UM ANSEIO, UMA REFLEXÃO
Cadija Mané 12.03.2009 Vem aí mais uma eleição presidencial, entre várias em tão curto espaço de tempo! Serão visíveis todas as manhas e artimanhas daqueles mesmos candidatos à Presidência da República. Após os dois atentados que vitimaram o General das Forças Armadas e o então Presidente da República João Bernardo Vieira, rapidamente se propôs como solução breve – eleições presidenciais, o antídoto para todos os problemas do país: algo vai mal, vamos fazer eleições, isto vai mal, vamos destituir o governo e fazer eleições, quantos problemas foram resolvidos com as demais eleições? É certo que todos nós ansiamos a (re) construção do nosso país; eu desejo-a bem lá do meu âmago, mas penso que como em todas as boas governações, há que se ir paulatinamente e sobretudo saber escutar as diferentes vozes determinadas e de ambição saudável para uma simbiose de forças capazes de reerguer ‘nó Guiné’. Sessenta dias serão suficientes para se organizar umas boas eleições, com transparência e com credibilidade? Seja lá quem vier a ser o próximo Presidente da República, que saiba ser um bom líder; que saiba dar respostas sábias em situações adversas; que tenha a capacidade ou a criatividade de transformar um contexto desfavorável em favorável ou positivo; que seja aquele que terá sempre em primeira instância o seu povo, sobretudo o tão sofrido povo guineense. Queremos um líder que saiba assumir as suas responsabilidades como representante de um país e que não delegue noutros o desempenho das suas funções, das suas obrigações. Este é com certeza o momento de fazer planos grandes e não pequenos. É imperativo projectar o país a uma escala mundial com uma imagem credível, de pessoas capazes de, sem interesses obscuros, apostar no grande potencial económico que é o nosso país. A reconstrução do país é fundamental, eu diria mesmo, vital. O presidente e o governo não deverão medir esforços para responder às necessidades básicas (que passados trinta anos, já nem devíamos estar a falar delas; deveríamos estar já num outro nível!) da população, construir e desenvolver o país, tarefas que temos consciente de que não são fáceis, mas também, não impossíveis, até porque não basta apenas querer o poder, é preciso mostrar que se é capaz; ser capaz de governar, de gerir, de tomar decisões, de organizar, de planificar, de saber ouvir, de motivar, de agir, de assumir os erros; capaz de pensar primeiro no país e depois no seu bolso; capaz de ser objectivo e transparente, capaz de punir sem favoritismos ou “amiguismos”. Um líder que saiba dar respostas de forma eficiente e eficaz. Queremos um líder que pense e viva a Guiné-Bissau, porque acima de todos os interesses, o primordial é Honrar a Nação! VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR! Associação Guiné-Bissau CONTRIBUTO |