Objectivo 6 – Combate ao VIH/SIDA, paludismo e outras doenças

 

6.1 – Parar a propagação do VIH/SIDA até 2015, e começar a inverter a tendência actual

 

Indicadores :

- Taxa de prevalência nas mulheres grávidas com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos.

- Taxa de utilização de contracepção

6.1.1 – Situação e tendência

A prevalência do VIH1 e VIH2 estima-se ser de 4% e 2,7% respectivamente, segundo o Plano Estratégico Nacional de Luta Contra SIDA (PNLS). A Guiné Bissau é um dos raros países onde coexistem os dois tipos de vírus.

Desde 1987 a prevalência ligada à infecção pelo VIH era de 8,6% nas mulheres grávidas frequentadoras da consulta pré-natal, 5,3% nos dadores de sangue e 36,7% nas prostitutas. O estudo conduzido em Bissau, em 1996 nos doentes com mais de 15 anos revelava a prevalência de 5,6% para o VIH2, 1,5% para o VIH1, e 1,1% de dupla prevalência.

A evolução da incidência do HIV medido nas mulheres grávidas entre 1987 e 2000, após uma ligeira baixa entre 1987 e 1993 passando de 8% a 5%, atingiu os 9% em 1999.

Em 2001, 238 casos de SIDA foram averiguados e relatados donde 68% dos casos eram em mulheres. Esses casos foram identificados em Bissau (203), Bafatá (15), Tombali (15), Biombo (3) e Oio (2) baseada nestes dados, uma simulação permitiu estimar o número de casos em 2001 como sendo de 1.466 (669 casos de VIH1 e 797 casos de VIH2).

Figura 9 

 

 

 

Taxa de utilização de contraceptivo

A taxa de utilização de contraceptivo (incluindo todos os métodos) está avaliada em 7%.

6.2 – Controlar o paludismo e outras grandes doenças até 2015, e começar a inverter a tendência actual

Indicadores :

- Taxa de prevalência do paludismo e taxa de mortalidade associada a essa doença

- Proporção da população que vive em zonas de risco utilizando os meios de protecção e os tratamentos eficazes contra o paludismo

- Taxa de prevalência da tuberculose e taxa de mortalidade associada a essa doença

- Proporção de casos de tuberculose detectados e seguidos dentro do plano de tratamento de curta duração e supervisionamento directo

 

6.2.1 – Situação e tendência

 

Taxa de prevalência de paludismo e taxa de mortalidade associada a essa doença

Os dados de 1995 do SNIS revelam que o paludismo é a causa de 50% das consultas e que 90% são da estirpe do Plasmodium Falciparum. Esta proporção pode variar pois em 1999 esteve nos 52% A prevalência do paludismo passou de 17,1% em 1999 a 15,9% em 2002, o que corresponde a uma diminuição de cerca de 1,2%. A prevalência de paludismo grave na Guiné-Bissau estima-se que seja 11,3%. Na região de Biombo a prevalência é a maior com 39% e Bafatá a menor, com 2%.

 

Proporção da população que vive em zonas de risco utilizando os meios de protecção e os tratamentos eficazes contra o paludismo

De acordo com os dados de 2002 disponíveis no PNLP, a letalidade por região em crianças com menos de 15 anos hospitalizadas é compreendida entre 0,2% em Quinara e Oio e 3,2% em Bissau. A baixa letalidade está verdadeiramente ligada à sub estimação dos falecimentos ocorridos em domicílios. A alta letalidade em Bissau é devido à existência do estabelecimento nacional de referência que acolhe todos os casos.

 

Taxa de prevalência de tuberculose e taxa de mortalidade associada a essa doença

A incidência da tuberculose tem aumentado devido, em parte, ao aumento da prevalência do VIH/SIDA, entre 40 a 50% dos doentes com tuberculose estão infectados com o VIH. O numero de casos registrados quase que triplica entre 1987 e 1995, passando de 679 a 1.828, com uma prevalência estimada em 470/100.000 habitantes.

 

Proporção dos casos de tuberculose detectados e seguidos de acordo com o plano de tratamento de breve duração e de supervisionamento directo

Em 2002 a direcção do Programa Nacional de Luta contra a Tuberculose (PNLT) registou 1.566 casos de tuberculose. No entanto, a limitação dos meios disponíveis para despistagem leva a crer que a situação real desta doença tem sido subestimada.

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