DEIXEM TRABALHAR A
COMUNICAÇÃO SOCIAL!
Por:
Fernando Casimiro (Didinho)
02.11.2006
Caros irmãos e amigos jornalistas da Agência
Bissau,
Uma vez mais quero exprimir a minha total
solidariedade para convosco, solidariedade que é extensiva a todos os
jornalistas e órgãos de Comunicação Social da Guiné-Bissau (falada e escrita)
que lutam diariamente, com as dificuldades que se conhecem, para servir o povo
guineense.
Não é fácil a vossa tarefa, mas há que
continuar a cumprir com a nobre missão que vos compete, no sentido de informar e
formar o povo guineense.
Não se deve desistir e a Agência Bissau já
deu mostras de que não desistirá, pois a intenção dos orquestradores deste tipo
de campanha é mesmo no sentido de desencorajar e silenciar a Agência Bissau e
mais órgãos de Comunicação Social.
Os guineenses devem tirar ilações destes
actos e deixarem de ficar indiferentes.
Aos que se deixaram embalar pelo hipnotismo
dos Estados Gerais, na concepção elitista de uma reconciliação nacional virada
para o objectivo do tacho, só lhes digo que estão a fazer triste e ridícula
figura de apoiantes de causas pessoais e não nacionais!
Vamos continuar a trabalhar!
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JORNALISMO E MÃO INVISÍVEL NA GUINÉ-BISSAU
É doloroso estar sempre a pedir desculpas aos nossos
leitores pelas constantes interrupções na actualização do nosso site. Enfim,
são coisas deste país implantado à beira do rio Geba.
Todos esforços que temos feito para manter a actualização regular do
conteúdo das notícias do nosso site foram sem sucesso. Pois, alguns dos
obstáculos com os quais deparamos estão fora do nosso alcance e não
compreendemos como é que podem passar coisas desta natureza num país
alegadamente democrático.
Não é compreensível uma agência, como a Agência Bissau Media e Publicações,
que apesar de todas as dificuldades que atravessa, pagar a linha da Internet
que utiliza para actualização do seu site e até então a Guiné-Telecom não
lhe restabelecer a linha para continuar a sua actividade jornalística.
Porquê? Não sabemos. Mas, na verdade a Guiné-Telecom continua a dizer que há
uma avaria na nossa linha telefónica. Curiosamente até então não há técnico
para resolver o problema da avaria.
Tudo isso leva-nos a pensar na mão invisível ou oculta que não quer ver o
trabalho que estamos a desenvolver no nosso país. Aliás, a prova disso, é o
facto de às vezes ficarmos dois ou três dias sem redes nos telemóveis com os
quais trabalhamos.
O que seria da Agência Bissau Media Publicações se porventura não pagasse as
suas contas à Guiné-Telecom? Será que a nossa existência como jornal on-line
incomoda alguém no país? A única coisa que queremos na Agência Bissau Media
e Publicações é fazer um jornalismo livre, independente e servir o povo. Em
suma, dar a voz àqueles que não têm voz.
Temos a consciência que não é fácil num país em que o maior desporto dos
homens é assassinar aqueles que procuram fazer alguma coisa diferente com o
nacionalismo barato implantado na esfera pública nacional.
Repito, é doloroso estar sempre a pedir desculpas aos nossos leitores pelas
constantes interrupções da actualização do nosso site. Portanto, quero que
saibam que, o que se está a passar está fora do nosso alcance. O que nos
leva agora a pensar em mão invisível ou oculta no jornalismo nacional.
Não estranho que um dia um dos nossos repórteres desapareça nesta
invisibilidade ou oculticidade em que nos pretendem afundar só porque
queremos fazer jornalismo diferente na Guiné-Bissau.
António Nhaga
Director Geral
E-mail: antonionhaga@hotmail.com
www.agenciabissau.com
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