O primeiro compromisso de todos os guineenses deve ser para com a Guiné-Bissau. Cabe ao povo guineense a acção da Mudança! O maior desafio para todos os guineenses é criar mecanismos de mudança para a Guiné-Bissau. Fernando Casimiro (Didinho) |
SR. GENERAL NINO VIEIRA, O QUE VAI FAZER COM OS 30 MILHÕES DE DÓLARES QUE PEDIU EM NOME DA GUINÉ-BISSAU?
Por: Fernando Casimiro (Didinho)
01.10.2008
Trinta milhões de dólares foi o valor do empréstimo pedido por Nino Vieira ao governo angolano, justificado como crédito de emergência e, pasme-se, destinado à liquidação de algumas dívidas com terceiros...
O governo angolano por sua vez, concedeu o montante pedido sem qualquer reticência, demonstrando confiança total na pessoa de João Bernardo Vieira, visto como "dono" da Guiné-Bissau; ou não estivesse o general caixeiro-viajante a permitir o controlo de alguns negócios a poucos angolanos que têm milhões, mas que nada fazem em Angola para os milhões de angolanos que pouco ou nada têm (como sabiamente costuma dizer o meu amigo jornalista angolano/português, Orlando Castro), na cada vez mais "pobre", mas ainda assim, cobiçada Guiné-Bissau.
Angola rica, que empresta milhões a Nino Vieira, quando em condições normais e legais, assuntos desta natureza devem ser tratados entre governos. João Bernardo Vieira é o presidente e não chefe do Governo da Guiné-Bissau, país cuja Constituição estipula a separação de poderes.
É positiva qualquer iniciativa presidencial de sensibilizar a comunidade internacional no sentido de apoiar a Guiné-Bissau, bem como, qualquer acção de uso da influência do seu estatuto de presidente da República, no sentido de incentivar o investimento estrangeiro no país, ou de divulgar produtos nacionais no exterior.
Pedir directamente um crédito, seja de que montante for, sem referências concretas do aval do GOVERNO para esse pedido e, por assim dizer, sem nenhuma conjugação de argumentos justificando responsabilidade, responsabilização e transparência do acto, é no mínimo suspeito de usurpação de poderes, como também, levanta sérias dúvidas sobre o uso e aplicação do crédito solicitado.
Suspeições que têm cada vez mais razão de ser, sabendo que o GOVERNO em funções aquando do pedido e concessão do crédito de 30 milhões foi recentemente demitido pelo Sr. General Nino Vieira, estando igualmente a Assembleia Nacional Popular a funcionar somente com a sua Comissão Permanente. Situações que favorecem tomadas de posição pessoais, para o uso indevido do montante de 30 milhões pedidos ao Governo angolano.
Que pagamentos a terceiros irá fazer Sr. General João Bernardo Vieira?
Ou dirá que o actual governo por si formado está ao corrente do empréstimo?
Trinta milhões de dólares, como sabe, é muito dinheiro. Como pensa pagar o empréstimo?
Durante quantos anos e em que condições foi negociado?
Quais foram as garantias que o Sr. General deu ao governo angolano em relação ao pagamento do empréstimo?
Porque é que nunca se preocupou em sugerir aos anteriores governos a negociação de pedidos de empréstimo ao governo angolano, para aplicações directas como o pagamento de salários aos funcionários públicos no país e nas Missões diplomáticas no exterior, aos nossos estudantes em Universidades no estrangeiro dependentes de bolsas de estudo etc. ou ainda, para aplicação em verdadeiras emergências, tais como no combate à epidemia de cólera?
O Sr. General continua a endividar o país, pedindo milhões, que na verdade são para o seu enriquecimento pessoal!
Quem sabe ao certo qual é o valor estipulado no Orçamento Geral do Estado e destinado à Presidência da República, se é o próprio Sr. General quem decide sobre quanto quer e quando quer?!
Temos que dizer BASTA!
Os guineenses devem exigir a Nino Vieira que esclareça a questão deste empréstimo de trinta milhões de dólares e de todas as negociatas que têm sido anunciadas como ofertas à Presidência da República.
Se Nino Vieira quer o bem da Guiné-Bissau e dos guineenses, porque não converte as ofertas materiais, por exemplo os 4 Mercedes de luxo alegadamente oferecidos pela Líbia, em medicamentos, equipamentos para os hospitais e escolas?
Será que temos que perguntar ao Sr. General João Bernardo Vieira quanto é que a Pátria lhe deve para saldarmos a dívida que existe pela sua participação na luta de libertação Nacional?
Haja vergonha, respeito e consideração pelos seus camaradas tombados pela liberdade e independência, Sr. General.
Haja vergonha, respeito e consideração pelas vítimas de crimes de sangue por si cometidos directamente ou a mando.
Haja vergonha, respeito e consideração pelo povo guineense e pela vida humana em geral!
Como lhe disse recentemente, saia pela porta dos fundos e leve a sua equipa de "ervas daninhas".
Para sua informação, continuaremos a vasculhar e a especular sobre as suas "movimentações"!
Trinta milhões que não foram aplicados nas despesas com as eleições, salários, Saúde, Educação etc.
O que fez ou vai fazer com esse dinheiro Sr. General?
Comprar a consciência dos guineenses?
Pagar a alguém para matar aqueles que o incomodam?
Como lhe disse: saia pelos fundos...
Guiné-Bissau recente crédito angolano 01-Jul-2008 Um crédito de 30 milhões de dólares foi concedido pelo Governo angolano à Guiné-Bissau. O empréstimo foi o resultado mais importante da curta visita efectuada a Luanda pelo Presidente Nino Vieira em Junho.
O Presidente da Guiné-Bissau,
general João Bernardo Nino Vieira, esteve em Luanda a 15 e 16 de Junho
para pedir um crédito de emergência ao Governo angolano de 30 milhões de
dólares, a fim de liquidar algumas dívidas com terceiros,
soube ÁFRICA 21 de fonte segura. Viajando num avião da Sonair - uma
subsidiária da Sonangol - Nino Vieira partiu de seguida para o Benin, em
visita oficial. O amigo angolano Desde o ano passado, Angola tem
incrementado as suas relações com a Guiné-Bissau, no quadro da sua
estratégia visando afirmar-se como líder natural dos países africanos de
língua portuguesa. A receita é a mesma: além do apoio institucional, o
Governo angolano tem procurado incentivar as relações empresariais com
os referidos países. Empresas privadas angolanas estão a investir em
várias áreas na Guiné-Bissau, nomeadamente na exploração do bauxite. Fonte: África 21, 1 de Julho de 2008 Publicado por: http://www.info-angola.ao/content/view/2144/961/ |
Nós queremos que tudo quanto conquistarmos nesta luta pertença ao nosso povo e temos que fazer o máximo para criar uma tal organização que mesmo que alguns de nós queiram desviar as conquistas da luta para os seus interesses, o nosso povo não deixe. Isso é muito importante. Amilcar Cabral |
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