OBRIGADO CAMARADA!
Regresso - Poema de Amilcar Cabral/José Agostinho, interpretação de Cesária Évora e Caetano Veloso REGRESSO Mamãe Velha, venha ouvir comigo O bater da chuva lá no seu portão. É um bater de amigo Que vibra dentro do meu coração
A chuva amiga, Mamãe Velha, a chuva, Que há tanto tempo não batia assim... Ouvi dizer que a Cidade-Velha – a ilha toda – Em poucos dias já virou jardim...
Dizem que o campo se cobriu de verde Da cor mais bela porque é a cor da esp’rança Que a terra, agora, é mesmo Cabo Verde. – É a tempestade que virou bonança...
Venha comigo, Mamãe Velha, venha Recobre a força e chegue-se ao portão A chuva amiga já falou mantenha E bate dentro do meu coração! POEMA Quem é que não se lembra Daquele grito que parecia trovão?! – É que ontem Soltei meu frito de revolta. Meu grito de revolta ecoou pelos vales mais longínquos da Terra, Atravessou os mares e os oceanos, Transpôs os Himalaias de todo o Mundo, Não respeitou fronteiras E fez vibrar meu peito...
Meu grito de revolta fez vibrar os peitos de todos os Homens, Confraternizou todos os Homens E transformou a Vida...
... Ah! O meu grito de revolta que percorreu o Mundo, Que não transpôs o Mundo, O Mundo que sou eu!
Ah! O meu grito de revolta que feneceu lá longe, Muito longe, Na minha garganta! Na garganta de todos os Homens
ROSA NEGRA Rosa, Chamam-te Rosa, minha preta formosa E na tua negrura Teus dentes se mostram sorrindo.
Teu corpo baloiça, caminhas dançando, Minha preta formosa, lasciva e ridente Vais cheia de vida, vais cheia de esperanças Em teu corpo correndo a seiva da vida Tuas carnes gritando E teus lábios sorrindo...
Mas temo tua sorte na vida que vives, Na vida que temos... Amanhã terás filhos, minha preta formosa E varizes nas pernas e dores no corpo; Minha preta formosa já não serás Rosa, Serás uma negra sem vida e sofrente Ser’as uma negra E eu temo a tua sorte!
Minha preta formosa não temo a tua sorte, Que a vida que vives não tarda findar... Minha preta formosa, amanhã terás filhos Mas também amanhã... ... amanhã terás vida!
ILHA
A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA E AS CONDECORAÇÕES DO ESTADO CAPÍTULO II DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ARTIGO 68° x) Conceder títulos honoríficos e condecorações do Estado;
Fernando Casimiro (Didinho) 20.01.2011
Cabral,
continua, nos dias de hoje, a ser usado, segundo as conveniências daqueles que
nenhuma identificação têm com ele!
Não é da competência do Governo a concessão de títulos honoríficos e condecorações tidas como de Estado. A medalha Amilcar Cabral, é a mais alta condecoração da República da Guiné-Bissau e, por isso, enquadra-se no que a Constituição da República designa como "condecoração do Estado", sendo a sua concessão, uma atribuição do Presidente da República. O Presidente Malam Bacai Sanhá, só poderia ser distinguido com a mais alta condecoração do Estado, a Medalha Amilcar Cabral, não estando a desempenhar o cargo de Presidente da República e por atribuição/concessão de um outro Presidente da República da Guiné-Bissau, que lhe quisesse distinguir, independentemente dos argumentos apresentados, com a mais alta condecoração do Estado. O Governo, ao anunciar a atribuição da Medalha Amilcar Cabral ao Presidente Malam Bacai Sanhá, demonstra desconhecer a Constituição da República e, põe em causa, a separação de poderes dos Órgãos de Soberania. O PAIGC não é a República da Guiné-Bissau, por isso, há que saber distinguir entre o simbolismo do reconhecimento partidário e o respeito pela legalidade e pela representatividade colectiva, assentes na Constituição da República! Guiné-Bissau: Malam Bacai Sanhá condecorado com a «Medalha Amílcar Cabral» VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!
O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU!
VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR! associacaocontributo@gmail.com
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