KOMBERSSAS
Filomeno Pina *
filompina@hotmail.com
25.01.2012
Caros compatriotas, fala-se em candidato presidencial para o mais alto cargo da Magistratura da Nação, nós perdemos o sono mais uma vez, alguns nunca mais dormem até ao último dia do apito final, o dia de "fumo branco" em que alguém anuncia que temos um presidente visível e identificado com os nossos corações, porque já é tempo de SUFRYDUR PADY FYDALGU, estamos cansados de prematuros ou abortos sem necessidade, se escolhermos bem com inteligência social ou causa nacional chegamos a bom porto, uma sociedade transparente é naturalmente uma sociedade desenvolvida e para lá caminhamos, hoje porque é escolher uma única pessoa, não podemos escolher mal, sem pensarmos o futuro e uma nova página nas nossas vidas, somos muitos e cada um de nós é preciso naquilo que faz, precisamos de uma pessoa visível, com transparência na sua história de vida, um líder com mãos limpas, alguém que tenha medo de DEUS e, com vontade de acompanhar este novo rumo traçado pela natureza dos nossos destinos, mas alguém "novo" na postura e mentalidade, que ninguém tenha dúvidas do seu perfil como pessoa de bem e capaz de estar à frente dos destinos do Povo. Temos muitos kms a percorrer em poucos segundos, num abrir e fechar de olhos, já aqui estamos, próximos do tempo que ainda não mudou, do luto nacional por um filho sonhador Malam Bacai Sanha, que deixou por acabar a sua tarefa preferida em nome da paz, justiça e solidariedade, ainda com tudo muito fresco e a leste do "paraíso" partiu para não voltar, mas por enquanto temos um lugar vago, onde parece reconhecermos uma sombra do desejo do seu sucessor colada a cadeira do "Presidente", quem será ele ou ela, aquém se dará o apito de árbitro da Nação, quem será o Pai para esta causa, com perfil identificado no tempo em que vivemos com olhos postos no futuro, com caminhos traçados para um desenvolvimento sustentado, com maturidade social e material do nosso Povo, pergunta-se que perfil imaginamos para a terapêutica da magistratura e gestão da Casa-Grande (famílias guineenses)? Quem será o Pai para um povo que espera e desespera há décadas por um ambiente de paz duradoiro, com gente de bem, humanamente credíveis ou sem telhados de vidro, sem monstros nos bastidores do outro mundo a pedirem "justiça" ou a pedirem para não escolhermos o mesmo pano cheio de nódoas, porque todos eles no outro mundo estão arrependidos do que fizeram de mal aos próprios irmãos, já prestaram contas no céu, hoje querem ver irmãos felizes e com paz e justiça, o mais justo possível, por isso não nos desejam mais escolhas com as mesmas nódoas, há que mudar e não perdermos o rumo, queremos todos PANU-DY-PYNTY estendido no chão, com honra reconhecida e humildade de um bom filho da Guiné-Bissau a pisar firmemente num futuro próximo como Presidente. Mas quem será este filho da terra TU OU EU, meus amigos assim vai o aparelho mental desta escolha neste momento na nô Tchôm. Atrevo-me a dar um palpite, vejo um Presidente, um 1º Ministro e logo a seguir uma "SOMBRA" (e isso é mau), ou uma nova escolha que possivelmente temos de fazer, este sinal é uma necessidade de se ter de acertar à primeira, e uma vez conseguida é abençoada uma escolha do Povo, será? Mas seja o que for vamos tendo um presidente de cada vez meus irmãos, até ser possível a escolha certa ou acertada, vamos indo e vamos vendo outros países avançar, é tempo de escolher bem, a mulher ou o homem, um presidente, uma história de vida como espelho da nação, só. A Constituição deve ser respeitada, não é adaptável em circunstancia nenhuma às cores partidárias ou outros limites de interesses quaisquer, até porque o maior partido na Guiné-Bissau é o seu Povo, este nunca se corrompeu, nunca se alienou, nunca cometeu crimes, nunca vende a "mãe", honra as suas tradições, usos e costumes, tem amor próprio, é solidário, reconhece o sentimento de gratidão, detesta a malvadez, a ganância, a mentira, o roubo, a farsa, não se vende e não compra tudo pelo preço e a dinheiro, é um povo com carácter, com história, um povo humilde e lutador de grandes causas na sua história, não podemos ignorar que temos vindo a distanciarmos do verdadeiro carácter do guineense, nunca fomos um povo com os braços constantemente estendidos e com as mãos abertas a pedir, não somos assim tão frágeis que não conseguimos produzir o suficiente para as nossas necessidades, não podemos esperar sempre o perdão da dívida e, quando acontece nunca mais reavaliamos todo o investimento supostamente executados a partir da módica quantia então perdoada, quem gastou mal, quem desviou da boca do Povo o pão que tem o direito de saber tudo sobre o seu trajecto, mesmo com a dívida perdoada há necessidade de colocarmos ponto nos I's. Até quando continuamos a adiar o ajuste de contas nesta matéria, a teimar não-ver como se fosse uma cegueira propositada ou simplesmente um adiamento constante em tirarmos a prova dos nove a umas contas velhas e carecas de tanto esperar sem ver um sinal de esperança a unir os guineenses no que é denominador comum nosso, honestidade, competência, seriedade, paz, solidariedade, justiça, igualdade de direitos e de deveres entre os cidadãos guineense e não só. Desta vez vamos escolher bem com certeza, que Deus abençoe as nossas escolhas, objectivos e caminhos, a hora é do filho da terra, mesmo que tenha mais de "quarenta nacionalidades" isto é, usadas como ferramentas para transpor barreiras e obstáculos na Diáspora, SOMOS TODOS GUINEENSES, convém percebermos de uma vez por todas que não podemos continuar as escolhas baseados em pré-conceitos ou outras formas de disfarçar inúmeros complexos que no fundo só justificam um estado de espírito de má fé e outros, o momento é de reunir experiências, sabedoria e conhecimentos para arrancar de uma vez por todas com as nossas potencialidades e certezas rumo ao desenvolvimento sustentado, alicerçados por braços com ligação afectiva a terra mãe que continua a "apodrecer" longe de Casa. Este momento de luto e crise nos bastidores da politica, é também e ao mesmo tempo um momento especial a ter em conta para grandes mudanças no País, no fundo estamos perante a possibilidade de ultrapassarmos a nós próprios, atingir o estado ideal do nossos desejos, de sermos criativos, inventar soluções com maior credibilidade do que até então conseguimos, por isso há que fazer, o melhor é fazer porque sem fazer não chegamos a saber se seguimos o melhor caminho, nunca. Acredito que vamos superar toda esta crise e continuar de vento em popa até a vitória final, unidos e sem complexos de separação entre irmãos. Vamos ver como correm as coisas na hora da verdade, estamos juntos e um longo abraço guineense para todos. Djarama. * Psicólogo clínico
ESPAÇO PARA COMENTÁRIOS AOS DIVERSOS ARTIGOS DO NÔ DJUNTA MON
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
associacaocontributo@gmail.com
www.didinho.org
CIDADANIA - DIREITOS HUMANOS - DESENVOLVIMENTO SOCIAL