DROGA E DROGADOS DE ESQUEMAS CORRUPTOS
09.04.2013 Entre os barões da droga, o uso de "colete" à prova de identificação social para escapar ao controle da polícia de investigação é um cuidado permanente e ardiloso a considerar. Fazem-no com muita perícia, esperteza, com conhecimento profundo do esquema associado ao tráfico de droga, usam espertezas no disfarce deste produto, por onde passam, na maior parte das vezes, enganam até a polícia com os seus meios de detecção da droga. Na acção específica do traficante de droga para melhor tirarem proveito do erro do seu adversário (polícia), é uma constante em permanente criatividade na “arte” do engano para fugir à polícia, também eles não brincam em serviço. A polícia e o bandido, ambos fazem uma “evolução” lado a lado. Tanto quanto avança o polícia com técnicas modernas de investigação criminal/judicial, no combate ao tráfico de droga, o criminoso ao mesmo tempo, avança (vice versa). Nada é descurado em relação às tecnologias mais avançadas duma “ratoeira” colocada para “ratos” de toda a espécie e feitio nesta matéria. Lado a lado, procuram superar ou igualar-se constantemente, retirando vantagens nos feitos práticos das actividades de cada um. O que não deixa de ser interessante observar nesta luta persistente entre o bem e o mal, umas vezes do mesmo lado, outras vezes em separado ou ainda, ignorando-se, mutuamente, no terreno, há um combate permanente em várias frentes ou pontos deste planeta, i. é, onde houver droga, há com certeza um polícia atento que pode ou não actuar sobre este crime. Não admira que às vezes escapam criminosos à polícia ou outras vezes são detidos, levados à Justiça, isto acontece em todos os Países onde se luta contra este flagelo da droga, nem sempre o sucesso desta operação é da polícia. Exige um combate persistente em várias frentes de investigação, como um crime organizado que é, o seu controle passa por um combate “militarmente” pronto se for necessário, para intervenção por mar, terra e ar, com combate judicial nos tribunais e, paralelamente, uma política de saúde na intervenção e tratamento multidisciplinar, para os toxicodependentes.
Quando não acontece nem uma nem outra coisa, é como o sair a sorte grande e passar a pertencer à cúpula mafiosa sem problemas, com influência económica, usando e manipulando um sistema através de Bancos e outras manobras de crime, instalados no País. Uma condição confortável para a lavagem de receitas do tráfico de droga, o que gera muita cumplicidade de vários agentes e membros de uma máfia montada para um esquema como este poder funcionar livremente, sem intercepção da polícia. Muitas vezes estando eles identificados na relação institucional e com as altas figuras do Estado, já corrompidos ou não, mas bem posicionados para favorecer a máfia e a corrupção no País a troco de “comissões”, o que torna qualquer investigação lenta, inoperante (tanto em África, como na Europa ou América...) ou fracassada, isto é um facto. Facto esse, que a existir, beneficia o criminoso, ainda mais quando os tentáculos do polvo colam suas ventosas no coração do poder institucional, sugando a dignidade da instituição, obrigada a compactuar com o diabo que exerce influência sobre os seus principais agentes e, com isso, ganha uma aparente “segurança” física e financeira garantida nos corredores do poder. Custe o que custar, porque aqui o valor do dinheiro é sagrado e fala mais alto, corrompe quase sempre, vence e convence a maior parte, sem deixar de registar que - HÁ SEMPRE OS INCORRUPTIVEIS NO PAÍS - pois temos bons filhos da Guiné-Bissau, PUROS E DUROS, quando se trata de defender a MÃE, esses camaradas devem ser reconhecidos para chegar ao poder rapidamente, o momento é sério e gritante, só uma união selectiva baseada nos valores nobres da sociedade Guineense, escolhendo bem, para sairmos desta crise! Mas hoje, estando o caldo entornado com a prisão de um alegado traficante Guineense, a frustração é tanta que não me admira que alguns próximos deste benefício material do tráfico de droga, que agora a vida custe mais a suportar sem o "ouro" do bandido recebido em comissões. A vida é uma opção constante camaradas, e entrar no tráfico de droga também o é. Sendo que a segunda opção é muito perigosa, sobretudo quando temos Países que já lá estão há décadas e estão muitíssimo bem organizados neste jogo criminoso, são os verdadeiros patrões da droga que vivem na Europa, América e outros…, todos juntos teríamos vários subconjuntos de narco-estados, dentro de um grande conjunto que seria este Planeta. Mas a Guiné-Bissau, considerada um País narco-estado, só pode ser por aberração de conceito linguístico dos que sacodem primeiro a água do capote, e não admira este desvio de honestidade a penalizar um País pobre como o nosso (sem querer retirar cem por cento de culpas), que muitos dos seus inimigos prefiram ver continuado na pobreza. Criticam mais do que ajudam, nisto, começamos agora a assistir a um controle internacional da Costa Ocidental de África, o que é muito bom, uma vez que a Guiné-Bissau não tem meios materiais e técnicos para o fazer, então, resta ao País agradecer esta ajuda, aproveitar e embarcar na mudança para um Estado capaz de controlar o seu território nacional, mudar o que tem que ser mudado e olhar o futuro deste País nas mãos dos seus bons filhos, capazes de o levantar e de o levar a bom porto, com certeza. No mundo do tráfico de droga, os kótas traficantes não querem que entrem os mais "novatos" para o mesmo negócio..., por ganância, preferem que esses novos prestem um serviço a baixo custo ou que permaneçam dependentes dos chefes instalados na Europa, América e outros, por isso, os novatos contentam-se com as migalhas vindos dos reais bandidos/padrinhos desta merda (a droga), como pagamento! Por isso, aqui estamos convencidos duma entrega do peixe miúdo (Bubo Nantchút) para engrossar o argumento na tese moral da antipatia do bandido, o de fazer querer que finalmente estamos no bom caminho, pois era bom, mas ainda falta muito, é triste de imaginar, mas na verdade esta procissão vai no adro, só. Os interrogatórios lá (USA) são sofisticadíssimos, com ferramentas (por indução química, pressão psicológica e choque psicomotor induzido em busca da verdade) que não sabemos, sabemos apenas que a tolerância à dor tem limites no ser humano, ninguém escapa, por isso imagino que alguém vai dizer o que sabe e, eventualmente o que não sabe, neste interrogatório, apenas para atenuar a exposição à dor quando o sofrimento for insuportável... pense nisso camarada, vale a pena mudarmos e tomarmos conta da Terra com muita seriedade, a vitória é certa, acredite. Estamos a falar de um espaço militar de interrogatório, que receia os efeitos do terrorismo implícitos no tráfico de droga, e o poder material do narco tráfico no mundo, associados ao crime organizado e tráfico de armas, onde o peixe miúdo é sempre carne para canhão, podendo ser este um dos casos, no jogo de empurra, que termina com a batata quente nas mãos do menos atento ou do mais “burro” do esquema montado a cair nas mãos das autoridades internacionais.
Hoje já podem "deitar" as culpas nos quatro homens, talvez Ele (o Bubo) o menos inteligente nisto, mas com o título de “Barão da droga”, que lhe confere um lugar de destaque. Pouco inteligente mas corajoso, uma substituição da massa cinzenta pela massa muscular, é o exemplo do que está a acontecer, com tendência para o agir e lá se foi o “guerrilheiro” mais básico e primário no meio disto tudo. Aquele que se contentava com "migalhas", de repente quis subir o seu “preço” se é que é verdade toda esta acusação, mas sem um conhecimento profundo deste tráfico e da sua profundidade criminal no plano internacional (negócio de armas), no entanto por enquanto é só suspeito, até prova em contrário, a ver vamos. Segundo dizem os USA, o negócio da droga encobria o tráfico de armas, com alto valor e peso material e financeiro, o que Eu duvido, que o Bubo tivesse alcance como mentor “cabeça” para tantas contas do género. Alguém mais esperto do que Ele, está fazendo sombra e, encoberto até aqui, ainda escondido, mas certamente, com o rabo de fora e cu tremido. Daí que se esta investigação desta vez chegar ao “torrado” do fundo do tacho, as surpresas irão atingir várias nacionalidades, “para todos os gostos” e alguns Países Africanos, Europeus e Americanos metidos nisto, a ver vamos, camaradas. É uma questão de tempo, - a Guiné-Bissau, não ofende quem quer – lembrai-vos disto camaradas. Isto começa a aquecer, se agora começou e pelo fim, com prisões de "bebés" do tráfico internacional na Costa Ocidental de África como pequenos correios, é o que parece, isto. Imagino então que os principais, os grandes cabecilhas nunca terão o mesmo destino (os cabecilhas da produção e, tráfico de droga nesta zona marítima). Vermo-los, a todos eles serem presos e julgados, parece ser o mais difícil desta caçada, porque agora, estão alertados com esta detenção ou talvez não, e não tendo como escapar, ainda serão igualmente presos. O que quer dizer que esta acção da policia secreta Norte Americana é apenas um sinal com várias interpretações possíveis, indo para além do problema da "droga", para além dos citados "600kg" de cocaína, que pelos vistos desapareceram "dentro" de uma Instituição do Estado da Guiné-Bissau. Mas agora, parece que o dedo só é apontado a um único traficante, se for o caso, será uma conclusão primária, básica, servindo apenas como sentido de humor muito fraco, porque basta recuarmos no tempo em que tudo começou, os primeiros rumores centrados no tráfico de droga no País para pensar melhor. Triste é, se for esta a única hipótese a testar, não sei quem convencia entre nós, tendo em conta o crime organizado que ficou por perceber, para além da corrupção, instalada na Guiné-Bissau desde então. Esta prisão de Bubo Nantchut (um dos dois Guineenses, indiciados segundo a USA há muito), servirá como "estímulo" agitador de consciências pouco tranquilas nesta matéria (gente ligada ao tráfico nesta zona...) que agora está sobre a mira da polícia internacional (dos caçadores de traficante e do seu tesouro/riqueza), e para mais, pouco se saberá neste mundo tão pequeno, onde os fracos são os mais vigiados por satélite, sendo certo que o crime não compensa, só isto sabemos, e o mal está à vista, é preciso que o Estado tenha muita calma agora e colabore com a DEA, para por termo à agitação do tráfico na costa O. África e, mais concretamente, no que toca os Guineenses metidos nisto, i. é, no que depender da Guiné-Bissau deve ser já, uma actuação firme e de limpeza geral, para limparmos o bom nome do País. A procissão ainda vai no adro, quando um ex-militar de alta patente é preso, pergunto, seguirá um politico, outro militar, um empresário, um diplomata, um estrangeiro residente no País, um “djyla” de esquina ou também, vários barões na Europa, na América, na Ásia e, quem sabe, é desta que vão os "policias do mundo" ser isentos, a prender por igual, todos estes bandidos espalhados pelo mundo fora. Por isso vale a pena colaborar para evitarmos uma "caça às bruxas" sem precedente no País. Temos que criar condições de prender e de julgar os nossos criminosos, sob pena de serem caçados pelo julgamento internacional, fora de Casa, porque o menino malcriado na rua é “reeducado” pela polícia se for preciso, sem dó nem piedade, e será tarde, como agora vimos, ouvirmos, políticos falarem do mal que remediado já está, só. Há que unir esforços com as autoridades mais qualificadas no combate ao crime organizado e tráfico de droga, recriar e organizar espaços de investigação e acção judicial a nível nacional, é urgente no País, para evitarmos que os nossos criminosos uma vez dentro do País, andem à solta no território nacional ou a serem presos e levados próximos de Casa, como se, no nosso País, não fossemos capazes de prender um criminoso de alto “gabarito”, como que cúmplices, pactuando com o recebimento do bolo (dinheiro) eventualmente dividido por muitos com “poder” dentro do mesmo Estado. Isso não, seria uma imagem péssima para este País que nos vê crescer, fingindo-nos cegos, surdos e mudos. Viva a Guiné-Bissau unida, forte e pronta para avançar para bom porto. Há que ter a coragem de mudar de rumo, afastar os que têm as mãos sujas de sangue, de dinheiro sujo e outros crimes de corrupção, cometidos contra o Povo. Caso contrário, nunca mais sairemos da lama em que nos encontramos, nunca mais nos respeitaremos uns aos outros, nunca mais saberemos distinguir os melhores, pela meritocracia, nunca mais diremos não com convicção, persistência e espírito ganhador, nunca mais aprenderemos a assumir responsabilidades individuais e colectivas, nunca mais aprenderemos a valorizar o trabalho individual e colectivo, nunca mais aprenderemos, de uma vez por todas, a importância do saber escolher o melhor para nós, todos! QUEM ESCOLHE BEM EVOLUI MAIS RAPIDAMENTE DO QUE QUEM OPTA POR ESCOLHAS MENOS INTELIGENTES. ACREDITEM, SE QUISEREM, OU MELHOR, PENSEM NISTO! A Guiné-Bissau tem filhos espalhados pelo mundo fora, na dita Diáspora Guineense, que na ausência de uma politica interna centrada numa visão global de reaproximação dos valores humanos que estão fora de Casa, por ausência de politicas de vários governos sem um projecto que gere a estabilidade politica no País, tem mantido esta dificuldade crucial de carácter administrativo, tecnológico, cientifico e político, essenciais num processo de desenvolvimento sustentado do País, importantes para sublinhar a permanência do Estado de Direito, mas que teimam em manter parados à espera de piores dias, pergunto até quando. Fingindo não-ver, estes líderes que permanecem inactivos, silenciosos, sem se manifestarem com politicas concretas em relação à emigração, quando o retorno à Casa dos emigrantes com especialização em várias áreas de profissões variadas é possível uma vez programado, acredite. Menosprezam todo este valor que faz muita falta para se conseguir sair desta crise profunda, que mais não é do que a prova inequívoca de que o País precisa de quadros técnicos e superiores que estão a “apodrecer” fora do território nacional, há décadas. Toda esta mão de obra Guineense que pode regressar, com políticas concretas e a serem canalizadas gradualmente para um retorno programado e sistematizado neste processo, com principio meio e fim transparentes, para todas as partes que querem regressar, não sentindo os mesmos obstáculos subjectivos e objectivos de outrora, ameaçando mais uma vez a sua estabilidade psicológica e sócio-familiar na sua tentativa de reintegração profissional no seu País, baseados na sua competência e que aguardam um fim feliz., pondo fim à falta existente no País. Pararmos este preconceito em relação à uma Diáspora fobia progressiva de há quarenta anos a esta parte, hoje ainda existente, faz pena, ver um registo destes de acanhamento tendencioso, não só na reflexão que ela tem merecido e não se fez e não se faz, como na frontalidade exigida na resolução que ela merece no momento actual, mas que também tem sido descurada, pergunto o que fazer. É mais do que necessário Sr. primeiro Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Transição e demais lideres político partidários com assento parlamentar e não só, reunirmos uma reflexão conjunta para um pacote de medidas concretas, no que concerne às questões especiais da emigração, tendo como objectivo específico, análise e politicas de reagrupamento profissional e não só, desta emigração, rumo ao nosso País, com estabilidade politica necessária, como peça fundamental de atracção neste processo. Muitos problemas que temos tido não acabam de uma só vez, mas é certo que diminuem com certeza absoluta, com o maior número de guineenses possível, a Terra avançará mais depressa, e com maior qualidade nos seus resultados num futuro próximo. Devo acrescentar e para terminar como no início deste artigo de opinião, na questão desta detenção do Bubo e outros, que paradoxalmente vem trazer uma luz no fundo do túnel, para muitos de nós que dantes não víamos um palmo no escuro, agora temos o mínimo de claridade, infelizmente para reconhecer a cara de vergonha internacional, causada por um Guineense como nós, à Nação que é de todos. Foi preso e levado para os calabouços no “fim” do mundo, quando todos juntos e em democracia, com ideias diferentes e respeito mutuo, podíamos evitar um acumular de frustrações como tem sido até aqui. Que isto sirva de exemplo, para aqueles que dantes nunca se importaram com a imagem do País limpa, como um Estado de Direito, preferindo nadar nas águas corruptas com a faca e o “queijo” nas mãos. Pergunto agora, eles neste momento sabem o que devem fazer pelo amigo e antigo combatente ou não, sabem como lhe fazer chegar água do Rio Geba (simbólico) para se sentir em Casa, claro que não, isso é impossível neste momento, e porquê camaradas, pense nisso! Mais uma vez Camaradas, venho aqui deixar outra opinião, resultado da minha reflexão humilde a pensar Guiné-Bissau, sou o seu único responsável, sendo ou não citado pelos seus leitores, digo aqui que responderei sempre por cada pingo da minha “tinta” derramada nesta partilha que agora fica a vosso dispor… Djarama. Filomeno Pina. * Psicólogo clínico U.C.
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