O QUE ACONTECE NA EMBAIXADA DA GUINÉ-BISSAU EM PORTUGAL
Por: Fernando Casimiro (Didinho)
16.09.2008
Na Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal manda e desmanda um indivíduo que se dá pelo nome de João Romano Ferreira, cunhado do general ditador Nino Vieira e também, cunhado do próprio Embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, por quem inclusive, não tem respeito nem consideração.
João Romano Ferreira é, quando não faz as vezes de Embaixador, Cônsul-Geral da Guiné-Bissau em Portugal.
Tal como o seu cunhado General-Presidente julga ser dono da Guiné-Bissau, assim também julga, João Romano Ferreira, ser dono da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal...
Estamos, pois, perante uma representação diplomática de um clã e não de um país!
João Romano Ferreira tem seguido à risca as orientações transmitidas directamente de Bissau pelo cunhado General-Presidente, que desde o seu regresso ao poder transformou a representação diplomática da Guiné-Bissau em Portugal num autêntico campo de tortura psicológica, tendo vindo a castigar de diversas formas a maioria dos diplomatas guineenses que se encontravam no activo na Missão de Lisboa antes da sua tomada de posse.
Actos de vingança, gestos demonstrativos de uso e abuso de poder; humilhação de cidadãos nacionais nas suas missões em representação do Estado guineense, suspendendo-os das suas funções, sem que até hoje se tenha providenciado o pagamento dos seus salários, ou sequer, a emissão de bilhetes de viagem para os seus regressos ao país natal.
Consta, inclusive, que a Ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau terá emitido, por estes dias, um despacho a solicitar ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal o levantamento da imunidade diplomática aos funcionários guineenses suspensos das suas funções na Missão Diplomática de Lisboa e que continuam em Portugal com o estatuto de diplomatas guineenses.
Será que a Ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau tem noção da barbaridade que está a cometer?
Quem deveria ter criado condições para o regresso dos nossos diplomatas à pátria, senão o Governo da Guiné-Bissau para quem têm vindo a servir ao longo dos anos?
Quando é que o Governo da Guiné-Bissau disponibilizará os bilhetes de viagem para os seus regressos, bem como o pagamento de salários em atraso para que os mesmos funcionários liquidem as dívidas contraídas em Portugal com a habitação e outros, ao longo dos anos que cá estão?
Pedir o levantamento da imunidade diplomática é complicar ainda mais a vida aos nossos compatriotas diplomatas, pois é ao abrigo dessa imunidade que eles têm o direito de residência em Portugal. Ora, ao invés de ajudar a resolver a situação, o Governo da Guiné-Bissau ainda quer prejudicar os seus funcionários, que nestes casos, costumam estar acompanhados dos familiares. Que será desta nossa gente, sem residência legal em Portugal e com inúmeros problemas por resolver?
Aproveito a oportunidade para partilhar mais uma carta que me foi entregue para divulgação, carta essa igualmente enviada a várias instituições nacionais.
Apesar da forma, importa valorizar a carta pelo seu conteúdo, por isso, antecipadamente peço compreensão pelos erros ortográficos e gramaticais que constam da mesma.
Vamos continuar a trabalhar!
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