AO EMBAIXADOR FRANCISCO SEIXAS DA COSTA
Fernando Casimiro (Didinho) 29.12.2013 Ao Embaixador Francisco Seixas da Costa sugerimos que sugira às autoridades portuguesas a irem mais longe nas acusações que fazem às autoridades de transição da Guiné-Bissau, a bem da verdade e da segurança global. Porém, parece que o Embaixador omite propositadamente o facto de que, a ir mais longe nesta questão, as autoridades portuguesas teriam que explicar e muito bem, não ao povo português ou guineense, mas sim ao mundo, dentre povos e países civilizados/evoluídos, que não caem na tentação de julgar e condenar, sem saberem de facto, o que têm "em mãos" para analisar e chegar a uma conclusão. É fácil no âmbito da lusofonia, reavivar o preconceito de "estamos acima deles" e o que dissermos, é ordem, é lei, é julgamento e condenação...e por isso, quem irá contra os nossos argumentos? Só que o Mundo, onde também se inclui a Europa civilizada e evoluída, não é apenas o tal de Portugal e da "lusofonia"...! É fácil acusar, sem investigar, quando se tem uma Imprensa de jornalistas de conveniência e afectos a um regime de subserviência e que declaradamente desrespeitam o direito ao contraditório. Algum jornalista português fez questão de entrevistar o Comandante de bordo e membros da tripulação do avião que transportou os 74 sírios de Bissau a Lisboa? Algum jornalista português fez questão de entrevistar o Director de Escalas da TAP para a África, referenciado pela Comissão de Inquérito criada pelas autoridades de Transição da Guiné-Bissau? Falar da Guiné-Bissau, não é para qualquer um, ainda que, investigadores, jornalistas, diplomatas e outros, portugueses, usurpando trabalhos (ideias/opiniões/investigações, recolhas e análises científicas) de cidadãos guineenses, publicados online ou em livros, jornais e revistas científicas, queiram, nos últimos tempos, ser protagonistas de algo que, deveriam envergonhar-se de assumir como autores, visto omitirem citações às fontes de pesquisa que lhes tem proporcionado informações úteis para posicionamentos equilibrados/razoáveis, mas que acabam por ser deturpados, tal o complexo de: nós é que sabemos e o que sabemos e dizemos é Lei...! Estudem mais, pesquisem mais, leiam mais e aceitem o princípio do contraditório, quando quiserem pronunciar-se sobre a Guiné-Bissau! Obrigado!
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
A Guiné-Bissau é a soma dos interesses de todos os guineenses E NÃO DOS
INTERESSES DE UM GRUPO OU DE GRUPOS DE GUINEENSES!
Didinho
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR! Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade! Didinho O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU!
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
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6 comentários:
bom editorial este...
portugal retirou-se totalmente da cena internacional, reduziu-se à sua menior e infima expressão, desde as negociações e relações com as entidades da troika, a alemanha angola e guiné bissau.
todos fazem de nós o que querem e este ultimo episódio da guiné bissau é expressivo do nosso medo, extrema fraqueza, talvez cobardia, o que quer que seja, para nos afirmarmos, protestarmos, retaliar, etc
bem toca no ponto o texto da entrada.
agaxamo-nos, voltamos a cara para o lado, desculpamo-nos que não queremos levantar ondas, que há portugueses por lá, interesses a defender, etc.
portugal portanto no seu melhor de assumir a posição de país medroso, caladinho, pequenino, de país que deixa afinal fazer-lhe tudo...
e a tap a somar grandes prejuizos inventando linhas induirectas que se pagam bem e beneficiam outras companhias, etc...
A sua observação é mais que oportuna. Oxalá os nossos governantes a leiam (...) e o mesmo para a nossa comunicação social, que não tem estado à altura neste assunto (...).
MT
Cada vez que um nome das antigas colónias portuguesas aparece "à la une" dos jornais, é para relatar algo de trágico, de acto de corrupção, de brutalidade, e de instabilidade.
O mesmo acontece nas antigas colónias francesas. Tudo se passa como se os quinhentos anos de colonização e de história comum não tivessem gerado outra coisa que os calvários nos quais é mergulhada a maioria dos africanos. Isto significa muito simplesmente que a África que idealizámos e transferimos às elites africanas fracassou. O caso da Guiné-Bissau é talvez ainda mais desesperado, porque se trata dum pais que está na cauda dos mais pobres do mundo, mas talvez campeão dos "putchs" militares .
Os responsáveis do fracasso deste continente são os intelectuais ou a elite ocidentalizada que fabricaram as fossas nas quais os africanos foram enterrados. Estas elites diplomadas das grandes universidades ocidentais não fizeram nada mais que conduzir a África a guerras que não acabam e a desequilíbrios agravados.
Além do" desvio" das riquezas produzidas , da corrupção, do desperdício, do sectarismo, da incompetência, as elites africanas trabalham mais e melhor para o ocidente que para os povos africanos.
Quando são sempre as forças armadas que fornecem os dirigentes do Estado , é difícil de esperar a estabilidade .
Belo ponto de situação, senhor Embaixador. Os media não procuram informação séria junto de quem pode «explicar» o que são relações entre países... Preferem dar tempo de antena a "ministro"
de um "governo" não normal, que, em Lisboa, se permite classificar de «infantis» as declarações do PR português sobre o assunto. Goste-se ou não, pessoalmente, do PR ele foi eleito e vivemos num país onde as regras da República funcionam. Gostava de ver algum desses comentadores de tv, de esquerda ou de direita, denunciarem o desplante...
BOM ANO para si e para os seus!
" (...) e com a prestimosa ajuda das agências portuguesas de comunicação - que, nos últimos dias, ajudam Bissau a "plantar" entrevistas, declarações e até "notícias" na nossa imprensa - (...)" PORQUÊ? Quem e o que ganham com isso?
Além de tudo o que está cristalinamente escrito a propósito deste acto vil, é facto que se assiste a esse 'embalar' dos indivíduos que, com arrogância e pesporrência, além de contornarem o que foi feito pelos seus conterrâneos, atacam as autoridades portuguesas e agridem a nossa inteligência colectiva. ´
Assisti a uma solícita 'entrevistadora' a colocar na boca do hesitante sujeito que altivamente criticava Portugal e os seus governantes, a inevitável palavrinha: "colonialista", o que parece ter efeito constrangedor no espírito crítico de um povo ou na acção determinada de um governo. E ele aproveitou, claro! Ó gente inchada de toleima, com vergonha espúria da sua História! E desses novos 'independentes', esperar-se-ia mais e melhor, não a ignomínia do seu próprio povo, que enlameiam com negociatas vergonhosas e actos criminosos.
Um desaforo, é o que é. Uma desfaçatez inqualificável, e quase todos 'assobiam para o lado', mas preocupam-se imenso com a espionagem internacional e outras 'importantíssimas'questões que nem nos beliscam, porque, a este ritmo de desaparecimento da cena internacional (a ausência da CPLP chega a ser risível), contamos para nada. Duvido, até, que o 'caso' Timor tivesse sucesso hoje, com a tibieza que para aí vai.
Por este andar é premente, além de certos pontos da Constituição, que se venha a alterar o hino nacional. Tornámo-nos a vergonha dos "nossos egrégios avós"...
Se tivesse de comentar diria apenas: "isto é tudo uma canalhada!"...
Mas prefiro não o fazer.
José Barros