FUTUROS GOVERNANTES
Por: Alberto Oliveira Lopes *
09.08.2008
“Vi todas as nações do mundo reunidas, e aprendi a não me envergonhar da minha”
Gostaria de iniciar este texto com algumas perguntas.
Qual será futuro da Guiné? Que tipo de estudantes somos? Que exemplo daremos às gerações vindouras?
O futuro da Guiné parece algo comprometido, mas se não for o caso é porque os esforços da minoria foram redobrados. Hoje se percebe no seio dos futuros herdeiros de poderes, isto é, estudantes guineenses, uma ideologia pejorativa, sobre a situação do nosso país. Apesar de existirem motivos, nunca devemos ser tão pessimistas, ao ponto de deixar de opinar e refletir nos projetos que visam uma Guiné melhor. Todos os países cujos índices de desenvolvimento são altos passaram por momentos de instabilidade, injustiça, corrupção, ditadura, tal como a Guiné-Bissau viveu na década de setenta/oitenta e tem vivido ainda hoje, mas foram os próprios filhos desses países, que disseram basta de corrupção, de injustiça, de ditadura, de instabilidade. Para assim seguirem o rumo do desenvolvimento sustentável.
Dentre os acadêmicos guineenses são poucos os que pensam no desenvolvimento socioeconômico, político e cultural da GUINÉ-BISSAU. Se a partir deste momento não apreendermos a cultivar o espírito reflexivo e socialista em prol do desenvolvimento da Guiné que tanto precisa de nós, o que será o futuro do nosso país, que exemplo daremos a geração vindoura? Existe um verso que diz: ”Quem não esquece o passado e nem esvazia o presente não comprometera o futuro” a forma como o passado não deve ser esquecido, não consiste em rancor ou ódio, mas fazer do passado um instrumento para construir o presente assim como o futuro. O presente é o alicerce para a construção do futuro de qualquer pessoa. Uma coisa é certa, nenhum estrangeiro deixará o seu país para construir a GUINÉ-BISSAU e nem acontecerá milagre, é preciso que haja uma mudança de mentalidade dos nossos governantes e futuros herdeiros quanto ao desenvolvimento da GUINÉ-BISSAU só assim alcançaremos um desenvolvimento sustentável.
Também é preciso uma revolução pelo socialismo, desigualdade e combate à pobreza, devendo merecer atenção de todos nós.
É preciso que sejamos cidadãos políticos, mas não políticos partidários. Creio que ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em suma, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, tudo isso não passa do que temos feito no magno projecto CONTRIBUTO.
Quem se proclama de estar isento da política é, no âmbito da cidadania, alguém que entrega o seu destino a qualquer governante.
Sendo nós os futuros dirigentes da nação guineense é preciso que sejamos unidos, a uma só voz rumo ao desenvolvimento do chão sagrado do nosso saudoso líder imortal AMILCAR LOPES CABRAL.
Vamos continuar a meditar nos assuntos pertinentes da nossa querida GUINÉ-BISSAU.
Os desafios são enormes, mas a vitória há de chegar.
* Graduando enfermagem, Cent. Univ. S. Camilo
São Paulo - SP, Brasil
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO