MOVIMENTO NACIONAL DA SOCIEDADE CIVIL, UM INSTRUMENTO A QUE SE PODE ATRIBUIR A TAL ORGANIZAÇÃO DE QUE AMILCAR CABRAL SE REFERIA.
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Nós queremos que tudo quanto conquistarmos nesta luta pertença ao nosso povo e temos que fazer o máximo para criar uma tal organização que mesmo que alguns de nós queiram desviar as conquistas da luta para os seus interesses, o nosso povo não deixe. Isso é muito importante. Amilcar Cabral |
PROPOSTA DE MUDANÇA: RECUPERAR AS CONQUISTAS DO NOSSO POVO!
Por: Fernando Casimiro (Didinho)
Novembro de 2008
Caros
compatriotas, prezados amigos da Guiné-Bissau.
No passado sábado, dia 25 de Outubro, durante a minha intervenção (via telemóvel), no programa de debate Radioscopia promovido pela Rádio Bombolom (emissão em directo), pude constatar o quanto as questões relativas à Guiné-Bissau me comovem cada vez mais.
À terceira questão colocada pelo apresentador do programa, Tony Góia, vieram-me os soluços e as lágrimas soltaram-se... Sem dar conta, estava a responder à questão colocada pelo apresentador:
- Como é que os guineenses na diáspora vêem e sentem a situação na Guiné-Bissau?
Na verdade, não pude resistir... A pergunta tocou-me bem no fundo, deixando-me no limite da tristeza.
A Guiné-Bissau é a Pátria-Mãe de todos os guineenses! Encarar a actual situação da Guiné, pressupõe imaginar comparativamente uma relação entre uma mãe que gerou os seus filhos e, ver essa mesma mãe, abandonada e encaminhada para a destruição, na fase mais crítica da sua vida, por alguns dos seus próprios filhos, que estando junto a ela, até contribuem para que a sua destruição seja célere...
Obviamente que nem todos os filhos dessa mãe terão esse comportamento e haverá sempre quem não ficará indiferente e, tentará, por todos os meios, ajudar a sua mãe a recuperar da crise. Enquanto isso não acontece, sofre-se, mas na esperança da salvação da mãe. É desta forma que vejo e sinto a nossa Mãe Guiné!
Temos vindo a falar de MUDANÇA para a Guiné-Bissau desde há muito. Temos sensibilizado guineenses e amigos da Guiné-Bissau para a necessidade de trabalharmos juntos em busca de soluções e alternativas para uma MUDANÇA de fundo, que permita criar um novo conceito de patriotismo para os guineenses e de amizade para os amigos da Guiné-Bissau, tendo em vista trilhar melhores vias que nos permitam estruturar o país com boas práticas de governação tendo por base, uma correcta e funcional gestão dos nossos recursos humanos.
As situações por que tem passado a Guiné-Bissau impõem-nos um sério desafio de compromisso para com o país, como forma de se salvaguardar o futuro, ou seja, as nossas crianças de hoje, homens e mulheres de amanhã e que terão a mesma responsabilidade na transmissão da mística patriótica do assumir de compromisso para com o futuro das gerações de guineenses que eles também vierem a gerar.
O que é que estamos a fazer para a garantia da sustentabilidade dos alicerces do pedaço de terra que se denomina Guiné-Bissau?
O que é que temos vindo a fazer para transmitir às nossas crianças e jovens, exemplos positivos dos valores e princípios universais, numa perspectiva de adaptação e enquadramento que lhes possibilite a integração, convivência e participação plena no Mundo Global de que a Guiné-Bissau não deve ficar ausente?
Duas questões importantes, quer seja na salvaguarda do espaço físico/geográfico, do país que é a Guiné-Bissau; quer seja na salvaguarda do património/capital humano que é o povo guineense. Temos feito muito pouco e a prova disso é a constatação real, do princípio da desagregação, bem como o estado de ruína em relação aos valores básicos de sustentabilidade e afirmação socio-económica da maioria do povo guineense.
Caros compatriotas, prezados amigos da Guiné-Bissau,
Esta PROPOSTA DE MUDANÇA que vos apresento, numa fase deveras importante para o futuro da Guiné-Bissau, tendo em conta as eleições legislativas de 16 de Novembro é, antes de mais, um exercício legítimo de cidadania. Estou ciente das minhas limitações mas convicto de que, ao propor algo, estou a convidar a todos os interessados para uma reflexão e manifestação de vontade, no sentido de surgirem mais ideias para uma melhor sustentação desta proposta.
Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade! Didinho
Uma fase deveras importante para a Guiné-Bissau que, de constatação em constatação das cíclicas lutas pelo poder: quer por parte dos partidos políticos, quer pela frequente interferência da classe castrense em assuntos de natureza governativa e, também, pelas tomadas de posição inconstitucionais, intolerantes e prejudiciais aos interesses do país, por parte do Presidente da República, deve ser ponderada numa análise profunda e não meramente pontual e de cumprimento formal de um acto que valoriza a democracia - o acto eleitoral, mas que, por si só, não é sinónimo de respeito pela abrangência contextual da democracia.
Reflectindo o actual momento da Guiné-Bissau e repensando os 35 anos da nossa independência, encontrei, numa riquíssima expressão de um discurso de Amilcar Cabral, uma luz inspirativa que me incentivou a elaborar esta proposta e que, de certa forma me dá a possibilidade de responder a todos quantos têm apoiado o Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO na sua missão de sensibilizar, elucidar e esclarecer o povo guineense, mas que também estão, em certa medida, reticentes por até então, nenhuma proposta sustentável de MUDANÇA, lhes ter sido apresentada numa perspectiva de cidadania e que permita reavivar a esperança do povo guineense ao invés das constantes desilusões com que tem sido presenteado pelos actores políticos e não só, que têm como única meta, chegar ao poder.
Como sempre disse e repito, o meu "Partido" é a Guiné-Bissau.
Como também tenho dito, sou um cidadão político e não um político cidadão. Antes da definição política está, para mim, a definição e afirmação de cidadão.
Antes do compromisso para com qualquer partido político, deve estar o compromisso para com o país.
Antes da defesa dos interesses de qualquer partido, deve estar a defesa dos interesses do país, esse sim, o único "Partido" convergente de todos os guineenses.
Nós queremos que tudo quanto conquistarmos nesta luta pertença ao nosso povo e temos que fazer o máximo para criar uma tal organização que mesmo que alguns de nós queiram desviar as conquistas da luta para os seus interesses, o nosso povo não deixe. Isso é muito importante. Amilcar Cabral
Temos falado de democracia na Guiné-Bissau, temos ouvido políticos, governantes e até militares falarem de democracia. Que óptimo que assim é!
E quem tem o poder em democracia meus senhores? Diz-se que é o povo. Então, como na Guiné-Bissau a realidade demonstra-nos precisamente o inverso, é chegada a hora de recuperar o poder e devolvê-lo ao povo guineense. Como?
Esta é a questão que tem suscitado exercícios desgastantes aos que de uma forma ou de outra se propuseram a lutar, não com armas de fogo, mas com o poder da mente, para salvar a Guiné-Bissau da destruição eminente que alguns dos nossos irmãos, levados pela ganância, pelo egoísmo e desejo de eternização no poder, estão prestes a materializar.
Partindo do princípio que a representação do poder que o povo delega nos partidos políticos (quando se trata de eleições legislativas), ou individualidades independentes ou com apoios partidários (quando se trata de eleições presidenciais), não tem sido considerada, porquanto umas vezes uma obsoleta Constituição da República permitir situações de interpretação com recurso à ambiguidade para justificar, de forma distorcida e conforme a conveniência, a desconsideração que retira legitimidade às escolhas do povo e faz com que o Presidente da República, demita um governo por diferendos pessoais, prejudicando toda uma governação e criando um clima de instabilidade política, económica e social;
Outras vezes, o recurso à força das armas, na versão golpe de Estado destitui o presidente da República, criando um vazio de poder, com todas as consequências que tal situação provoca, para além do facto de se estar perante um atentado à democracia, na sua expressão de atribuição do poder de voto ao povo.
A Guiné-Bissau tem servido, ainda que indirectamente, de cobaia para situações experimentais de caracterização político-social. Mas o guineense, como qualquer povo deste mundo, sabe o que quer; sabe o que é o bem e o que é o mal. O guineense sabe tudo isso, mas também sabe que resignou-se demasiado ao ponto de perder a bravura, a coragem dos seus antepassados, ou até dos heróis do passado recente da luta de libertação nacional.
O guineense deve recuperar a sua força interior, a sua coragem e dignidade para lutar por si e pela sua Pátria!
Os partidos políticos que continuam a atribuir o atestado de ignorância ao nosso povo, para, sempre que necessário, manipularem as suas consciências, nada fizeram, até hoje, de forma a contribuírem para a melhoria das condições de vida das nossas populações.
Quem tem o poder meus senhores?
Vemos a maioria dos governantes no activo ou já retirados, com casa própria, estilos de vida pressupondo muita riqueza...e, o povo guineense sempre na miséria!
Por que razão, por exemplo, os nossos agricultores e pescadores, continuam a viver miseravelmente e, famintos, quando o país tem potencialidades nestas duas áreas?
Onde estão as promessas ao nosso povo, para a criação de postos de trabalho, centros de saúde, hospitais, escolas etc. etc.
Para quando o pagamento dos salários de muitos anos de trabalho de muitas famílias guineenses desprezadas e expostas à humilhação por incumprimento dos seus compromissos, (por culpa do Estado guineense), enquanto governantes e políticos dão sinais de riqueza; uns à custa dos desvios de dinheiros do Tesouro Público guineense e, outros, à custa dos dividendos do narcotráfico...
Já lá vão muitos anos senhores governantes e políticos!
É chegada a hora de recuperarmos as conquistas do nosso povo, o que equivale dizer, de devolver o poder ao nosso povo.
Caros compatriotas, prezados amigos da Guiné-Bissau,
A opinião/comentário de todos é importante para a discussão e debate desta proposta, que para ser viabilizada necessita da concordância do Movimento Nacional da Sociedade Civil, bem como da adesão e participação do maior número de guineenses e amigos da Guiné-Bissau no Núcleo de cidadania a propor ao Movimento Nacional da Sociedade Civil.
Tomei como instrumento de referência para esta proposta de MUDANÇA, o Movimento Nacional da Sociedade Civil, porquanto ser o instrumento de congregação das diversas Organizações da Sociedade Civil na Guiné-Bissau ou na diáspora e, as diversas Organizações Não Governamentais nacionais e estrangeiras que operam na Guiné-Bissau.
Esta é uma proposta séria, sem outra ambição que não devolver o poder ao povo guineense, numa altura em que pelas manifestações de campanha eleitoral, se antevê um futuro de destruição, que poderá vir a confirmar a Guiné-Bissau como um verdadeiro Narco-Estado.
Esta minha proposta não vai a tempo de ajudar a mudar algo nas eleições de 16 de Novembro mas, poderá ajudar a afastar de vez e de forma pacífica e legal, o senhor João Bernardo Vieira de uma provável recandidatura a pensar em vitória nas eleições presidenciais de 2010.
Esta proposta, poderá igualmente, ajudar na aproximação dos partidos políticos e governantes ao povo, pois numa estratégia concertada, o Movimento Nacional da Sociedade Civil, que jamais deverá ser alternativa ao poder, porquanto não ser um partido político, promoverá a defesa e a orientação do povo guineense, na sua relação com o Estado.
Até aqui, o nosso povo tem sido órfão de qualquer representatividade digna do termo, não tendo, por designação, a quem recorrer para a reivindicação dos seus direitos, ele (povo) a quem são atribuídos e exigidos deveres; ele (povo) que tem direitos, mas que desconhece a maioria desses direitos e dos que conhece e sabe que tem, é-lhe negado por quem apregoa que em democracia o poder é do povo...
Que relação se deve constituir entre o Movimento Nacional da Sociedade Civil e o povo guineense?
Não sou adepto de consultas bibliográficas para citar teorias e seus autores. Não tenho o percurso académico que normalmente orienta a maior parte dos analistas e investigadores na busca de definições para determinados conceitos, seja qual for a área de definição.
Sou simplesmente um curioso que do seu exercício mental constrói frases e conceitos através da realidade das situações que analisa. Produzo opiniões obviamente, e não trabalhos de referência temática e de cunho disciplinar, com menção obrigatória a autores pré-designados como teóricos de referência de uma determinada época.
Com o elevado respeito pelas referências bibliográficas, não vou estabelecer uma definição teórica da relação que deve existir entre o Movimento Nacional da Sociedade Civil e o povo guineense, tomando como referência comparativa as definições teóricas dos conceitos de definição disciplinar da área das Ciências Sociais e Políticas, porquanto, pretender estabelecer um conceito próprio de definição sustentada com base na minha reflexão e, tendo em conta a realidade político-social específica da Guiné-Bissau.
Esta proposta, repito, tem em primeiro lugar, o objectivo de dar ao povo guineense o poder de decisão, através de um instrumento apartidário que engloba Organizações da Sociedade Civil e Organizações Não Governamentais inseridas na sociedade guineense, numa envolvência que salvaguarda a legalidade constitucional e não fere os princípios teóricos e práticos da democracia.
Ao longo dos anos de existência do multipartidarismo e da realização regular dos processos eleitorais na Guiné-Bissau, a vontade popular, através das decisões indicadas pelo povo guineense foram sempre, de uma forma ou de outra, invertidas, directa ou indirectamente, com argumentos inconsistentes, em jeito de desconsideração e de forma abusiva.
A Guiné-Bissau está à beira de se confirmar como um Narco-Estado e as eleições de 16 de Novembro próximo (tal como tem sido indicado pelos próprios partidos políticos durante a campanha eleitoral através de acusações, ainda que sem referências concretas de quais os partidos financiados pelo narcotráfico), definirão, sem dúvida, uma nova ordem nas relações institucionais na Guiné-Bissau.
Uma nova ordem que poderá vir a reforçar os poderes do Presidente da República, numa alusão à sua antiga e manifesta pretensão de transformar o sistema semi-presidencialista existente, em presidencialista.
Os guineenses sabem muito bem o que é uma ditadura. Os guineenses recordam-se e bem, de um discurso de 1998 em que o actual Presidente da República disse, para todos os que o quiseram ouvir que: até a sua camisa iria mandar na Guiné-Bissau...
Sejamos honestos, realistas, livres e corajosos para concordarmos que João Bernardo Vieira não defende os interesses da Guiné-Bissau e dos guineenses e, por isso, não merece a confiança do povo para o cargo de Presidente da República.
O narcotráfico na Guiné-Bissau tem tido a cumplicidade do Estado, dos Órgãos de Soberania, que de escândalo em escândalo nos procedimentos que vão desde as apreensões, ao desaparecimento da droga e à libertação dos detidos, legitimam essa cumplicidade.
Novos ricos têm emergido do nada que seja palpável como razão para um enriquecimento justificado. Donde provém tanto dinheiro para tanta extravagância, inclusive na campanha eleitoral?
Os políticos e governantes sempre acharam que basta oferecer géneros alimentícios à maioria das populações, telemóveis, rádios, motorizadas e algumas viaturas às pessoas mais influentes nas regiões, para comprarem as consciências dessas populações. Temos que acabar com isto na Guiné-Bissau!
O nosso povo deve ser sensibilizado, educado e informado sobre os processos eleitorais, para assim poder votar em consciência. Um papel que pode e deve ser desempenhado pelo Movimento Nacional da Sociedade Civil.
Os 35 anos de independência mostram-nos que o povo guineense está dividido e disperso na forma de encarar os problemas do país.
O povo guineense demonstra não acreditar nos políticos e governantes, mas também, não sabe em quem acreditar, ou como pode agir para mudar a situação existente no país.
Por outro lado, o Movimento Nacional da Sociedade Civil, apesar de diversas iniciativas de encontro aos propósitos estipulados na sua estruturação, não consegue ter o dinamismo desejado para a satisfação das suas reivindicações e sugestões junto do poder institucional. A meu ver, isto acontece porque, apesar da sua estruturação ser bem concebida, carece de um elemento fundamental agregado, estatutária e "fisicamente" : o povo guineense.
Há necessidade de se criar uma relação de interdependência entre o povo guineense e o Movimento Nacional da Sociedade Civil, de forma a conseguir-se obter a tal organização de que Amilcar Cabral se referia, longe de um contexto político-partidário, mas no âmbito da cidadania e nos pressupostos da defesa intransigente das causas nacionais.
Só o povo guineense pode decidir pela Mudança na Guiné-Bissau, mas o povo guineense precisa de um instrumento da sua confiança e que seja um instrumento de abrangência social, como o é o Movimento Nacional da Sociedade Civil, que por sua vez, tendo o povo como parte activa da sua estrutura, num contexto de cidadania, poderá fazer funcionar a máquina da Mudança que o país precisa. Como?
Ao Movimento Nacional da Sociedade Civil proponho a criação do Núcleo de Cidadania, que permitirá o acesso directo ao Movimento, na forma de associado singular, de todos quantos queiram fazer parte do Movimento, entre guineenses e amigos da Guiné-Bissau, no território nacional ou no estrangeiro.
A criação do Núcleo de Cidadania facultará a relação de interdependência necessária entre o Movimento Nacional da Sociedade Civil e o povo guineense.
Núcleo de Cidadania, o que é e para que serve?
O Núcleo de Cidadania será a estrutura física que legitimará as acções e participações do povo guineense, reunido numa estrutura institucional que é o Movimento Nacional da Sociedade Civil. Como?
Em primeiro lugar, apelando a todos os guineenses e amigos da Guiné-Bissau que querem a Paz, a Estabilidade e o Desenvolvimento e que querem servir a Guiné-Bissau, participando positivamente na Mudança há muito necessária, que se associem ao Núcleo de Cidadania agregado ao Movimento Nacional da Sociedade Civil.
O Núcleo de Cidadania será mais bem sucedido, quanto mais pessoas a ele aderirem. Porquê?
É importante que todo o povo livre da Guiné-Bissau participe desta proposta. O Núcleo de Cidadania possibilitará vantagens a todos os guineenses e a todos os níveis, numa razão proporcional de apoio ao desenvolvimento do país e à melhoria das condições de vida das nossas populações, por isso, é importante a adesão massiva dos guineenses e dos nossos amigos que também queiram ajudar a Guiné-Bissau e pactuam com a necessidade e urgência da Mudança, através da recuperação das conquistas do nosso povo.
O Núcleo de Cidadania reunirá o povo guineense e os amigos da Guiné-Bissau nas áreas de intervenção cívica, onde o papel do povo deve ser demonstrativo da atribuição legal em democracia, do seu estatuto de dono do poder. É neste assumir de acção e participação cívica, através de concertações no âmbito do Movimento Nacional da Sociedade Civil, que a MUDANÇA é possível na Guiné-Bissau.
Comecemos pelas iniciativas e acções de solidariedade social de que tanto precisa a Guiné-Bissau, para melhor compreendermos a força das pessoas, a nossa força, somando cada um de nós, a pensar que a Guiné-Bissau tem cerca de milhão e meio de habitantes, a pensar que há milhares de amigos da Guiné-Bissau um pouco por todo o mundo e se o Núcleo de Cidadania conseguir reunir, que seja, a metade da população guineense, mais os amigos da Guiné-Bissau, teremos uma estrutura de acção e participação de mais de setecentas e cinquenta mil pessoas. É claro que a adesão não se fará, certamente de um dia para o outro, mas podemos conseguir sensibilizar o povo guineense para a necessidade de aderir ao Núcleo de Cidadania, que terá a sua representatividade através do Movimento Nacional da Sociedade Civil.
Se conseguirmos reunir metade da população da Guiné-Bissau, mais os nossos amigos e, estipulando uma quota simbólica de solidariedade, equivalente a €1 (um Euro) por mês, conseguiremos todos os meses reunir o equivalente a setecentos e cinquenta mil Euros, dinheiro destinado ao Fundo de Solidariedade já existente nos Estatutos do Movimento Nacional da Sociedade Civil, e a aplicar no apoio das famílias mais carenciadas, no apoio à cobertura das necessidades da saúde e da Educação nas regiões (escolas, centros de saúde etc.), na formação e incentivo financeiro dos nossos agricultores, pescadores e criadores de gado, por exemplo, entre muitas outras acções em diversas áreas de intervenção social e económica.
€1 (um Euro), valor simbólico de uma contribuição mensal, que somado a outros tantos e tantos, consegue fazer o "milagre" de transformar o impossível em possível. A contribuição monetária de cada um para que se transforme €1 (um Euro) em milhares de Euros por mês, que por sua vez podem somar milhões de Euros por ano, é sem dúvida a confirmação de que unidos por um ideal comum podemos mudar o que quisermos, bastando para isso, a nossa vontade, a nossa participação, em suma, o nosso querer.
Se o povo guineense quiser, conseguirá, ele próprio, criar mecanismos de resolução pontual dos seus problemas, evitando a dependência e, por conseguinte, a manipulação de consciência, o aliciamento, a corrupção, a vida-fácil mas perigosa, o narcotráfico etc.
Caberia ao Movimento Nacional da Sociedade Civil a criação de programas de formação básica a nível da cidadania, possibilitando ao nosso povo a formação que não tem e que é fundamental para a sustentação do seu estatuto de cidadão.
Caberia ao Movimento Nacional da Sociedade Civil propor ao Núcleo de Cidadania acções concertadas em defesa dos interesses colectivos e da República, visto o Movimento Nacional da Sociedade Civil englobar a maioria das Associações e Organizações Não-Governamentais que operam na Guiné-Bissau.
Avaliando a força que a contribuição de cada um pode ter se nos unirmos em torno de uma causa e tomando como exemplo a quota simbólica de €1 (um Euro), poderemos imaginar a força social que o povo terá se, por exemplo metade da população da Guiné-Bissau, se associar ao Núcleo de Cidadania do Movimento Nacional da Sociedade Civil.
O Povo e o Movimento Nacional da Sociedade Civil, juntos, podem fazer parar o país pacificamente, sempre que necessário, tendo em vista a resolução dos problemas do nosso povo.
O Povo e o Movimento Nacional da Sociedade Civil, juntos, podem decidir quem merece a confiança para governar, bastando uma concertação de posições para "obrigar" os partidos a aproximarem-se do povo e não o inverso, como tem sido até aqui.
O Povo e o Movimento Nacional da Sociedade Civil, juntos, podem decidir quem merece ocupar o cargo de Presidente da República!
Podemos mudar e já, a situação política e social na Guiné-Bissau. Basta a decisão de cada um, para somarmos milhares de decisões positivas e mudar a Guiné-Bissau!
O maior desafio para todos os guineenses é criar mecanismos de mudança para a Guiné-Bissau. Didinho
Vamos continuar a trabalhar!
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1 |
Associação Amigos das Crianças |
AMIC |
2 |
|
AIFA PALOP |
3 |
Associação Guineense dos Pequenos Comerciantes |
AQUIPEC |
4 |
Associação dos Jovens Unidos para Desenvolvimento |
AJUDE |
5 |
Associação Juvenil Feminino |
AJF |
6 |
Associação de Jovens Independentes |
AJI |
7 |
Associação de Jovens para Desenvolvimento |
AJD |
8 |
Associação Nacional dos Consumidores de Bens e Serviços |
ACOBES |
9 |
|
ALTERNAG |
10 |
Associação Ecológica |
Amigos da Terra |
11 |
Associação dos Magistrados Guineenses |
ASMGUI |
12 |
Associação das Mulheres da Actividade Económica |
AMAE |
13 |
Associação de Promoção e Protecção de Jovens |
AGUIPROJU |
14 |
Associação Nacional dos Transportadores Rodoviário |
ASTRA |
15 |
Ajuda de Povo para Povo |
ADPP |
16 |
Associação Guineense para Fomento Empresarial |
AGUIFEM |
17 |
Associação Guineense para Bem Estar Familiar |
AGUIBEF |
18 |
Associação Anti-Droga |
ADRO |
19 |
Associação Nacional de Agricultores Guineenses |
ANAG |
20 |
Associação Nacional para o Desenvolvimento Sanitário |
ANDES |
21 |
Associação Nacional dos Jovens Jornalistas |
ANJJ |
22 |
Associação Islâmica |
ALAMSAR |
23 |
Associação de Desenvolvimento e Apoio aos Jovens |
ADAJ |
24 |
Associação Guineense Irmãos Unidos da Região de Bafafá |
AGIURB |
25 |
Associação Juvenil Sens. Conservação da Natureza |
AJSCN |
26 |
Associação dos Jovens Unidos de Quinhamel |
AJUGUI |
27 |
|
AAGB-LIBIA |
28 |
|
AJUC |
29 |
|
AJAC |
30 |
Associação dos Jovens Sens. De Meio Ambiente |
AJPSA |
31 |
Associação dos Jovens para Promoção Social |
AJPS |
32 |
|
AJPA |
33 |
|
AJOVDE |
34 |
|
AGRICSOL |
35 |
|
AJULDC |
36 |
Associação dos Moradores de Bairro Militar |
AMBM |
37 |
Associação Guineense dos Professores de Português |
AGUIP |
38 |
Associação dos Jovens para Desenvol. de Cultura e Desporto |
AJODECD |
39 |
Associação para Solidariedade e Accao |
ASA |
40 |
Associação dos Filhos e Simpatizantes do Sector de S Domingo |
AFSSD |
41 |
Associação dos Jovens apoio a Educação e Saúde Sanitária |
AJASEC |
42 |
Associação Juvenil de Bairro Bandim-2 |
AJBB-2 |
43 |
Associação Juvenil de Voluntários para Desenvol. De Buba |
AJVDD |
44 |
Associação Juvenil reinserção Social |
AJIS |
45 |
|
AJOC |
46 |
Associação Guineense das Mulheres Horticulturas Alla Warta |
AGMHAW |
47 |
Associação Amizade da Guiné-Bissau Israel |
AAGB-ISRAEL |
48 |
Associação de Jovens para Paz e Desenvolvimento |
|
49 |
Associação Islâmica da Guiné-Bissau |
AIGB |
50 |
Grupo de Assistência Social a Migração |
BOMFIM |
51 |
|
BRINFOR |
52 |
Câmara do Comercio Industria e Agricultura |
CCIA |
53 |
Centro de Educação, Formação, Informação e Desenvolvimento |
CENFID |
54 |
Valorização de Quadros Nacional em toda a África |
CREPA-GB |
55 |
Centro de Informação Documentação e Educação Familiar |
CDEF |
56 |
Conselho Nacional de Juventude |
CNJ |
57 |
|
ENDA BISSAU |
58 |
|
FAC |
59 |
Federação de Futebol da Guiné-Bissau |
|
60 |
Fórum Francófono Negócio Guiné-Bissau |
FEN-GB |
61 |
Federação de Basquetebol da Guiné-Bissau |
|
62 |
Fórum Nacional de Juventude e População |
FNJP |
63 |
Fórum das ONG da Guiné-Bissau |
FONG-GB |
64 |
|
FENAMU |
65 |
|
GVJA |
66 |
Grupo Amizade |
|
67 |
Guipobncas |
AJDP |
68 |
|
GUIARROZ |
69 |
Igreja Evangélica |
|
70 |
Igreja Adventista |
|
71 |
Organização Internacional dos Bons Templados da GB |
IOGT |
72 |
Associação dos Jovens de Bissau Novo |
|
73 |
Liga Guineense dos Direitos Humanos |
LGDH |
74 |
Associação de Desenvolvimento da Região de Biombo |
LAWA |
75 |
Associação dos Filhos e Amigos de Pecixe |
NTANFININ |
76 |
|
NAPEC |
77 |
Cooperativa de Transporte e Circulação |
NUN CONO TATE |
78 |
|
NAFAGONAL |
79 |
|
NANTINYAN |
80 |
Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau |
OAGB |
81 |
Organização Islâmica para Cultura e Desporto |
OICD |
82 |
|
SITRACOSEGA |
83 |
Sindicato Nacional dos Marinheiros |
SINAMAR |
84 |
Sindicato de Hotelaria e Turismo |
SINTHOTAR |
85 |
Fundação Sueca para o Desenvolvimento na Guiné-Bissau |
SWSSAID RADI |
86 |
Sindicato dos Trabalhadores do Projecto de Saúde de Bandim |
STPSB |
87 |
Sindicato dos Motoristas da Adm. Públ., Priv. e Anfins da G-B |
SIMAPA |
87 |
Sinin Mira Nassequi |
|
88 |
Sindicato Nacional dos Professores |
SINAPROF |
89 |
|
SNCC |
90 |
Sindicato Nacional dos Técnicos de Saúde e Afins |
SINETSA |
91 |
Tchon Tchoma |
|
92 |
|
TOTOKAN |
93 |
|
TININGUENA |
94 |
União para Desenvolvimento Comunitário |
UDE |
95 |
União Nacional dos Trabalhadores da Guine |
UNTG |
96 |
Velhas Guardas de Futebol Bissau |
|
97 |
Whana Bissif |
|
98 |
União dos Consumidores de Electricidade e Agua |
UCEATEL-GB |
99 |
Cuidados de Crianças e Velhos |
AGECARE |
100 |
Sindicato Nac. de Trabalhadores e Téc. da Adm. Pública |
SINTAP |
101 |
Grupo Banbaram |
|
102 |
Associação de Filhos de Forea |
AFF |
103 |
Rede Oeste Africana para a Edificação da Paz |
WANEP-GB |
104 |
Observatório dos Direitos Humanos e Cidadania |
Observatorio |
105 |
Associação Guineense dos Amigos de Raul Follereau |
AGFO |
106 |
|
AGUINU |
107 |
Conselho Guineense na Diáspora |
|
108 |
Movimento Voluntário da Paz |
|
109 |
Associação Comercial da Guiné-Bissau |
AC/G-B |
110 |
Associação dos Jovens contra Criminalidade e Delinquência Juvenil |
AJCCDJ / Bairro Militar |
111 |
Federação das Mulheres da Guiné-Bissau |
FEMUGUI |
112 |
Grupo de Apoio à Educação e Comunicação Ambiental |
PALMERINHA |
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COMENTÁRIOS AOS TEXTOS DA SECÇÃO EDITORIAL
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