PENSAR UM MODELO DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO SUSTENTAVEL PARA A GUINÉ-BISSAU, DIANTE DE VARIOS PROJECTOS PARADOS.
Maximiano António Lopes *03.11.2010
Com intuito de contribuir para um debate sobre o modelo sustentavel do desenvolvimento para a República da Guiné –Bissau,este artigo faz breve analise dos pontos considerados mais relevantes para a discussäo. O proposito deste trabalho é de aprofundar o entendimento sobre a economia guineense possibilitando o aperfeiçoamento das politicas publicas praticas pelo governo. Por isso, as novas sugestöes e criticas säo bem-vindas.
Breve Descriçäo Sobre As Características Economicas do País A Guiné- Bissau é um Pais pobre , com piores indicadores sociais ,além disso, a sua posiçäo em relaçäo aos outros estados da uniäo näo vem melhorando ao longo do tempo. É verdade que as soluçöes para reverter esse quadro näo säo faceis,alguns individuos mais conformados com o quadro, justificam que a situaçäo tem como o pano de fundo actual conjuntura da politica macroeconómica mundial, e nada pode ser feito. Quando na verdade a responsabilidade deve ser atribuido aos governantes , e näo säo,assim como todos actores sociais do desenvolvimento.No entanto , se houver boa vontade, no seio governamental , podemos melhorar este cenário, atraves da chamada politica do desenvolvimento local,dando a descentralizaçäo de regiöes ,facilitando aos governadores alguma autonomia orçamentaria para que começem a melhorar suas reais necessidades e potencialidades locais. É bastante óbvio,que as causas que levaram a esse nivel de desigualidade na sub-regiäo em particular e no mundo em geral estäo concerteza ligados a nossa razöes históricas, acabando por herdar uma grande debilidade em todos sectores de actividade económica. Compreende-se que o espírito de algumas forças politicas,actores sociais do desenvolvimento, é de que algo imediato deve ser feito. Por um lado, esta afirmaçäo até näo está errada. Mas,o primordial seria de analisarmos um pouco sobre actual caracteristica da nossa economia, na qual o sector primário é o principal sector da economia do País ou seja uma das principais dificuldades económicas do País é o fraco desenvolvimento do sector industrial. Por ilustraçäo,dentre das industrias existentes destaca-se madeira e mobiliário, agro-industrial, industria näo metálica , portanto contribui muito pouco para a formaçäo do Produto Interno Bruto(PIB). Por isso, os Governantes devem dar a prioridade as politicas que promovem o crescimento ,através de concessäo de creditos as pequenas e micro-empresas para a produçäo de bens e serviços e equipamentos ligeiros locais, educaçäo de qualidade e as melhores oportunidades para que as mulheres continuem a participar ainda mais activa na vida económica do País. Portanto, para uma economia incipiente como a guineense longo prazo pode ser distante demais para se esperar, diante vários projectos parados e tantas urgências para complete-los. Entretanto a superaçäo do subdesenvolvimento e o arranque para o processo de industralizaçäo requerem altos investimentos que permitem a profunda mudanças qualitativas da economia. Num Paíis de economia deficitária, com modelo dominado divida e com mercado financeiro subdesenvolvido, na qual o dinheiro constituem a única forma de se guarder a riqueza ,onde á necessidade de construçäo de obras de infra-estruturas säo täo indispenáveis , exigindo grandes capitais sem retorno rápido.Altos investimentos de imediato traria grave problema para o País Uma outra saída seria estimular o sector exportador, sò que a dificuldade é que os Países subdesenvolvidos ou seja de transiçäo econòmica e politica säo especializados na produçäo de matérias-primas em que a demanda desempenha papel essencial na determinaçäo de preços e das quantidades no mercado. Assim, um aumento desse produto para exportaçäo pode gerar o efeito negativo ao provocar uma deterioraçäo de preços superior ao aumento de quantidade. No entanto, mesmo no curto prazo com tantos problemas de urgências, pode gerar ainda outras ineficiências por efeitos diversos sobre a equidade social. Apesar disso, näo deve ser atitude de deixar de fazer por considerar uma gota no oceano. Devemos deixar a visäo miope de entregar tudo ao destino ou seja do jeito de Deus. Desta feita, as isençöes fiscais e os subsidies para as pequenas e medias empresas locais podem funcionar como um elemento que tenta antecipar este futuro promissor ,mas isso também tem um preço que näo é baixo. É óbvio, os governantes devem estar mais atentos ,com a finalidade de proteger as nossas pequenas e médias empresas. Visto que, os efeitos negativos ocorrem principalmente devido a criaçäo de um ambiente de concorrência desigual de outras empresas a nivel da sub-ragiäo que possa reduzir a poupança do governo, comprometendo a capacidade de investimento. Por outro lado, ao subsidiar o capital ,aumenta artificialmente rentabilidade quando comparada a outros factores de produçäo o que pode provocar um crescimento economico concentrador de renda. É muito importante comprender que a taxa de crescimento de longo prazo de uma economia esta relacionada com a qualidade do seu capital humano, a sua qualidade de infra-estruturas, credibilidade do governo e porque näo aos seus investimentos de capital fisico realizados em seguimentos para que a economia possua as vantagens comparativas. Por isso, näo adianta altos investimentos numa economia que näo tem a capacidade natural de competiçäo no futuro estes investimentos acabaräo por desparecer. Desta modo é importante que o governo guineense procura visualizar politicas publicas concretas do desenvolvimento , independentemente destes pertencerem a agricultura , industria e serviços , dando a prioridade aos empreendimentos a partir de vocaçöes naturais e de disponibilidade de mercado existente. Quanto ao sector do turismo é inaceitável o turismo näo ter o tratamento que merece. Aquele Abraço * Economista, Hidrólogo e Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR! Associação Guiné-Bissau CONTRIBUTO |