EM QUEM VOTARIA PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA?

Presidenciais 2009

28 DE JUNHO DE 2009

 

A RESPONSABILIZAÇÃO COMO CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DOS CANDIDATOS, TENDO EM VISTA UMA VOTAÇÃO LIVRE, CONSCIENTE E BENÉFICA PARA A GUINÉ-BISSAU E PARA TODOS OS GUINEENSES!

 

Não vote em branco, vote num candidato, o seu candidato, em função da sua livre e consciente escolha!

 

Por: Fernando Casimiro (Didinho)

didinho@sapo.pt

27.06.2009

Fernando Casimiro (Didinho)Cada cidadão, votante ou não, tem o direito de escolher o seu candidato!

Se o Presidente da República em exercício pode votar, logicamente votará em alguém e, para votar em alguém, certamente que tem opção por um candidato.

Se o Primeiro-Ministro pode votar, certamente votará em alguém e, para votar em alguém, certamente que tem opção por um candidato.

Se os líderes partidários podem votar, certamente votarão em alguém;

Se até os próprios candidatos podem votar e, logicamente neles;

Se o povo guineense pode e deve votar;

Então que se vote, tendo em conta o desenvolvimento da Guiné-Bissau e, consequentemente, o bem-estar dos guineenses.

Para haver desenvolvimento é preciso que haja Paz e Estabilidade; mas também, compromisso para com o país; boa governação; Justiça; cultura de cidadania, com base no respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, pois só assim pode haver empenho de todos na edificação de uma Guiné Positiva através do Trabalho.

É o Presidente da República, na sua qualidade de Primeiro Magistrado da Nação, o principal garante e promotor da Paz e da Estabilidade na Guiné-Bissau!

Hoje é o dia de reflexão, o que já não é novidade para os guineenses, que desde 1994 têm votado, sem que, no entanto, as eleições tenham servido, até hoje, para a estabilização do país e para o arranque definitivo rumo ao desenvolvimento.

A instabilidade enraizou-se na Guiné-Bissau, por culpa de governantes, políticos e militares, perante a passividade de um povo que continua a não saber fazer valer a sua força de único e verdadeiro detentor do poder!

O povo guineense continua, infelizmente, a vacilar entre o bem e o mal, deixando-se levar sempre pela demagogia, pelo populismo, pela mentira etc., quando tem nos registos do passado, de um passado até não muito distante, motivos e razões para, através da responsabilização e na hora em que é chamado a decidir o seu futuro, escolher a melhor opção para o seu amanhã, quiçá, dos seus filhos e netos.

É no entanto, a escolha desse povo, seja ela qual for, que teremos que aceitar!

Votar, tal como disse noutras ocasiões, é decidir. Os guineenses sabem que quem for eleito Presidente da República terá um mandato de 5 anos, por isso, é preciso que a escolha mereça uma profunda consideração de cada guineense eleitor, pois a soma de todos os votos é que decidirá o vencedor.

Desde o anúncio oficial da marcação da data de 28 de Junho para a realização do acto eleitoral que temos vindo a apreciar o interesse demonstrado pelos guineenses, na Guiné-Bissau e na diáspora, em relação a estas eleições.

Constata-se uma vontade enorme dos guineenses que estão na diáspora, mas que não podem votar, para que haja uma real mudança, que rompa efectivamente com as ligações promíscuas de todo um passado de cumplicidade político-partidário que, em boa verdade, é a razão, numa visão global, da desgraça que se apoderou da Guiné-Bissau.

Dos guineenses que vivem no país, que podem votar e, por conseguinte, decidir, constata-se uma grande apreensão, o que é compreensível em parte, face ao clima de medo e consternação provocados pelos acontecimentos de 1 e 2 de Março, bem como de 5 de Junho.

É de registar, contudo, que a esperança generalizada de que estas eleições podem marcar uma nova etapa para a Guiné-Bissau, é uma esperança do tipo "fieis sem fé".

Chegados ao último dia de campanha eleitoral, conclui-se que o povo guineense não consegue estar unido na definição de critérios de avaliação dos candidatos.

Falta de memória, de lucidez?

Continua o povo desconhecedor do seu poder de decisão?

Ou continua o povo guineense a ser um povo indiferente aos registos do passado e à visão do futuro, vivendo única e exclusivamente, minuto a minuto, dos benefícios pontuais de uma "caridade política" fomentada, inclusive, pelo próprio governo, que não cumpre com as obrigações normais com os seus funcionários, mas financia a campanha do seu candidato...?!

Será este povo capaz de adiar o seu futuro, votando em alguém só por este lhe oferecer camisolas, géneros alimentícios, telemóveis, bicicletas e dinheiro, entre outros artigos de manipulação de consciência?

Ou será que o povo guineense mostrará que conhece as regras do "jogo", recebendo os "donativos", mas estando decidido a votar de forma consciente, tendo em conta a salvaguarda de um futuro de Paz, de Estabilidade e Desenvolvimento para a Guiné-Bissau?

Obviamente, espero que os guineenses votem de forma consciente, para o bem da Guiné-Bissau e de todos os guineenses.

Sugiro aos leitores e aos eleitores uma recapitulação da Análise Política que fiz sobre alguns candidatos presidenciais.

Vamos continuar a trabalhar!

GUINÉ-BISSAU: PRESIDENCIAIS DE 28 DE JUNHO DE 2009 - ANÁLISE POLÍTICA 19.06.2009


 

Reflectir para votar em consciência

Texto do dia de reflexão das presidenciais de 19 de junho de 2005

Por: Fernando Casimiro (Didinho)

didinho@sapo.pt

18.06.2005

 

Irmãos,

Este é o dia que antecede a ida às urnas para a escolha do novo presidente da Guiné-Bissau.

É considerado o dia de Reflexão, porquanto se situar entre o fim da campanha eleitoral e o dia do exercício de voto, o que o torna necessariamente no dia de todos os balanços, de todas as análises e fundamentalmente no dia da concentração para uma meditação digna do termo.

Como Cabral dizia, "Devemos pensar pelas nossas próprias cabeças". 

Com base neste brilhante raciocínio, todos nós devemos procurar neste dia, o ponto de concentração para uma meditação com sentido. Qual é então esse ponto de concentração..?!

A Guiné-Bissau, o país, será sempre o ponto de partida para:  a referência, a causa, o objectivo, o ontem, o hoje e o amanhã de todos nós.

É a Guiné-Bissau, o nosso ponto de concentração!

Neste dia de reflexão, devemos refrear os ânimos da campanha eleitoral, devemos viver o momento de reflexão segundo o objectivo da sua designação e atribuição.

Concentremo-nos. Olhemos para o país e façamos a nós mesmos a seguinte pergunta:

O voto útil deve ser para o candidato ou para o país, a Guiné-Bissau?

Esta pergunta e a sua consequente resposta é a mais importante no contexto da reflexão a que hoje nos entregamos.

Votar é um dever cívico, todos os que estiverem recenseados devem exercer o seu direito de voto.

Os candidatos são a essência das eleições, mas, é o país, a razão das eleições!

É o país que está em primeiro lugar, porquanto ser a mãe, o "movimento aglutinador" de todos os guineenses.

No contexto geral do assumir de compromissos para com o país, devemos todos VOTAR NO PAÍS.

Mas como é que se vota no país, se temos uma lista de candidatos em quem votar?

A resposta está na avaliação do que cada candidato já fez, ou pode fazer para o país.

É preciso recuarmos no tempo, é preciso posicionarmo-nos bem no momento presente, para no dia de voto decidirmos com convicção. 

Hoje, devemos lembrar também que o arrependimento pode nos acompanhar eternamente.

Evitemos o arrependimento por tomadas de decisão irreflectidas que possam prejudicar o país e manchar as nossas consciências. Evitemos o remorso.

Vota-se no país votando num candidato que seja sinónimo de ESTABILIDADE!

Vota-se no país votando num candidato que vá representar a República da Guiné-Bissau, como define a Constituição da República e não num candidato que vai estar acima da República e vai se representar a ele próprio.

Devemos votar num candidato que não COMPLIQUE !

Devemos votar num candidato que vá respeitar a separação de poderes atribuídas pela Constituição da República, deixando que os demais órgãos de soberania façam uso das atribuições e competências que a Constituição da República lhes confiou.

Devemos votar num candidato que seja capaz de ter a visão necessária para ajudar na captação de apoios para a Guiné-Bissau e não num candidato que seja causador de conflitos e provocações que possam condicionar a obtenção de apoios e investimentos para a Guiné-Bissau.

Meus irmãos,

No geral, devemos votar no candidato que  reúne os melhores requisitos dentre os pontos de análise acima referidos.

Pessoalmente, dou o benefício da dúvida a 11 dos 13 candidatos.

Nino Vieira e Kumba Yalá, por tudo o que de negativo fizeram ao país e ao povo da Guiné-Bissau nem mereciam estar na lista de candidatos!

Para que Nino Vieira e Kumba Yalá voltassem a ser presidentes da Guiné-Bissau, seria preciso que do total de mais de um milhão e trezentos mil guineenses, todos tivessem também a sua oportunidade de mostrar os seus dotes de Presidente. A vez deles passou, há mais pessoas a quem dar a oportunidade.

É preciso no entanto reconhecer que tanto Nino Vieira, como Kumba Yalá têm o dom manipulador e podem dividir o eleitorado nacional nas suas pretensões à cadeira presidencial.

É importante também que, a escolha do presidente da República não seja um meio para o derrube do governo legítimo, em funções e que tem sabido gerir rigorosamente os programas de boa governação, possibilitando a esperança na reafirmação da Guiné-Bissau como Estado de Direito.

O meu candidato é a razão destas eleições. O meu candidato é a Guiné-Bissau.

Votemos pois na Guiné-Bissau!

Boa Reflexão.

Decidam em consciência.

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