PARABÉNS CABO VERDE!

A independência valeu a pena em qualquer dos países africanos de expressão oficial portuguesa e Cabo Verde, particularmente, simboliza esta feliz realidade. Com efeito, em trinta e quatro anos de independência, os cabo-verdianos fizeram do ou no seu país o que a Administração colonial portuguesa não conseguiu, ou não quis fazer em cinco séculos.

Hoje, Cabo Verde tem mais escolas, mais hospitais, mais centros de saúde, mais e melhores empregos para os seus cidadãos, mais e melhores quadros em todos os domínios, mais e melhor reputação em todo o mundo, tudo, graças à independência, em primeira instância!

São os cabo-verdianos, confrontados com as suas divergências, mas cientes de que o pluralismo é a melhor forma de encontrarem as melhores respostas , de se entenderem, de darem as mãos para o desenvolvimento e quiçá para o bem-estar comum, os obreiros de uma segunda conquista, se tomarmos em linha de conta que a primeira foi a independência, tornada possível através da luta de libertação levada a cabo pelo PAIGC e dirigida por Amilcar Cabral e na qual guineenses (em maior número) e cabo-verdianos, simbolizaram a força do slogan Unidade e Luta de Amilcar Cabral!

Não é a independência a causa da estagnação dos países, mas sim, a ausência de consciencialização para o compromisso que cada um deve assumir para com o país. Em Cabo Verde esse compromisso sempre foi uma realidade e na Guiné-Bissau, ninguém se interessa pelo assunto, pois, o compromisso que se tem incentivado e fomentado é o do interesse pessoal, ao invés do interesse nacional!

Em Cabo Verde tem-se aproveitado os quadros, criando infra-estruturas e postos de trabalho para exercerem nas suas áreas de formação e não dependerem da política para se afirmarem ou viverem condignamente.

Em Cabo Verde a oposição, seja ela qual for, exige cada vez mais do partido que está no poder.

Em Cabo Verde a liberdade de expressão incentiva a participação dos cidadãos nos assuntos do país. Elogiam quando devem elogiar os políticos e governantes, mas criticam-nos duramente quando há razões para tal.

Em Cabo Verde, quase que não se ouve falar da existência das Forças Armadas...

Em Cabo Verde, trabalha-se, exige-se responsabilidades e há que prestar contas!

Cabo Verde dá grande importância à sua diáspora e desde o Presidente da República, passando pelo Primeiro-Ministro, governantes e políticos na oposição, havendo deslocações ao estrangeiro, faz-se questão de se reunir com as comunidades cabo-verdianas, para se inteirar dos seus problemas, mas também, para incentivá-los a apoiar Cabo Verde!

Há ainda um longo caminho a percorrer para a consolidação dos ganhos deste percurso brilhante de 34 anos de independência, mas a estrutura de base, essa, está bem alicerçada pelo compromisso de todos para com o país!

Independentemente de quem governar Cabo Verde, existe um compromisso para com o país, tendo por objectivo o bem-estar dos cabo-verdianos!

Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade! Fernando Casimiro (Didinho)