OS POETAS E SENHORES DOUTORES DA CONFUSÃO

 

 

Sambael Candé (Arifoty)

09.04.2009

 

Os últimos acontecimentos registados em Bissau que culminaram com as agressões do Pedro Infanda e Francisco Fadul, não deixam de ser preocupantes em qualquer estado de direito.

A minha posição perante este caso, ao longo do texto, consiste apenas em chamar atenção da nossa opinião pública, sobre o cuidado que requer a análise deste triste episódio. Mais uma vez, este acto é grave e vergonhoso, para a imagem do nosso país.

A Guiné-Bissau encontra-se numa situação de tensão latente, por várias razões:

Perante estes cenários de incerteza, as pessoas com uma certa responsabilidade política e pública, com noção de patriotismo e de responsabilidade, não deveriam de ânimo leve fazer afirmações ou comentários que possam criar mais confusão e conduzir o país de novo a um beco sem saída.

A reacção dos militares foi infeliz, tal como foram as afirmações irresponsáveis e mal intencionadas do Francisco Fadul e do Pedro Infanda.

Há uma elite política guineense, parasitária, inútil e pactuada com o crime organizado que não quer a estabilidade do país. São os que a vocês em Stereo, cantam e ladram contra a nova estrutura militar. SÃO OS POETAS E SENHORES DOUTORES DA MORTE, DO CINISMO E DA INVEJA. SÃO OS QUE DURANTE 35 ANOS DA VIDA DO NOSSO PAÍS, ADIARAM O NOSSO FUTURO E O SONHO DO PROGRESSO E DO DESENVOLVIMENTO. São os que estão atrás de algumas candidaturas para a presidência guineense, de políticos medíocres, que em várias ocasiões mostraram não estar aptos para um cargo NOBRE e de tão grande responsabilidade. A estes políticos ou a LACRA DO MAL, deve-se informar que a Guiné-Bissau necessita de um novo rumo e por isso, que deixem em paz de uma vez por todas, o Sr. Carlos Gomes Júnior e o seu governo, pois, trata-se de um governo legítimo, saído de umas eleições democráticas.

Cabe às nossas Forças Armadas estarem à altura das circunstâncias e da nova exigência dos guineenses e da Comunidade Internacional. É hora de os guineenses encorajarem o novo Chefe do Estado-Maior, Zamora Induta, um ilustre guineense, com capacidades para renovar o espírito das nossas Forças Armadas e dar-lhes uma nova dinâmica.

Nesta nova etapa expressa pela maioria dos guineenses nas últimas eleições, justas e livres, a grande preocupação das Forças Armadas deve ser que o país entre no eixo da normalidade, do civismo e do progresso.

Mais uma vez, o Fadul escolheu o momento menos oportuno e a forma menos elegante que lhe caracteriza, para tentar ganhar protagonismo, que o povo guineense não lhe reconheceu nas urnas.

 

O objectivo desta reflexão não é de forma alguma desculpar os militares pelo sucedido.

 

 

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