PENSAR  UM  MODELO DE  DESENVOLVIMENTO  ECONOMICO  SUSTENTAVEL  PARA  A GUINÉ-BISSAU,  DIANTE  DE VARIOS PROJECTOS  PARADOS.

 

Maximiano António Lopes *

maximiano20@hotmail.com

03.11.2010

 Maximiano Anónio Lopes

Com intuito de contribuir para um debate sobre o modelo sustentavel do desenvolvimento para a  República da Guiné –Bissau,este artigo  faz breve analise dos pontos considerados mais relevantes para a discussäo.

O proposito deste trabalho é de aprofundar o entendimento sobre a economia guineense possibilitando o aperfeiçoamento das politicas publicas praticas pelo governo.

Por isso, as novas sugestöes e criticas säo bem-vindas.

 

Breve Descriçäo Sobre  As Características  Economicas do País

A  Guiné- Bissau é um Pais pobre , com piores indicadores sociais ,além disso, a sua posiçäo em relaçäo  aos  outros  estados  da uniäo  näo vem melhorando ao longo do tempo.

É  verdade que as soluçöes para reverter esse quadro  näo säo faceis,alguns individuos  mais  conformados   com  o quadro, justificam que a situaçäo tem como o pano de fundo  actual  conjuntura  da politica  macroeconómica mundial, e nada pode ser feito.

Quando  na verdade a responsabilidade  deve ser atribuido aos governantes , e näo säo,assim como todos actores sociais do desenvolvimento.No entanto , se houver  boa vontade, no seio governamental , podemos melhorar este cenário, atraves da chamada politica do desenvolvimento local,dando a descentralizaçäo de regiöes ,facilitando aos governadores alguma autonomia orçamentaria para que começem  a melhorar suas reais necessidades e potencialidades locais.

É bastante óbvio,que  as causas  que levaram a esse nivel de desigualidade  na sub-regiäo  em  particular  e no  mundo em geral estäo  concerteza  ligados a  nossa  razöes  históricas, acabando  por  herdar  uma  grande  debilidade  em  todos  sectores  de actividade  económica.

Compreende-se  que o espírito  de algumas forças politicas,actores sociais do desenvolvimento, é de que algo imediato  deve ser feito. Por um lado, esta afirmaçäo  até näo está errada. Mas,o  primordial  seria de analisarmos  um  pouco sobre  actual  caracteristica  da nossa economia, na qual o sector primário  é o principal sector da economia  do País ou seja uma  das principais  dificuldades económicas  do País  é o fraco desenvolvimento  do  sector  industrial. Por ilustraçäo,dentre das industrias existentes  destaca-se  madeira  e  mobiliário, agro-industrial, industria  näo metálica , portanto  contribui muito pouco  para  a formaçäo  do Produto Interno  Bruto(PIB).

Por isso, os Governantes  devem  dar  a prioridade  as politicas que promovem o crescimento ,através  de  concessäo de creditos  as pequenas  e micro-empresas para  a  produçäo de bens e serviços e equipamentos  ligeiros  locais, educaçäo de qualidade  e as melhores  oportunidades  para  que as mulheres  continuem  a participar  ainda mais activa na vida  económica do País.

Portanto, para uma  economia  incipiente como a guineense  longo prazo pode ser  distante demais  para  se  esperar, diante  vários projectos parados e tantas  urgências  para  complete-los.

Entretanto  a superaçäo do  subdesenvolvimento e o arranque para o processo de industralizaçäo  requerem  altos  investimentos  que permitem a profunda mudanças  qualitativas da economia.

Num  Paíis de economia  deficitária, com modelo dominado divida e com mercado financeiro  subdesenvolvido, na qual o dinheiro constituem  a única forma  de se guarder  a riqueza ,onde  á necessidade  de  construçäo de obras de infra-estruturas  säo täo indispenáveis , exigindo grandes capitais sem retorno rápido.Altos investimentos  de imediato traria  grave problema  para o País

Uma outra saída seria estimular o  sector exportador, sò que a dificuldade é que os Países  subdesenvolvidos ou  seja de transiçäo  econòmica e politica säo especializados na produçäo  de matérias-primas  em que  a demanda desempenha  papel  essencial  na determinaçäo  de preços e das quantidades no mercado. Assim, um aumento  desse produto  para exportaçäo pode gerar o efeito negativo  ao provocar uma deterioraçäo de preços  superior ao aumento   de  quantidade.

No entanto, mesmo no curto prazo  com tantos problemas de urgências, pode gerar ainda  outras  ineficiências  por  efeitos diversos sobre  a equidade social. Apesar disso, näo  deve  ser  atitude  de  deixar de fazer  por  considerar  uma gota  no oceano. Devemos  deixar  a visäo miope de entregar tudo ao destino ou seja do jeito de Deus.

Desta feita, as isençöes fiscais e os subsidies   para  as pequenas  e medias empresas  locais podem  funcionar  como  um elemento que tenta   antecipar  este futuro  promissor ,mas isso também tem um preço que näo é baixo. É óbvio, os governantes devem  estar mais atentos ,com a finalidade de proteger as nossas pequenas e médias empresas.

Visto que, os efeitos negativos ocorrem  principalmente  devido a criaçäo de um ambiente  de concorrência  desigual de outras empresas a nivel da sub-ragiäo que possa  reduzir a poupança do governo, comprometendo  a capacidade de investimento.

Por outro lado, ao subsidiar  o capital ,aumenta artificialmente  rentabilidade quando  comparada  a  outros  factores  de produçäo o que  pode  provocar um  crescimento  economico  concentrador de renda.

É muito  importante  comprender  que a taxa de crescimento de longo prazo de uma  economia  esta relacionada  com a qualidade do seu capital  humano, a sua qualidade de infra-estruturas, credibilidade do governo e porque  näo  aos seus investimentos  de capital  fisico  realizados em seguimentos  para  que a economia possua as vantagens comparativas.

Por  isso, näo adianta altos investimentos  numa  economia  que  näo tem a capacidade  natural  de competiçäo no futuro estes investimentos acabaräo  por desparecer.

Desta  modo  é importante  que   o governo  guineense  procura  visualizar  politicas publicas  concretas do  desenvolvimento ,  independentemente   destes  pertencerem  a agricultura , industria  e  serviços , dando a prioridade aos empreendimentos  a partir   de vocaçöes naturais  e de  disponibilidade  de  mercado  existente.

Quanto  ao sector do turismo  é inaceitável o turismo  näo ter  o tratamento  que merece.

Aquele Abraço

* Economista, Hidrólogo e Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental


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