QUEM NOS SALVARÁ DA NOVA DITADURA?

 

O envio de uma força militar internacional...

 

 

Por: Bacar Queta *

 

 

quetaqueta2@yahoo.com.br

São Paulo, 20 de Abril de 2009

                                                                                    

Nha mantenha!

 

Na verdade, não merecemos isso!

Todo o processo de construção do Estado da Guiné teve marca ruim e desacredita profundamente o humilde e “carente” povo Guineense. A conquista da independência fechou com o assassinato do verdadeiro nacionalista, Líder imortal, Amílcar Cabral e os seus verdadeiros companheiros da Luta por manobras desumanas dentro do PAIGC.

Mas perguntamos, a luta era para libertar o povo do jugo e da opressão do colonialismo e instalar a ditadura ou para construir um Estado de Direito democrático?

 

A virtude que iluminava o Povo da Guiné e particularizando-a com outros povos do mundo, era a solidariedade e o nacionalismo. Com isso conseguimos vencer o maior desafio do qual ganhamos a nossa independência com a força da razão.

 

Após a independência, entrando na nova era da construção da nação, no verdadeiro sentido da palavra, o desenvolvimento político, social, econômico e cultural foi negado pelo exercício político do PAIGC. Criou em cada momento nova estória de frustração da expectativa do Povo, violando os ideais do pensador do projeto da independência da Guiné-Bissau, Amílcar Cabral.

 

Com tanto respeito que temos por esse grande partido para independência da Guiné-Bissau, não devemos, contudo, deixar de acusá-lo de ser o principal responsável pelas frequentes crises que têm vindo a afundar o País; pela delapidação dos bens públicos e da desvirtuação de todo o sistema institucional, das normas e leis que regem a construção do Estado da Guiné-Bissau.

 

Até agora os beltranos não entendem que  nesta nova civilização não há espaço para a tortura, nem percebem o quão repugnante é agredir um cidadão por exercer um dos seus direitos de cidadania.

 

Como podemos acreditar num governo que fica passivo enquanto se assiste à violação dos direitos fundamentais dos cidadãos?! O espancamento do Dr. Francisco José Fadul, tanto quanto os outros, diminuem o valor do País no palco internacional, aprofunda a crise interna e retrocede o desenvolvimento. Os políticos e os intelectuais devem ser os idealizadores da construção da verdadeira cidadania da qual resulta o desenvolvimento.

 

 

O envio de uma Força Militar Internacional é a única possibilidade de salvar o povo da Guiné-Bissau da nova ditadura do Partido PAIGC, que ofereceu sempre presentes envenenados ao seu povo.

 

Chega de apostas falhadas e de benefícios de dúvida aos eternos prevaricadores!  Somo cidadãos do mundo, merecemos uma proteção internacional porque o Governo não tem condições básicas e os Militares não têm formação  para garantirem uma segurança que permita o exercício da democracia e a realização das próximas eleições presidenciais. Se não se providenciar o envio de uma Força Militar Internacional, as próximas eleições presidenciais podem vir a ser uma catástrofe.

 

É hora de acordar, de cobrar aos nossos militares e governantes os nosso direitos e as  nossas liberdades.

 

Desejo saúde e felicidade aos verdadeiros defensores da Paz, Democracia e Desenvolvimento, o Bispo D. José Câmnate e o Dr. Francisco José Fadul, junto da sua santa esposa e para todos aqueles que lutam pela realização do verdadeiro sonho do povo guineense: Paz, Democracia e Desenvolvimento.

 

 

Com dor e tristeza,

Bacar  Queta

                                                                                            

* Guineense, Presidente do FACOLSIDA,  Intercâmbista do Programa de Direitos Humanos da Conectas em São Paulo, Brasil

 

 


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