Durante anos, foram muitas as vozes (ainda que implicitamente) entre ordenantes e subscritores, que se julgavam/julgam donos da terra, da nossa terra Guiné-Bissau a "decretar" que o cidadão guineense Fernando Casimiro (Didinho) caso voltasse a pisar solo guineense, seria imediatamente abatido.

Saí da Guiné-Bissau, minha terra, nos finais de 1981, regressei em 1983, 1984 e 1988, por períodos curtos, para até hoje, ficar num "exílio amargo" sustentado pela prudência e não pelo medo.

Quando me decidir por um novo regresso (ainda que seja por uma estadia curta) independentemente das motivações desse regresso, não precisarei de pedir permissão a quem quer que seja; não precisarei de solicitar/requerer os bons préstimos a quem quer que seja, para o que quer que seja...

Quando me decidir por um novo regresso, não precisarei de alarmar o "mundo" para uma decisão que apenas a mim diz respeito...

Quando regressar, regressarei ao meu país, à minha casa, às minhas origens, aos meus familiares, aos meus amigos de sempre, aos meus colegas de uma infância eterna...

Quando regressar, regressarei à MINHA PÁTRIA!

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Minha terra, meu umbigo...

Sei de onde vim

não sei para onde vou

Sei quando vim

não sei quando vou

Sei como vim

não sei como vou

Entre a vida e a morte

a carne e a cinza

a terra e o céu

a esperança me acompanha

para que a Guiné me receba

tal como vim

tal como desejo ir...