"Tomando em consideração as providencias do Governo da
Guiné-Bissau devido ao falecimento de Luís Cabral, venho pedir publicamente ao
Sr. Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr., na sua qualidade de Presidente do PAIGC
partido com maioria parlamentar, que sensibilize os deputados do seu partido
para o debate na Assembleia Nacional Popular, da presente Lei da Cidadania da
Guiné-Bissau, bem como do artigo 63 da Constituição da República, no sentido de
uma revisão quer da Lei da Cidadania quer do artigo 63 da Constituição, pois,
estou certo que se devolveria honra e dignidade a todos os combatentes da
liberdade da pátria, bem como se estaria a repor a verdade histórica da
identidade multicultural do povo guineense. Com este gesto, também se devolveria o estatuto de cidadão guineense de pleno direito, quer a Amilcar Cabral, quer a Luís Cabral, porque ambos, à luz da presente Lei da Cidadania e do artigo 63 da Constituição da República, não são definidos como cidadãos guineenses de pleno direito, o que é um grande paradoxo!" Didinho 02.06.2009 NA HORA DO ADEUS A LUÍS CABRAL, O SIMBOLISMO DA SOLIDARIEDADE E DA MULTICULTURALIDADE 02.06.2009 |
Fernando Casimiro (Didinho)
30.01.2010
Decorreu esta tarde, na Universidade Lusófona em Lisboa, um encontro entre o Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior e a Comunidade guineense radicada em Portugal.
Inicialmente, tinha decidido não assistir a esse encontro, mas depois de almoçar com familiares que tinham decidido ir ao encontro, acabei por alinhar.
Havia muita gente para um auditório de dimensões reduzidas, o que fez com que houvesse 3 locais de referência para o mesmo encontro, a saber: a sala em si, totalmente composta, a antecâmara, com uma moldura impressionante e, a rua, para os que não conseguiram posicionar-se na antecâmara ou no auditório.
Acabei por ficar na rua, juntamente com largas dezenas de outros compatriotas, pois houve falha na avaliação real da participação dos guineenses neste encontro, e por isso, se ter optado por um espaço tão acanhado. Coisas Nossas...
É verdade que constatei um ambiente de esperança dos guineenses numa nova oportunidade para o país. As pessoas estão entusiasmadas e querem que não se repitam os erros do passado, de forma a que a Paz e a Estabilidade ganhem forma na Guiné-Bissau.
Nós que ficamos na rua, por lá permanecemos até que se lembraram de nos brindar com uma coluna de som, para ouvirmos o que se dizia lá dentro.
Quando o Primeiro-ministro iniciou a sua intervenção, depois de 3 ou 4 palavras, disse vivamente o que o Didinho diz sempre: "VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!".
Repetiu a mesma expressão por mais 2 vezes ao longo da sua intervenção. Há alguém na Guiné-Bissau com acesso à Internet que não visita o site www.didinho.org ou que não leia os textos do Didinho e dos demais colaboradores?
Do que foi anunciando, também ressalvo que o Primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior garantiu aos guineenses que já em Fevereiro será levado a debate parlamentar a questão da Lei da Cidadania da Guiné-Bissau, pois também acha que os guineenses com dupla nacionalidade não devem perder a cidadania guineense de raiz.
É positivo e fico satisfeito por termos lutado para que houvesse esse debate!
No final do encontro, à saída das instalações, estando eu e muita gente na rua, o Primeiro-ministro fez questão de me cumprimentar com um aperto de mão, tal como em Junho de 2009.
Também o seu Ministro dos Recursos Naturais, que faz parte da delegação, fez questão de se me dirigir e cumprimentar com um abraço, tratando-me por "Nosso Didinho" e dizendo que temos que conversar...
Aproveito para dizer que, apesar das divergências públicas, das críticas que lhes dirijo, não houve nenhum clima de hostilidade para com a minha pessoa, pelo contrário!
Isto para dizer aos meus detractores, aqueles que dizem defender os governantes, que: o Didinho é considerado pelos governantes, o Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO é respeitado e considerado pelos nossos governantes. Todos os colaboradores do nosso Projecto são respeitados e considerados pelos nossos governantes. Afinal, eles sabem e bem, que o Projecto CONTRIBUTO não é, nunca foi, nem será contra as instituições da República!
Eles sabem e muito bem que as críticas não são armas de fogo, não matam, servindo, isso sim, para ajudá-los a melhor servirem o país e os guineenses!
Também sabem que os acusamos disto ou daquilo, mas sabem que nunca nos baseamos em mentiras...
De que vale então estarem uns poucos a caluniar o Didinho e o Projecto CONTRIBUTO, quando ninguém os conhece ou considera?
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
COMENTÁRIOS AOS TEXTOS DA SECÇÃO EDITORIAL
Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade! Fernando Casimiro (Didinho) |
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO