REFLEXÃO
Ricardino Jacinto Dumas Teixeira * ricardino_teixeira@hotmail.com 01.07.2013
“Na sociedade neocolonial ou situação pós-colonial, a estruturação mais ou menos acentuada da sociedade nativa vertical e a existência do Estado nacional, integrado por nativos, agravam as contradições no seio dessa sociedade e tornam difícil, se não impossível, a criação duma frente unida tão ampla como no caso colonial” (CABRAL, 1978, p. 210). Quero dizer aos colegas e conterrâneos guineenses e amigos da Guiné-Bissau, não devemos deixar nos levar pelos sentimentos, dominados pelas paixões na análise da realidade, particularmente no que tange pensamento de AMÍLCAR CABRAL. Questionar ou criticar Amílcar, INTELECTUAL ORGÂNICO, com fundamento, não significa separatismo, etnicismo, fundamentalismo, racismo entre outros “ISMOS”. Significa, sim, desenvolver o pensamento crítico, algo que CABRAL sempre procurou com ética, trabalho e estudo e dedicação PERMANENTE. Repito: a luta de classe, embora importante para aglutinar interesses para a independência nacional, não é suficiente para compreender o conflito atual na Guiné-Bissau. Meu interesse pessoal é produção de conhecimento, independentemente da religião, cor da pele, condição econômica ou origem social e cultural. Como diária alguém, devemos apreender sempre, nos livros, nas experiências dos outros e na nossa própria experiência concreta. Para terminar, quero dizer o seguinte: Eu não penso pela minha própria cabeça, mas eu penso. * Doutorando em sociologia política UFPE/Brasil
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