Uma nova revolução!

 

Amilcar Cabral

 

Por: Fernando Casimiro (Didinho)

24.09.2005

 

Não tenhamos medo de fazer uma nova revolução na Guiné-Bissau. Não uma revolução com armas de fogo, mas a revolução da consciência cívica, a revolução de mentalidades que dará ao nosso povo o direito à liberdade do saber, do conhecimento!

É urgente libertar o povo guineense do obscurantismo!

É urgente fazer ver aos guineenses que, o medo de mudar ontem é a razão dos males de hoje, e o medo de mudar hoje será a razão dos males de amanhã...

O dia de hoje, 24 de Setembro, que regista a proclamação unilateral da nossa independência, é um dia de festa, mas, deve ser igualmente, um dia de reflexão para todos os guineenses!

Festejar a independência sim, mas em simultâneo fazer um balanço de todo um percurso de 32 anos que teimosamente nos continua a situar numa escala negativa em relação aos índices de desenvolvimento humano.

A Guiné-Bissau tem potencialidades, sobretudo humanas, que é preciso valorizar. Estamos todos conscientes da necessidade de apostas na Educação e na Saúde como prioridades para a elevação sócio cultural, entre outros valores, dos guineenses.

É preciso no entanto, ideias e soluções; responsabilidades e compromissos para que se definam programas que consigam impulsionar estas prioridades para um bom desempenho.

A minha sugestão é que se faça um ajuste no programa de governação que possibilite uma articulação objectiva de 3 Ministérios (não a fusão):

 Ministério da Educação Nacional

Ministério da Saúde

Ministério da Solidariedade Social, da Família e da Luta contra a Pobreza.

Uma articulação objectiva que possibilite uma frente comum alargada, coordenada e baseada na troca de experiências por sectores e que congregue técnicos num debate permanente no sentido de se introduzir cada vez mais e melhores soluções para estas 3 áreas que se cruzam quando se fala em áreas de desenvolvimento para a Guiné-Bissau.

É necessário que haja comunicação entre estes (e todos) Ministérios!

É necessário que haja comunicação entre as instituições e as populações!

Temos que continuar a acreditar que dependemos sobretudo de nós próprios para a mudança desejada e que se resume no desenvolvimento da Guiné-Bissau e reflectida na melhoria das condições de vida das suas populações.

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