanha circulam nas ruas de Bissau, sob a protecção de um forte dispositivo militar, "numa clara demonstração de força e de confrontação com as autoridades legitimamente eleitas do país". "Existem também indícios quanto ao alinhamento de certos elementos das Forças Armadas ao candidato Nino Vieira, incentivando estes à desobediência ao governo legalmente instituído", acrescentou. "Correm rumores de que, a qualquer momento, o primeiro- ministro Carlos Gomes Júnior, igualmente líder do PAIGC, poderá ser preso, pois o governo já perdeu praticamente o controlo da autoridade do Estado", alertou Lima da Costa. O porta-voz de Bacai Sanhá sustentou a recusa em aceitar os resultados provisórios alegando que, três horas antes da a CNE os divulgar, os dados apurados pela sua directoria a partir das actas síntese, e "que lhe davam uma clara vantagem, foram alterados a favor do candidato adversário". Segundo Lima da Costa, a directoria de campanha de Bacai Sanhá já apresentou um novo requerimento à CNE "com provas que justificam" a recontagem de votos em "todas as regiões do país" e a nulidade da votação nas de Bissau, Biombo (litoral centro) e Bafatá (leste). "O candidato Malam Bacai Sanhá só aceitará os resultados após uma clarificação da situação, que passa pela anulação dos resultados em Bissau, Biombo e Bafatá e a recontagem dos votos em todo o país", sustentou. A CNE, através da sua secretária executiva adjunta, a jurista Vera Cabral, disse sexta-feira à noite à Agência Lusa que o órgão que fiscaliza as eleições irá analisar as reclamações apresentadas pela directoria de campanha de Bacai Sanhá numa sessão marcada para a próxima segunda-feira. Para Lima da Costa, a Guiné-Bissau vive a sua mais profunda crise política e militar desde o conflito de 1998/99, pelo que, perante essa contestação, apresentam-se três cenários possíveis. "A consumação de um golpe de Estado atípico, tendo como suporte os polémicos resultados eleitorais anunciados por Malam Mané (presidente da CNE) e a desobediência civil com desfecho imprevisível para o futuro do país" são os dois primeiros cenários traçados pela candidatura de Bacai Sanhá. No entanto, no terceiro, a directoria de campanha encara também como cenário a possibilidade de se encetarem negociações entre as duas partes, pondo frente a frente os dois candidatos, "o que provavelmente poderá traduzir-se numa partilha de poder na Guiné-Bissau". |
O QUE DISSERAM CARLOS GOMES JR. E MALAM BACAI SANHÁ APÓS O ANÚNCIO DOS RESULTADOS DA SEGUNDA VOLTA (DAS PRESIDENCIAIS REALIZADAS A 24 DE JULHO DE 2005
Bissau, 31 Jul (Lusa) - Malam Bacai Sanhá, candidato declarado derrotado nas eleições presidenciais de há uma semana, e Carlos Gomes Júnior, líder do PAIGC, partido que o apoia, reiteraram hoje a recusa dos resultados provisórios e apelaram à ajuda dos apoiantes. Num comício em Bissau, frente à sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Bacai Sanhá e Gomes Júnior apelaram aos militantes da força política no poder para que saiam às ruas para protestar contra a "fraudulenta vitória" de João Bernardo "Nino" Vieira. Gomes Júnior, também primeiro-ministro, sublinhou que o protesto, "em todo o país", visa "demonstrar a força do PAIGC", para protestar contra os resultados provisórios anunciados quinta-feira pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e que deram a vitória a "Nino" Vieira. "Por mais respeito que tenhamos pela comunidade internacional, vamos dizer-lhes que não vamos aceitar os resultados. Vamos até às últimas consequências. Os nossos militantes em todo o país devem sair às ruas para mostrar a força do PAIGC", afirmou. "Todos os nossos militantes devem estar atentos. Nem que o processo demore cinco anos. Vamos lutar pela verdade. Temos de denunciar todos aqueles que roubaram votos. O presidente da CNE (Malam Mané) que assuma as suas responsabilidades, porque só vou tentar governar quando houver verdade", acrescentou. Visivelmente exaltado, e depois de o porta-voz da campanha de Bacai Sanhá ter afirmado que o candidato apoiado pelo PAIGC viu "roubados 26.000 votos", Carlos Gomes Júnior gritou que, se não houver verdade, não irá governar "na mentira". Segundo os resultados provisórios avançados pela CNE, "Nino" Vieira recolheu 216.167 votos (52,35 por cento), contra 196.759 (47,65 por cento) de Bacai Sanhá, obtendo uma vantagem de 19.408 boletins. Os resultados têm sido contestados pela directoria de campanha de Bacai Sanhá e pelo PAIGC, que, alegando fraudes eleitorais, reclamaram junto da CNE a anulação da votação nas regiões de Bissau, Biombo (litoral centro) e Bafatá (leste) e a recontagem dos votos no resto do país. "Se não houver verdade, eu não vou governar na mentira. O povo da Guiné-Bissau e a comunidade internacional têm confiança em mim, porque nós somos homens e um governo de verdade. Queremos um governo e um presidente de verdade e não um que rouba votos", afirmou. Por seu lado, Bacai Sanhá garantiu que venceu a votação e, pedindo "calma, contenção e serenidade" aos seus apoiantes, reafirmou que não irá reconhecer "resultados roubados". "Estamos com uma coragem que nunca tivemos na nossa vida. Temos a certeza de que a verdade está do nosso lado. Mais ninguém. Fui em que ganhei estas eleições. Não vamos reconhecer nenhuns resultados roubados", sublinhou, pedindo à CNE que "não tenha medo das armas, das ameaças e da verdade". "Todos os candidatos tiveram um projecto eleitoral, mas nós ganhámos e agora querem roubar-nos a vitória. Não vamos aceitar, mesmo que isso custe a nossa vida. Desta vez não vamos aceitar", sustentou, manifestando "estranheza" face à atitude que as Forças Armadas locais têm demonstrado nos últimos dias. "Estivemos contentes com a atitude das Forças Armadas, porque estavam a mostrar a sua maturidade, a serem republicanas. Mas nos últimos dias ficámos muito preocupados por certas movimentações dos militares nas ruas de Bissau", afirmou, numa alusão à tensão que se vive na capital guineense, sobretudo no período nocturno. "Não entendemos porque, sem o conhecimento do governo, há militares a proteger certas pessoas, como Nino Vieira e elementos da sua directoria de campanha. Quem tem medo e não está com a verdade é que pede protecção", frisou, aludindo também à segurança que os militares têm garantido ao presidente da CNE. Segundo Bacai Sanhá, a presença de militares nas ruas não tem qualquer justificação, razão pela qual, afirmou, "se desconhece se existe um estado de sítio ou um estado de emergência". "Estamos preocupados, mas não temos medo de nada. Sempre pensámos que as nossas Forças Armadas se mantivessem republicanas e que apelassem à reconciliação, através dos órgãos competentes, como no passado, mas não é isso que está a acontecer", referiu. O candidato do PAIGC deixou também um "recado" ao presidente cessante, Henrique Rosa, que se referiu sexta- feira a "Nino" Vieira como o "provável vencedor" das eleições e a Bacai Sanhá como o "provável candidato derrotado". "Queremos dizer um recado às autoridades oficiais do nosso país: já ouvimos alguns (Henrique Rosa) a dizer que fulano tal é que ganhou ("Nino" Vieira). Isso é perigoso e tendencioso. Não vamos permitir isso. O que temos até aqui são os resultados provisórios e esses são fraudulentos", afirmou. "Não vamos permitir que pessoas alheias dêem uma opinião sobre uma matéria que não lhes diz respeito, porque o único órgão competente para proclamar os resultados e dizer quem é o próximo presidente da República é o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e mais ninguém", acrescentou. Bacai Sanhá apelou à comunidade internacional para continuar a acompanhar a evolução do processo eleitoral, pois, afirmou, "sente-se no ar um cheiro de golpe de Estado". "Pedimos à CNE, em quem temos confiança, para que diga a verdade a este povo, que faça justiça e que diga quem, na verdade, ganhou. Que a CNE não tenha medo da arma, da ameaça, nem de nada", concluiu. |
Depois de receber dinheiro, muito dinheiro do Presidente do Senegal, bem como uma mansão na capital senegalesa onde se estabeleceu comodamente, Malam Bacai Sanhá até chegou a servir os interesses de Nino Vieira, ao posicionar-se contra o Presidente do PAIGC que o apoiara nas presidenciais de 2005, chegando a desafiá-lo na liderança do partido, com o apoio de Nino Vieira...
Este é que é um candidato merecedor de confiança dos guineenses?!
O mesmo se diz de Mohamed Ialá Embaló, que também recebeu muito dinheiro e ficou a passear entre Marrocos e o Senegal, sem nunca se preocupar com o povo guineense, senão em períodos eleitorais...
O povo, é soberano, por isso, há que respeitar a sua escolha, acertada ou não...
Vamos continuar a trabalhar!
COMENTÁRIOS AOS TEXTOS DA SECÇÃO EDITORIAL
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