Presidente Nino: o Grande Inventor
Por: João Acompanhado
25.11.2008
Reconheço que às primeiras notícias acreditei que fosse mesmo verdade, mas a minha profissão exige um distanciamento das informações para poder julgar e decidir em consciência.
Quando apareceu o Ministro do Interior a dizer que "já sabia que isto ia acontecer", soou a sineta de alarme. Das duas três: se sabia e não fez nada é porque é irresponsável; se sabia e não conseguiu resolver a situação é porque é incompetente; se sabia e afinal não sabia é porque é um charlatão.
Ou então, sabia mesmo e aquilo fazia parte de um plano no qual ele participou…
É difícil compreender como é que militares que durante 2 horas ocupam o quintal de uma casa pequena e usam armas muito pesadas capazes de destruir o telhado, não tenham atingido os ocupantes, apenas protegidos por grades.
Tudo se esclareceu à tarde com a manifestação organizada com celeridade, não de repúdio pelo uso de armas, mas de glorificação do valoroso general, que para um deles foi o fundador da democracia guineense (pobre democracia).
Era vê-los, líderes sem votos, desesperados agarrados, à vez, a um megafone a cantar loas ao seu líder, vozes esganiçadas, os mais baixinhos a esticarem-se todos em bicos de pés para serem reconhecidos mais tarde pelo chefe.
Sim, tinha acabado de começar a corrida eleitoral para as presidenciais do próximo ano.
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